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Poesia em carne

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Meu amor é uma velha canção
Aos teus sentidos.
Canção persistindo em desvendar
Os sons das cores,
Das diversas formas que
Tomam as almas das fadas.

Meus versos
Devem estar na atmosfera
De tempestades
Feitas de maçãs umedecidas
Para teus lábios que
Trazem à minha presença
O cheiro de frescor
Das matas amanhecidas.

Trago esta canção
Feita para revestir com carícias
Teu corpo.
Carícias que aprendi
Quando me fiz homem.

E como homem sou poeta
E como poeta sou magnífico.
Mas poeta de um único canto
Que nasceu para teu olhar.

Os versos fazem-me poeta,
Um filho dos deuses!
Mas é minha maldição...
Não quero ser poeta,
Quero apenas ser
Homem.

Quero estar pronto
Apenas para teus braços.
Pronto para entregar
Meus doces músculos
Para teus dentes e paladar.

Quero ser mortal,
Ter pecados,
Ter teu colo,
Teu corpo de formas,
Tua fadiga
E tuas tristezas.

Não quero a poesia
Em letras.
Quero tu, poesia
Em carne
Que és mulher dos meus
Sonhos e pesadelos.
Com teus pés pequeninos
Que trazem as danças ocultas
E tuas mãos pequeninas
Que desenham figuras
Sensuais no ar.

Não, não quero
A desgraçada poesia,
Não a quero.
Prefiro ser mendigo,
Ser miserável
E cegar meus olhos.

Quero sim, o teu toque
Minha amiga.
O teu beijo de brisa.
Te quero amada
Roçando em minha pele
O teu vestido de seda.
Quero deixar-me levar
Para neblina do teu amor.

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