A
Verdade Sobre o Modelo dos Doze
PRª VALNICE MILHOMENS
Muito se tem hoje falado sobre "G 12", como "seita",
"heresia", tudo ligado ao "Encontro", sendo
os pastores César e Cláudia Castellanos, fundadores da Missão
Carismática Internacional, em Santa Fé de Bogotá, Colômbia,
os iniciadores do movimento. Tendo sido a pessoa responsável por
trazer o casal ao Brasil em junho de 1999 para uma Convenção em
São Paulo, sob o lema: Avivamento Celular - Desafio Para
o Século XXI, na qual mais de três mil e quinhentos
pastores de todos os segmentos evangélicos, representando todos
os Estados da federação, além de outros tantos líderes, se
fizeram presentes, bebendo da unção que o Espírito de Deus
liberou em profusão durante aqueles dias.
Tendo sido a partir daquela Convenção que a visão de Bogotá
se tornou conhecida em grande escala no Brasil, sendo aderida por
muitos; sendo responsável pela tradução e publicação dos
livros do Pr. César Castellanos Dominguez; tendo sido ungida
pelo Pr. César como parte de sua equipe internacional e pastora
da Missão; tendo escritos de minha autoria sido mencionados nos
diversos comentários acerca da visão, como se dela fizessem
parte, gostaria de prestar alguns esclarecimentos, por uma questão
de justiça e amor à verdade, para que o inimigo não continue
agindo no meio de tanta confusão carente de motivos reais, por
falta de conhecimento de todos os fatos.
G 12 - Referir-se ao avivamento em curso em
Bogotá como "G 12", favorece uma visão parcial. O
correto é IGREJA EM CÉLULAS NO MODELO DOS DOZE.
CÉLULAS - Este é um termo que foi usado,
segundo se sabe, pelo pastor David Yonggi Cho, da Coréia do Sul,
adotado hoje por muitas igrejas. Outros nomes são também dados,
como grupos familiares, grupos de crescimento, etc. Trata-se de
reuniões em pequenos grupos nos lares, escritórios ou em
qualquer lugar, com o propósito de evangelização
e edificação. A Igreja de Cristo é chamada de
Corpo. Um corpo é formado por células. A célula é a menor
parte viva do corpo, com capacidade de reprodução. O DNA da célula
no Corpo de Cristo é Ele mesmo. O termo "célula",
portanto, é mais didático quando se quer estudar os valores da
igreja funcionando em grupos pequenos onde todos são cuidados e
pastoreados. Este é um mover que hoje se alastra por toda a
terra. Apesar, porém, dos grupos pequenos (células), a força
da Igreja (conjunto das células ou grupos familiares) é sentida
na Celebração, no templo. Trata-se de um retorno ao espírito
da Igreja em Jerusalém, conforme expresso em Atos 5:42: "E
todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de
ensinar, e de anunciar a Jesus, o Cristo". No templo a
igreja adora como Corpo e recebe a palavra através do seu pastor
e dos mestres e vive a igreja no dia a dia nas casas e no
trabalho, cumprindo a grande Comissão (Mateus 28:18-20), como um
modo de viver.
O grande lema desse mover é: "Cada discípulo um
ministro e cada casa uma igreja", voltando ao princípio
que governava a igreja do primeiro século, onde todos realizavam
a obra do ministério, sendo equipados pelos líderes constituídos
por Deus, conforme Efésios 4:11-14). Ele se firma ainda no princípio
de discipulado de Paulo expresso em 2 Timóteo 2:2 "e o
que de mim ouviste de muitas testemunhas, transmite-o a homens fiéis,
que sejam idôneos para também ensinarem os outros".
MODELO DOS DOZE - Há no mundo várias versões
de igreja em células. O mais comum é praticar o evangelismo e a
edificação do crente na mesma célula e ter um supervisor para
cada cinco líderes de células, no máximo; um pastor de zona
para cinco supervisores, um pastor distrital para cinco pastores
de zona, obedecendo o princípio de Jetro (Êxodo 18). A célula
se multiplica em duas quando atinge um certo número (15), o que
deve ocorrer entre seis meses a um ano.
Pr. César usou o modelo da Coréia por vários anos.
Frustrado com os resultados, passou a buscar de Deus uma estratégia
de crescimento. Foi quando recebeu em seu coração a visão de
um novo modelo de igreja em células. Assim como Jesus selecionou
doze dentre a multidão e os treinou, deveria acontecer com o
pastor. Seguindo o mesmo princípio de 2 Timóteo 2:2; os doze
ganhariam vidas e levantariam outros doze líderes, estes outros
doze e assim por diante.
