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Plano do Quadro | Linha do horizonte | Ponto de Fuga |
O PLANO DO QUADRO
Para explicar de uma forma correcta e completa, o aluno deve estudar a noção de projecção cónica. De uma forma simplificada, o Plano do Quadro funciona como um enorme vidro entre o objecto a desenhar e o observador. Se experimentar colocar um vidro na sua frente, escolher um Ponto de Vista e desenhar o que observa, conseguirá ter uma noção do que é a projecção cónica. Se a posição for mais próxima do objecto poderá comparar o que vê com o que antes registou. Os registos efectuados obedecem às regras da perspectiva cónica.
A LINHA DO HORIZONTEQuando observamos por exemplo o mar, podemos ver com muita facilidade a linha recta que “divide” o céu e o mar. Como sabe, na realidade o céu e o mar nunca se tocam, o que acontece é que como à medida que as coisas se afastam de nós as dimensões tornam-se mais reduzidas, a distância entre o mar e o céu parece deixar de existir. À linha que acabámos de falar chamamos Linha do Horizonte. Esta linha, existe sempre que observamos seja o que for, ( encontra-se onde as distâncias são tão reduzidas que parecem não existir).
O PRIMEIRO CONCEITO a reter no que diz respeito à Linha do Horizonte, é que ela se situa sempre ao nível dos olhos do desenhador (observador). Como se vê na imagem, quando está de pé, sentado ou junto ao chão, o observador tem sempre a linha vermelha ao nível dos olhos
O SEGUNDO CONCEITO, é o de que tudo o que se desenha a cima da linha de terra, está posicionado sobre o observador, o que se desenha a baixo da linha do Horizonte , está sobre ele. As imagens seguintes ilustram este segundo conceito.
A ilustração do “Segundo Conceito” mostram de uma forma simples, as alterações de ponto de vista e as diferenças que isso produz na forma que a casa assume. Quando a criança se encontra junto ao chão, a casa tem a base ao nível da linha do horizonte, porque o observador está a um nível baixo. Neste caso toda a casa está a cima do observador. Quando a criança está sobre a árvore, a linha do horizonte está ao nível dos olhos, e a casa já está muito abaixo da criança. Como o observador está a um nível bastaste alto, o que se vê do objecto é o telhado. É importante perceber que o objecto se comporta em relação ao observador como se da realidade se tratasse. Se o observador está a ver de cima, o objecto mostra a face de cima, se está a observar de baixo, vê-se a face de baixo. Este efeito consegue-se graças á posição em que se coloca a Linha do Horizonte em relação aos objectos a registar.
O PONTO DE FUGAÉ um ponto que se situa sempre sobre a Linha do Horizonte e para onde convergem linhas “construtoras” do sólido (linhas de fuga), que têm relação directa com uma ou mais das três dimensões já estudadas anteriormente. Recordando uma das noções básicas da perspectiva cónica, (as dimensões reduzem à medida que se encontram mais distantes do observador) são exactamente estas linhas que permitem calcular a redução adequada. Para compreender melhor a função dos Pontos de Fuga, deve ler com atenção: Perspectiva Cónica Frontal e Perspectiva Cónica Angular.
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