Concordância Homeopática em GNU/LINUX

O sistema que mais evolui.

Gentoo.jpgConcordância em Linux

        A Concordância Homeopática© continua com licença de usuário único. O comprador pode instalar em quantos computadores quiser, desde que sejam para seu uso exclusivo. Ela só é vendida a profissionais habilitados a prescrever: dentistas, médicos e veterinários. Ocasionalmente farmacêuticos poderão querer para fins de pesquisa. Todos pessoas de quem espera-se ética compatível com a profissão.
    A Concordância não é "open source" (código aberto) e nem "free" (gratuita), é uma enciclopédia eletrônica de Homeopatia, cujos direitos autorais, de distribuição, de cópia, reprodução e de venda são exclusivos de seu autor - Elias Carlos Zoby. Ela foi originalmente escrita para MS Windows
® mas pode ser usada em outros sistemas.
    Para abrir a Concordância em GNU/Linux é preciso antes instalar Wine. Este é um adaptador de Windows, fornecido gratuitamente em
http://www.winehq.org Há outros adaptadores comerciais: CrossOver, Cedega etc.
    A versão do Wine a ser usada é dependente da sua versão da distribuição GNU/Linux. Wine para Fedora core 4 não funciona em core 2, e assim com as outras em geral. Porém se o usuário souber compilar, quase tudo serve.
    Instale o Wine como superusuário (root), e Concordância pelo usuário comum. Deve ser evitada a instalação de aplicativos pelo usuário root para impedir a violação do sistema.
    Quando uma instalação é feita pelo usuário comum, os arquivos de sistema ficam protegidos contra interferência. Se houver algum virus ou ação errada — não há virus na Concordância, mas é saudável aprender bons hábitos — o maior dano, casos extremos, é ter de deletar aquele usuário. E pronto!
Tudo como d'antes no quartel de Abrantes, sem perda de sistema, sem formatação.
    Mas quando o root faz uma bobagem...
    Por que a necessidade de usuários? Porque GNU/Linux é ambiente de rede e, mesmo quando instalado isoladamente, comporta-se como se houvesse uma "rede interna" e protege-a.
    Sabe aquele negócio de multiusuários, várias pessoas usando o mesmo micro e cada uma com suas instalações? Pois bem. Linux faz isso de verdade. Há um superusuário, que pode tudo. Pense em algo, dentro das possibilidades do sistema, root pode fazer: detonar tudo, pode; instalar o que quiser, pode; só deixar que outro usuário ocupe 2% do disco rígido, pode; desligar toda a rede e mandar todo mundo pra cama, pode; restaurar o sistema de seu filho que vive instalando porcarias que desconfiguram tudo (dele, não há como usuário comum desconfigurar o sistema), pode; mudar a senha do filho que tirou nota baixa na escola e não deverá acessar o micro ou internet por um mês, pode. Pode inclusive criar e deletar usuários, é o todo-poderoso. E há os usuários comuns, com mais ou menos poderes definidos pelo
root. E o melhor disso, um usuário não consegue nem ver que há outros, mesmo quando usam o mesmo micro ao mesmo tempo, a não ser que root o permita.
    "Como assim! Várias pessoas usando o mesmo micro ao mesmo tempo e cada uma usando programas diferentes?" É. Isso é o que se chama sistema multitarefas e multiusuários real.
    Ah! Mas na sua casa um quer Windows, outro Linux, outro BSD e outro sei-lá-o-quê. E daí? Se o disco tiver espaço, root pode fazer. Ele divide os recursos e dá a cada um seu próprio terminal , acessando arquivos e internet ao mesmo tempo (banda larga, claro, não estou anunciando milagres), com um só computador e vários monitores, teclados e mouses. Em vez de comprar vários micros. Até uma lan house assim. É o método de multiterminais (multihead), desenvolvido por um militar brasileiro (Ronald Costa). Para três ou quatro terminais, usando o mesmo Linux, qualquer micro fabricado nos últimos três anos e com 256 Mb de RAM já dá conta, com 512 Mb só se perceberia a carga se todos quisessem usar aplicações pesadas ao mesmo tempo. Já para usar diferentes sistemas operacionais em máquinas virtuais a RAM seria dividida de forma fixa para cada um, aumentando os requerimentos. Se tiver uns dois micros, mesmo que um deles seja uma sucata achada no lixo sem disco rígido, a situação fica mais confortável ainda.