Em que consiste o modelo dos doze? O evangelismo
é feito através das células ou grupos familiares. A visão
consiste em o líder da célula gerar doze líderes dentro da
mesma. É como se fossem os seus filhos. Cada um abrirá sua célula
e fará a mesma coisa. Quando um membro da célula se torna um líder,
ele continuará ligado ao seu próprio líder, agora como membro
do seu grupo de doze, para continuar sendo discipulado e
apascentado. A multiplicação da célula é feita quando surge
um novo líder. O alvo é que aquela célula se multiplique em
doze células, lideradas pelos doze líderes nascidos nela. Isso
pode levar de um a três anos. É possível que nesse período
uma média de 50 pessoas passem pela célula mãe. Quando o líder
original completar os seus doze "filhos", poderá
distribuir os membros remanescentes de sua célula entre os seus
líderes e passará a cuidar dos doze e ajudá-los a reproduzir o
que foi feito com eles. Quando cada um dos seus doze tiverem também
os seus doze, serão 144 "netos" do líder original.
Trata-se de uma multiplicação exponencial. Neste modelo a força
da edificação contínua, ou discipulado contínuo,
acontece no grupo de doze, que forma a equipe principal do líder
no desenvolvimento do seu ministério.
ESTRUTURA - Tendo em vista o discipulado
integral, a visão engloba evangelizar todas as
classes de descrentes; libertar os oprimidos do
diabo; sarar as enfermidades físicas,
emocionais e espirituais; integrar os
convertidos na vida da Igreja local; ensinar
todo o conselho de Deus; treinar os discípulos
para exercerem a obra do ministério e enviar os
discípulos a reproduzirem a missão. A fim de operacionalizar o
discipulado, foi desenvolvida uma estrutura na igreja local de
quatro grandes pilares:
- EVANGELIZAÇÃO - Através das células, das celebrações
da igreja e Eventos de Colheita.
- CONSOLIDAÇÃO - Através de um plano criterioso de
cuidado ao novo crente, usando o consolidador, a célula
e os encontros.
- TREINAMENTO - através da Escola de Líderes e Seminários.
- ENVIO - Através da liderança de células e discipulado
de doze.
CONSOLIDAÇÃO - É uma estratégia recebida
em oração para acelerar o processo do discipulado.
Em que consiste a Consolidação?
- Verificação - Após a decisão no
momento do apelo no culto, o decidido recebe uma palavra
sobre o plano de salvação. Um cartão de decisão é
preenchido e um livreto com verdades básicas do
evangelho lhe é presenteado.
- Fonovisita - O decidido recebe um
telefonema dentro das próximas quarenta e oito horas,
quando é marcada uma visita e recebe uma palavra de estímulo
e oração.
- Visita - O decidido é visitado e
convidado a freqüentar a célula.
- Pré-Encontro - Quatro palestras doutrinárias
sobre verdades básicas para a vida cristã.
- Encontro - Em um fim de semana o
decidido é levado a um retiro espiritual no qual é
profundamente ministrado com vistas a ter um real
encontro com Cristo e não ser um simples decidido que não
passou pelo verdadeiro arrependimento e novo nascimento.
É uma forma de acelerar seu crescimento espiritual
- Pós-Encontro - Dez palestras para
consolidação de verdades bíblicas que ajudarão o novo
crente a firmar-se ainda mais na fé: Como Enfrentar o
Mundo; Como Falar com Deus; Vida Social; A Palavra Fonte
de Vida; Sexualidade; A Igreja Refúgio de Deus; Vida
Equilibrada; O Batismo um Passo de Obediência; A Música
e Sua Influência em Nossa Vida; Como Conhecer a Vontade
de Deus.
ESCOLA DE LÍDERES - Três trimestres, uma
vez por semana, por duas horas. No primeiro trimestre são
estudadas doutrinas bíblicas básicas e seminários de acordo
com o grupo (homens, mulheres, casais, jovens). Tudo de um modo
simples e prático, com vistas à formação, que tem o seu forte
na célula, sob o discipulado do líder. Nesta fase o ensino é
voltado para a vida com Deus e o caráter cristão. No segundo
trimestre os estudos giram em torno da Célula e no terceiro, do
Líder. Depois vem uma tese também prática por um período de
três a seis meses. A seguir vem a Escola de Mestres, quando o líder
é treinado em um nível mais elevado.
ENCONTROS - Como se vê acima, o encontro
é apenas uma pequena parte de toda uma estrutura. Faz parte da Consolidação
do novo crente. Por que, então, no Brasil, essa grande controvérsia?
