Concordância
Homeopática em GNU/LINUX
O sistema que mais evolui.
A Concordância Homeopática©
continua com
licença de usuário único. O comprador pode
instalar em quantos
computadores quiser, desde que sejam para seu uso exclusivo. Ela
só é vendida a profissionais habilitados a prescrever:
dentistas, médicos e veterinários. Ocasionalmente
farmacêuticos poderão querer para fins de pesquisa. Todos
pessoas de quem espera-se ética compatível com a
profissão.
A Concordância não é "open
source" (código aberto) e nem "free" (gratuita),
é uma enciclopédia eletrônica de Homeopatia, cujos
direitos
autorais, de distribuição, de cópia,
reprodução e de venda
são exclusivos de seu autor - Elias Carlos Zoby. Ela foi
originalmente escrita para MS Windows®
mas pode ser usada em outros sistemas.
Para abrir a Concordância em GNU/Linux
é
preciso antes instalar Wine. Este é um adaptador de Windows,
fornecido gratuitamente em http://www.winehq.org
Há outros adaptadores comerciais: CrossOver, Cedega etc.
A versão do Wine a ser usada é
dependente da
sua versão da distribuição GNU/Linux. Wine para
Fedora core 4
não funciona em core 2, e assim com as outras em geral.
Porém
se o usuário souber compilar, quase tudo serve.
Instale o Wine como superusuário (root), e
Concordância pelo usuário comum. Deve ser evitada a
instalação de aplicativos pelo usuário root para
impedir a violação do sistema.
Quando uma instalação é feita
pelo usuário
comum, os arquivos de sistema ficam protegidos contra
interferência. Se houver algum virus ou ação errada
—
não há virus na Concordância, mas é
saudável aprender bons
hábitos — o maior dano, casos extremos, é ter de deletar
aquele usuário. E pronto! Tudo como
d'antes
no quartel de Abrantes, sem perda de
sistema, sem formatação.
Mas quando o root faz uma bobagem...
Por que a necessidade de usuários? Porque
GNU/Linux é ambiente de rede e, mesmo quando instalado
isoladamente, comporta-se como se houvesse uma "rede
interna" e protege-a.
Sabe aquele negócio de multiusuários,
várias pessoas usando o mesmo micro e cada uma com suas
instalações? Pois bem. Linux faz isso de verdade.
Há um
superusuário, que pode tudo. Pense em algo, dentro das
possibilidades do sistema, root
pode fazer: detonar tudo, pode;
instalar o que quiser, pode; só deixar que outro usuário
ocupe
2% do disco rígido, pode; desligar toda a rede e mandar todo
mundo pra cama, pode; restaurar o sistema de seu filho que vive
instalando porcarias que desconfiguram tudo (dele, não há
como
usuário comum desconfigurar o sistema), pode; mudar a senha do
filho que tirou nota baixa na escola e não deverá acessar
o
micro ou internet por um mês, pode. Pode inclusive criar e
deletar usuários, é o todo-poderoso. E há os
usuários comuns,
com mais ou menos poderes definidos pelo root.
E o melhor disso, um usuário não consegue nem ver que
há
outros, mesmo quando usam o mesmo micro ao mesmo tempo, a não
ser que root o
permita.
"Como assim! Várias pessoas usando o
mesmo micro ao mesmo tempo e cada uma usando programas
diferentes?" É. Isso é o que se chama sistema
multitarefas
e multiusuários real.
Ah! Mas na sua casa um quer Windows, outro
Linux, outro BSD e outro sei-lá-o-quê. E daí? Se o
disco tiver
espaço, root pode
fazer. Ele divide os recursos e dá a cada um
seu próprio terminal , acessando arquivos e internet ao mesmo
tempo (banda larga, claro, não estou anunciando milagres), com
um só computador e vários monitores, teclados e mouses.
Em vez
de comprar vários micros. Até uma lan house assim.
É o método de multiterminais (multihead), desenvolvido
por um militar brasileiro (Ronald Costa). Para três
ou quatro terminais, usando o mesmo Linux, qualquer micro
fabricado nos últimos três anos e com 256 Mb de RAM
já dá
conta, com 512 Mb só se perceberia a carga se todos quisessem
usar aplicações pesadas ao mesmo tempo. Já para
usar
diferentes sistemas operacionais em máquinas virtuais a RAM
seria dividida de forma fixa para cada um, aumentando os
requerimentos. Se tiver uns dois micros, mesmo que um deles seja
uma sucata achada no lixo sem disco rígido, a
situação fica
mais confortável ainda.