O que é GNU/Linux

    "Do you pine for the nice days of minix-1.1, when men were men and wrote their own device drivers?" Este foi o início, 05 de outubro de 1991, a mensagem de Linus Torvalds convocando os programadores ao que chamo de revolução da informática. E continuou: "Você está sem um bom projeto em mãos e está desejando trabalhar num S.O. que você possa modificar de acordo com as suas necessidades? Está achando frustrante como tudo funciona no Minix? Chega de noite ao computador para conseguir que os programas funcionem? Então esta mensagem pode ser exatamente para você. ..."
    Ele estava anunciando a versão 0.02 do kernel (núcleo) apenas, com alguns comandos básicos, e colocando o código fonte à disposição para todos que estivessem dispostos a construir. E cada usuário procurava os aplicativos, compilava, configurava etc. Coisa só de programadores. O mundo respondeu, milhares de colaboradores de todos os lados.
    Chamou-o Freax. Chamaram Linux.

Linus Torvalds - criador do Linux

     Existia outro projeto, o GNU, encabeçado por Richard Stallman, ativista político do software livre, já com aplicativos mas sem o núcleo Hurd que objetivava criar. Um núcleo sem aplicativos e um conjunto de aplicativos sem núcleo. Dessa união surgiu GNU/Linux.

    A primeira distribuição foi MCC (Manchester Computer Center), feita pela Universidade de Manchester.
    GNU/Linux ainda é taxado de pouco amigável. Isso não é mais verdade. Muitos podem ser instalados até mais facilmente do que MS Windows.
    O que pode ser mais fácil para instalar um S.O. do que rodar diretamente de uma mídia removível (CD, DVD, pendrive) sem exigir disco rígido? É isso que alguns GNU/Linux oferecem, Live-CDs — CDs, DVDs ou pendrives "bootáveis" — bastando configurar o BIOS para procurar o sistema primeiro no drive de CD ou USB. Alguns desses S.O. têm a opção de salvar alterações pessoais como um grande arquivo no disco rígido, CD/DVD ou pen, sem interferir em outros programas e sistemas. Geralmente os Live-CDs permitem apenas um desses métodos. Puppy,
SliTaz e algumas novas distros permitem todos.
    Os pendrives USB possibilitam a mobilidade do sistema, sem perder os novos dados gravados.
    Manter o sistema somente no CD acaba sendo muito limitante, serve mais para conhecer as diversas  variações, ou como um segundo sistema opcional, que pode ser levado na bolsa. Por exemplo, eu tinha um micro de uns 8 anos, nele usava um misto de Windows 95/98 (para editar e testar a Concordância) e Puppy. Como Windows não é bom em conexões na internet (linuxers acabam ficando muito luxentos), nem no meu tem gerenciador e acelerador de download, coloquei Puppy para essas tarefas.
    Na verdade há alguns programas para Windows que nunca foram superados, nem pelas versões posteriores dos mesmos. Entre eles cito Folio Views 3.11 (1996) e MS Word 6.0 (1993). Especialmente o primeiro, atingiu o estado da arte na função a que se propunha (gerenciador de grandes textos).
    O uso dos modernos GNU/Linux é intuitivo, menus surgem de qualquer ponto em que se dê um clique na tela.
    Entre suas inúmeras vantagens está poder testar e usar vários sistemas operacionais no mesmo micro, e, desde que não faça particionamento nem formatação de disco rígido posterior, sem risco de perder dados. Além disso não há incompatibilidade de um para outro e nem entre versões, os arquivos criados num sistema podem ser abertos em qualquer outro GNU/Linux. Este, por sua vez, abre qualquer arquivo escrito em Mac, OS/2, Windows etc.
    As possibilidades e flexibilidade são tamanhas que existe até quem tenha colocado nove S.O. no mesmo CD, com um gerenciador de "boot" oferecendo as opções na inicialização. O nome é MultiDistro. Um projeto razoavelmente simples: colocar as várias distros no mesmo diretório, configurar o gerenciador e gravar tudo numa imagem iso. O limite maior é a capacidade da mídia. Pena que desde o início de 2006 não foi mais atualizado, entretanto os sistemas podem ser substituídos e gravada nova iso.
    Mas a capacidade do Linux vai muito além, mesmo os programadores e criadores são freqüentemente alimentados pelas descobertas dos usuários. Ser um linuxer é estar sempre aprendendo.

