Por Goku's Lover
Já era madrugada. Goku acordou assustado, acabara de ter um sonho horrível. Sonhara com a morte de Vegeta. O sonho o acompanhava há meses. Estava preocupado, não podia sequer pensar em algo ruim que pudesse acontecer a Vegeta. Por isso tomara uma decisão: logo pela manhã iria procurá-lo para expor o sentimento que guardava há muito tempo em seu coração. Goku amava Vegeta mais do que qualquer coisa, o amava como nunca amou ninguém antes. Mas não tinha coragem de confessar o seu sentimento ao Príncipe dos Sayajins. Conhecia bem o seu orgulho inabalável, mais do que isso, sabia do ódio que Vegeta nutria por ele. Conseguiu conviver todos esses anos com o ódio de Vegeta, mas como poderia ele conviver com o desprezo de seu amado?
Goku já não era o mesmo, não treinava com Gohan, não brincava com Goten, não era mais um marido carinhoso para Chi Chi, só pensava no sonho que se repetia e fazia que a cada noite a agonia aumentasse. Talvez fosse apenas um sonho, mas poderia ser uma premonição, um pressentimento. Ele decidira contar tudo, não poderia perde-lo sem ao menos tentar. Decidira que uma recusa de Vegeta seria melhor que a dúvida que tornava tão grande a sua aflição.
Chegou a manhã. Quando Gohan e Chi Chi acordaram Goku já estava de pé, não conseguira dormir depois do sonho. Tomou seu café e disse que ia resolver alguns problemas. Saiu e foi atrás de Vegeta. Suava frio, imaginava a cena da rejeição, podia ver o nojo e o desprezo nos olhos de Vegeta. Mesmo assim ele foi até a Corporação Cápsula. Sentia que não podia mais adiar. Chegando lá tremeu nas bases, um suor frio lhe desceu o corpo da cabeça aos pés, hesitou, perdeu a coragem. Quando estava indo embora a porta se abriu.
-O que você quer aqui a essa hora, Cacaroto?
Era Vegeta. Goku ficou pálido, coração acelerado, titubeante ele respondeu:
-Nada não, Vegeta. Já estava indo embora.
-Como "nada não"?! Não seja estúpido, Cacaroto! Você não viria da sua casa até aqui para "nada não"! Bom, já te aviso: se veio falar com Bulma, ela não está. Ela foi à casa do Mestre Kami com Trunks.
A ausência de Bulma e Trunks deu novo ânimo a Goku, menos pessoas presenciariam a humilhação. Ele tomou coragem e pensou: "se não for agora, não vai ser nunca". Depois de respirar fundo disse:
-Não, não vim aqui falar com Bulma. Eu preciso muito conversar com você...
-Diga logo o que você quer. Seja breve! Eu estava treinando e você sabe que não gosto de ser interrompido durante os treinos!
Goku estava estático, não sabia o que dizer nem como dizer, lhe fugiam as palavras. Num gesto instintivo, sem pensar, num flash, na total ausência de raciocínio ele agarrou Vegeta e lhe deu um beijo.
-Mas o que você está fazendo, Cacaroto?! Que diabos você está fazendo, seu miserável?! Como você ousa?!
Goku caiu de joelhos no chão, uma lágrima lhe percorreu o rosto. Pela primeira vez em anos Goku chorava. O que havia feito? Como pôde agir assim, colocar tudo a perder?
- E-e-eu te amo, Vegeta! EU TE AMO MUITO!!! Há anos sinto isso! Não posso mais esconder meus sentimentos... essa agonia me consome todas as noites quando vou dormir... Mas, por favor, me perdoe... Eu lhe peço que me perdoe por este ato!
Vegeta não respondeu, estava sem reação, apático, nunca imaginara que isso um dia aconteceria.
Goku virou as costas e saiu. Perdido, voava sem rumo certo. Não podia parar de pensar em como pôs tudo a perder. Agora sim ele não mais imaginava, mas tinha certeza de que Vegeta sentia ódio, nojo e desprezo. Voava cambaleante. Como encararia Vegeta de novo? Como iria viver sem ao menos a esperança de um dia tê-lo em seus braços? Por que fora tão burro? Voava sem destino...
