Nazismo: Facismo alemão

 

Como já está dito no título, nazismo é o fascismo da Alemanha e, para compreendermos o nazismo, precisamos compreender o fascismo. Para facilitar a explicação dividimos o tema em duas partes.


Fascismo


O fascismo é uma ditadura de extrema-direita, apoiada pelos grandes empresários, com o objetivo de impedir a chegada da esquerda ao poder. Entenda um pouco sobre o regime fascista no texto abaixo.


O Fascismo é Principalmente Anti-Comunista


O ódio a tudo parecido com igualdade, trabalhadores construindo seu próprio destino, à fraternidade entre os povos. Elitistas, os fascistas imaginavam um regime em que a elite "superior biológica e intelectualmente", deveria dominar o mundo.

 


O Fascismo é Antiliberal


Os fascistas dizem que a democracia é um regime fraco pois permite que os enganadores do povo cheguem no poder. Por isso defendem uma ditadura em que todos rastejem diante do grande líder fascista. No regime fascista não existem eleições, liberdade de imprensa, toda a oposição ao governo vai pra cadeia, livros incômodos são queimados, os professores que falam demais são presos.

 


O Fascismo é totalitário 


O indivíduo deve se subordinar completamente ao Estado. O que o governo quer, devemos querer. Nas escolas as crianças decoravam cartilhas que diziam: "A maior virtude é a obediência. Por que devemos obedecer? Por que devemos obedecer." Ou então: "Crer para obedecer, obedecer para crer." O Estado proibia obras de arte moderna, esterilizava mulheres e mandava abortar à força. Todas as pessoas eram fichadas e controladas pela polícia política. Qualquer deslize ou simples suspeita levava aos campos de concentração.

 


O Fascismo é Militarista 


Para recuperar a economia o governo incentivou a industria bélica. Além disso os fascistas falavam o tempo todo em "restaurar a ordem". O objetivo era transformar o país num acampamento militar. Do mesmo jeito que um soldado devia obedecer cegamente ao oficial, o trabalhador devia obedecer seu chefe, o indivíduo devia obedecer ao Estado. As mulheres deviam parar de trabalhar fora e fazer faculdade para se limitarem as tarefas domésticas.

 


O Fascismo é Conservador 


Não se engane: o objetivo do fascismo era manter o capitalismo vivo e o proletariado oprimido. Entretanto, o jeito deles falarem, tocava os sentimentos antiburgueses do povo. Os fascistas falavam que iriam reprimir os "maus empresários" e combater a ganância dos banqueiros. Falavam em restaurar o nível de desemprego, diminuir a inflação e aumentar os salários.

 


O Fascismo é Nacionalista

Um nacionalismo doentio, xenófobo (ódio a tudo que é estrangeiro). Assim o estrangeiro sempre era visto como inferior ou hostil.

 


O Fascismo é Racista 


Os povos não europeus eram vistos como vermes desprezíveis. Os judeus eram acusados de tudo de ruim que acontecia. Foram usados como bode espiatório. Hitler chegou a inventar uma tal de raça ariana (que nunca existiu), representadas pelos alemães puros, loiros, altos, nazistas, e que deveria exterminar os outros povos. Em vez de revelar a culpa da burguesia pela crise econômica, os fascistas empurravam a culpa para cima dos judeus.

 


O Fascismo é Irracionalista 


Nada disso que foi dito acima precisa ser muito justificado racionalmente, com argumentos lógicos e consistentes. A idéia básica era que a "verdade é tudo aquilo que o mais forte consegue impor". Assim, por meio da violência, os fascistas calavam adversários e impunham suas vontades. Outra idéia é que os impulsos dos instintos são mais fortes que os do raciocínio e que, por isso, devem ser controlados. Diziam eles: "A justiça, a verdade e a moral são meras convenções criadas pelos fracos para impedir o saudável domínio dos mais fortes." Goebbels, ministro de Hitler, gostava de dizer: "Uma mentira repetida mil vezes se torna uma verdade". Ou seja, por meio de uma hábil (muito, muito hábil) propaganda política procurava seduzir a população. Outra frase de Goebbels: "Quando ouço falar em cultura, sinto vontade de sacar o meu revólver." Não é à toa que os fascistas odiavam tanto as filosofias racionalistas, como o iluminismo e o marxismo.