A maior parte das práticas atacadas em relação ao encontro
nada tem a ver com o modelo de encontros da Missão Carismática
Internacional em Bogotá. Duas coisas precisam ficar claras:
- Todo escrito que não leva a assinatura do Pr. César
Castellanos ou membros de sua equipe em Bogotá, não
pode ser atribuído à visão na sua integralidade. Por
esta razão, qualquer livro de minha autoria, é de minha
inteira responsabilidade.
- Todos os métodos usados nos encontros no Brasil, que
refletem o modo de um líder trabalhar, diferente do que
ocorre em Bogotá, é adaptação local e não pode ser
atribuído à igreja em células no modelo dos doze.
O que é o Encontro? Transcrevo o que diz Pr.
César em seu último livro Liderança de Êxito Através dos
Doze e que estará brevemente em português:
"O encontro é uma experiência genuína com Jesus
Cristo, com a Pessoa do Espírito Santo e com as Sagradas
Escrituras, no qual, mediante conferências, seminários, vídeos
e auto-exame se leva o novo convertido ao arrependimento, libertação
de ataduras e cura interior. O propósito é dar orientação
clara, à luz das Sagradas Escrituras, ao recém convertido sobre
seu passado, presente e futuro com Jesus Cristo, mediante
ministrações a nível pessoal e de grupo... Desta maneira, o
novo crente é preparado para desenvolver uma relação íntima
com o Senhor, facilitando-lhe o aprendizado da oração, leitura
da Palavra e o conhecimento da visão..."
O que se Ministra no Encontro? De acordo com
um pequeno livreto distribuído durante a última Convenção
Anual em janeiro último, em Bogotá, transcrevo os temas e
objetivo. A bibliografia são livros da coleção de autoria do
Pr. César, Tão Firmes Como a Rocha, que abordam as doutrinas básicas
conforme Hebreus 6:1-2.
Onde se realiza o Encontro? O ideal é que
seja num local apropriado para retiros espirituais. Custo?
Depende do lugar. Em São Paulo temos conseguido até por R 45,00
o fim de semana, incluindo transporte e alimentação. A insinuação
de que alguém lucre com isso é falsa.
SÁBADO
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- O Amor Paternal de Deus - Deus
é Meu Pai. Visa conduzir cada pessoa a um genuíno
arrependimento, conhecendo o amor do Pai. (Baseado
na parábola do Filho Pródigo)
- Graças a Deus Pelo Perdão -
Visa confrontar a pessoa com o seu pecado. Suas
causas e conseqüências. (Baseado no pecado de
Davi)
- Vi a Deus Face a Face (O Peniel) -
Quebrantamento e reflexão acerca da vida de cada
pessoa diante de Deus. (Baseado na experiência
de Jacó)
- Plano Redentor de Deus Para o Arrependido.
Jesus é meu amigo - Ter uma visão do
cancelamento de todos os pecados na cruz.
- Vídeo "A cruz" -
Sentir uma dor profunda por haver ofendido a Deus.
- Ministração da Cruz -
Confessar os pecados, renunciá-los e romper as
maldições.
|
DOMINGO
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- Fé Para Curar a Alma - Cura
para a alma ferida
- Imerso no Espírito - Que conheçam
a pessoa do Espírito Santo.
- Batismo nas Águas - Levar as
pessoas a se batizarem
- Como Obter Êxito - Dar a
conhecer a visão da M.C.I., mediante a escada do
sucesso (ganhar, consolidar, discipular e enviar)
|
O que se espera que aconteça no encontro?
- Profundo arrependimento de pecados
- Entendimento profundo do sacrifício de Cristo na cruz do
Calvário e seus benefícios
- Libertação das cadeias
- Perdão a todos
- Cura das feridas emocionais
- Enchimento do Espírito Santo
- Contato com a visão de se transformar em um líder
formador de discípulos.
- Comunhão com outros membros do Corpo.
- Batismo nas águas dos que estejam preparados para tanto
BASE BÍBLICA PARA AS MINISTRAÇÕES
Entre nós, evangélicos, infelizmente existem muitas
correntes teológicas. Quem, porém, tem autoridade para ser juiz
e agredir o outro de herético? Na maioria das vezes as agressões
são infundadas, dando-se conotação de crenças bem distantes
da vítima. Em relação às ministrações do Encontro, gostaria
de ressaltar, em poucas palavras, pelo limite do meio, o que de
fato cremos e pregamos:
- Cristo assumiu nosso lugar, como substituto, para efetuar
uma eterna redenção. Tudo quanto pertence à salvação
já foi feito. É passado. Em Cristo, pelo poder da Sua
morte, sepultura e ressurreição, já foi provida a
salvação, libertação, cura, vitória, prosperidade,
todas as bênçãos (Ef. 1:3). O crente é uma nova criação;
"as coisas velhas já passaram; eis que tudo se
fez novo" (2 Co. 5:17). Do ponto de vista de
Deus tudo está feito. Há provisão.
