Dicionário de Andrães – Vocabulário

(Por Marco Alves, filho de Eduardo Ribeiro Alves)

Em primeiro lugar, queria dedicar este dicionário à minha avó Adelina e também à minha Tia Crespiana, que ambas me ajudaram a elaborar este dicionário.

 

A

Abua – avô

Alfacia – alface

Alrroto arroto

Antonho – António

Atrasmente – há uns tempos atrás

Auga – água

 

B

Baindima vindima

Beterrádios – beterrabas

Bichassssstermo  usado  para os burros estarem quietos()

Blusia – blusa

Bua – bom, boa

 

C

Calondra – abóbora

Canzero – cão

Carloto – feijão-frade

Castalheiro – Castanheiro

Castenheira – Castanheiro

Cibo – pedaço; bocado

Chigante – perto de; a chegar; a seguir

Coco-colacoca-cola

Coibes – couves

Cousa – coisa

Crangueijos – ameixas

Crutcho – ponta do chouriço; carapuço

 

 

D

Desgracia desgraça

Dreito – direito

Diche – disse

 

 

E

Eucalipse - eclipse

 

 

F

Faldra - fralda

Fano – feno

Faxuco – pedaço de erva ou de feno

Fentos – Fetos

Fulménia - Filomena

 

G

Gomitar vomitar

 

H

Home - homem

 

I

(até agora nunca encontrei nenhuma palavra)

 

J

(até agora nunca encontrei nenhuma palavra)

 

L

(até agora nunca encontrei nenhuma palavra)

 

M

Macedes de Cambalhedes – termo usado pela minha avó para dizer “Macedo de Cavaleiros”

Maila – mais a

Mas-que-boga – mas que adianta, para quê

Mitro – gorro

Mitros azuis – Capacetes azuis

Mougar magoar

Mosteirua – Mosteirô

 

 

N

Nélcio – Nelson

 

O

Oclos- Óculos

 

P

Palhito – fósforo

Prieta – preta

 

 

Q

Qualquer pouco – qualquer dia

Queinte – quente

Quia – quê

 

R

Rais-comarais-parta

Riles – Rins

Rosaira – Rosário

 

S

Sábio – Fábio

Soepa – sopa

Soibesse soubesse

Sucreaçucar

Saborueso – saboroso

 

T

Troixe - trouxe

 

U

Uba – uva

 

V

Veinda – mercearia; taberna

 

X

(Até agora nunca encontrei nenhuma palavra)

 

Z

(Até agora nunca encontrei nenhuma palavra)

 

CONSIDERAÇÃO IMPORTANTE: (Por Eduardo Ribeiro Alves)

 

  Foi muito importante para o Marco, uma criança que começa a conviver desde tenra idade com a minha mãe e com a minha tia Crispiniana - Crespiana-, aperceber-se desde bem cedo dos "pontapés na gramática" e no "Vocabulário típico" utilizado pela sua avó e 2ª tia... Confesso que me espantou durante anos a sua grande capacidade de observação, disfarce mas registo e (mais tarde) sua crítica, imitação e riso sarcástico... Felizmente que registou alguns termos, não todos, mas deixa aqui o início dum trabalho de recolha etnográfico e linguístico, que o divertiu e marcou...pela positiva evidentemente! Direi que o Marco através desde Dicionário, também se alimentou pelas minhas RAÍZES...que assumirá certamente pela vida fora, acredito!

Eduardo Alves, Setembro de 2004

 

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