    A IBM, Sun Microsystems, Hewlett-Packard, Novell, Corel etc. têm seus GNU/Linux. É usado em computadores pessoais, supercomputadores, celulares etc. Dizem que a própria Microsoft usava-o em alguns de seus servidores, antes do XP, mas isso deve ser maldade do povo ;-)

Distribuições

    Sendo GNU/Linux somente o kernel com alguns aplicativos básicos, dele são feitos inúmeros S.O., chamados distribuições ou distros. Funcionam de forma muito parecida. A maioria chama o superusuário de root; tem os mesmos comandos básicos; o sistema de arquivos trata discos como diretórios, e nomeia-os após uma barra inclinada para frente (seu antigo disco C:\ pode virar /mnt/hda1, sua câmera digital ou pendrive /dev/sda1 e seu MP3 /dev/sda), enquanto a partição primária onde está o S.O. é só a barra (/)...
    As maiores diferenças estão na localização dos scripts e no uso da interface gráfica ("ambiente de trabalho"), onde há imagens que respondem aos cliques do mouse. Aqui as distros variam das que configuram tudo automaticamente ou pelo mouse, às que permitem assim quase só o uso dos programas e requerem que o S.O. seja configurado em linha de comando.
    Pode parecer uma grande vantagem obter tudo automaticamente ou dando cliques, programas se abrindo quando a gente insere um dispositivo USB... Se não souber que é impossível ter automaticamente os melhores "drivers" para todos os dispositivos existentes, e que as imagens são apenas a representação gráfica de uma série imensa de comandos ocultos, os quais são responsáveis pela maior parte do tamanho, "peso" e erros do sistema.
    Por outro lado o usuário sabe exatamente cada ordem dada pela linha de comando. A desvantagem é ter de decorar uma lista enorme desses códigos.
    O equilíbrio entre esses dois quesitos, a seleção de módulos e programas nativos, o entendimento do princípio KISS (
Keep it simple, stupid), mais o gosto pelas imagens reproduzidas no ambiente de trabalho gráfico, é que fazem a multidão de distros e ardorosos fãs. Alguém pega uma distribuição básica — geralmente Debian, Fedora, Gentoo, ou Slackware — inclui alguns itens e exclui muitos, muda as imagens de fundo e cores exibidas, empacota e grava tudo numa imagem iso, está pronta uma nova distribuição baseada em...
    No frigir dos ovos, Linux é Linux.

    Patrick Volkerding criou a distribuição Slackware em 1993, a mais antiga em circulação e até hoje uma espécie de padrão de estabilidade. Para quem quer aprender e tirar o máximo do computador, é a Distro.
    Slackware é acusada de ter configuração difícil porque requer muita linha de comando. Trabalhosa, não difícil, pois bem documentada. Em compensação é simples, e falo por experiência própria, sua estabilidade é espantosa (um slacker pode afirmar, sem medo, que reset é um botão que os fabricantes disponibilizam aos usuários de outros sistemas), e depois de conhecer o básico dela você será capaz de instalar e entender qualquer outra. Além do mais, tem uma gama fantástica de opções, desde uma instalação mínima, para quem quer ou tem poucos recursos, a uma gigantesca, que inclui ferramentas completas de programação, rádio amador, posicionamento global por satélite (GPS), multilinguagem (Português brasileiro entre elas), teclado Braile, reconhecimento de voz até para internet, transmissão de texto para código morse, VHF/UHF, internet (todas), editores, gravadores multimídia, gerenciadores e aceleradores de download, boot múltiplo, Apache... Enfim, serve tanto a um modesto usuário isolado, como a um grande provedor de internet, radiodifusoras e redes diversas. Derivadas dela são Frugalware, Deli Linux, Absolute, Goblinx, Slax, Zenwalk, Austrumi, Vector, KateOS... Até Puppy bebeu desse açude.
    Debian é a distribuição cujas filhas alcançaram maior popularidade (estou em 2008). Seu sistema de gerenciamento de pacotes, que baixa-os da internet e instala, dizem facilitar muito essa tarefa. É mantida por uma grande comunidade mundialmente distribuída, e da qual quase qualquer um pode participar.
    A família
Ubuntu (+ Kubuntu, Edubuntu, Xubuntu) é baseada em Debian e, entre as grandes, tida como das mais fáceis. Suportada por uma grande empresa Holandesa (Canonical Ltda.), que chega a enviar CDs gratuitamente para todo o mundo com o único pedido de que eles sejam passados adiante para mais gente poder se beneficiar. Vem com moderníssimos softwares, instalação automática etc. Mas cobra seu preço, nem pense em instalar num micro antigo. Entretanto se você é usuário de Win XP, já tem uma supermáquina. Mint é uma derivada que se propõe a ser ainda mais fácil.
    Fedora é a versão gratuita da Red Hat, também uma das distros básicas. Atualização muito fácil. Gerencia seus arquivos pelo rpm, sistema muito simples e comum na internet.
   