O que é GNU/Linux
"Do
you pine for the nice days of minix-1.1, when men were men and
wrote their own device drivers?" Este
foi o início, 05 de outubro de 1991, a mensagem de Linus
Torvalds convocando os programadores ao que chamo de
revolução
da informática. E continuou: "Você está sem um bom
projeto em mãos e está desejando trabalhar num S.O. que
você
possa modificar de acordo com as suas necessidades? Está achando
frustrante como tudo funciona no Minix? Chega de noite ao
computador para conseguir que os programas funcionem? Então esta
mensagem pode ser exatamente para você. ..."
Ele estava anunciando a versão 0.02 do kernel
(núcleo) apenas, com alguns comandos básicos, e colocando
o
código fonte à disposição para todos que
estivessem dispostos
a construir. E cada usuário procurava os aplicativos, compilava,
configurava etc. Coisa só de programadores. O mundo respondeu,
milhares de colaboradores de todos os lados.
Chamou-o Freax. Chamaram Linux.
Existia outro projeto, o GNU, encabeçado por Richard Stallman, ativista político do software livre, já com aplicativos mas sem o núcleo Hurd que objetivava criar. Um núcleo sem aplicativos e um conjunto de aplicativos sem núcleo. Dessa união surgiu GNU/Linux.
A
primeira distribuição foi MCC (Manchester Computer
Center),
feita pela Universidade de Manchester.
GNU/Linux ainda é taxado de pouco
amigável.
Isso não é mais verdade. Muitos podem ser instalados
até mais
facilmente do que MS Windows.
O que pode ser mais fácil para instalar um
S.O. do que rodar diretamente de uma mídia removível (CD,
DVD,
pendrive) sem exigir disco rígido? É isso que alguns
GNU/Linux
oferecem, Live-CDs — CDs, DVDs ou pendrives
"bootáveis" — bastando configurar o BIOS para
procurar o sistema primeiro no drive de CD ou USB. Alguns desses
S.O. têm a opção de salvar alterações
pessoais como um
grande arquivo no disco rígido, CD/DVD ou pen, sem interferir em
outros programas e sistemas. Geralmente os Live-CDs permitem
apenas um desses métodos. Puppy, SliTaz
e algumas novas distros permitem todos.
Os pendrives USB possibilitam a mobilidade do
sistema, sem perder os novos dados gravados.
Manter o sistema somente no CD acaba sendo
muito limitante, serve mais para conhecer as diversas
variações, ou como um segundo sistema opcional, que pode
ser
levado na bolsa. Por exemplo, eu tinha um micro de uns 8 anos,
nele usava um misto de Windows 95/98 (para editar e testar a
Concordância) e Puppy. Como Windows não é bom em
conexões na
internet (linuxers acabam ficando muito luxentos), nem no meu
tem gerenciador e acelerador de download, coloquei Puppy para
essas tarefas.
Na verdade há alguns programas para Windows
que nunca foram superados, nem pelas versões posteriores dos
mesmos. Entre eles cito Folio Views 3.11 (1996) e MS Word 6.0
(1993). Especialmente o primeiro, atingiu o estado da arte na
função a que se propunha (gerenciador de grandes textos).
O uso
dos modernos GNU/Linux é intuitivo, menus surgem de qualquer
ponto em que se dê um clique na tela.
Entre suas inúmeras vantagens está
poder
testar e usar vários sistemas operacionais no mesmo micro, e,
desde que não faça particionamento nem
formatação de disco
rígido posterior, sem risco de perder dados. Além disso
não
há incompatibilidade de um para outro e nem entre
versões, os
arquivos criados num sistema podem ser abertos em qualquer outro
GNU/Linux. Este, por sua vez, abre qualquer arquivo escrito em
Mac, OS/2, Windows etc.
As possibilidades e flexibilidade são
tamanhas que existe até quem tenha colocado nove S.O. no mesmo
CD, com um gerenciador de "boot" oferecendo as opções
na inicialização. O nome é MultiDistro. Um projeto
razoavelmente simples: colocar as várias distros no mesmo
diretório, configurar o gerenciador e gravar tudo numa imagem
iso. O limite maior é a capacidade da mídia. Pena que
desde o
início de 2006 não foi mais atualizado, entretanto os
sistemas
podem ser substituídos e gravada nova iso.
Mas a capacidade do Linux vai muito além,
mesmo os programadores e criadores são freqüentemente
alimentados pelas descobertas dos usuários. Ser um linuxer é
estar sempre aprendendo.
