Existem Discos Voadores? Existe Vida
Inteligente fora da Terra? Os extraterrestres nos visitam?
Neste momento, o internauta poderá estar questionando: o que leva um médico a
colocar um tema como esse na sua home-page? A resposta não é simples, mas
pouco importa. Quem sabe o dono da home-page é um aficcionado do assunto? Não
existe gente que gosta de futebol? Bem, o que interessa mesmo não é
isso. O fato é que, com muita frequência, em consultório,
principalmente de Psiquiatria e Clínica Geral, algum cliente questiona o
médico sobre a existência de disco voadores, extraterrestres, etc. O médico,
para não passar por doido, diz que não e logo pergunta ao paciente se por
acaso ele está vendo esse tipo de fenômeno. O Cliente também diz que não e
assunto pára por aí. Mas, afinal, o que há de verdade por trás disso
tudo? As possíveis explicações são as seguintes:
Quatro perguntas básicas são sempre formuladas quando se aborda o fenômeno
UFO:
1- O
que é o fenômeno UFO?
2- Qual a sua
origem?
3- Qual a
tecnologia envolvida?
4- Quais são as
intenções dos extraterrestres?
Diversas hipóteses tem
sido apresentadas a
respeito do que
são e de sua possível origem: extra-planetários, intra-planetários
(proviriam do centro da Terra),
viajantes do
tempo, viajantes dimensionais (proviriam de dimensões paralelas ou de universos
paralelos), anjos, demônios,
etc.
Em virtude dos fenômenos psíquicos envolvidos, a explicação deve envolver
necessariamente a parapsicologia,
quando não o
ocultismo e o esoterismo. Tudo isso, naturalmente, repugna a ciência ortodoxa
acadêmica, que não
se arrisca a
estudar o assunto, nem que este tivesse a explicação simplista extra-planetária.
A ciência se recusa a acreditar que visitantes longínquos sejam capazes de
vencer as tremendas distâncias
inter-estelares,
isto porque acredita firmemente que a velocidade da luz seja a velocidade limite
do universo. Esse
limite, que se
deduz matematicamente da teoria da relatividade de Einstein, é também um
limite paradigmático que,
como fronteira
intransponível, cerca e reprime inexoravelmente a imaginação dos cientistas.
Infelizmente, esses
tendem a crer
que os atuais conhecimentos científicos são definitivos, quando a história da
ciência prova exatamente o contrário. No ritmo atual, apenas cem anos de
progresso científico e tecnológico transformariam a ciência em
contudo,
é a ciêncalgo
irreconhecível,
indistinto da magia.
Mesmo atualmente, se todo o conhecimento científico que vem se acumulando das
pesquisas secretas militares e
de laboratórios
avançados governamentais pudesse ser publicada, a ciência tradicional sofreria
forte impacto
conceitual, e
teria que rever muitos de seus fundamentos. Entretanto, em virtude dos segredos
industriais e
militares,
ainda deverão decorrer talvez até décadas, antes que se possam publicá-los.
Alguns pesquisadores afirmam que alguns dos UFOs possuem procedência
terrestre, e que são parte de uma
tecnologia
secreta e avançada norte-americana. Essa opinião decorre de alguns revelações
feitas no pós-guerra,
atribuídas a
alguns oficiais nazistas. De acordo com o ex-oficial dos Serviços Técnicos
Especiais do exército
alemão, Ulbricht von Rittner, quando as tropas norte-americanas ocuparam a
parte ocidental da Alemanha, uma
organização chamada Joint Intelligence Objective Commitee foi encarregada de
reunir materiais, equipamentos e
estudiosos alemães
(entre os quais o famoso Wernher von Braun, que chegou a chefiar os projetos
espaciais
norte-americanos)
e levá-los para os Estados Unidos. Essa organização levou 15.000 toneladas de
material,
incluindo
planos militares, segredos e projetos de novas armas. Além das bombas V-1 e
V-2, os cientistas alemães
estariam
desenvolvendo outros projetos, que iam da V-4, um foguete de 52 toneladas capaz
de alcançar uma
distância de
15.000 quilômetros, a até 10.000 quilômetros por hora, até outros mais avançados,
tais como as V-8 e
V-9, cujo esboço
lembraria a forma arredondada dos discos voadores.
A ciência (que Carl Sagan define muito mais como um modo de pensar, do que como
um corpo de conhecimento),
ou
a evolução da ciência, se faz pela superação de paradigmas, como bem
descobriu Thomas Khun. Tal,ia acadêmica, produzida nas universidades e expressa
nos jornais e revistas científicas de todo o mundo.
Aquela
produzida nos centros militares mais avançados, embora com os mesmos
fundamentos, pode ter
premissas e uma
base de sustentação teórica talvez bem mais avançada do que a da ciência
conhecida e
tradicional.
Por outro lado, e paradoxalmente, sabe-se que mesmo produções científicas de
cunho avançadíssimo
são
marginalizadas por ter sua origem fora dos muros acadêmicos. Cientistas como
Heaviside, Fillipov, Tesla (do
qual se diz que
antecipou a ciência do século XXI) e outros considerados excêntricos pela
comunidade científica,
ainda possuem
centenas de páginas de pesquisas não analisadas, embora se saiba que eram gênios
de altíssimo
quilate. Mesmo
aqueles aceitos pelo sistema, tais como Norbert Wiener, von Neumann e mesmo
Einstein, bem
como outros de
menor estatura científica, mas autores de importantes descobertas que a ciência
acadêmica se
recusa a
pesquisar (do qual o melhor exemplo é o do cientista norte-americano Townsend
Brown, descobridor do
efeito
Biefeld-Brown, relativo à antigravidade), de todos estes, nem toda a sua produção
científica foi totalmente
entendida e
investigada.
A desinformação
técnica e científica da população, por outro lado, faz com que certas
divulgações, muitas vezes,
sejam tomadas
literalmente como ficção.
Desde há alguns
anos, vem ocorrendo (principalmente na Espanha) um estranho fenômeno sem
explicação.
Alguns
pesquisadores começaram a receber estranhas mensagens pelo correio, mensagens
estas com um
conteúdo científico
e tecnológico extremamente sofisticado; as mensagens atribuem a si próprias
uma pretensa
origem alienígena,
e seus autores seriam provenientes de um planeta denominado Ummo. Um dos mais
abalizados
e bem
informados pesquisadores de UFOs, o francês-americano Jacques Vallée, acredita
que o fenômeno seja
uma farsa,
parte conspiração e parte experimento sociológico, e que seu conteúdo não
passa de pseudo-ciência.
