MODERATO




por Lucretia


7

Na manhã seguinte, a namorada de Alan entra no quarto, onde estavam os dois amigos e acorda o rapaz de cabelos negros cuidadosamente tocando-lhe no braço. Ele tenta desculpar-se por não ter voltado, mas ela diz que compreendia, com um belo sorriso nos lábios e um doce beijo.

_ Como ele está? _ pergunta sussurrante, não querendo acordar o loiro, que dormia calmamente.

_ Não se preocupe, ele só vai ficar com uma enorme enxaqueca _ Alan respondeu dando um pequeno sorriso, olhando seu amigo, deitado naquela cama, dormindo tranqüilamente.

Alan levantou-se da cadeira e os dois namorados retiraram-se do quarto de Jack. A ruiva olhou o relógio e virou-se para seu namorado, dizendo:

_ Preciso ir embora. Já estou atrasada para o trabalho _ declarou, dirigindo-se à saída _ mais tarde eu volto.

_ Eu queria te pedir uma coisa _ Alan disse segurando uma das mãos da moça, olhando-a atentamente, voltando depois seus olhos para os castanhos olhos de sua namorada.

_ O quê?

_ Gostaria que você não venha hoje à noite aqui.

_ Por que? _ perguntou a moça, com a fronte franzida.

_ Por vários motivos... Eu não dormir direito essa noite, depois tenho ensaio amanhã e preciso acordar cedo, por ultimo vou tentar conversar com Jack e se você estiver aqui, ele vai fugir.

A ruiva olhou atentamente para Alan, ouvindo cada palavra que lhe dizia e respondeu com um "eu compreendo", disse também que deixaria os dois a sós para conversarem tranqüilamente e despediu-se com um breve beijo nos lábios de Alan.

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Quando Jack acordou já passava a muito do meio-dia. Levantara com uma grande dor de cabeça, assim como Alan prevera, e dirigira-se até a sala, onde o guitarrista estava envolvido em suas composições.

_ Que dor de cabeça! _ declarou , levando as mãos a cabeça e chamando a atenção de Alan, que não havia percebido que seu amigo acordara.

_ Boa Tarde, Bêbada Adormecida!! _ Alan falara, achando graça do trocadilho, numa divertida saudação ao ver Jack em pé ao seu lado com as mãos na cabeça, tentando abrir os olhos por causa da claridade.

_ Shiiiiiiii... Não faça barulho. Minha cabeça dói.

_ Tudo bem! Se estiver com fome tem metade de uma lasanha no microondas.

Alan esperou que Jack terminasse seu almoço pacientemente. Olhava-o com ternura. Seu amigo loiro com os cabelos desgrenhados, vestido com a mesma roupa do outro dia, a camisa de malha preta amassada, a calça jeans desbotada, os pés descalços sobre o sofá em que sentara, estava todo desarrumado, mas nem por isso menos bonito.

_ Jack, quero falar contigo _ Alan começara a falar, pousando sua guitarra num canto da sala.

_ Mas eu não estou afim de conversas _ retrucou Jack, pousando o prato vazio na mesinha de centro, dirigindo-se para a televisão, ligando-a.

_ Só que nós precisamos con... _ Alan fora interrompido pelo som da TV, aumentado por Jack ao ultimo volume.

Alan parou de falar, olhou seu amigo levemente irado, arrancou o controle das mãos dele e baixando o som.

_ Você não falou que estava com dor de cabeça? Para que esta TV tão alta?

Jack não respondeu, continuou olhando a televisão e subidamente partiu para cima do amigo numa tentativa de retomar o controle, porém mal sucedida. Ainda estava aborrecido com Alan e sentia-se mais desgostoso. Alan recusara-se a entregar o objeto que estava em suas mãos, o que causou a primeira briga entre tantos anos de amizade. Os dois caíram no chão. O loiro tentava socar o outro rapaz com toda raiva e mágoa que sentia e Alan evitava os socos, segurando as mãos de seu amigo.

Logo Alan conseguia imobilizar Jack. Sempre fora mais forte que ele, o que facilitou a imobilização do rapaz loiro. Numa jogada de corpo conseguira impor-se sobre o corpo do amigo, segurando as mãos sobre a cabeça deste. Fitaram-se por alguns segundos, as respirações aceleradas. Jack possuía o fogo da ira nos olhos, enquanto Alan olhava-o desolado por estar machucando-o.

_ O que há contigo? Está agindo com uma criança. Qual o teu problema? _ Alan perguntou, já sabendo as respostas, porem precisava ouvir as palavras da boca de Jack.

_ Você quer saber qual o problema? Quer realmente saber? _ indagou Jack, gritando com raiva, como algo que estava preso em sua garganta a muito tempo.