Na Corporação Cápsula Vegeta não mais treinava, estava atônito, não parava de pensar no que havia acontecido há algumas horas. Por que Cacaroto fizera aquilo? Pensou em tudo que viveram. "Como Cacaroto pode dizer que me ama se eu nunca demostrei nenhuma afeição por ele? Ele devia me odiar como o odeio!" pensou consigo mesmo. Pensou na morte de Raditz, na humilhação de ter sua vida salva por Gohan. "Sim, eu odeio o Cacaroto!". Lembrou-se de quando Goku explodiu junto com Cell, de quando ele sumiu na explosão de Namekusei, da agonia que sentira em não mais ver Cacaroto, de quando juntos lutaram com Freezer, Cell, Boo, de quando pediu a Shen Long que revivesse Goku, da alegria nos olhos de Goku ao ver que ele também havia sido revivido e se tornara uma pessoa de bom coração. "Não, não é ódio!" ele concluiu. Saiu atrás de Goku. Fora à casa de Chi Chi, Goku não estava lá. Fora à casa do Mestre Kami, também nada do Goku. Pensou, pensou e saiu voando. Lembrou-se de um lugar onde certamente encontraria Goku: as ruínas onde lutaram antes de enfrentarem Majin Boo. Chegando lá avistou Goku sentado à beira de um precipício olhando para o nada.
-Cacaroto! Cacaroto! chamou Vegeta.
-Vegeta, vá embora. Saia daqui! Me deixe aqui sozinho. Não preciso de suas críticas, não preciso de demonstrações do seu ódio, não estou com ânimo para lutar agora! Vá embora! Guarde seu ódio e seu desprezo para outras pessoas. Amanhã logo cedo eu vou embora. Vou passar algum tempo treinando com Tenchi e Chaos. Virei sempre visitar Gohan e Goten, mas não mais lhe incomodarei. Prometo, você não mais verá a minha cara. Não se preocupe, você está livre de mim! Não pretendo que você entenda o que eu sinto, não acho que você saiba o que é o amor. Só lhe peço que me perdoe e entenda que aquilo foi um ato impensado... por favor, não conte a ninguém...
-Cacaroto, seu idiota! Cale a boca e escute o que eu quero dizer! Eu não vim aqui pra isso!
-Vegeta, eu não sei porquê agi daquela forma. Sei que você me odeia... não entendo a razão do meu sentimento.
Goku estava partindo, então Vegeta o segurou forte pelo braço e o puxou. Os dois ficaram cara a cara, os olhos se olharam, os dois se encararam. Vegeta segurou o outro braço de Goku ainda com mais força, olhou fundo em seus olhos e o beijou.
Um arrepio percorreu as costas de Goku, cada pêlo do seu corpo se arrepiou, suas pernas ficaram bambas.
Com o beijo Vegeta não teve mais dúvidas: não era ódio, era amor! Sim, ele também amava Cacaroto! Seu orgulho não podia conceber tal hipótese por isso, inconscientemente, disfarçou seu amor em ódio e rancor. No começo ele realmente odiava Goku, mas há tempos eles não eram mais inimigos, há tempos eles conviviam em paz.
O beijo continuava, era um beijo quente, longo, ardente e apaixonado. As mãos de Goku escorregaram pelas costas de Vegeta, este mostrando um lado que ninguém conhecia, nem mesmo Bulma, segurava com ternura o rosto de Cacaroto. O beijo teve que parar, eles tiveram de buscar ar. Goku olhou para o parceiro e, ainda com os olhos marejados, sorriu. Como era lindo o sorriso de Goku. Sem dúvidas, não era ódio, era amor! O rosto de Vegeta corou-se, ele desviou o olhar, ainda não estava pronto para dizer a frase, dizer aquilo que Goku há muito sonhava ouvir.
As mãos de Goku passearam pela costas de Vegeta até encontrarem suas nádegas. Vegeta tirou a camisa de Goku acariciava o seu peito, sua penugem loira o hipnotizava, beijava-lhe a boca e o pescoço, apertava sua barriga definida e seus fortes braços... o tão orgulhoso Príncipe dos Sayajins estava entregue. Os dois estavam muito excitados, a ereção de ambos era aparente. Goku abriu a calça de Vegeta, mas não a tirou, colocou sua mão por dentro da calça e sentiu sua pele quente, suas nádegas eram carnudas e rígidas, bem melhores que as de Chi Chi. Lambeu um dedo e lentamente introduziu-o na entrada de Vegeta. Este tremeu, cerrou os dentes e apertou os olhos. Quanto tesão eles estavam sentindo... se soubessem antes não teriam perdido tanto tempo.