Ele acha que as
informações científicas disseminadas seriam parte dos estudos não publicados
do cientista russo
Andrei Sakharov.
Entretanto, é sabido que alguns físicos franceses de altíssimo gabarito estão
estudando
sigilosamente
as teorias físicas apresentadas em tais documentos, o que não seria o caso se
eles não contivessem
um conteúdo
verossímil.
Não se sabe se tal conhecimento científico foi aceito pela ciência oficial;
entretanto, certas evidências fazem
presumir
que esse conhecimento tenha sido recolhido por setores militares de pesquisa.
Uma obra (literária?) extensa, que vem sendo publicada recentemente em vários
volumes, tem sido mal
interpretada e
recebida como ficção, inclusive por alguns especialistas que a estudaram. Tal
obra, denominada
Operação
Cavalo de Tróia, apresenta a mais incrível e bem documentada seleção de
conhecimentos científicos
jamais
apresentada em uma obra não acadêmica. Uma ciência avançadíssima, com
termos técnicos corretos e
conceitos
extremamente bem fundamentados, é apresentada em notas de pé de página,
acompanhando a narrativa
principal. Com
exceção da antigravidade, toda a tecnologia presumidamente envolvida nos UFOs
está,
igualmente, extensamente descrita em detalhes, nessa obra. A semelhança dessa
descrição com aquela
apresentada nos
documentos de Ummo levaram alguns pesquisadores a presumir que o dito autor da
obra, o
espanhol J. J.
Benitez, teria plagiado estes documentos. O volume de conhecimentos específicos
e especializados
ventilado nessa
obra é, na verdade, tão grande, e tamanho o nível de detalhismo técnico, que
seria impossível que
um
leigo, com formação superior unicamente em jornalismo, como é o caso de
Benitez, o abarcasse em seu todo,
mesmo porque o
nível de descrição é muito mais profundo do que aquele que resultasse apenas
de consultas a
enciclopédias
especializadas. Apenas quem tenha profundo conhecimento científico
(conhecimentos médicos, de
engenharia
espacial, históricos, etc) e esteja profundamente familiarizado com a linguagem
científica (ou então
somente uma
equipe de especialistas) seria capaz de escrever essa obra. Da astronomia e
agronomia à zoologia,
todos os campos
e especialidades do conhecimento são nela abordados, com profundidade de
especialista.
Benitez, por
seu lado, talvez surpreendido pela transformação da obra em best-seller,
reluta em revelar a sua
verdadeira
origem. Esta, no próprio texto, afirma ser um diário (escrito por um major
norte-americano enquanto
realizava
experiências para um organismo secretíssimo de pesquisas dos EUA), o qual
acabou, pela vontade do
major, por cair
nas mãos de Benitez, que o publicou. A narrativa principal do diário refere-se
a uma pretensa
viagem no
tempo, voltando à época de Cristo, realizada pelo major, a bordo de uma espécie
de módulo lunar.
As informações técnicas apresentadas em notas de pé de página
corresponderiam às etapas e procedimentos
relativos às
pesquisas e conhecimentos científicos envolvidos, ressalvada uma pré-censura
realizada pelo próprio
major para
evitar externar conhecimentos de âmbito restrito e secreto. Vários aparelhos
de sofisticada tecnologia
são descritos,
sendo que de muitos deles jamais se ouviu falar; outros, entretanto, por incrível
que pareça,
correspondem a
equipamentos que somente muito recentemente foram colocados no mercado (a viagem
do major
teria sido
realizada em 1973). Só para dar alguns exemplos, o microscópio de tunelamento
e o sistema de
exploração do
corpo por ressonância magnética são descritos na primeira edição do livro
(1984), muito antes
desses
equipamentos se tornarem disponíveis aos estabelecimentos hospitalares e de
pesquisa.
No diário, o major revela que os conhecimentos científicos e tecnológicos
utilizados para construir os
sofisticadíssimos
equipamentos que tornaram possível a viagem no tempo, foram trazidos pela CIA
da Europa.
Ora, nessa época
(e mesmo atualmente), a ciência praticada nas universidades e centros de
pesquisas europeus
não
estava tão avançada assim, e se a CIA recolheu este saber (como afirma o
major) na Europa, não foi no
ambiente
universitário. Segundo esses conhecimentos, a cosmologia e a física quântica
modernas estariam
apoiadas em
premissas erradas; o espaço e o tempo não teriam uma existência real, porque
seriam determinados
pelas partículas
primordiais do universo (desconhecidas pela ciência).
Em outras palavras, o espaço e o tempo, partes de outras dimensões superiores,
não são o que se pensa deles
(não existem,
ou só existem segundo a nossa concepção deles). Atravessar o espaço, ou
deslocar-se na dimensão
temporal
conhecida, seria possível apenas pelo deslocamento dos eixos virtuais das partículas
universais
(denominadas
swivel). De acordo com esta concepção, não existem deslocamentos reais; assim
como uma frente
de onda não
desloca os seus componentes, mas sim "vibra" nos campos encontrados,
assim também a matéria
não se
desloca, mas ressurge a cada momento (no nível daquelas partículas) em outro
espaço-tempo contíguo, ao
mudarem
imperceptivelmente os seus eixos virtuais (o que, para a observação ao nível
dos sentidos humanos,
corresponde a
um "deslocamento"). Também o nosso vetor universal de tempo (o que
conhecemos por tempo)
seria formado
por todo um conjunto de eixos com o mesmo ângulo entre si; ao mudar a posição
destes eixos,
passa-se para
outro tempo-espaço contíguo, que pode corresponder ao nosso "amanhã"
ou ao nosso "ontem".
Sendo assim,
toda a nossa ciência espacial estaria obsoleta, por se basear em uma física
(newtoniana-einsteiniana)
que não corresponde à realidade.
As naves
espaciais não necessitariam de propulsão
para se
deslocarem, mas sim de uma manipulação dos eixos de seus swivels (que lhes
permitiria tanto
deslocamentos
espaciais quanto temporais).
A
respeito desse tema, é conveniente relembrar aqui o Projeto Filadélfia (ou o
projeto oficial evocado por essa
designação).
Em uma extraordinária conferência na MUFON, em 13 de janeiro de 1990, o
palestrante, Alfred Bielek,
faz revelações
fantásticas a respeito da experiência citada (que se baseou em teorias
originais de Nikola Tesla e de
von Neumann).