_ Claro! _ respondeu seu amigo.

_ A verdade... Você quer saber a verdade... Então eu vou te falar a verdade... A verdade é que eu te amo e a tanto tempo que você nem desconfia...

A declaração fez Alan arregalar os olhos , desconfiava dos sentimentos de seu amigo, mas não esperava ouvir daquela maneira, aquelas palavras. Muito menos a confissão de que era algo antigo. Ficou ali em cima do loiro, olhando-o com doçura e assombro e viu quando os olhos de Jack se encheram de lágrimas. sentia-se culpado pelo sofrimento que provocara, principalmente depois daquele beijos que trocaram. acariciou-lhe o rosto, enxugando as lagrimas que já rolavam, umedecendo a bela face e deu-lhe um delicado beijo, que mal passou de uma leve caricia nos lábios de Jack.

Mas Jack não pode mais se conter. Com uma mão livre, segurou a nuca de Alan e puxou-o, num beijo carente, porem ardente, que foi correspondido com a mesma indensidade. Os dois rapazes entregaram-se mutualmente, com a mesma paixão e carinho. A carência de ambos não deixava que seus corpos se separassem e eles ficaram ali, no chão da sala, deitados um sobre o outro, beijando-se por longos minutos.

_ Minha dor de cabeça piorou _ parando o beijo, Jack declarou levando a mão a testa.

Alan nada falou, apenas olhou para seu amigo e deu um pequeno sorriso. Depois levantou-se devagar e segurando em uma das mãos ajudou Jack a levantar-se também. ainda sem falar uma única palavra, tomou seu querido amigo em seus braços e beijou-lhe mais uma vez. Amava-o não havia como negar, tentara, era verdade, mas depois daquela declaração, não iria mais magoar-se e ao seu amigo.

Quando o beijo cessou mais uma vez, os dois amigos entreolharam-se. Sorriram com cumplicidade. Jack voltara a ter o mesmo brilho de outrora nos olhos, a velha vivacidade. E eram essas coisas que tornavam-no mais belo do que realmente era.

Alan e Jack olharam-se durante alguns segundos, até que o belo loiro segurou a mão de seu amigo e arrastando-o para seu quarto, disse:

_ Acho que você pode curar minha enxaqueca.

Alan seguiu-o calado, observava cada gesto e expressão de Jack, parecia um pouco receoso sobre o que poderia acontecer. Tinha medo do que sentia, mas estava cansado de lutar contra algo que não podia vencer, por mais que quisesse. Deixou-se levar pelo amigo e deixou-se, também, deitar na cama.

Jack deitou-se sobre Alan. Olhou-o como nunca olhara, parecia não acreditar no que via. Passou a mão no rosto do amigo, numa caricia suave e duradoura, para certificar-se que não era um sonho. E Alan ao sentir o toque sutil em seu rosto, puxou o belo ser sobre ele para si, num abraço verdadeiro e quente. ficaram abraçados por alguns instantes. Sentindo o calor e o aroma um do outro. Oh, Deus! Como tudo aquilo era bom! Alan sentia que a partir daquele momento os dois traspassariam a barreira da amizade...

No meio daquele caloroso abraço, Alan tomou coragem e deixou que as palavras escapassem de sua boca para dentro do ouvido de Jack num sussurro doce e envolvente.

_ Eu te amo, Jack... Eu te amo... Como nunca amei ninguém... Eu te quero...

A confissão de Alan fez Jack procurar os lábios do moreno num beijo de consentimento e entrega. Já ouvira tais palavras, quando seu amigo estava inconsciente devido a febre, porem agora estava são e consciente. E quando elas entraram em seus ouvidos encheram seu coração de emoção.

Beijaram-se com fome e volúpia, tocando-se, numa entrega desesperada. Magoaram-se demais escondendo um do outro os sentimentos e agora queriam esquecer todo sofrimento que viveram.

Os beijos tornavam-se mais intensos, os toques mais ousados e o calor dos corpos aumentava quase beirando a febre. Alan tinha uma das mãos por dentro da camisa, medido as costas, examinando cada músculo. Sentia necessidade de tocar a pele de seu amado. Com toques suaves, prolongando o prazer, como que não quisesse que aquele ato de amor acabasse nunca, que perdurasse por toda a eternidade.

Mas o desejo de Jack era mais urgente. Era como se procurasse alivio para tudo o que sentira por tanto tempo. Queimava por dentro, seus beijos eram cheios de luxuria, seus toques desesperados, seu corpo tremia todo, enquanto ele esfregava-o com sofreguidão contra o outro. Tanta era a urgência que sentia que Alan assustou-se ao senti-lo tremer em seus braços.