Archlinux e Gentoo são das poucas modernas distros ainda dirigidas a quem gosta de compilar os próprios drivers. Há outro projeto, não é uma distro, chamado Linux from Scratch, que ensina a construir seu próprio sistema, mas é dirigido a quem já conhece bem o assunto.
    Entre as pequenas, Puppy (~90 Mb) acho a melhor, das poucas minis que sei já vir pronta para internet discada. Ocupa pouco espaço, roda bem rápido mesmo no CD (que pode ser tirado do drive depois de iniciada), tem programas para os usos comuns, bom suporte pela web, boa detecção de hardware e foi realmente feita para ser Live-CD. É tão simples que a gente duvida possa ser usada como sistema único, mas pode. Se você não gostar, coisa de que duvido, e tiver um processador melhorzinho, de Athlon para cima, com uns 512 Mb de RAM,
Slax Killbill, Knoppix e Famelix já vêm com Wine pré-instalado.
    Kurumin já vem pronta para internet discada, pode ser usada como Live-CD mas fica muito pesada. É leve se instalada, tem excelente suporte em seu fórum. Praticamente as mesmas coisas podem ser ditas de Dreamlinux e Resulinux. Essas três são dirigidas à semelhança com Windows, uso do mouse, facilidade para iniciantes etc. O que não quer dizer que sejam "fracas". Essas distros, ditas "non source", não trazem o código fonte para o usuário compilar de acordo à sua máquina e vontade, assim ele fica dependente do que os desenvolvedores disponibilizam (geralmente todo o necessáro). O trabalho é dado pronto, mas não há a liberdade do usuário de uma distro mãe, que pode compilar seus programas, kernel e tudo mais.
    No Brasil há:
Dreamlinux, Kurumin, Resulinux, Big Linux, Bit Linux, Dizinha, Famelix, Goblinx, Neo Dizinha, Insigne...
    Se pretende migrar, experimente várias, em Live CDs ou instaladas, para descobrir a que mais conforma-se à sua personalidade. Basta ir ao site de cada uma e fazer o download. Quase todas têm suporte ao português. Tendo espaço, faça instalação completa, depois que se familiarizar você tira a gordura. Se tiver internet discada e quiser experimentar somente em CD, comece pela Puppy ou Kurumin Light que têm menos de 100 MB. As outras geralmente têm Live CD mais como amostra do que como sistema realmente funcional.
    Teste
Slackware, Crux, Debian, Fedora, Knoppix, Morphix, OpenSUSE, Puppy, Solaris, Absolute... Esqueci alguma? Muitas, só no Distrowatch deve ter mais de 500.
    Para facilitar a escolha, responda sim ou não às seguintes perguntas.
1) Sabe e ou gosta de configurar seu computador em linha de comando (prompt), e se vira no inglês "informático"?
2) Gosta de saber como funcionam as coisas por trás das telas?
3) Já entrou e fez alguma alteração (ou saberia fazê-lo se quisesse) no BIOS/CMOS/Setup do micro, sabe quantos Mb tem de RAM e quanto dela é destinada ao vídeo?
4) Sabe o que são as diversas placas e componentes (motherboard, rede, modem, serial, PCI...), o nome e fabricante das suas (pelo menos acha que seria capaz de descobri-lo se quisesse), diferença entre mouse serial, USB e PS/2?
5) Quando seu micro precisa ser consertado ou reconfigurado você chama um técnico, sem antes fuçar pelas entranhas do soft- ou hardware pelo menos alguns dias?
6) Só sabe dar cliques no mouse, digitar seus textos, ver suas imagens, e não é capaz de configurar o sistema se não houver ícones (com perguntas tipo sim ou não) para clicar?
    Chegado até aqui, você deve se interessar um pouco que seja por informática, tem alguma aptidão e pode ingressar no mundo GNU/Linux.
    Se respondeu sim à primeira e a pelo menos 2 das 3 questões seguintes, você provavelmente gostará de distros mães (entre as quais se dão as maiores diferenças internas no GNU/Linux), que têm uma infinidade de recursos, podem ser configuradas para dar o máximo ou para ser usadas num micro velho, mas lhe pedem algum trabalho. Sua distro pode ser Slackware, Debian, Fedora... Agora, se às 4 questões você deu enfáticos "sim" e quer mesmo aprender, comece por Slackware.
    Se respondeu sim somente às 2 últimas questões, você quase certamente teria dificuldade até para instalar uma distro mãe, e se instalasse não saberia o que fazer após o
reboot. É melhor usar uma das filhas, preferentemente com os diversos serviços pré-configurados de forma a servir a todos os tipos de micros e usuários, ainda que à custa de menor rendimento ou maior consumo de recursos. Leia primeiro suas características em cada site: Kurumin, Dreamlinux, Resulinux, Famelix, Ubuntu etc.
    Seja qual for seu caso, saiba que se o sistema colocá-lo numa linha de comando antes de aparecer o ambiente de  trabalho gráfico, você precisará entrar com o login <root> ou outro que você tenha criado, talvez colocar a senha, e depois digitar <startx>. X é o nome que se dá ao ambiente gráfico. Este parágrafo serve apenas para os mais ousados que resolverem instalar GNU/Linux sem outra leitura. O criador da Goblinx me disse que instalou Slackware sem fazer a mínima idéia de como fosse; quando o sistema iniciou e colocou-o numa linha de comando, ele ficou parado olhando aquela tela preta sem saber como sair dali :-)) Bem, ele sabia usar o
reset. Mas fique tranqüilo, isso só acontece nas distros mães.
    Abaixo está uma resumida linha do tempo, não inclui centenas de distros.
Time Line Linux
    Veja de qual gosta mais, jeito de funcionar, instalar e desinstalar programas, filosofia, se os vários módulos e bibliotecas necessários já vêm nos CDs ou se precisam de Internet (limitação para quem tem acesso discado), detecção de hardware etc. Não valorize se a aparência é mais semelhante ao que você já conhece (a não ser que goste de imitações), nem o tamanho (uma distro de 90 Mb pode ser tão boa quanto uma de 700+ para o usuário comum), nem se ela faz exatamente aquilo que você quer — quando aprender a usar, todas farão — observe é se ela faz as coisas do jeito que você pensa devam ser. Faça uma visita a
http://www.distrowatch.org. São inúmeras, uma mais linda que a outra.
   