Entre outras coisas, ele afirma que a estrutura do campo magnético da Terra, de
todos os planetas
do sistema, da
galáxia e toda a massa conhecida possuem uma Referência de Tempo Zero, que é
o eixo ou vetor
da nossa dimensão
tempo. Tudo que existe tem que fazer referência ao ponto de Tempo Zero. Von
Neumann teria
descoberto que
há uma dimensão temporal além da nossa, uma quinta dimensão, que seria como
que um rotator
(vetor)
girante à volta de um vetor primário, o qual indica o fluxo e a direção do
tempo (o nosso tempo). Tudo que
existe no nosso
universo estaria ligado a esta Referência de Tempo Zero, de forma que o fluxo
de tempo é comum
para todo o
universo (nesse caso, a teoria da não-simultaneidade do tempo, de Einstein, não
se aplica, por se
basear na
velocidade finita da luz). Quando a referência temporal se quebra,
propositalmente ou por acidente, o
sujeito ou
objeto desliza na dimensão temporal, e se perde de vista. Ele deixa de possuir
vínculos com o universo
anterior e fica
à deriva nas dimensões superiores, que nos são invisíveis.
Voltando ao diário
citado, se todo esse conhecimento fazia parte daqueles veiculados pelos "ummitas",
é quase
certo (se o diário
não é apócrifo) que a CIA apoderou-se dos mesmos, e os levou para grupos
secretíssimos de
pesquisas nos
EUA, sem entretanto revelar a sua verdadeira origem (que seriam documentos
recebidos, pelos
Correios (!),
por ufólogos espanhóis. Ao apresentá-los como documentos acadêmicos, teriam
conseguido a
atenção dos
cientistas, que os rejeitariam se eles fossem apresentados como documentos alienígenas).
Na obra mencionada, informa-se que a crucificação de Cristo teria sido
filmada pelo major, com o auxílio de uma
sofisticada
vara ou cajado, o qual continha uma microfilmadora a raio laser. Ora, em um
espantoso documento
publicado pelo
norte-americano Milton Cooper, ex-militar da Marinha, no qual revela um suposto
controle do
planeta Terra
pelos alienígenas dos UFOs, independente do seu sensacionalismo, ele afirma que
os
norte-americanos
fazem viagens no tempo, utilizando tecnologia alienígena, e em uma passagem do
referido
documento, diz
também que em uma dessas viagens a crucificação de Cristo foi filmada (Cooper
é apresentado
atualmente pela
comunidade ufológica internacional como um disseminador de desinformação.
Entretanto, toda
desinformação
deve envolver obrigatoriamente algo de informação verdadeira, que lhe dê uma
aparência de
credibilidade.
O problema real está em separar o joio do trigo).
Se toda essa história é verdadeira, ela subverteria completamente tudo o que
se pensa saber sobre o verdadeiro
grau de avanço
tecnológico dos EUA. Todo o programa espacial americano seria unicamente uma
cortina de
fumaça
para ocultar o que verdadeiramente existe. Isto não é, absolutamente, impossível.
O governo brasileiro
conseguiu
ocultar por muitos anos o seu programa nuclear paralelo (inclusive dos governos
estrangeiros
preocupados com
este programa nuclear), que embora com menos verbas, era o autêntico. Sendo
assim, mesmo
um programa
esbanjador de verbas como foi o programa espacial norte-americano (programa
Apolo) poderia ser,
ou um disfarce,
ou a manifestação material do pensamento acadêmico científico, enquanto que
outras opções
mais secretas
seriam conhecidas apenas de uns poucos iniciados (todo o Programa Cavalo de Tróia
teria apenas
61 membros,
segundo o major), conhecedores de avanços científicos sabidos unicamente em um
círculo restrito
(no livro acima
citado, de Benítez, existem menções a dois outros projetos secretos, sendo
que um deles teria o
objetivo
de realizar viajens ao futuro, e o outro
(denominado Operação Marco Polo), teria o objetivo de realizar o
transporte
instantâneo da matéria – e de astronautas, por extensão – a distâncias
inconcebíveis).
Por uma questão de bom-senso, o sigilo estaria mais do que justificado, se esse
conhecimento existisse realmente.
As conseqüências
de sua divulgação poderiam ser terrivelmente desastrosas; se hoje em dia
corre-se o risco
permanente
de que países e povos fanatizados possam utilizar a tecnologia nuclear, ou,
pior ainda, de que armas
desse tipo
caiam em mãos de terroristas, imagine-se se a suposta tecnologia capaz de
permitir a viagem no tempo
se tornasse
disponível! A própria continuidade da espécie ficaria em perigo, se manipulações
temporais fossem
realizadas.
Se, além
disso, a tecnologia envolvida no Projeto Filadélfia estiver disponível (mesmo
a níveis secretíssimos), e
parece que esse
projeto teve (e está tendo) continuidade no denominado Projeto Montauk, então
o acesso a
universos
paralelos talvez não seja possível apenas nas páginas das história de ficção-científica.
Tudo o que foi até
aqui explanado daria a impressão de que, afinal de contas, os alienígenas não
passariam de
astronautas
terrestres, mais especificamente norte-americanos, testando armas sofisticadas e
avançadíssimas.
Hipótese
sedutora, mas todas as evidências levam a crer que os alienígenas são
realmente alienígenas (deve-se
mencionar que o
conceito de alienígena não evoca, necessariamente, o conceito de ser de outro
planeta). O sigilo
envolvido leva
a crer que, seja o que for que esteja sendo ocultado, é tão monumental que
aterroriza até mesmo as
pessoas que,
conhecedoras do segredo, têm a imensa responsabilidade de mantê-lo oculto.
Na década de 60, a CIA iniciou um projeto de estudos das possibilidades ocultas
do homem, em uma nova
disciplina
derivada da parapsicologia e de métodos de controle da mente. Esta pesquisa deu
origem ao que
passou a ser
denominado RV (Remote Viewing, ou Visão Remota). A RV seria um tipo mais avançado
e
consistente
(capaz de ser estudado cientificamente) de clarividência e pré-cognição, já
bastante conhecidos pela
parapsicologia,
mas de difícil estudo. A RV permitia (e permite) que seu praticante adentre nas
dimensões
paralelas à
dimensão normal espaço-temporal, indo para outras época ou até para outros
planetas (de uma forma
não física,
evidentemente). Ainda que pareça inverossímil, a documentação hoje existente
a respeito destes
estudos é
conclusiva, e não deixa dúvidas às suas imensas possibilidades
investigativas. Alguns estudos em
Visão Remota
vieram lançar uma nova e assustadora dimensão ao problema UFO. De acordo com
alguns
pesquisadores (visualizadores
remotos), existiria toda uma dimensão paralela à nossa realidade física,
densamente
povoada, e os
habitantes dessa dimensão teriam tomado parte importante na história de nosso
planeta, bem como
fariam parte,
também, de todo o folclore e mitologia presentes na história dos povos e nações
antigas. Na
verdade,
estariam fortemente presentes na Bíblia e em outros livros sagrados, não
necessariamente na forma de
anjos. Eles
coexistiriam com a humanidade há longo tempo, e, de uma forma misteriosa,
fariam parte da própria
psique do
homem.