_ Calma... _ Alan murmurou, trazendo Jack para um abraço, tentando acalmá-lo, acariciando seus finos fios dourados, enquanto acomodava-o, encaixando seus corpos.

_ Eu te desejo tanto _ respondeu Jack contra o ouvido do moreno, fazendo com que ele arrepiar-se todo com o calor da voz do outro.

_ Eu também... Mas temos todo tempo do mundo.

E ao fim dessas palavras, Jack deu um suspiro sufocado misturado a um pequeno gemido. Era um sonho, um sonho do qual não se quer acordar, só podia ser, pensou por um instante, mas ao olhar bem fundo nos olhos oblíquos de seu parceiro, teve a certeza que não estava sonhando e que tudo não passava da mais doce realidade.

Então levantou-se, permanecendo ajoelhado, com as pernas abertas, sobre o corpo de sue amigo, olhou com mais desejo ainda e arrancou a camiseta de malha, jogando-a bem longe, revelando toda a beleza do tronco levemente musculoso. Alan ficara imóvel, observando cada gesto de seu companheiro, como se fossem magico, depois deixou que Jack tirasse sua camisa branca de malha, expondo seu tórax e abdômen bem definidos.

Era com a visão do paraíso para Jack ver seu amigo deitado abaixo dele. seus cabelos negros, como a mais sombria noite, espalhados pelos travesseiros, seus olhos azuis brilhando de desejo, seus lábios finos e rosados entreabertos, esperando para serem invadidos de novo, seu peito subindo e descendo, numa respiração pesada, como se todo ar que precisasse estivesse contido nos seus beijos, e os mamilos... ah, os mamilos... arrepiados anunciando a excitação que torturava seu belo corpo. Jack não se conteve e atacou um dos mamilos de Alan, sugando-o com fome e desespero, mordiscando levemente, arrancando gemido abafados do guitarrista.

Alan chegara a loucura. o prazer que lhe era proporcionado roubara-lhe todos os sentidos, não raciocinava direito e, também, não queira mais. Gemia entre os dentes e contorcia-se enquanto Jack escorregava sua língua dos mamilos para o umbigo, descendo até a barreira estabelecida pela calça de brim preta. O loiro parou, olhou atentamente para o botão prateado, enquanto seu companheiro apoiava-se nos cotovelos, depois voltou os olhos para ele, sorrindo maliciosamente.

O moreno apenas olhou, ansioso pelo que iria acontecer, mas não deu um único som de protesto. E como quem cala consente, Jack abriu a calça de seu companheiro e a despiu delicadamente, logo depois livrou-se da cueca. Em pouco tempo uma lustrosa ereção podia ser vista, apontando para o alto, pulsante e quente, implorando por um alivio. Jack também praticamente arrancou as roupas que ainda lhe restavam, mostrando o quão excitado estava.

A essa altura Alan recostara-se a cabeceira, sem parar de observar seu amigo tirando as ultimas peças de roupa. Jack voltara a juntar-se ao seu amado, agachando-se sobre suas coxas. Este gesto fez com que os dois pênis roçassem um contra o outro e os dois jovens deram um pequeno gemido de prazer juntos. Depois abraçaram-se e beijaram-se mais uma vez, esfregando um corpo no outro. Entreolharam. E Alan quebrou o silencio.

_ Eu nunca fiz isso.

_ Como não? E o que você e aquela ruiva ficavam fazendo naquele quarto, que ela gemia tanto? _ perguntou Jack, tentando brincar com o amigo, sabia que não era sobre isso que se referia.

_ Não é sobre isso que estou falando... _ tentou retrucar, mas foi impedido pelo loiro.

_ Eu sei... Estou apenas brincando. Também nunca estive com outro homem e... nem com uma mulher.

_ O quê? _ Alan não acreditava no que ouvira, Jack sempre pareceu-lhe um mulherengo _ E todas aquelas garotas do colegial?

_ Só para chamar sua atenção _ Jack respondeu, dando uma pequena lambida nos lábios de Alan, que ficou perplexo com tal confissão _ Eu te amo desde aquela época.

_ Mas todos esses anos... E você nunca me contou, nunca demonstrou _ Alan abraçou seu amado bem forte, sentindo um pequeno aperto no peito, lembrando o quanto sofrera durante esse pouco tempo e imaginado o tamanho do sofrimento de Jack.

_ Não sabia como você aceitaria isso e também lutei durante muito tempo para aceitar. Por causa disso andava com todas aquelas meninas, mas nunca namorei nenhuma. Me guardei para você. E se você nunca me quisesse, morreria intocado.

Alan puxou-o mais para si e os beijos e caricias retornaram mais urgentes que antes. Agora o prazer acentuava-se, o contato das peles, a temperatura elevada, os roçando um contra o outro. Os dois gemiam entregues ao prazer.