A IBM,
Sun Microsystems, Hewlett-Packard, Novell, Corel etc. têm seus
GNU/Linux. É usado em computadores pessoais, supercomputadores,
celulares etc. Dizem que a própria Microsoft usava-o em alguns
de seus servidores, antes do XP, mas isso deve ser maldade do
povo ;-)
Distribuições
Sendo
GNU/Linux somente o kernel com alguns aplicativos básicos, dele
são feitos inúmeros S.O., chamados
distribuições ou distros.
Funcionam de forma muito parecida. A maioria chama o
superusuário de root; tem os mesmos comandos básicos; o
sistema
de arquivos trata discos como diretórios, e nomeia-os
após uma
barra inclinada para frente (seu antigo disco C:\ pode virar
/mnt/hda1, sua câmera digital ou pendrive /dev/sda1 e seu MP3
/dev/sda), enquanto a partição primária onde
está o S.O. é
só a barra (/)...
As maiores diferenças estão na
localização
dos scripts e no uso da
interface gráfica ("ambiente de
trabalho"), onde há imagens que respondem aos cliques do
mouse. Aqui as distros variam das que configuram tudo
automaticamente ou pelo mouse, às que permitem assim quase
só o
uso dos programas e requerem que o S.O. seja configurado em linha
de comando.
Pode parecer uma grande vantagem obter tudo
automaticamente ou dando cliques, programas se abrindo quando a
gente insere um dispositivo USB... Se não souber que é
impossível ter automaticamente os melhores "drivers"
para todos os dispositivos existentes, e que as imagens são
apenas a representação gráfica de uma série
imensa de
comandos ocultos, os quais são responsáveis pela maior
parte do
tamanho, "peso" e erros do sistema.
Por outro lado o usuário sabe exatamente cada
ordem dada pela linha de comando. A desvantagem é ter de decorar
uma lista enorme desses códigos.
O equilíbrio entre esses dois quesitos, a
seleção de módulos e programas nativos, o
entendimento do
princípio KISS (Keep it simple, stupid),
mais o gosto pelas imagens reproduzidas no ambiente de trabalho
gráfico, é que fazem a multidão de distros e
ardorosos fãs.
Alguém pega uma distribuição básica —
geralmente Debian,
Fedora, Gentoo, ou Slackware — inclui alguns itens e exclui
muitos, muda as imagens de fundo e cores exibidas, empacota e
grava tudo numa imagem iso, está pronta uma nova
distribuição
baseada em...
No frigir dos ovos, Linux é Linux.
Patrick Volkerding criou a distribuição Slackware em
1993, a
mais antiga em circulação e até hoje uma
espécie de padrão
de estabilidade. Para quem quer aprender e tirar o máximo do
computador, é a Distro.
Slackware é acusada de ter
configuração
difícil porque requer muita linha de comando. Trabalhosa,
não
difícil, pois bem documentada. Em compensação
é simples, e
falo por experiência própria, sua estabilidade é
espantosa (um
slacker pode afirmar, sem medo, que reset é um botão que
os
fabricantes disponibilizam aos usuários de outros sistemas), e
depois de conhecer o básico dela você será capaz de
instalar e
entender qualquer outra. Além do mais, tem uma gama
fantástica
de opções, desde uma instalação
mínima, para quem quer ou
tem poucos recursos, a uma gigantesca, que inclui ferramentas
completas de programação, rádio amador,
posicionamento global
por satélite (GPS), multilinguagem (Português brasileiro
entre
elas), teclado Braile, reconhecimento de voz até para internet,
transmissão de texto para código morse, VHF/UHF, internet
(todas), editores, gravadores multimídia, gerenciadores e
aceleradores de download, boot múltiplo, Apache... Enfim, serve
tanto a um modesto usuário isolado, como a um grande provedor de
internet, radiodifusoras e redes diversas. Derivadas dela são
Frugalware, Deli Linux, Absolute, Goblinx, Slax, Zenwalk,
Austrumi, Vector, KateOS... Até Puppy bebeu desse açude.
Debian é a distribuição cujas
filhas
alcançaram maior popularidade (estou em 2008). Seu sistema de
gerenciamento de pacotes, que baixa-os da internet e instala,
dizem facilitar muito essa tarefa. É mantida por uma grande
comunidade mundialmente distribuída, e da qual quase qualquer um
pode participar.