No Epílogo do
livro Projeto Majestic, a Nave Perdida, Whitley Strieber diz que "minha
intenção, com este livro,
não é dar a
impressão de estar afirmando que os ‘outros’ são alienígenas vindos de
outro planeta. O que
pretendo dizer,
de maneira específica, é que eles são seres aparentemente inteligentes e
desconhecidos. É apenas isso que pretendo dizer e que, no momento atual,
acho que pode ser dito".
Em Comunhão, um outro livro seu, ele diz ainda que "eu não ficaria
absolutamente surpreso se os visitantes fossem
reais e
estivessem, lentamente, entrando em contato conosco, seguindo uma programação
por eles criada, que
prossegue à
medida que a compreensão humana aumenta. Se eles não pertencem ao nosso
universo, será
necessário entendê-los antes que possam surgir em nossa realidade. Em nosso
universo, suas realidades podem
depender de
nossa crença. Então o corredor para entrar no nosso mundo seriam, na verdade,
as nossas próprias
mentes".
Strieber diz ainda que pode ser "um fato muito real que entidades físicas
saiam do inconsciente".
O problema é que talvez o mistério dos UFOs faça parte do imenso mistério
do homem. O psicólogo suíço Carl
Gustav
Jung exprimiu a opinião de que, embora os UFOs possam ter existência física
ou material, constituem
primordialmente
um fenômeno psicológico, ligado aos mitos e arquétipos mais profundos do
inconsciente. Jung
acreditava
mesmo que em certos casos, os UFOs seriam apenas projeções psíquicas ligadas
a certos símbolos ou
arquétipos
universais, projeções estas que adotariam a forma mais adequada à condição
histórica do momento (é
curioso lembrar que os nomes ligados ao fenômeno não o explicam, apenas o
descrevem em função de objetos
que se lhe
aparentam pela forma: disco, pires, prato, escudo, sino, charuto, lágrima,
etc). De acordo com Jung, a
partir de certa
época, um grande número de pacientes começou a narrar sonhos nos quais
surgiam dos céus
estranhas
formas circulares. Para ele, essas visões poderiam ser conjuradas e
materializadas, à semelhança dos
fiéis católicos
que conjuram em si mesmos os estigmas (ferimentos infligidos) de Jesus. A
aparente contradição
entre um objeto
"material" e um outro projetado psiquicamente pode ser solucionada, se
se levar em conta o que
foi dito pelo
astrônomo-pesquisador de UFOs, Allen Hynek, na revista OMNI de abril de 1984.
Em um artigo,
Hynek sugere
que a natureza aparentemente sólida, e entretanto efêmera dos UFOs poderia
talvez ser explicada
enxergando-a
como "um intermediário entre a nossa realidade e uma outra realidade
paralela, uma porta de entrada
para outra
dimensão".
O fator tecnologia tem importância na avaliação do fenômeno, porque é uma
dimensão claramente perceptível. A
tecnologia, em
última instância, é técnica, e envolve conceitos de materialidade, tais como
metalurgia, resistência
dos materiais,
estruturas dissipativas, etc, pelo menos no que se refere ao aspecto físico e
estrutural do objeto. Os conceitos de engenharia podem abarcar (por comparação
com a ciência terrestre): dinâmica de vôo, inércia,
aceleração
aerodinâmica, navegação, orientação espacial, comunicação, etc. Tópicos
avançados deverão incluir:
antigravidade,
invisibilidade, transparência ao radar, fontes avançadas de energia,
supervelocidade, interação
multi-dimensional,
etc. Supondo que seja uma nave militar, incluem-se ainda conceitos tais como
armamento,
blindagem,
camuflagem, táticas de combate (ataque, defesa, interceptação, evasão, etc).
Mas há mais: sabe-se que a técnica não depende da ciência, ao contrário da
tecnologia. Mas ambas dependem de
uma estrutura sócio-político-econômica
(falando de uma maneira antropomórfica e terráquea) capaz de
sustentá-las.
Por exemplo, a conquista da Lua pelo homem só poderia acontecer na nossa época
histórica, de
ampla riqueza e
de consumo em larga escala. A tecnologia alienígena, entretanto, parece não se
enquadrar neste
esquema. Tudo
indica que os alienígenas não parecem estar interessados em trocas comerciais,
nem em adquirir
ou vender
tecnologia. O estudo interminável que fazem de nosso planeta não demonstra
existir um objetivo a
longo prazo (ou
seja, não parece que estão fazendo um levantamento de nossas riquezas e
recursos naturais). Na
verdade, parece
que estão atrás de alguma coisa mais impalpável, própria de sua cultura (e
de suas necessidades),
mas que nos
escapa completamente e à qual não damos o devido valor.
Ainda com relação à técnica e à tecnologia, sabe-se que o homem somente
conseguiu produzi-las em virtude de
uma
adaptação anatômica resultante de uma longa evolução: uma mão com polegar
preênsil. Foi esta
característica
humana que permitiu a formação de uma civilização baseada na técnica,
inicialmente, e na tecnologia
depois, após
um longo progresso da ciência. As características culturais díspares em todo
o mundo possuem um
caráter em
comum, que é o conhecimento e a exploração da natureza por todos os
habitantes da Terra. Da
agricultura à
conquista do espaço, o homem literalmente manipulou, com as suas mãos, os
recursos existentes,
moldando-os e
manufaturando-os de forma a lhe proporcionarem alimentação, segurança e
conforto.
No caso dos alienígenas, com seu físico franzino e mãos frágeis de apenas três
ou quatro dedos, é de espantar
que apresentem
uma tecnologia tão avançada. Mas, pergunta-se, seria esta tecnologia resultado
de uma atividade
industrial? A
disparidade de modelos de naves avistadas leva a deduzir que existiriam inúmeros
modelos à
disposição dos interessados. Entretanto, as características por demais
estranhas mostradas por estas naves, bem
como pelos seus
ocupantes, pode levar à conclusão de que sua forma e matéria possam ser
adequadas à sua
extrema evolução.