 

FASCISMO

 

A Origem do nome Nazista

Nazista é a abreviatura de National - Sozialistische Deutsche Arbeiterpartei, que em português quer dizer Partido Nacional - Socialista dos Trabalhadores Alemães. Apesar do nome, os nazistas nada tinham de trabalhadores: seu principal apoio vinha dos grandes empresários. A palavra socialista era tão apreciada pelos trabalhadores que não tiveram a coragem de utilizá-la, embora fossem inimigos da democracia e da igualdade social, defendendo o capitalismo com garras e canhões. O nacionalismo nazista teve como resultado o ódio a outros povos e a guerra.


Terminada a Primeira Guerra, a Alemanha mergulhou numa crise terrível. Os vencedores trataram de arrancar dela tudo o que podiam. Mas deixaram o parque industrial praticamente intacto.

De 1919 a 1923 o KPD (Partido Comunista da Alemanha) tentou por diversas vezes tomar o poder por meio de levantes armados e foi brutalmente esmagado pelo exército. Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht, líderes do KPD, foram mortos a coronhadas pela polícia e tiveram seus corpos atirados no esgoto.

Em 1919 foi promulgada a nova constituição. Ela estabelecia um regime de democracia liberal e deu início a República de Weimar, que só encerrou após a tomada do poder pelos nazistas em 1933. No governo estavam membros do Partido Social-Democrata (SPD). Friedrich Ebert e Schneidermann, aliados da burguesia.

Para pagar a dívida pública e recuperar a economia, o governo começou a fabricar dinheiro sem parar. O resultado foi uma louca inflação. Donas de casa levavam baldes de dinheiro para comprar um pãozinho.

De 1924 a 1929 a economia mundial se expandiu. A Alemanha recebeu empréstimos e investimentos dos EUA por meio do Plano Dawes, a contribuição norte americana para a recuperação alemã. Portanto,

e uma grande mentira esse papo de que os nazistas teriam levantado o país.

Veio então a crise de 1929 devastadora e cruel. Classe média apavorada, comunistas conquistando cada vez mais votos para o parlamento. Paralelamente crescia o partido nazista.

Hitler e seus capangas tentaram dar um golpe de Estado em 1923. Foi o Putsch da Cervejaria. Não deu certo e ele foi preso. Entretanto, os juízes o condenaram a uma pena bastante branda. A cadeia foi mesmo um período de descanso. Lá, Hitler escreveu Mein Kampf (Minha Luta), que é um primor de ódio à humanidade. Misturando filosofias irracionalistas com racismo e autoritarismo. Hitler defendia o domínio do povo alemão sobre o resto do mundo.

Com a crise de 1929, os nazistas começaram a crescer nas eleições para o parlamento. Acusavam os judeus de ganância e exploração do povo. Diziam que era preciso se vingar da derrota na Primeira Guerra causada pela traição dos judeus e comunistas. Defendiam a expansão do espaço vital, ou seja, o domínio da Alemanha sobre territórios de outros países. No caso da invasão do Corredor Polonês, Hitler dizia: "povos de mesmo sangue devem viver sob o mesmo Estado", e, baseado nesse princípio, empenhou-se em reintegrar essa região, injustamente "roubada" da Alemanha aliás, ao Estado alemão. Convenciam os operários a não lutar por seus direitos pois na Alemanha todos seriam iguais por pertencerem a raça ariana. O racismo ocultando a luta de classes. Diziam ainda que a raça ariana devia escravizar as raças inferiores. O racismo justificando o imperialismo.

 


A Origem do Partido Nazista 


O Partido Nazista foi fundado numa cervejaria em Munique por um obscuro viciado em cocaína. Pouco depois recebeu a adesão de Hitler. Adolf Hitler era austríaco, ex-cabo do exército na Primeira Guerra. Tinha poucos estudos e, a contragosto, obrigado pelo seu pai, tentou se tornar pintor, mas não conseguiu, por falta de talento e vontade. Frustrado socialmente, porém habilíssimo no uso da palavra (dizia que os maiores marcos da história devem mais aos grandes oradores que aos grandes escritores), organizou um bando de fanáticos obedientes a seu comando.

