A
possibilidade de transformação de ferro em aço, novas fontes de energia e o
surgimento de motores elétricos e a combustão marcaram a Segunda Revolução
Industrial. A Primeira, apesar de ter por característica o livre comércio, já
carregava as sementes que produziriam a concentração de capital.
O advento
dessas modificações decorreram num aumento da produção industrial com os
mercados nacionais não conseguindo absorver os excedentes. O mundo capitalista
passava por uma crise. Monopólios, grandes empresas que dominam um ramo
do mercado, levaram à superprodução. Esses monopólios formaram trustes,
fusão de empresas em uma única, que passaram a controlar todas as fases da
produção. Da obtenção da matéria-prima à venda do produto final. Também surgiram
os cartéis. Nestes os monopólios se unem, estabelecendo preços que
agradem a ambos, qualidade do produto ou até mesmo a eliminação de algum
concorrente. Nesse mercado capitalista sufocante pequenas e médias empresas são
logo abocanhadas pelos monopólios. Sobrevive quem tem maior capital.
A partir de
1873, como dito anteriormente, os mercados nacionais não mais absorviam tudo o
que as empresas produziam. Era a crise capitalista. O que fazer então? Exportar
capitais para os países não industrializados, ou seja, neocolonizar.
Imperialismo é o nome dessa nova fase do capitalismo. Os imperialistas
investiam fazendo empréstimos baseados em estratosféricas taxas de juros aos
países dominados ou então tornavam-se donos de bancos, fábricas, plantações e
minas dos países colonizados dominando-os política, militar, administrativa e
economicamente. Esses mercados seriam fornecedores de matérias-primas e
consumiriam a produção industrial de seus dominadores.
Nações
perderam e ainda perdem sua soberania e ficam sob domínio estrangeiro. Os
monopólios, as multinacionais hoje, roubam, sugam todas as riquezas naturais
das "colônias". Mas um dilema atormentava as potências mundiais.
Afinal, quem exploraria quem? Para resolver essa crucial questão, em 1885
reuniram-se 14 países europeus mais os EUA. A Conferência de Berlim, como ficou
conhecida, cortaria a África dividindo-a entre os 15 parasitas. A Alemanha e a
Itália, que se unificaram relativamente tarde, consequentemente sem tanto poder
político não tiveram as partes desejadas na partilha. Não gostaram da idéia e
as "potências" mundiais resolveram essa questão mais tarde, na 1a.
Guerra Mundial. Desse modo decidiram o futuro da África.
Os países
latino-americanos já colonizados sofreram a neocolonização, onde, além de
"doar" matéria prima à metrópole foram obrigados a consumir os
produtos industrializados que vinham do exterior. Não possuíam (e quase a
totalidade ainda não possui) liberdade política, econômica, social e
individual.
Sem qualquer
consulta aos africanos, latino-americanos e asiáticos e não se preocupando com
as vidas destes, os arrogantes colonizadores tomaram conta da África como se
estivessem fazendo um favor. Sob a prerrogativa de levar a tecnologia, a
industrialização, o desenvolvimento e a civilização para os países
"atrasados" os imperialistas os exploraram até sua morte. Mas muitos
não aceitaram essa abominável situação de modo passivo. Lutaram duramente por
suas vidas, dignidade e direitos. Suaram sangue, lutaram heroicamente. Porém
não podiam combater as metralhadoras, canhões e fuzis imperialistas. Cidades
eram queimadas, mulheres estupradas, crianças assassinadas, homens explorados e
torturados. SALVE A CIVILIZAÇÃO!!!
A economia de
subsistência e comunitária foi substituída por plantations, latifúndios monocultores
extrativistas exportadores exploradores. Tudo o que era colhido ia para os
colonizadores. Milhões de pessoas morreram lutando apenas para poder..... viver
livremente. Mas a busca capitalista pelo lucro incessante não permite tão
singelo anseio. As potências capitalistas são ricas hoje graças a décadas de
vexaminosa exploração sobre os países em grau menor de industrialização. Até
mesmo sobre o Brasil os tentáculos imperialistas atuaram. Ainda nos dias de
hoje temos nossos recursos sugados pelas multinacionais com o consentimento do
nosso governo federal.
Caro leitor,
não é o momento de nos unirmos para encerrar esse ciclo de exploração desmedida
a que somos submetidos por esse sistema indigno? É hora de darmos um basta
nessa situação absurda onde somos regidos por um punhado de capitalistas. Temos
de lutar por uma vida absolutamente democrática.
Urge o tempo
de se fazer justiça.