A família Ubuntu
(+ Kubuntu, Edubuntu, Xubuntu) é baseada em Debian e, entre as
grandes, tida como das mais fáceis. Suportada por uma grande
empresa Holandesa (Canonical
Ltda.), que chega a enviar CDs gratuitamente
para todo o mundo com o único pedido de que eles sejam passados
adiante para mais gente poder se beneficiar. Vem com
moderníssimos softwares, instalação
automática etc. Mas cobra
seu preço, nem pense em instalar num micro antigo. Entretanto se
você é usuário de Win XP, já tem uma
supermáquina. Mint é
uma derivada que se propõe a ser ainda mais fácil.
Fedora é a versão gratuita da Red Hat,
também uma das distros básicas. Atualização
muito fácil.
Gerencia seus arquivos pelo rpm, sistema muito simples e comum na
internet.
Archlinux
e Gentoo
são das poucas modernas distros ainda dirigidas a quem gosta de
compilar os próprios drivers. Há outro projeto,
não é uma
distro, chamado Linux from Scratch,
que ensina a construir seu
próprio sistema, mas é dirigido a quem já conhece
bem o
assunto.
Entre as pequenas, Puppy (~90 Mb) acho a
melhor, das poucas minis que sei já vir pronta para internet
discada. Ocupa pouco espaço, roda bem rápido mesmo no CD
(que
pode ser tirado do drive depois de iniciada), tem programas para
os usos comuns, bom suporte pela web, boa detecção de
hardware
e foi realmente feita para ser Live-CD. É tão simples que
a
gente duvida possa ser usada como sistema único, mas pode. Se
você não gostar, coisa de que duvido, e tiver um
processador
melhorzinho, de Athlon para cima, com uns 512 Mb de RAM, Slax
Killbill, Knoppix e Famelix já vêm com Wine
pré-instalado.
Kurumin já vem pronta para internet discada,
pode ser usada como Live-CD mas fica muito pesada. É leve se
instalada, tem excelente suporte em seu fórum. Praticamente as
mesmas coisas podem ser ditas de Dreamlinux e Resulinux. Essas
três são dirigidas à semelhança com Windows,
uso do mouse,
facilidade para iniciantes etc. O que não quer dizer que sejam
"fracas". Essas distros, ditas "non source",
não trazem o código fonte para o usuário compilar
de acordo à
sua máquina e vontade, assim ele fica dependente do que os
desenvolvedores disponibilizam (geralmente todo o necessáro). O
trabalho é dado pronto, mas não há a liberdade do
usuário de
uma distro mãe, que pode compilar seus programas, kernel e tudo
mais.
No Brasil há: Dreamlinux,
Kurumin,
Resulinux,
Big Linux, Bit Linux, Dizinha,
Famelix,
Goblinx,
Neo
Dizinha, Insigne...
Se pretende migrar, experimente várias, em
Live CDs ou instaladas, para descobrir a que mais conforma-se à
sua personalidade. Basta ir ao site de cada uma e fazer o
download. Quase todas têm suporte ao português. Tendo
espaço,
faça instalação completa, depois que se
familiarizar você
tira a gordura. Se tiver internet discada e quiser experimentar
somente em CD, comece pela Puppy ou Kurumin Light que têm menos
de 100 MB. As outras geralmente têm Live CD mais como amostra do
que como sistema realmente funcional.
Teste Slackware,
Crux,
Debian,
Fedora,
Knoppix,
Morphix, OpenSUSE, Puppy,
Solaris, Absolute...
Esqueci alguma? Muitas, só no Distrowatch deve ter mais de 500.
Para
facilitar a escolha, responda sim ou não às seguintes
perguntas.
1) Sabe e ou gosta de configurar seu computador em linha de
comando (prompt), e se vira no inglês "informático"?
2) Gosta de saber como funcionam as coisas por trás das telas?
3) Já entrou e fez alguma alteração (ou saberia
fazê-lo se
quisesse) no BIOS/CMOS/Setup do micro, sabe quantos Mb tem de RAM
e quanto dela é destinada ao vídeo?
4) Sabe o que são as diversas placas e componentes (motherboard,
rede, modem, serial, PCI...), o nome e fabricante das suas (pelo
menos acha que seria capaz de descobri-lo se quisesse),
diferença entre mouse serial, USB e PS/2?
5) Quando seu micro precisa ser consertado ou reconfigurado você
chama um técnico, sem antes fuçar pelas entranhas do
soft- ou
hardware pelo menos alguns dias?
