FICÇÃO CIENTÍFICA E UFO’S

Os autores de ficção-científica previram muitos e muitos aspectos da realidade atual dos avistamentos extraterrestres, assim como acertaram até mesmo determinados comportamentos dos supostos ocupantes das naves...mas como?
 
 

PREMONIÇÃO OU LITERATURA FANTÁSTICA

      Os OVNIS são o resultado das conjecturas da época e nos surpreende averiguar que este fenômeno é tão antigo como nossa imaginação escrita. Segundo liertrand Méheust na sua obra “Science Fiction et Soucoupes Volantes” as formas esféricas, ovais e discoidais foram pensadas e muitas vezes sonhadas como máquinas, a partir do século XIX, já que antes o fato técnico não tinha a suficiente força necessária para captar estas representações e quando o conseguiram seria captada sob os domínios da alquimia e outras matérias afins. As diversas utopias descritas ao longo da história utilizam meios certamente absurdos para viajar pelo espaço: Luciano de Samosata na sua “História verdadeira”, escrita no ano 180 antes de Cristo, chega à Lua num barco arras-tado pela tempestade; o escritor renascentista Ludovico Ariosto faz chegar seu herói Astolfo ao nosso satélite por meio de um carro puxado por quatro “grifones”; Francis Godwin na sua obra “O homem sobre a Lua” concebe que a personagem principal chegue à Lua por meio de um tiro.
 
 
 
 
 

A CHEGADA DAS MÁQUINAS

      Á partir da segunda metade do século XVIII o homem começa a idealizar complexas maquinarias e artefatos que se deslocam mexidos por “fluidos” e energias desconhecidas para a ciência nessa época. David Russen no seu “Voyage Lunaire” escrito em 1703, passa a um viajante na Lua por meio de uma gigantesca mola que gradativamente vai-se detendo.

      As utopias e fantasias mexidas por forças energéticas inverossímeis (gansos selvagens. barcos a vela, etc.) ficam atrás: o escritor do “século das luzes” quer imaginar dentro de um meio literário meios técnicos de acordo com o espírito mais ou menos racionalista deste século XVIII. Louis Guillaume de la Follie descreve a visita à Terra de um habitante de Mercúrio na sua obra “Le Philosophe sans pretentions”, de 1775. Este suposto habitante de Mercúrio nos visita numa estranhíssíma máquina, com dois grandes balões capazes de carregar-se de luz ao decolar. Descreve a má-quina da seguinte forma: “Brilha ... Sobe lentamente na sua mecânica empurrando suavemente sobre um freio, vemos os dois balões girar com uma rapidez pródiga”.
 
 
 
 
 

UM ADIANTO DE 179 ANOS

       Senhores, disse, vejam vocês, que para elevar-se no aro meio principal é anular sobre minha cabeça a pressão atmosférica. Observem que a percusão da luz atua neste momento sobre a mecânica. Ela própria é a que me elevará sem muito esforço e dominando o movimento dos meus balões subirá ou descerá na proporção que mais queira...”

      O relato que representa o tao insólito aparelho rememora uma íconografia muito tradicional; uma estrutura mecânica, resplandecente e luminosa que manobra à vontade detendo-se a escassa altura do chão, para viajar aos espaços siderais. A evidência premonitora de uma casuística que se produz 79 anos mais tarde, exatamente o 19 de outubro dc 1954, às 19:20 horas.

      Gorizia (Itália) — O senhor Filippo Corridoni, nas proximidades do rio lzonzo observou um balão médio vazio e próximo do chão. Ao seu lado se encontrava um disco de uns 10 metros de diâmetro, descansando numa estranha armação. A parte superior era branca e tinha uma torre preta que parecia uma cúpula com uma série de janelas na sua periferia, algumas iluminadas com uma luz branco-azulada de grande potência, que de repente se desligou quando o “objeto” se elevou verticalmente, girando e arrastando o balão.
 
 
 
 

A ESTRUTURA Dos ÓVNIS

      É uma autêntica onde de “engenhos” os que se descrevem na literatura de evasão deste tempo; Louis-Sébastien Mercier, em 1771 dedica um capítulo aos dirigíveis intercontinentais no ano 2400; Alfred Driou, em 1856 imagina uma astronave lunar de forma oval e assim um longo etcétera onde diversos autores descrevem uma infinidade de naves e aparelhos impulsonados por reação, pela pressão da luz, etc.

      Não deixemos de assombrar-nos ao comprovar que com uma antecipação de quase cinqüenta anos, a estrutura morfológica dos 0VNIS poderia descrever-se envolvida numa novela de aventuras fantásticas. Não se elimina a importância destas similitudes pelo fato de ser descrita em meio a um sem-fim de peripécias incríveis. Tudo, pelo contrário, aumenta seu valor, já que essencialmente o fenômeno dos  “não identificados” é “observável” e reconhecível por uma forma e aspecto característica de disco, esfera ou prato voador e que coincide plenamente com a descrição destas “naves obsoletas” que só voaram nas páginas de folheto do século XIX.
 
 
 
 
 

ACERTO DA CIÊNCIA-FICÇÃO No SÉCULO XIX

      O capitão Danrít em 1895 e na sua obra “A invasão preta” menciona uma máquina voadora certamente curiosa: tratava-se de um balão aerostático coberto de uma carcaça ou cúpula metálica feito de duas estruturas piramidais unidas nas bases. O aspecto em definitivo rememora um “objeto” aéreo cujo deslocamento é toscamente ortodoxo com o século XIX e sua estrutura formal coincide com as observações ÓVNI.

      Entre as numerosas observações da casuística ufológica que inclui este tipo de objetos não identificados de forma romboidal, mencionaremos um avistamento que teve lugar a 17 de junho de 1975 na localidade de Saint Nicolás d’Acey (França). Duas testemunhas observaram às 23:40 horas uma luz que se deslocava pela parte traseira de um bosque. A parte superior deste objeto estava sobre as árvores, enquanto que sua parte inferior era oculta por um pequeno muro. O ÓVNI se deslocava lentamente e sem ruído algum sobre o campo e ao chegar à altura das duas árvores que formavam uma linha divisória, se imobilizou; pelo seu aspecto pareciam dois triângulos unidos pela base; suas dimensões eram quatro metros de largura por 2,3 de altura, Repentinamente, depois de uns minutos de imobilidade se produziu um fenômeno estranho: uma faixa escura que parecia vir da parte posterior da nave desceu para o lado esquerdo. Depois esta sombra desapareceu recobrando o objeto de aspecto primitivo de rombóide, Pouco depois as testemunhas regressaram ao seu endereço de origem.

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DAQUI A TRINTA DIAS...

UM ARTIGO INÉDITO DO ESPECIALISTA EM FICÇÃO CIENTÍFICA, DA GLOBO NEWS, ANDRÉ SALLES!
 

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