Talvez a sua manufatura não se dê por meios industriais tal como os
conhecemos. Pode ser o
caso, por
exemplo, de uma simbiose mente-matéria, de um domínio tão amplo da mente
sobre a matéria, que esta
poderia até
ser manipulada, de modo a conseguir criar tais naves. Se os alienígenas possuem
uma evolução tão à
nossa frente, talvez eles tenham evoluído tanto, que seus próprios poderes
mentais se tornaram ilimitados. Deste
modo, seria fácil
para eles manipular a matéria diretamente, e com isto produzirem naves
espaciais ao seu
bel-prazer
(outra hipótese, talvez até mais plausível, seria a utilização de robôs
inteligentes para tal tarefa).
Falou-se, na primeira parte, sobre o comportamento anômalo de alguns animais
expostos a materiais provindos de
emanados de
UFOs, ou frente a pessoas que tiveram contato direto com eles. Tem-se constatado
que o sobrevôo
de UFOs provoca
o pânico nos animais, que evitam inclusive os locais de aterrissagem. O
pesquisador francês
Gordon W.
Creighton, a pedido de Allen Hynek, fez um estudo amplo sobre este tipo de
comportamento.
Creighton
comenta que "... no decurso da compilação deste catálogo, fiquei muito
impressionado pelo terror total,
absoluto,
chocante, manifestado por inúmeros animais em presença de UFOs. Se o ‘fenômeno
UFO’ fosse devido
a qualquer
fator de ambiente aqui presente há muito, sobre a Terra, na atmosfera
terrestre, ter-se-ia podido pensar
que os animais teriam, decerto, no decurso dos tempos, desenvolvido uma espécie
de costume, ou de tolerância,
perante tal
fator ambiente. Algumas pessoas supõem que o que os perturba tanto é
principalmente alguma
emissão VHF de
altíssima freqüência. Que um fator VHF esteja aí muitas vezes implicado
posso acreditar, mas
parece-me que
esteja longe de representar todo o conjunto de mal-estar e de terror manifestado
pelos animais.
"Este
terror é talvez algo de mais fundamental, elementar, emanado talvez dum
conhecimento instintivo dos
nossos animais,
referindo-se o ‘fenômeno UFO – ou um dos seus elementos – a uma força ou
a um agente que é
absolutamente estranho e hostil às criaturas do nosso mundo: uma força ou um
agente cuja vinda só pode significar para elas desmembramento, destruição e
aniquilação. "Esse medo irreprimível, manifestado pelos animais, pode
pois, construir a nossa prova segundo a qual o
‘fenômeno
UFO’ não é ambiental, mas verdadeiramente ‘algo proveniente do
exterior’, quer dizer, qualquer coisa
‘do exterior
do nosso planeta’, isto é, do exterior do nosso quadro particular espaço-tempo:
em todo caso, alguma
coisa que é
fundamentalmente, e implacavelmente, hostil, repelente, nefasto, do ponto de
vista de toda a vida
saída
do nosso planeta. É algo que é inteiramente novo
na experiência do homem e do animal".
Já em 1953 o
engenheiro francês Jean Plantier publicou um estudo no qual emitia uma hipótese
de funcionamento
para um engenho
inter-estelar ideal, hipótese esta baseada em alguns postulados iniciais. Para
Plantier, o
engenho ideal
deveria ser propulsionado por campo de forças, a partir de uma energia cósmica
onipresente (é
importante considerar que ele não tinha em vista estudar ou mesmo explicar o
funcionamento dos UFOs). O
engenho
libertaria uma energia semelhante àquela dos raios cósmicos, a qual se
irradiaria na forma de um fluido
"corpúsculo-ondulatório"
no sentido do deslocamento, a velocidades próximas à da luz, e formando um
feixe
contínuo, que
além de propulsá-lo, dar-lhe-ia sustentação quando estacionário.
O princípio da propulsão por campo de forças, nas acelerações, se daria
sobre todas as moléculas do engenho,
com o que elas progrediriam simultaneamente, à mesma velocidade, evitando
amontoamento. Deste modo, o
piloto não
sofreria nenhum dano nas viradas bruscas, por não estar submetido à força de
inércia. Prosseguindo
no
desenvolvimento de sua hipótese, Plantier (que ficou surpreso ao encontrar
aspectos coincidentes com o que
as testemunhas
descreviam acerca dos UFOs) desce a pormenores altamente técnicos, que não serão
aqui
explanados.
Basta dizer que alguns dos aspectos mais desconhecidos a respeito do
funcionamento dos UFOs,
tais como o
aparecimento dos fios denominados "cabelos de anjo", bem como mudanças
de aspecto, coloração,
silêncio,
movimento em "folha-seca", formação de nuvens de formatos
diferentes, vôo em zigue-zague,
luminescência,
etc, foram todos previstos em sua teoria. Finalmente, Plantier afirma que
engenhos deste tipo
poderão se
desintegrar instantaneamente caso sua proteção "aerodinâmica" (que
lhes permite voar a alta
velocidade pela
atmosfera, sem atrito) se desfaça; neste caso, ele irá se chocar com o ar imóvel
estando com uma
elevada energia
cinética, fazendo subir a temperatura em sua superfície a graus elevadíssimos.
Esta, talvez, seja a
explicação
para a queda relatada de alguns UFOs.
Se um UFO atravessar a atmosfera a uma determinada velocidade, ele poderá
comportar-se como um meteoro
flamejante, em
virtude dos efeitos eletromagnéticos ocasionados. Sons sibilantes ou
crepitantes poderão ser
ouvidos a vários
quilômetros de distância, na denominada "audição eletrofônica"
(ou também "som
brontofônico"),
um som que se produz nas imediações do ouvinte devido à conversão de ondas
eletromagnéticas
de freqüência
desconhecida em ondas sonoras, conversão esta que pode dar-se em certos
materiais específicos e
até mesmo no cérebro
humano (embora sendo um fenômeno raro, não é impossível de acontecer).
A dimensão tecnológica, sob o ponto de vista do conhecimento terrestre, é
insuficiente para abarcar o fenômeno
UFO, pois não
explica suas mudanças de forma, variações de densidade, quantificação de
materialidade
(materialização/desmaterialização),
efeitos físicos e psíquicos, etc.
Uma dimensão que se enquadre sob aquilo que se convencionou chamar de magia
(conceito lato) não pode ser
descartada,
mesmo que não receba o aval da ciência, sob pena de descaracterizar e
empobrecer o fenômeno.
Como escreveu o
escritor de divulgação e ficção científica Arthur Clarke, "uma ciência
superior à nossa deve,
necessariamente,
aparecer aos nossos olhos como magia". Clarke, entretanto, não acreditava
na magia, e sim na
ciência, e com
esta declaração ele desejava tão somente fazer uma metáfora.
