Um exemplo:
Em São Paulo, um vendedor de carros, com bons conhecimentos de mecânica foi demitido. Na realidade foi dado a ele a opção de trabalhar apenas recebendo a comissão sobre as vendas, sem vínculo trabalhista . Ele não aceitou.
Mas mudou a sua vida. Conhecedor do ramo, passou a catalogar carros usados existentes nas diversas agências. Vistoriava, negociava o preço e anotava num caderno. Começou a divulgar entre os seus antigos clientes, que agora trabalhava com um mercado muito maior. Ele não se considerou demitido. Informava que havia ampliado o número de carros disponíveis para análise pelo cliente e que agora iria atender no local que o cliente indicasse. Ou seja, caso necessitassem de um carro, o consultassem. As pessoas ligavam para ele pelo telefone celular. Ele verificava no caderno se existiam carros disponíveis (em diversas agências) e, caso existissem, selecionava um e levava o carro até o cliente.
Demorou um pouco, mas logo ficou bem conhecido.
Seu lema era o seguinte: "antes de comprar o carro usado, me ligue, se eu tiver um, em bom estado, eu lhe informo na hora". Isto estava escrito no seu cartão de visitas.
A comissão sobre a venda ia quase que integralmente para o seu bolso, sem grandes despesas, como tinha o seu antigo patrão, que por sinal, passou também a depender dele para realizar vendas.
Entrevistado ele disse: ofereço um serviço melhor aos meus clientes, antes eles tinham que se dirigir até a agência, hoje, onde eles estiverem eu vou atrás, não vendo carro danificado ou roubado e eles também tem muito mais opções.
Analisando este caso acreditamos que deve ter sido difícil para ele quebrar o paradigmas de se vender carros sem agência. Este é o maior problema de alguém que irá abrir um novo negócio: quebrar paradigmas.
Depois já li algumas reportagens mostrando inclusive pessoas catalogando carros em computador, envolvendo diversas cidades e uso da Internet.
Neste exemplo o vendedor perdeu o emprego mas não o trabalho.
Boa Sorte !