- Do ponto de vista do homem, ele necessita, em primeiro
lugar, tomar conhecimento das bênçãos emanadas da obra
redentora de Cristo. Em segundo lugar, deve crer e, em
terceiro lugar, tomar posse delas. Deus dá, mas o homem
é quem recebe. Deus provê e o homem usufrui.
- Nada é automático. Daí porque Paulo diz "sabendo
isto, que o nosso homem velho foi crucificado... a fim de
não servirmos mais ao pecado. (...) Pois o
pecado não terá domínio sobre vós..." (Rm.
6:6,14). Do ponto de vista de Deus o pecado não é mais
um problema para mim. Meu velho homem já está na cruz e
o pecado não me domina mais. Mas Paulo apela ao crente:
"Assim também vós considerai-vos
como mortos para o pecado... Não reine, portanto, o
pecado em vosso corpo mortal, para obedecerdes às suas
concupiscências; nem tampouco apresenteis os vossos
membros ao pecado como instrumentos de iniqüidade..."
(Rm. 6:11-13).
- Há uma verdade posicional em Cristo.
Devo conhecê-la. Mas há também a verdade experimental.
Devo prová-la. Há quase dois mil anos Deus lidou com o
meu pecado. Quando abraço a Cristo, todas as bênçãos
são legalmente minhas, mas tenho que vir à fonte e
beber de cada uma delas, em fé. Eis porque encontramos
repetidamente no Novo Testamento verdades que apontam as
bênçãos em Cristo como minhas: "mais que vencedor",
"tudo posso", suprimento de "cada uma das
minhas necessidades", "sarado", "santo",
etc. Por outro lado encontramos exortações para que
vivamos o que já é nosso por direito de redenção,
tais como: "desenvolvei a vossa salvação com
temor e tremor" (Fp. 2:12).
- A despeito de Cristo ter levado nossos pecados, derrotas,
maldições, feridas; a despeito de sermos uma nova criação,
o fato é que temos na igreja, até mesmo crentes mais
velhos, presos de vícios, em pecado, derrotados,
doentes, feridos, magoados, traumatizados, preocupados,
irados, oprimidos, deprimidos, vivendo tanta velharia,
presos às feridas e amarguras do passado. Temos até
pastores no púlpito em adultério, homossexualismo, vícios
sexuais, com por todo tipo de ferida e marcas do passado.
O que dizer, então, dos que estão dando os primeiros
passos na vida cristã, que vêm de um mundo de
idolatria, ocultismo e permissividade? É aí que se
torna necessária uma forte ministração para que tomem
conhecimento do que Deus nos deu gratuitamente em Cristo
Jesus e bebam da fonte do perdão, da libertação, da
cura, da vitória, etc. Este é o propósito do Encontro.
Levar o novo crente, ainda no início da vida cristã a
lidar com este passado e deixá-lo, na prática, na
experiência e não apenas em doutrina, na cruz,
usufruindo de fato dos seus benefícios.
- ARREPENDIMENTO - Esta mensagem é a
primeira de João Batista, de Jesus e dos apóstolos (Mc.
1:4,15; Lc. 24:47;At. 2:38). Até nas cartas que Jesus
manda às igrejas da Ásia o convite ao arrependimento
por parte dos crentes se faz presente(Ap 2:5,16,21,22; 3:3,19).
Não há novo nascimento sem arrependimento; não há
cancelamento de pecado sem arrependimento. Não há
arrependimento sem uma dor profundo por haver ofendido a
Deus. Não há dor profunda sem uma genuína confissão e
conseqüente abandono do pecado. Não há comunhão com
Deus sem arrependimento de cada pecado (Salmo 51 e 32).
Por que tantos na igreja não crescem? Por que continuam
em pecado e com as mesmas mazelas de antes virem para a
igreja? Por falta de um verdadeiro arrependimento, que é
a primeira doutrina básica. No encontro o novo crente é
fortemente confrontado com o pecado, para que se
arrependa. E há crentes mais velhos que têm carregado
pecados dos quais nunca se arrependeu e deve passar também
pelo confronto. Os pecados ocultos devem ser confessados
em arrependimento. A santidade de Deus diante do pecado
do homem é exaltada. A cruz é trazida com forte ênfase.
