Grande parte do conteúdo biográfico do texto abaixo, foi
extraído da reportagem de Larissa Fernanda Campregher no site do AGEUNIARA -
Curso de jornalismo do "Centro Universitário de Araraquara".
O pintor
Duílio Galli, 72, autodidata, nascido na cidade de São Carlos, mas um ibitinguense
de alma, é artista plástico com um acervo de cerca de 1400 obras.
Durante sua carreira de pintor, Duilio tambem foi um famoso corredor de motocicletas
na sua mocidade durante a decada de 50, foi campeao paulista pelo Centauro Motor
Clube em 1956, tendo conseguido em sua carreira de corredor varios premios.
Duilio venceu historica "primeira" corrida transmitida ao vivo pela televisao,
onde o segundo colocado era o tambem famoso Luiz Latorre., nesta epoca, Duilio
reporta que Emerson Fittipaldi e seu irmao Wilsinho entao crianças, ficavam
"fuçando" nas motos que descansavam no Padock, foi por isso Emerson recebeu
o pelido de Rato.
Ja no campo das artes plasticas, seu talento ja estava sendo esculpido desde
criança, sempre se viu envolvido com artes, seja na pintura, poesias, desenhos
e textos, mas sempre defendendo em suas obras os menos favorecidos, as minorias
perseguidas, como por exemplo, os negros, retirantes, índios e operários, abordando
sempre os aspectos sociais e políticos.
Durante sua carreira, Duílio sofreu forte influência de TARCILA DO AMARAL, convivendo
dos 70 aos 76 anos dela, já que ela também foi quem o orientou em como pintar,
que tipo de tinta usar, mas sem deixar que se perdesse a essência dos desenhos.
Conta-nos que Tarcila sempre dizia a ele que se fizesse a Academia de Belas
Artes, aprenderia em dois meses, mas que levaria vinte anos para se libertar
do estilo deles, mas que se tentasse sozinho levaria vinte anos para aprender,
mas quando aprendesse já teria seu próprio estilo formado. E por ter essa forma
simples de se expressar é que ele mesmo se intitula como um caipira pintor.
Em 1969 participou do grupo Arte e Pensamento Ecológico que ia contra a todo
o tipo de crime ecológico, despertando a consciência das pessoas sobre o assunto;
e junto a este grupo, em plena ditadura militar, participou de uma passeata
no Vale do Paraíba e a manifestação sofreu a intervenção dos militares e Duílio,
junto com outros manifestantes, acabou fazendo parte de uma lista com os nomes
de todas as pessoas que ali estavam.
Um General amigo de Duílio, recomendou a ele que saísse do país por algum tempo;
e ele foi para a Europa, lá aproveitou para promover algumas exposições e quando
esteve em Londres encontrou com Caetano Veloso, Chico Buarque e outras pessoas
que estavam exiladas do Brasil.
Em 1971, de volta ao Brasil, organizou o MUSEU
MUNICIPAL DE IBITINGA , hoje Centro Artístico
Duílio Galli, que para isso contou com a colaboração de grandes artistas como
Volpi, Tarcila do Amaral, Geraldo Décourt, Gruzinski, Quirino da Silva dentre muitos outros.
“Digna de respeito e elogio foi a atitude dos artistas que doaram os seus trabalhos
ao povo ibitinguense; artistas esses que, sem conhecerem Ibitinga, portanto,
sem uma motivação maior, enviaram valiosas obras.” , comenta Duílio.
Depois em 1977, foi um dos artistas escolhidos para representar o Brasil na
XIV Bienal Internacional de SP, fato do qual sente-se muito honrado, e no ano
seguinte, 1978, recebeu o que considera o seu maior premio, o de ser titulado
como Cidadão Ibitinguense.
Escreveu três livros perpetuando as histórias e os folclores ibitinguenses,
que o levou a partcipar do VII Concurso Nacional de Poesia – Instituto da Poesia
Internacional de Porto Alegre, onde recebeu Menção Honrosa pelo conjunto de
poemas e Honra ao Mérito pelo poema “Zé Florenço”.
Em suas homenagens a Ibitinga, elaborou dois grandes painéis em madeira o “Ibitinga
Capital Nacional do Bordado” e o “Bordadeiras de Ibitinga”, ambos em exposição
permanente na Prefeitura Municipal; elaborou o objeto-monumento em alumínio,
em comemoração ao Centenário de emancipação Política de Ibitinga, fixado na
Praça Rui Barbosa no centro de Ibitinga e doou à Igreja Matriz do Senhor Bom
Jesus uma série de 15 obras pintadas a óleo, intitulada de Via Sacra e que é
considerada pelo autor uma de suas maiores obras.
Em 2000, na sua oitava viagem aos Estados Unidos participou de duas exposições
individuais, uma na Brazilian e American United Association BAUA, em homenagem
do Brasil 500 anos e outra na Legião da Boa Vontade, em Nova York.
Atualmente produz reportagens para a Tv local de Ibitinga e isso para ele está
sendo mais uma experiência nova. Busca inspiração em um programa que assistia
nos Estados Unidos que se chamava Vídeos caseiros, e através destes filmes Duílio
transmite mensagens de amor, paz, preservação a natureza, tirando proveito de
toda a sua sensibilidade de artista.
Para Duílio a arte defini-se em três partes que o artista deve possuir e desenvolver,
que seria a sensibilidade, a criatividade e a técnica.
As Obras de Duilio Galli sao expostas e negociadas no mundo inteiro, proporcionando
grandes dividendos aos seus colecionadores.
Sua mais recente amostra esta sendo realizada na GOOD
WILL CULTURAL HALL
em New York.
L I N K S:
CITAÇÃO
DE SERGIO RAMAZZOTTI / MILANO - ITÁLIA.