6) Só sabe dar cliques no mouse, digitar seus textos, ver suas
imagens, e não é capaz de configurar o sistema se
não houver
ícones (com perguntas tipo sim ou não) para clicar?
Chegado até aqui, você deve se
interessar um
pouco que seja por informática, tem alguma aptidão e pode
ingressar no mundo GNU/Linux.
Se respondeu sim à primeira e a pelo menos 2
das 3 questões seguintes, você provavelmente
gostará de
distros mães (entre as quais se dão as maiores
diferenças
internas no GNU/Linux), que têm uma infinidade de recursos,
podem ser configuradas para dar o máximo ou para ser usadas num
micro velho, mas lhe pedem algum trabalho. Sua distro pode ser
Slackware, Debian, Fedora... Agora, se às 4 questões
você deu
enfáticos "sim" e quer mesmo aprender, comece por
Slackware.
Se respondeu sim somente às 2 últimas
questões, você quase certamente teria dificuldade
até para
instalar uma distro mãe, e se instalasse não saberia o
que
fazer após o reboot.
É melhor usar uma das filhas, preferentemente com os diversos
serviços pré-configurados de forma a servir a todos os
tipos de
micros e usuários, ainda que à custa de menor rendimento
ou
maior consumo de recursos. Leia primeiro suas características em
cada site: Kurumin, Dreamlinux, Resulinux, Famelix, Ubuntu etc.
Seja qual for seu caso, saiba que se o sistema
colocá-lo numa linha de comando antes de aparecer o ambiente
de trabalho gráfico, você precisará entrar
com o login
<root> ou outro que você tenha criado, talvez colocar a
senha, e depois digitar <startx>. X é o nome que se
dá ao
ambiente gráfico. Este parágrafo serve apenas para os
mais
ousados que resolverem instalar GNU/Linux sem outra leitura. O
criador da Goblinx me disse que instalou Slackware sem fazer a
mínima idéia de como fosse; quando o sistema iniciou e
colocou-o numa linha de comando, ele ficou parado olhando aquela
tela preta sem saber como sair dali :-)) Bem, ele sabia usar o reset.
Mas fique tranqüilo, isso só acontece nas distros
mães.
Abaixo está uma
resumida linha do tempo, não inclui centenas de distros.
Veja de qual gosta mais, jeito de funcionar,
instalar e desinstalar programas, filosofia, se os vários
módulos e bibliotecas necessários já vêm nos
CDs ou se
precisam de Internet (limitação para quem tem acesso
discado),
detecção de hardware etc. Não valorize se a
aparência é mais
semelhante ao que você já conhece (a não ser que
goste de
imitações), nem o tamanho (uma distro de 90 Mb pode ser
tão
boa quanto uma de 700+ para o usuário comum), nem se ela faz
exatamente aquilo que você quer — quando aprender a usar,
todas farão — observe é se ela faz as coisas do jeito que
você pensa devam ser. Faça uma visita a http://www.distrowatch.org.
São inúmeras, uma mais linda que a outra.
Por ex., fico
incomodado quando não sei quais os arquivos instalados e nem
onde o sistema os coloca, isso acontece principalmente no
Windows, mas também no Debian e em todos que fazem
instalações
automáticas. Não me importo de instalar por linha de
comando,
afinal isso reforça o aprendizado, entretanto quero escolher se
usarei pelo mouse ou pelo teclado. Além do mais, gosto de
sistemas totalmente eficientes, mas simples e sem firulas, sem
enfeites desnecessários, sem pirotecnia. Então achei
ótimo o
Slackware — que não é dos mais populares entre os
iniciantes, mas corresponde exatamente ao que eu procurava.
Digamos que você tenha um disco com
espaço
de sobra, uns 5 Gb já servem para os Linux mais elefantosos. Sem
usar Live-CD, e após backup
de seus arquivos, terá de
reparticionar o disco para fazer a instalação e swap.
Há
programas que fazem isso sem detonar o que já estava instalado,
e coloque sempre o GNU/Linux após Windows (este tem um problema genético que não
o deixa
reconhecer outros sistemas e impede o S.O. anterior de iniciar).
Escolha usar uns 4.75 Gb do que tem livre como Linux primária,
mais uns 250 Mb de swap (se tiver 256 ou menos de RAM, senão
pode até ser menor, mas tem de ser maior do que sua RAM se
quiser fazer hibernação). Depois o instalador irá
orientando
seus passos, e se errar volta e faz de novo. Quando estiver tudo
funcionando, e enquanto não se definir por uma distro, o segredo
é não guardar seus arquivos pessoais, dados de pacientes
etc.
na partição Linux. Salve-os sempre no disco que já
estava
formatado antes. Assim você trocará de sistema quantas
vezes
quiser, até acertar com seu gosto. E se usar Live-CD, aí
nem
particiona nada, no máximo salva um arquivo e pronto.