Precisamos ter uma experiência de arrependimento diante
do sacrifício vicário de Cristo de um modo tão
profundo que não tenhamos mais disposição para viver
em pecado. Toda forma de pecado é hediondo e ofende a
santidade de Deus. Naturalmente ninguém tem que se
arrepender e confessar pecados dos quais já se
arrependeu, levando-os à cruz.
- PERDÃO - A falta de perdão está na
origem de muitas feridas e amarras. Não há libertação
sem perdão. Como todos somos feridos, todos necessitamos
praticá-lo. O que se faz no encontro é levar a pessoa
outra vez à cruz e ver que Jesus perdoou os seus algozes
e nós devemos seguir seu exemplo, não prendendo ninguém
com nossa mágoa. Perdoados e perdoadores, é o lema.
- LIBERTAÇÃO - Esta ministração lida
com os direitos legais dados a Satanás através de alianças
e pecados graves. As pessoas que vêm a Cristo, na
maioria tiveram um passado com um pesado envolvimento com
ocultismo e idolatria. É necessário que tudo isso seja
renunciado e os símbolos e objetos que as ligam a esse
passado devem ser destruídos, como ocorria no início da
Igreja. Os poderes das trevas são confrontados, na
autoridade do nome de Jesus. A quantidade de manifestações
demoníacas nessa hora, por parte dos que fizeram pactos
satânicos e se envolveram com as trevas, é grade. Daí
a necessidade de ministrações individuais. Os demônios
buscam oprimir os homens de qualquer jeito; imagine-se
quando se lhes dão brechas. Mas agora, diante de uma
aliança com Jesus, novamente se usufrui dos benefícios
do que Cristo fez na cruz. Pela palavra do nosso
testemunho e o sangue do Cordeiro, em o nome de Jesus, os
grilhões são quebrados.
- CURA INTERIOR - Quantas pessoas estão
marcadas hoje em sua personalidade pelos traumas, feridas
e rejeições do passado! Cura interior é a aplicação
da cruz na área emocional. A pessoa deve ser levada a
ver que Jesus já carregou suas feridas, traições,
rejeições e ela não tem que teimar em carregar esse
lixo, presa ao passado. O tempo não cura feridas
emocionais. O que marca os sentimentos de alguém é tão
vivo hoje como no momento em que a ferida foi provocada,
mesmo que num passado de décadas. Há bálsamo em Jesus.
O que se faz no encontro é ajudar a pessoa a levar esses
sentimentos à cruz e receber uma experiência de cura. O
que é a psicologia? Ela criou alguma coisa? Deus é o
autor da alma humana e Ele sabe muito bem do que ela
necessita. Se um psicólogo pode ajudar uma pessoa a
localizar a causa dos seus problemas a fim de os superar,
o que dizer da Palavra de Deus, ministrada na unção do
Espírito Santo, que é especialista em localizar a
origem dos problemas e trazer-lhe pronta solução? Em
todas essas ministrações mostramos que não temos que
carregar o peso daquilo que Jesus levou na cruz em nosso
lugar. É uma ministração concentrada para que esse
novo crente tenha um encontro real com Cristo, entenda o
que Ele fez por nós e tome posse do que é nosso nEle. Não
importa onde o aleijão emocional entrou: se no ventre
materno, na infância adolescência ou juventude. Em
Cristo há cura e libertação.
- ENCHIMENTO DO ESPÍRITO SANTO - O novo
crente é levado a receber, pela fé, o batismo no Espírito
Santo, com evidência de falar em novas línguas. Muitos
evangélicos não aceitam essa experiência, mas o fato
é que diariamente multidões a experimentam em todo o
mundo.
O IMPACTO DO ENCONTRO - A razão do grande impacto que a
pessoa experimenta no encontro deve-se ao fato de que ela se
separou por um fim de semana inteiro para ser ministrada de uma
forma concentrada em áreas sensíveis de sua vida cristã. Quem
vai a um retiro espiritual bem dirigido e não tem uma experiência
mais profunda com Deus? Os retiros espirituais têm sido uma prática
na Igreja de Cristo. Quanta gente teve um real encontro com Deus,
foi liberta, curada, batizada no Espírito, chamada para o ministério
em um retiro? Jamais esquecerei os muitos acampamentos batistas
nos quais ministrei como seminarista e missionária. Os cultos ao
redor da fogueira! Que momentos em que a presença de Deus era tão
real. Cada um pegava um pedaço de lenha, um galhinho e lançava
na fogueira, como símbolo de sua vida a ser consumida no altar
do serviço a Deus. Nova era? Seria ridículo pensar-se isso.