A ciência do século 21, paradoxalmente, será talvez uma continuidade das
teorias lançadas no começo do século
por Nikola
Tesla. Quando se abordou o Fenômeno Ummo e a Experiência de Filadélfia,
falou-se também acerca da
Referência de
Tempo Zero, com relação aos deslocamentos no tempo. Os trabalhos de Tesla
neste campo foram
desenvolvidos
pelo cientista T. E. Bearden, que trabalhou nos conceitos de teoria escalar e
vetor de ponto zero.
De acordo com a
ciência ortodoxa, um sistema de forças com soma zero é nulo. Para Tesla, e
também para
Bearden, seus
componentes continuam a existir, e eventualmente criam uma tensão no vácuo. A
teoria escalar,
por seu lado,
compreende os efeitos de uma onda eletromagnética bastante conhecida (e
indesejada) pelos
radioamadores, a onda estacionária. Quando há um casamento de impedâncias
inadequado entre o cabo que
conduz a onda e
a antena transmissora (as resistências elétricas internas de cada um são
diferentes), resulta uma
onda inversa ou
refletida que retorna para o transmissor, e sua combinação com a onda
principal (ou onda
incidente) pode
danificar o transmissor e o cabo de transmissão. Tesla descobriu que podia usar
esta onda
peculiar para
gerar energia em qualquer ponto distante que ele quisesse, apenas alterando os
vetores nulos do
local visado.
O sistema
escalar, ou sistema de vetor nulo, pode produzir uma tensão no próprio espaço-tempo
do vácuo, a qual
representa um
efeito gravitacional. As energias dos vários componentes eletromagnéticos em
uma região local
são bloqueadas
em um potencial artificial, o qual, de acordo com a teoria da relatividade
geral, representa um
potencial
gravitacional. De acordo com a teoria de Kaluza-Klein, este potencial possui no
mínimo cinco
dimensões. Se
este sistema de forças for variado simultaneamente, mas sempre em fase, isto
gera uma variação
rítmica na
densidade energética do vácuo local, o qual constitui uma onda gravitacional.
De acordo com Bearden,
o vácuo é
composto por um número infinito de camadas ou extratos virtuais, sendo que cada
uma delas
corresponde
a uma dimensão sucessiva a ser adicionada ao nosso espaço tetra-dimensional.
Na primeira camada
(a
nossa), a velocidade máxima é "c" (velocidade da luz); na segunda
camada, "c²"; e assim sucessivamente. Toda essa teoria, por outro
lado, é também ventilada nos textos "ummitas" e aparece extensamente
citada (pelo
major) nas
notas de pé de página do livro de Benitez.
À maneira da dualidade
corpúsculo-onda da física, os UFOs parecem possuir uma dualidade
material-imaterial,
dualidade esta
que não se ressente da contradição de seus conceitos. Apesar da inequívoca
materialidade dos
objetos (peso,
consistência, massa, opacidade à luz e ao radar), outras características de
seu comportamento os
enquadra como
imateriais (quando fundem-se dois ou mais em um só; quando aparentam ser não
apenas
máquinas, mas
seres vivos ¾ e aqui apresenta-se outra contradição conceitual insanável).
Além disso, parece
que os UFOs, de
algum modo, são capazes de manipular a realidade, criando um campo de realidade
distorcida,
virtual ou
mesmo múltipla (que talvez nem sempre corresponda às lembranças posteriores
do abduzido). O próprio
comportamento
da testemunha parece ser constantemente previsto e manipulado (no livro A Quinta
Coluna do
Espaço, J. J.
Benítez fala a respeito de um objeto aéreo luminoso avistado à noite por um
guarda rodoviário, objeto
este que sumiu
repentinamente. Em seguida, como que vindo do nada, surgiu um carro negro na
estrada, com
algumas pessoas
estranhas e misteriosas em seu interior).
A dimensão ou fator tecnológico não é absolutamente, determinante para o
estudo dos UFOs. Isto é
demonstrado pela casuística ufológica, ao se estudar determinadas manifestações
ou avistamentos ocorridos no
passado, e que
foram registrados com maior ou menor fidelidade.
Sabe-se, pelos
extensos registros jornalísticos da época, que o ano de 1897 foi extremamente
fértil em
"avistamentos".
Sabe-se, também, que eram vistas aeronaves em forma de charuto (dirigíveis),
mas extremamente
lentas, abertas
e até com âncoras penduradas de suas bordas. Há extensos relatos de pessoas
que desciam e
pediam
alimentos ou ferramentas para ajudá-los a reparar seus barcos voadores (pode-se
citar, por exemplo, o
incidente
ocorrido com William Megiveron, instado a fornecer sanduíches a alguns
tripulantes). Isto, entretanto,
aconteceu bem
antes que os primeiros "zepelins" se tornassem funcionais (voassem).
Sobre os céus
da Suécia e Noruega, em 1933, por outro lado, eram vistos aviões sem
identificação, mas de duas asas, como se fossem aviões comuns (apropriados à
tecnologia da época). Tais aviões, entretanto, voavam em condições difíceis,
o que os aviões existentes à época não podiam fazer.
É claro que se pode perguntar: eram mesmo dirigíveis, os objetos vistos no século
passado? Eram mesmo aviões,
os objetos
vistos sobre a Suécia em 1933? São mesmo discos voadores, os objetos vistos
hoje em dia? Mesmo
com todas as
evidências de materialidade densa, pode-se dizer que os UFOs são objetos
reais? Não seria o caso,
por exemplo, de
os alienígenas estarem se expondo de uma forma adaptada à tecnologia de cada
momento
histórico? Ou
estariam eles copiando o nosso futuro?
A manipulação das estruturas do real, onde a mente das testemunhas é afetada
e distorcida, substituindo os
quadros do
cotidiano por eventos de natureza fantástica, pode ser realmente uma manipulação
mágica, aos
moldes ou à
feição daquela magia descrita nas obras de Carlos Castañeda. Esta magia
(descrita principalmente
nas obras O
Presente da Águia, O Fogo Interior, O Poder do Silêncio) refere-se às conseqüências
da mudança
de posição de
um ponto, denominado "ponto de aglutinação", que é, presumidamente,
um vórtice de energia
alojado no ovóide
luminoso que envolveria o ser humano. Tal ponto de aglutinação, quando
convenientemente
manipulado,
permitiria a distorção da realidade, ou até mesmo deslocamentos dimensionais.
É evidente que não se está a sugerir que os alienígenas sejam feiticeiros
do cosmos, à maneira de D. Juan (o
feiticeiro
personagem das obras de Castañeda); pode haver, entretanto, uma semelhança
estrutural e funcional no
conhecimento mágico
deste e daqueles, ou talvez, a estrutura operatória comum a ambos tenha a mesma
origem.