Se você tem um computador "velho",
que já não roda novos programas para Windows, HD pequeno,
pouca
RAM. Não pense que ele é sucata. Funcionará como
novo se
ligado em rede com outro mais potente. Ou SliTaz
(25 MB), DeLi,
Damn Small (50 MB, monitor de 14 pol.), Dizinha, Neo Dizinha,
Puppy e várias outras poderão dar-lhe novo alento e
torná-lo
rapidamente útil até para acesso à internet
(discado ou banda
larga), montar uma rede de uso doméstico ou educacional, lan
house etc.
Agora, se o computador novinho, cheio de RAM,
age como um velho, não pense em afogá-lo num balde de
Bar-c,
coloque GNU/Linux e pilote seu supersônico.
Acham-se GNU/Linux minúsculos, de 1.44 a 12
Mb, para fins específicos: restauração de
sistemas,
multimídia etc. Há também os destinados a modernos
micros de
64 bits. Bem como muitos que podem correr dentro do Windows, sem
usar máquina virtual. E os que ocupam um DVD ou vários
CDs de
instalação.
Futuro
Todas
as escolas deveriam usar GNU/Linux. Ganhariam em eficiência,
desestimulariam a pirataria e seus alunos realmente aprenderiam
informática. Afinal de contas, o que sabe do assunto
alguém que
somente liga o micro e dá cliques na tela? Coloque GNU/Linux num
colégio, permita aos alunos acesso em banda larga à
internet, e
em 2 anos terá muitos programadores mirins. A garotada
levará
algum tempo inicial para se aprofundar no assunto, mas depois a
disseminação desse conhecimento será como por
contágio. Já
houve quem tenha feito a experiência de instalar Linux nos
micros da sala de aula sem dizer nada aos alunos, e eles nada
notaram. Claro que foi uma distro bem configurada para essa
finalidade, mas os alunos teriam dificuldades com qualquer outro
sistema mal configurado.
Crianças são curiosas por natureza, e
quase
só usam computador para jogar e imprimir trabalhos escolares.
Com joguinhos open source
elas iriam às minúcias da
programação para modificá-los, fazer brincadeiras
com os
colegas etc. E, sem perceber, estariam desenvolvendo a
criatividade e aprendendo a programar. Jogos de código fechado
(proprietários) desenvolvem alguma coisa além da
capacidade de
ficar sentado horas a fio realizando reflexos condicionados?
Os
maiores diferenciais do GNU/Linux são a estabilidade,
segurança, aprendizado. Há uma invenção de
um linuxer genial,
Bram Cohen, é o BitTorrent. Esse software permite que os
computadores ao mesmo tempo em que baixam um arquivo, também
sirvam upload do mesmo.
Assim, o servidor original fica tanto
mais rápido quanto mais computadores o acessem. Ainda não
entendeu? É o contrário do mundo da velha
informática, quem se
serve vira servidor, e é considerado de má
educação quem não
mantiver a conexão por algum tempo após terminar o download. Os
mais engajados mantêm-se conectados permanentemente — e sem
travamentos.
Aliás, respeito e educação
são muito
cobrados no mundo GNU/Linux. Se alguém coloca num fórum
uma
dica, tutorial etc. de outro autor, e não cita a fonte, quase
certamente receberá um puxão de orelha dos leitores que
por
ventura já a tenham lido e saibam a origem. Assim como pelo
desrespeito as termos da licença de uso dos softwares.
Quem programa para Linux não pensa em
estimular a compra de um micro novo a cada dois anos, não quer
esconder os bugs, criar incompatibilidades para explorá-las
comercialmente... Pelo contrário, expõe seu código
fonte e
pede que melhorem-no. Motivo de orgulho é rodar no maior
número
de sistemas e com o mínimo hardware. Daí a alta qualidade
e
diversidade. Trabalhos de amor e dedicação de pessoas
espalhadas pelos quatro cantos, com as mais diversas culturas e
idades.
O pingüim é maravilhoso.
Como dizem os geeks, divirta-se.
Elias Carlos Zoby
Usuário Linux 450707
Referências: Wikipédia, DistroWatch, e os discos e sites das várias distribuições citadas.