Jesus foi especialista em usar coisas tangíveis para destacar
verdades espirituais.
Qual a diferença em relação ao modelo de retiros
espirituais chamados encontros? Simplesmente uma estrutura
aplicada a cada novo crente no início de sua vida cristã. Algo
sistemático, com ensino e ministração. Não apenas se fala de
pecado e arrependimento. Leva-se o ouvinte e dá-se-lhe tempo
para que prove o arrependimento e assim por diante. Resultado: A
pessoa sai perdoada, perdoadora, liberta, sarada, cheia do Espírito.
Está impactada. Sofre uma mudança considerável em tão pouco
tempo, pela prolongada exposição à presença de Deus, de Sua
Palavra e do Seu Espírito. Não há palavras adequadas que
traduzam o que ela provou. Está pronta para deslanchar na vida
cristã. Dali sai para o Pós-Encontro de três meses e a Escola
de Líderes. É por esta razão que se tem verificado, na prática,
que os novos crentes que passam pelo encontro apresentam um
crescimento que equivaleria a um ano de assistência normal à
igreja. Cresce mais rápido.
PRÁTICAS ABORDADAS NOS ATAQUES EM RELAÇÃO
AO ENCONTRO
- Silêncio. Há uma recomendação de silêncio
apenas na sexta-feira à noite, início do encontro,
quando se dá uma palestra ou apresenta-se um pequeno vídeo
ou dramatização, para apresentar qual o plano de Deus
para nossa vida. Visa levar o novo crente a refletir
sobre o que Deus projetou para sua vida e onde ele se
encontra hoje em relação ao plano. É um templo de
exame. Vale ressaltar que os encontros foram projetados
para o novo crente que está dando seus primeiros passos
na vida cristã e que pode ainda não ter tido uma real
experiência de conversão. É um silêncio curto, pois
ele já vai dormir. Ao acordar deve usar o tempo até à
primeira reunião para essa reflexão ou balanço. Nos
demais intervalos a comunhão com os irmãos é parte dos
objetivos, pois como diz o Pr. César, é um Encontro com
Deus, consigo mesmo e com os outros.
- Proibição de falar sobre o encontro -
Não há qualquer mistério no encontro. Existe apenas um
momento surpresa, já no fim, quando recebem um correio
da sua família com palavras de amor, de estímulo. No pré-encontro
ele é informado do que é um encontro e o que se espera
que aconteça nele. Ao voltar, há uma pequena recepção
com os membros da família que vêm buscá-los e pessoas
de sua célula, onde ele testemunha o que aconteceu em
sua vida. É claro que ele vai compartilhar tudo quanto
lhe aconteceu.
- De onde vem a prática do silêncio em todo o
encontro e a proibição de se falar sobre ele?
Esta é uma versão brasileira, talvez influenciada pelos
conhecidos encontros de casais, com o fim de levar a
pessoa a concentrar-se somente em Deus, sem distrações,
e a criar uma expectativa e curiosidade. Vejo isto apenas
como um método. Certamente quem o adotou jamais pensou
que ele causaria tanta controvérsia. Nunca adotei o
adotei porque entendi os princípios que regem os
encontros de Bogotá, com os quais concordo plenamente,
sem, contudo, julgar os motivos dos que agem de modo
diferente, desde que não o façam em nome da fonte.
- Técnicas de Cura Interior - Luzes
apagadas, velas, música repetitiva em espanhol, colchões,
fogos, cruzes queimadas, regressões induzidas por parte
de pessoas despreparadas, e outras práticas, novamente
refletem métodos locais. Ao que parece, cada um procura
usar a criatividade para tornar o encontro mais dramático.
Alguns adaptaram, outros nem sequer entenderam a visão.
Em Bogotá as coisas são mais simples. São retiros
espirituais com muita ministração da palavra, ministração
individual, oração, pouca música, por causa do tempo.
Participei de um encontro onde não se cantou uma única
vez, nem houve música de fundo. O preletor fazia uma oração,
ensinava a palavra e levava o ouvinte a Deus. Tudo é
voltado para um encontro real com Deus, pelo poder da
Palavra ministrada. É claro que existe muita oração
preparatória e durante todo o encontro.
Atacar, portanto, o modelo dos doze nos termos de: "métodos
e até mesmo práticas ocultistas com os quais a 'nova visão'
vem tentando atrair cristãos de outras denominações",
é ultraje. Nada tenho a ver com tais práticas, nem testemunhei
qualquer coisa do gênero em Bogotá.