Goku tirou a calça de Vegeta, o membro teso era bonito, não era exatamente grande, mas era muito bonito, carinhosamente o masturbava com uma mão e com a outra brincava com seu anel quente, apertado e agora úmido. Vegeta estava a ponto de enlouquecer tamanho era o prazer que sentia, quando Cacaroto introduziu mais um dedo, não agüentou, não conseguiu impedir o gozo e, junto com um forte gemido, uma explosão de sêmem melou sua barriga e o peito de Goku.
Ambos estavam ofegantes quando Goku levantou Vegeta e o deitou numa pedra plana. Ele lentamente abriu as pernas do parceiro e se colocou entre elas, Vegeta se sentou e beijou Cacaroto. Lhe beijou o pescoço, desceu e encontrou seu tórax, lhe beijou os mamilos, o umbigo, continuou descendo e encontrou a enorme ereção de Goku. Lhe abriu a calça, o membro de Goku saltou para fora, era grande e grosso, estava rijo e latejante. A língua de Vegeta brincava com a glande de Goku. Agora era Goku quem estava entregue. Vegeta colocou tudo na boca, Goku gemia e mordia os lábios. Como havia sonhado com esta hora, como havia desejado Vegeta.
Apesar de ser a sua primeira vez com um outro homem, Vegeta era hábil com a boca, com certeza, Bulma, uma mulher moderna, não se satisfazia só com papai-e-mamãe. Vegeta lambia o enorme falo de Goku como uma criança chupando um picolé. Goku já não agüentava, não queria gozar, mas não iria conseguir segurar o orgasmo se Vegeta não parasse. Ele levantou Vegeta, o pegou em seu colo o beijou apaixonadamente, o deitou de novo sobre a pedra. Se posicionou entre a pernas dele. Colocou os pés de Vegeta sobre seus ombros. Passou algumas vezes seu membro já bem úmido na entrada de Vegeta para lubrificar e facilitar a passagem. Vegeta gemia alto cada vez que Goku fazia isso. Goku deu a primeira investida, mas Vegeta impediu a penetração. Ele olhou preocupado para Goku que sorriu. Como era lindo o sorriso de Goku. Como poderia Vegeta resistir? Ele permitiu a penetração, afinal Goku nunca foi egoísta e com certeza na próxima eles inverteriam os papéis. Goku colocou tudo de uma vez. Vegeta cerrou os olhos, mordeu os lábios e segurou com força os braços de Goku. A dor era muita, mas ele já havia sentido dores piores, o prazer, esse sim, era inigualável!
A cada estocada Vegeta gemia. Goku se deliciava, o anel de Vegeta era quente e apertado. Os gemidos graves de Vegeta eram música para os ouvidos de Goku. O ritmo do vai-vem aumentava, se tornava frenético. Goku ia e vinha com força e velocidade, Vegeta já não sentia muita dor, só prazer. Goku viu a nova ereção de Vegeta e começou a masturbá-lo num ritmo tão intenso quanto as suas estocadas. Já não era possível segurar, o orgasmo veio. Goku mordeu o dedão do pé de Vegeta e simultaneamente gozou, encheu Vegeta com seu esperma quente. Ao sentir-se tomado pelos fluídos de Goku, Vegeta também gozou. Desta vez num jato mais forte. Goku deitou-se sobre o amante e acomodou a cabeça em seu peito. Vegeta passava os dedos pelos cabelos de Goku. Ele sabia que amava aquele que um dia odiou. Sabia que tinha um forte amor por Goku, mas não podia confessar, não conseguia, algo o travava.
Um pensamento fez Goku gelar. Ele se lembrou do sonho.
-Vegeta... essa noite eu tive um sonho ruim... sonhei que você morria em meus braços...
-Ora, Cacaroto! Deixe de falar asneiras!!! Sonhos são sonhos, não dizem nada!
-Eu sei, mas tenho medo... não quero que nada possa nos atrapalhar..... Prometa que você não vai morrer.
-Eu não posso prometer isso. Não tenho controle sobre isso. Mas se te conforta eu prometo -pegou a mão de Goku e deu um beijo- agora eu agradeço por não ter destruído este planeta. Não, não vou morrer, pois agora posso dizer que encontrei algo para quê viver –uma pausa- E é você –uma longa pausa e um suspiro- Te amo, Cacaroto!
O dia estava completo. Felizmente asa coisas não aconteceram como Goku temia.
Goku adormeceu no peito do companheiro, mas desta vez não sonhou com a morte de Vegeta. Teve um sonho bastante diferente que os levou a fazer tudo de novo no dia seguinte, e no seguinte e no seguinte...
FIM