O comportamento mágico está excessivamente disseminado em todas as culturas
do mundo, para que possa ser
simplesmente
descartado como superstição ou mito. O racionalismo científico, céptico e
materialista é uma
exceção exclusiva da cultura ocidental, herdeira da tradição grega (mas
somente após Aristóteles; a tradição
pré-socrática
é eivada de magia); em todas as outras culturas, o pensamento mágico
prepondera na determinação
das estruturas
da realidade. O pensamento mágico não caracteriza a fase infantil de uma
sociedade; ele possui a sua própria lógica interna e uma coerência intrínseca
que regula e normatiza o comportamento dos seus membros,
revelando uma
complexa estrutura inerente a esta sociedade.
Por todos esses motivos, a pesquisa ufológica deve ser aberta, abrangente e não
preconceituosa; sendo este
campo
extremamente bizarro, cheio de inconsistências e de paradoxos, qualquer tipo de
investigação
extremamente
positivista e arraigada à uma lógica fechada conseguirá tão somente
perder-se em seus meandros
conceituais.
A questão mais difícil a ser respondida é a da intenção. É praticamente
impossível deduzir uma intenção do
comportamento
errático, (aparentemente) irracional e ilógico dos UFOs. O comportamento
humano está
excessivamente vinculado ao encadeamento causa-efeito, o qual deve justificar
qualquer ação. O dilema, por
exemplo, é um
estado comportamental lógico caracterizado pela indecisão em escolher entre
duas ações opostas,
ambas
atraentes. Este estado lógico tem causas emocionais, pois o sujeito tenta
prever uma resposta favorável à
sua ação, enquanto teme a reação negativa e desfavorável à ação menos
adequada. A ação dos UFOs (de seus
tripulantes)
muito provavelmente não poderá ser avaliada por tais parâmetros de
comportamento. A aparente
ação sistemática
observada, ou também a aparente irracionalidade de certas ações singulares e
específicas talvez
decorram de uma
percepção mais ampla da realidade.
Talvez os UFOs estejam em interação com aspectos ou entidades ocultas que
permeiam ou convivam com os
humanos, sem
que estes os percebam (para o pesquisador Leonard Stringfield, existe uma região
nos EUA, que
abrange porções
dos estados de Ohio, Kentucky e Indiana, com centro aproximado em Cincinnati,
que parece
exercer uma
estranha atração sobre os UFOs, deles merecendo uma atenção ou uma aparente
vigilância especial e
inexplicável).
Talvez a realidade não seja única, e sim múltipla, com dimensões paralelas
e/ou superpostas
(algumas
modernas teorias da física preconizam a existência de dez ou mais dimensões,
no universo).
Qual seria o fenômeno real por trás das luzes inteligentes, ou luzes que são
comandadas por pretensos
contatados? As
evidências testemunhais não deixam dúvida sobre este tipo de fenômeno.
Acreditar, no entanto,
que estas luzes
são naves espaciais que se sujeitam a dar revoadas inúteis apenas para
responder a um contato, é
colocar o fenômeno sob o prisma do ridículo e da imbecilidade (aliás, achar
que todos os fenômenos inexplicáveis
da natureza
podem ser explicados pela intervenção de extraterrestres, é o mesmo tipo de
reducionismo elaborado
pelos espíritas
ortodoxos, que acreditam que tudo pode ser explicado através da intervenção
de espíritos dos
mortos).
A verdade é que a natureza, a realidade, o ser e o universo não podem ser
abrangidos por teorias simplistas e
reducionistas,
elaboradas para se adaptarem a preconceitos e paradigmas personalistas.
Certos fenômenos,
embora pouco conhecidos, nem por isto deixam de ser reais. A um nível prosaico,
embora de
efeitos
extraordinários, é possível manipular a realidade através do hipnotismo,
fazendo o hipnotizado ver coisas
ou pessoas que
não estão à sua frente, ou deixar de ver pessoas fisicamente presentes. O
mais surpreendente é
que se pode fazer com que o hipnotizado mantenha diálogos com pessoas
ausentes, como se estas estivessem à
sua frente, e descobrindo coisas a respeito delas que ele não sabia.
A explicação para os fatos citados talvez possa estar na telepatia, na
clarividência ou até mesmo na retro ou
pré-cognição,
mas qualquer conclusão a respeito seria apressada. O hipnotismo, no entanto, não
é um
instrumento
de pesquisa definitivo, porque envolve variáveis que a maioria dos
pesquisadores não consegue
dominar. Freud,
por exemplo, deixou de utilizá-lo na psicanálise, por não poder controlar os
seus resultados. Com
relação aos
contatados (verdadeiros), verificou-se que é muito fácil o hipnotizador
contaminar o hipnotizado com
as suas crenças básicas, e com isto invalidar a experiência. Esta contaminação
se daria através de perguntas
indutoras, que
já apontam em seu conteúdo as respostas desejadas inconscientemente pelo
interrogador.
Em determinada experiências levadas a cabo nos EUA, pessoas hipnotizadas foram
levadas a crer que tinham
sofrido um
processo de abdução por UFOs (experiência esta não acontecida de verdade).
Para surpresa dos
pesquisadores,
elas passaram a descrever os aspectos da abdução com a mesma riqueza de
detalhes dos
abduzidos
reais, inclusive com os pormenores usuais. Este fato pode ter várias explicações:
conhecimento prévio,
pelo
hipnotizado, (através da leitura de jornais, livros e revistas) da casuística
ufológica; possível contaminação
através de
perguntas indutoras; acesso da mente a um inconsciente coletivo, tal como
descrito por Jung;
descoberta
acidental de um abduzido que não conhecia a sua condição.
Jacques Vallée afirma que "Os pesquisadores dos seqüestros fazem uma objeção
válida ao conceito de que todas
as
lembranças são fantasias. Não só os elementos hipnotizados recordam certos
padrões, como testemunhas que
lembram
conscientemente de todo o episódio (...) descrevem padrões similares.
Entretanto, as pesquisas recentes
sobre a memória,
e especialmente a pesquisa de crimes por testemunhas nos tribunais, indicam que
devemos
proceder com
muita cautela nesta questão".
Uma experiência realizada pelo cientista russo Vasiliev (da extinta União Soviética),
em 1921, causou extrema
perplexidade
pelo seu alto grau de estranheza. Vasiliev descobriu que aproximando um imã em
ferradura da nuca
de uma pessoa
hipnotizada, de modo que o polo norte do imã fique a cinco centímetros da região
temporal direita,
e sem que a
experiência seja do conhecimento do hipnotizado, imagens ópticas que lhe sejam
sugeridas (imagens
sem
existência real) se deslocam ou distorcem, em função da aproximação do imã.
