Associação CAUÉ - Amigos de São Tomé e Príncipe |
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Campanha de reconhecimento histórico |
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SÃO TOMÉ x BIAFRA |
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40 aniversário do conflicto de Biafra e da ponte aérea humanitária desde São Tomé |
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Os restos dos Loockhead Constellation da CANAIRELIEF no aeroporto de São Tomé, que poderiam constituir um magnífico monumento à ajuda humanitária |
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(foto: Jakob Ringler, em Connie Survivors) |
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Há 40 anos, o 30 de maio de 1967, proclamou-se a República de Biafra, separando-se da Nigéria tras as convulsões políticas e matanças indiscriminadas que seguiram aos primeiros anos daquela federação. Essa proclamação foi o detonante de uma das guerras mais sangrentas que nunca tem visto o mundo -a Guerra de Biafra- e um dos maiores genocídios, que inclueu a mais terrível das fomes: mais de 1.500.000 civis, a maior parte crianças, sucumberam ao drama. |
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Desde julho de 1968 até Janeiro de 1970, a Joint Churches Aid (Ajuda Conjunta das Igrejas) organizaram desde São Tomé uma ponte aérea humanitária que, graças a perícia dos pilotos de diferentes nacionalidades em perigosos voos nocturnos, burlando a artilharia nigeriana, abasteceu no mais básico aos assediados biafreses. Os aviões da JCA, ficeram inumeráveis viágens (os faziam várias vezes ao longe na noite) e participaram na evaquação da população indefesa onde o genocídio era certo. |
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Os coordenadores do JCA, as autoridades da Ilha e a população civil empregaram-se a fundo no operativo da ajuda humanitária, com feitos heróicos (ou simplesmente humanos) que foram gravados na mente das pessoas que viveram esse momento; mesmo na recordação, nas lendas e no imaginário popular. O porto e o aeroporto de São Tomé registraram uma actividade tão intensa como nunca tinha acontezido lá; o seu mercado encheou-se de cooperantes, religiosos, mêdicos, logistas e militares…, mas também de aventureiros, mercenários, contrabandistas e especuladores vindos dos lugares mais remotos do planeta. São Tomé converteu-se naquela altura em um "hub" de apoio internacional e o seu nome passou outra vez a pôr-se no mapa mundial, nessa altura como a capital da humanidade mais sentida que lutava contra o exercício da violência mais brutal e a irracionalidade. |
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Na actualidade os restos de dois dos aviões utilizados nessa ponte humanitária, dois "Lockheed Constellation" ("Connies"), abandonados às inclemências do clima desde o fim da guerra, são os testemunhos silenciosos desse episódio, quase esquecido, da história contemporánea de São Tomé e da África Occidental. |
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Uma iniciativa popular internacional |
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Os membros da Associação Caué, Amigos de São Tomé e Príncipe, achamos que, tras tantos anos de cumprir essa função de recordatório na memória local, de última evidência, é preciso reconhecer essos aviões como património da História de São Tomé e da História Universal, como monumento à ajuda humanitária e como homenágem a todas essas pessoas que profissionalmente ou como voluntários participaram em mitigar o sofrimento do povo biafrês. |
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Apelamos aos santomenses e aos amigos de São Tomé e Príncipe, às instituções, entidades, ONG, empresas, etc, aos cidadanos do mundo, a lembrar por escrito ou em voz alta aquela história a través do nosso Grupo STP ou a través dos meios de comunicação convencionais e expressar assim as suas vivências, experiências, memórias e opiniões sobre este tema, |
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e também a juntar-se no pedido ao Governo da República Democrática de São Tomé e Príncipe da consideração dos restos das duas aeronaves como monumento nacional, e por tanto o reconhecemiento da sua preservação para a memória histórica. |
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A nossa proposta (iniciativa popular internacional): |
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CONVERTER / DECLARAR OS RESTOS DOS DOIS AVIÕES LOCKHEED CONSTELLATION EM UM MONUMENTO INTERNACIONAL À AJUDA HUMANITÁRIA, FORMANDO PARTE DO PATRIMÓNIO NACIONAL SANTOMENSE |
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