RODA DE ORAÇÃO - Não pode haver coisa tão absurda quanto
referências como esta: "Semelhante ao que é encontrado
nas religiões ocultistas e movimentos esotéricos, o G12 também
se utiliza de símbolos e modelos fortemente rejeitados no seio
das igrejas evangélicas, como a chamada Roda de Oração..."
Tal referência foi inspirada na apostila do Pr. Alan F. de
Sousa, que na página 24, sob título: "Símbolos da Nova
Era - Extraídos dos escritos de Valnice Milhomens" coloca
uma roda que nunca vi antes e força uma comparação com a roda
de oração, impingindo uma motivação falsa. Onde chegamos?
Vamos agora dizer que o relógio é zodíaco? Um diagramador
ilustra um texto falando de asas com uma pomba, uma comparação
de novo nascimento com a metamorfose de uma lagarta em uma
borboleta. Insinuar que são símbolos de nova era? Quem fez a
pomba, ou a borboleta? Sobre o assunto gostaria de esclarecer o
seguinte:
1. A "Roda de Oração" nada tem a
ver com G 12. Trata-se de um simples gráfico para tornar mais
didático um ensino sobre oração, apresentado, primeiramente,
em livros nos livros de minha autoria: Tipos de Oração
e Poder da Intercessão, publicados em 1993,
quase seis anos antes de eu conhecer a igreja em células no
modelo dos doze.
2. Objetivo: Ensinar a gastar uma hora de oração
por dia (Mt. 26:40,41). Por uma questão de didática, dividimos
a hora em 12 partes. Baseada em Efésios 6:18, apresento um
estudo sobre os diversos Tipos de Oração. Para que haja um
equilíbrio na nossa vida de oração, sugerimos um roteiro com
doze pontos, tocando nos diversos tipos de oração, de cinco
minutos cada um, apenas para iniciar uma disciplina de orar de
acordo com os princípios da Palavra. A pessoa pode até gastar
um dia só em um dos pontos. Não se trata de técnica, mas de
ensino. O gráfico visa gravar melhor o esboço, como segue:
- MINISTRANDO AO SENHOR - Salmo 100 - 15 minutos
1. Ações de Graça (Sl. 92:1-5; I Ts. 5:18)
2. Louvor (Sl. 145:1-7; Sl. 34:1)
3. Adoração (Ap. 7:11,12; Sl 95:6)
- APRESENTANDO NOSSAS NECESSIDADES - Fp. 4:6-7 - 15 minutos
1. Esperando em Deus (Sl. 62:1,2,5,7)
2. Confissão (Sl 139:23; 1 Jo. 1:9)
3. Petição, Consagração e Entrega (Mt 7:7-8; Jo 16:24)
- NO LUGAR DE INTERCESSOR - 1 Tm. 2:1-4
1. Pelos familiares e amigos (Lc. 11:5-8; At. 16:31)
2. Pelo corpo de Cristo (Ef. 3:14-19; Gl 4:19)
3. Pelas nações (Ez. 22:30,31; Sl 2:8)
- ENCONTRO COM A PALAVRA (Js. 1:9)
1. Lendo (Ap 1:31; 1 Tm. 4:13)
2. Meditando (Sl. 119:97; 1 Tm 4:15)
3. Apropriando-se pela oração (Sl 119:33; Is 66:2)
LITERATURA AUTORIZADA - Os livros autorizados
da Visão de Bogotá, são:
Da autoria do Pr. César Castellanos:
|
- Sonha e Ganharás o Mundo (Suas
experiências - Prefaciado pelo Dr. Luis Palau,
Diretor do movimento AD 2000);
- Encontro - Manual de Estudos Bíblicos
para a Escola de Líderes (publicado
anteriormente em três volumes - Prefaciado pelo
Dr. Peter Wagner);
- Encontro (livreto para o
decidido);
- Liderança de Êxito Através dos 12
(Abordagem detalhada da visão e que brevemente
estará em português - Prefaciado pelo Dr. David
Yonggi Cho);
- Tão Firmes como a Rocha (7
volumes abordando as doutrinas fundamentais, que
estão sendo traduzidos - Prefaciado pelo Dr.
Dereck Prince).
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Da autoria da Pra. Cláudia Fajardo:
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- Consolidação;
- Afirmando Meus Passos (material
para o Pós-encontro, prefaciado pelo Dr. Omar
Cabrera). Palavra da Fé Produções está
publicando todos esses livros em português.