Todos esses fatos servem para demonstrar que a
realidade não é tão simples como se acredita. A percepção do
mundo
exterior, realizada através dos cinco sentidos, está ligada à estrutura dos
lobos cerebrais e aos
processos
mentais associados (o hipnotismo modifica temporariamente esses processos,
abrindo portas
normalmente
cerradas). Os sentidos humanos são extremamente restritos, para que uma percepção
fiel do mundo
ou da realidade
seja possível. Os sentidos mais desenvolvidos são a visão e a audição; a
luz visível, no entanto, é
uma ínfima janela de percepção no amplíssimo espectro eletromagnético, e a
faixa acústica (de audição) é uma das mais pobres do reino animal. Certos
aspectos invisíveis da realidade, no entanto, podem ser detectados através
de equipamento
eletrônico especializado. A maioria dos operadores de radar já teve
oportunidade de captar
certos objetos
invisíveis na atmosfera, que eles denominam "anjos". A meteorologia
procura explicar estes
objetos dizendo
que eles são produto de inversões térmicas ou outro fenômenos conhecidos.
Outras evidências científicas levam à conclusão que a realidade parece ser
uma construção da mente, não
somente quanto
a dimensão perceptiva, mas também quanto a dimensão operatória. Em seu livro
The Seth
Material (uma
apresentação das idéias avançadíssimas de um ser espiritual) Jane Roberts
diz (citando Seth): "A
idéia
básica é que os sentidos são desenvolvidos, não para permitir tomar consciência
de um mundo material já
existente, mas para criá-lo...".
Keith Thompson diz que "Atualmente, nos reinos da ciência, discute-se
acaloradamente sobre a conveniência de
se continuar a
falar da realidade como algo absoluto e eternamente independente das nossas
observações e dos
nossos
pensamentos. Contrariando a idéia tradicional e tranqüilizadora de que a ciência
aproxima-se cada vez
mais do
conhecimento e do mapeamento da natureza exata de um universo supostamente
auto-suficiente, novas
descobertas na
ciência do conhecimento indicam que o papel ativo do observador deve ser incluído
– e
explicitamente
levado em conta – na explicação científica".
A experimentação científica, como qualquer cientista
sabe, é uma relação sujeito-objeto, onde o sujeito
(observador)
pode alterar o objeto (realidade) no ato da experimentação (observação). A
impossibilidade de
descobrir o que
seja o objeto, pela experimentação, existe tanto a nível microfísico (teoria
da indeterminação de
Heisenberg)
quanto a nível macrofísico (teoria da relatividade de Einstein). Assim, o
conhecimento do real é um
conhecimento
deduzido de interferências (e de inferências) sobre o objeto, conhecimento
este que só pode ser
expresso através
de equações matemáticas. Mas isto tão somente em relação ao universo
"observável" ou
perceptível
pelos sentidos; o universo não percebido sequer é considerado pela ciência,
exceto aquele deduzido
nas considerações
altamente abstrusas da matemática superior. Já em 1932 o físico inglês Paul
Dirac apresentou
uma teoria
sofisticada, de base matemática extremamente complexa, segundo a qual o mundo
observável é tão somente uma tênue camada sobre a superfície da verdadeira
realidade, a qual se constituiria de um denso oceano
de partículas
(na verdade, anti-partículas) elementares e imperceptíveis. Para Dirac, tais
partículas devem
encontrar-se em
um estado energético inferior a zero, ou seja, seriam negativas. Essa hipótese
recebeu
confirmação
experimental, revelando que o universo deve ter uma estrutura simétrica, de matéria
e anti-matéria.
Embora com base em outras premissas, também o físico David Bohm teorizou a
este respeito. Para ele, a realidade
tangível é
uma espécie de ilusão, sendo que a realidade fundamental está a um nível
mais profundo. Bohm
compara o mundo
a uma projeção holográfica, sendo que a parte visível é o nível mais
superficial, que ele chama
de "ordem
exposta" ou "ordem revelada", e a parte invisível, subjacente,
é o nível mais profundo, ao qual ele
chama "ordem envolvida" ou "ordem velada". Neste nível, não
existe o aqui-agora, ou dimensão espaço-tempo;
existe apenas o
que ele chama de "não-localidade" (que foi previsto no famoso
paradoxo
Einstein-Rosen-Podolsky).
Essa concepção avançada está prevista na inacabada Teoria do Campo
Unificado, de
Einstein. Bohm
diz que Einstein propôs que o conceito de partícula não deveria ser tomado
como básico, e que,
ao invés, a
realidade total fosse vista como constituída de campos (expressos por equações
não-lineares)
consistentes
com a teoria da relatividade. As equações poderiam ter soluções na forma de
pulsos localizados, ou
regiões de
campo intenso que poderia se mover pelo espaço como um todo estável (similar a
uma partícula) mas
com intensidade
decrescente. "Em última instância, o universo inteiro (com todas as suas
‘partículas’, incluindo
aquelas que
constituem os seres humanos, seus laboratórios, instrumentos de observação,
etc), tem de ser
entendido como
um único todo indiviso, no qual a análise em partes existentes separada e
independentemente
não
possui qualquer status fundamental".
As descobertas modernas da cosmologia e astrofísica,
tais como quasares, pulsares, estrelas de nêutrons,
buracos-negros,
teoria das cordas (strings), etc, introduziram o fantástico no âmbito científico.
Mais e mais, os
físicos
modernos admitem o mistério do universo, ainda que seja unicamente a nível
material e destituído de
espírito.
Toda essa digressão foi feita a propósito da relação entre a intenção por
trás do fenômeno UFO e a possibilidade
de que possam
perceber realidades intangíveis que o homem não consegue perceber. Se os UFOs
(os
alienígenas)
podem perceber uma realidade oculta, é possível que esta realidade seja a face
de um plano ou
esquema
gigantesco, no qual o homem seja somente a cobaia de um experimento, e tão
merecedor de atenção e
piedade quanto
um rato de laboratório. Isto aparentemente atenta contra a dignidade humana,
mas qualquer
consideração
neste sentido é viciada pelos padrões de pensamento usuais. Em nome de uma
moral que não
pratica, o
homem costuma verberar contra toda injustiça, desde que esta não seja oriunda
de seus próprios atos.
Talvez, enfim, o homem esteja sob a tutela desses estranhos seres, tutela esta
que queiramos ou não, se regerá
pelos seus exclusivos critérios.