Por ex., fico incomodado quando não sei quais os arquivos instalados e nem onde o sistema os coloca, isso acontece principalmente no Windows, mas também no Debian e em todos que fazem instalações automáticas. Não me importo de instalar por linha de comando, afinal isso reforça o aprendizado, entretanto quero escolher se usarei pelo mouse ou pelo teclado. Além do mais, gosto de sistemas totalmente eficientes, mas simples e sem firulas, sem enfeites desnecessários, sem pirotecnia. Então achei ótimo o Slackware — que não é dos mais populares entre os iniciantes, mas corresponde exatamente ao que eu procurava.
    Digamos que você tenha um disco com espaço de sobra, uns 5 Gb já servem para os Linux mais elefantosos. Sem usar Live-CD, e após backup de seus arquivos, terá de reparticionar o disco para fazer a instalação e swap. Há programas que fazem isso sem detonar o que já estava instalado, e coloque sempre o GNU/Linux após Windows
(este tem um problema genético que não o deixa reconhecer outros sistemas e impede o S.O. anterior de iniciar). Escolha usar uns 4.75 Gb do que tem livre como Linux primária, mais uns 250 Mb de swap (se tiver 256 ou menos de RAM, senão pode até ser menor, mas tem de ser maior do que sua RAM se quiser fazer hibernação). Depois o instalador irá orientando seus passos, e se errar volta e faz de novo. Quando estiver tudo funcionando, e enquanto não se definir por uma distro, o segredo é não guardar seus arquivos pessoais, dados de pacientes etc. na partição Linux. Salve-os sempre no disco que já estava formatado antes. Assim você trocará de sistema quantas vezes quiser, até acertar com seu gosto. E se usar Live-CD, aí nem particiona nada, no máximo salva um arquivo e pronto.
    Se você tem um computador "velho", que já não roda novos programas para Windows, HD pequeno, pouca RAM. Não pense que ele é sucata. Funcionará como novo se ligado em rede com outro mais potente. Ou
SliTaz (25 MB), DeLi, Damn Small (50 MB, monitor de 14 pol.), Dizinha, Neo Dizinha, Puppy e várias outras poderão dar-lhe novo alento e torná-lo rapidamente útil até para acesso à internet (discado ou banda larga), montar uma rede de uso doméstico ou educacional, lan house etc.
    Agora, se o computador novinho, cheio de RAM, age como um velho, não pense em afogá-lo num balde de Bar-c, coloque GNU/Linux e pilote seu supersônico.
    Acham-se GNU/Linux minúsculos, de 1.44 a 12 Mb, para fins específicos: restauração de sistemas, multimídia etc. Há também os destinados a modernos micros de 64 bits. Bem como muitos que podem correr dentro do Windows, sem usar máquina virtual. E os que ocupam um DVD ou vários CDs de instalação.