Inicialmente o nazismo atraiu os Lumpem (vagabundos): ex-combatentes desempregados, mendigos, viciados, policiais e criminosos de toda espécie. Formavam a SA, isto é,  as Stürmabeitlungen, divisões de assalto. As brincadeirinhas eram conhecidas: ataques a comunistas, operários e sindicalistas. Os empresários financiavam as ações terroristas com um dinheiro que dava pra comprar umas salsichas e cerveja.


A ascensão eleitoral dos nazistas foi espetacular. Quanto mais avançava o desemprego mais eles elegiam parlamentares. Mas os comunistas também aumentavam sua votação

Pouco antes da tomada do poder pelos nazista, Hitler concorreu as eleições presidenciais (março de 1932). Teve 36,8% dos votos e ficou em segundo. von Paper, um político tradicional obteu 53% e venceu as eleições. Ou seja, pouco antes da tomada do poder pelos nazistas o povo alemão disse NÃO a Adolf Hitler. Nas eleições parlamentares de novembro de 1932, os nazistas começaram a perder cadeiras. Elegeram 196 deputados contra 211 dos comunistas e social-democratas juntos. Logo depois os maiores megaempresários alemães assinaram uma lista que exigia Hitler como primeiro ministro. Inseguro, von Papen cedeu. Infelizmente a esquerda estava desunida. O KPD (partido comunista) e o SPS (social-democrata) trocavam acusações. Conclusão: os nazistas foram comendo pelas beiradas.

Nas ruas, comunistas e nazistas se enfrentavam com socos, pedradas e tiros. A polícia gostava de ficar do lado dos nazistas. De repente, o parlamento foi incendiado por ordem de Hitler. Mas os nazistas histéricos acusaram os comunistas. Pretexto para acabar com a democracia. Os sindicatos livres foram banidos por tropas armadas e todos os partidos, menos os nazistas, foram extintos. A lei proibia qualquer greve. Campos de concentração começaram a se encher de presos políticos. Uma tenebrosa noite se abateu sobre a Alemanha. Operários transformadas em escravos, livros atirados a fogueira, perseguição aos judeus e homossexuais, comunistas torturados até a morte, seres humanos usados como cobaias em experiências científicas.

O governo iniciou um programa de obras públicas, num plano parecido com o New Deal de Roosevelt nos EUA. Para estimular a economia, a industria bélica foi muito incentivada. O resultado só poderia ser a guerra.

Em 1934 Hitler mandou assassinar Röhm, chefe da tropa SA, um grupo paramilitar praticamente autônomo. Depois disso as SS (tropas de proteção) tornaram-se a maior força policial do país. Elas controlavam a polícia secreta criada por Göring, a Gestapo (Geheime Staatspolizei), que provocava terror em toda a população.

O Poder nazista estava consolidado. A Segunda Guerra Mundial seria uma questão de tempo.


Porém muito cuidado ao falar, ler ou ouvir sobre o nazismo. Sobre o mesmo existem muitas mentiras e grandiosas manobras políticas foram realizadas para denegrí-lo.  O que foi feito durante a guerra pelos alemães não foi nada pior do que os EUA, a França e a Inglaterra fizeram. Porém, estes venceram a guerra e nos contam a história de acordo com os seus interesses. O que criticamos são os princípios ditatoriais do nazismo, colocando o poder do proletariado em segundo plano, sendo, portanto, tal regime, inaceitável. A imprensa atual, dominada por judeus, tende a santificá-los. Porém,  não podemos esquecer que há 50 anos eles tomavam, através de intervenção da ONU, posse de terra palestina por direito para a criação do Estado de Israel, e hoje são contra a criação do Estado Palestino. Fato ultrajante. Um último fato que nos leva a pensar, não sobre os princípios nazistas, mas sobre a Segunda Guerra Mundial: os países Aliados dessa guerra, portadores dos arquivos secretos sobre a mesma, permitiram a sua abertura somente em 2018. Me diga sagaz leitor, será que esse elástico prazo é para que todos os norte-americanos, franceses e ingleses envolvidos em atrocidades de guerrilha já estejam mortos e não sejam devidamente punidos. A verdade, acima de tudo, deve reinar.