Livros escritos por mim ou por outros pastores no
Brasil, refletem apenas nossa experiência e
visam atender as necessidades de nossas congregações
locais. Tudo quanto dissermos fora do modelo
original, é de nossa inteira responsabilidade e
não pode ser atribuído ao Pr. César
Castellanos, por uma questão de justiça. É bom
que se diga também que não há página na
Internet da M.C.I. Qualquer página no Brasil é
da inteira responsabilidade do ministério que
ela representa.
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DESVIOS - Há atitudes que contrariam
frontalmente o espírito dos encontros, tais como:
- A implantação somente de encontros, quando estes são
apenas um ingrediente de uma visão maior.
- A aceitação e até convites de membros de outras
igrejas para participarem do encontro, quando ele se
destina aos discípulos que estão seguindo um programa
de discipulado no contexto da igreja local.
- Fazer do encontro o todo da visão.
ESCLARECIMENTOS
- A Missão Carismática Internacional é uma Igreja evangélica
que preza pela pureza doutrinária, uma vida de santidade
e o caráter cristão, com sede em: Calle 22C, Nº 31-01,
Bogotá, Colômbia. Pr. César Castellanos é um servo de
Deus respeitado no mundo inteiro, cuja vida é um
testemunho de integridade, humildade, amor, zelo e paixão
pelo mundo perdido. Como pai de família é um exemplo a
ser seguido. O casal conseguiu levar os pais e todos os
irmãos a Cristo e os tem todos integrados na obra de
Deus. É uma família ministerial. Como líder tem
formado milhares de líderes que refletem o caráter de
Cristo. Como homem de Deus reflete uma comunhão com o
Pai e uma sensibilidade espiritual marcantes. Um dos
grandes privilégios e bênçãos em minha vida tem sido
o convívio com esse servo de Deus, cujo modo de ser e
viver nos inspira a buscar uma vida cada vez mais perto
de Deus. Para os que tiverem interesse em conhecer melhor
o instrumento de Deus nesta visão, ele estará,
juntamente com sua esposa (sempre viajam juntos),
ministrando em São Paulo, no Ibirapuera, de 29 de junho
a 02 de julho. A Igreja em células no modelo dos doze
declarou guerra contra Satanás e o seu reino. Ser
acusada de envolvimento com o reino que ela combate, leva-nos
a recordar as palavras de Jesus: "Pois, se um
reino se dividir contra si mesmo, tal reino não pode
subsistir; ou, se uma casa se dividir contra si mesma,
tal casa não poderá subsistir; e se Satanás se tem
levantado contra si mesmo, e está dividido, tampouco
pode ele subsistir; antes tem fim. Pois ninguém pode
entrar na casa do valente e roubar-lhe os bens, se
primeiro não amarrar o valente; e então lhe saqueará a
casa" (Mc. 3:24-27).
Diante do exposto, ousaria, em nome de Jesus, fazer dois
pedidos:
- Aos que se levantam contra o modelo, que o examinem na
fonte a fim de não caírem no pecado da generalização
e da condenação do que Deus está fazendo. Fica aqui o
conselho do sábio Gamaliel (Atos 5:38-39). Temos uma nação
a levar a Cristo e esses ataques, distorções,
desrespeito e até calúnias só favorecem o reino das
trevas. Não podemos com tanta leviandade taxar os outros
de hereges e divulgar posições contrárias ao agredido
como se fizessem parte de suas convicções.
- Aos que têm inovado o modelo com práticas estranhas ao
mesmo e polêmicas, provocando escândalo, busquem estudá-lo
a fundo antes da sua implementação, abandonem o que lhe
é espúrio ou, do contrário, assumam o fato de que se
trata de uma visão particular, pois os pastores da MCI têm
um zelo extremado pela visão e não gostariam de a ver
maculada. Até hoje não escreveram manuais por achar que
seria uma irresponsabilidade fazê-lo enquanto estão
testando um modelo. A visão é dinâmica. Sua preocupação
é estar ouvindo o Espírito de Deus na implementação
dessa estratégia de evangelismo e discipulado revolucionária.
Só em janeiro deste ano o livro contendo o modelo foi
publicado, porque Pr. César Castellanos não sentiu
liberação da parte de Deus para fazê-lo antes. É um
homem de Deus muito sério e íntegro. Não merece o
desrespeito a que tem sido submetido por alguns líderes
brasileiros que nem sequer o conhecem. Que Deus tenha
misericórdia de nós e nos ensine a colocar o amor cristão
acima de nossas diferenças para que juntos, não importa
a sua estrutura eclesiástica, entreguemos o Brasil a
Cristo em nossa geração.
Prª Valnice
Milhomens
E-mail: insejec@uol.com.br
Tel.: (0**11) 3619.3245
Fax: (0**11) 3619.3692
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