Futuro

    Todas as escolas deveriam usar GNU/Linux. Ganhariam em eficiência, desestimulariam a pirataria e seus alunos realmente aprenderiam informática. Afinal de contas, o que sabe do assunto alguém que somente liga o micro e dá cliques na tela? Coloque GNU/Linux num colégio, permita aos alunos acesso em banda larga à internet, e em 2 anos terá muitos programadores mirins. A garotada levará algum tempo inicial para se aprofundar no assunto, mas depois a disseminação desse conhecimento será como por contágio. Já houve quem tenha feito a experiência de instalar Linux nos micros da sala de aula sem dizer nada aos alunos, e eles nada notaram. Claro que foi uma distro bem configurada para essa finalidade, mas os alunos teriam dificuldades com qualquer outro sistema mal configurado.
    Crianças são curiosas por natureza, e quase só usam computador para jogar e imprimir trabalhos escolares. Com joguinhos open source elas iriam às minúcias da programação para modificá-los, fazer brincadeiras com os colegas etc. E, sem perceber, estariam desenvolvendo a criatividade e aprendendo a programar. Jogos de código fechado (proprietários) desenvolvem alguma coisa além da capacidade de ficar sentado horas a fio realizando reflexos condicionados?

    Os maiores diferenciais do GNU/Linux são a estabilidade, segurança, aprendizado. Há uma invenção de um linuxer genial, Bram Cohen, é o BitTorrent. Esse software permite que os computadores ao mesmo tempo em que baixam um arquivo, também sirvam upload do mesmo. Assim, o servidor original fica tanto mais rápido quanto mais computadores o acessem. Ainda não entendeu? É o contrário do mundo da velha informática, quem se serve vira servidor, e é considerado de má educação quem não mantiver a conexão por algum tempo após terminar o download. Os mais engajados mantêm-se conectados permanentemente — e sem travamentos.
    Aliás, respeito e educação são muito cobrados no mundo GNU/Linux. Se alguém coloca num fórum uma dica, tutorial etc. de outro autor, e não cita a fonte, quase certamente receberá um puxão de orelha dos leitores que por ventura já a tenham lido e saibam a origem. Assim como pelo desrespeito as termos da licença de uso dos softwares.
    Quem programa para Linux não pensa em estimular a compra de um micro novo a cada dois anos, não quer esconder os bugs, criar incompatibilidades para explorá-las comercialmente... Pelo contrário, expõe seu código fonte e pede que melhorem-no. Motivo de orgulho é rodar no maior número de sistemas e com o mínimo hardware. Daí a alta qualidade e diversidade. Trabalhos de amor e dedicação de pessoas espalhadas pelos quatro cantos, com as mais diversas culturas e idades.

pinguim.jpg O pingüim é maravilhoso. Como dizem os geeks, divirta-se.

Elias Carlos Zoby
Usuário Linux 450707

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Referências: Wikipédia, DistroWatch, e os discos e sites das várias distribuições citadas.