As mãos de Alan percorriam toda extensão do corpo de Jack, procurando extrair prazer de cada centímetro de pele dele. Subiam e desciam com agressividade possessora. Jack tentou encontrar apoio nas barras de ferro da cama, suspendeu um pouco seu corpo e deixou que o sexo de seu amigo roçasse sua entrada. E gemidos foram liberados de ambos com o toque ousado.

Entreolharam-se, respirando com certa dificuldade devido a troca de luxuria em que estavam prestes a vivenciar. Realmente ultrapassariam a linha da amizade, a partir daquele momento não seriam apenas amigos, mas também amantes.

_ Tem certeza que quer isso? _ perguntou Alan, mas já conhecia a resposta, estavam num ponto que não podiam mais voltar atrás. Jack balançou a cabeça num gesto de consentimento, sentia seu corpo arder em desejos que tinham que ser satisfeitos e que não podiam esperar mais.

Então Alan agarrou Jack pelas nádegas, sustentando seu corpo tremulo de desejo e volúpia, enquanto este abaixava-se mais, numa tentativa frustada de penetração, que o deixou descontente. Estava tenso demais, Alan pode sentir quando passou levemente o dedo na entrada de seu amante. Jack blasfemava, podia estar extremamente excitado, mas não conseguia evitar a dor em ser penetrado.

_ Droga! Droga!

_ Calma... Relaxa, Jack... Relaxa... _ pedia Alan, aninhando Jack contra seu corpo, acomodando a cabeça dele na curva de seu ombro, numa tentativa de acalma-lo.

_ Mas eu quero... quero muito... Eu preciso de você _ Jack falava, quase que suplicando para ser possuído, com lagrimas se formando em seus olhos.

_ Assim vou acabar te machucando. e eu não quero mais te fazer sofrer. só quero te dar prazer.

Essa declaração encheu Jack de alegria, então enxugou as lagrimas que se formaram e olhou com todo amor que possuía para Alan, sorrindo docemente. Alan passou a mão pelo rosto de seu amante num gesto de carinho. Sentia-se feliz em estar ali na cama com a pessoa que provavelmente amara quase toda a vida. E como ele era bonito! Passou sua mão para os cabelos da nuca, segurando-os firmemente, mas sem puxa-los e trouxe Jack para mais um beijo doce, quente e apaixonado.

A delicadeza do seu gesto, logo tornou-se numa fome furiosa. Alan puxou levemente os cabelos do loiro, afastando suas bocas, o que fez Jack soltar um som, não de protesto, mas de prazer, pois em seguida o belo moreno atacava-lhe o pescoço, sugando e lambendo, como se procurasse alimentar-se do doce perfume do outro. Depois deixou que sua língua descesse até um dos mamilos de Jack, deixando um trilha úmida e sugou-o com fome e desejo, enquanto seu belo amante loiro suspirava entregue aos toques de Alan.

_ Ah!... Alan!...

Entregue ao prazer, Jack deixou que Alan deitasse-o na cama, deitando-se sobre ele, sem parar de atacar-lhe os mamilos com beijos e pequenas mordidas, excitando-o ainda mais. em seguida, o moreno, encaixado entre a s pernas dobradas de Jack, voltou sua atenção para outra parte do corpo do loiro, o umbigo. Brincou durante alguns instantes com a língua naquela concavidade, arrancado gemidos do seu amante, que contorcia-se agarrado as mechas negras de Alan.

De repente o belo guitarrista parou sua doce tortura. Olhou para seu amante, sob os olhos. Jack estava com os longos cabelos dourados espalhados pela cama, os olhos cerrados e a respiração pesada, esperando pelo próximo toque ousado de seu amado. Alan contemplou por breves segundos, o fino rosto, quase feminino, que se contrastava com o corpo levemente musculoso, que por tanto tempo sonhou em toca-lo. Mas quando seu olhar desceu mais um pouco, deparou-se com um sexo rijo, pulsante e quente. E, sem pensar uma segunda vez, abocanhou-o com enorme volúpia, fazendo o loiro soltar um longo gemido de surpresa e prazer.

Alan sabia exatamente o que seu amante queria, como homem conhecia o que cada macho precisava, o alivio rápido para toda aquela tensão, ou seja, o gozo. Então sugou-o com vontade, mesclando com lambidas e beijos, estimulando se parceiro ao clímax, enquanto Jack gemia mais longamente a medida que o êxtase aproximava-se.

A umidade quente da boca de Alan envolta ao sexo de Jack, estimulando-o com rápidos movimentos de vai-e-vem, arrancando gemidos cada vez mais longos, em poucos minutos fez com que ele gozasse. Ao sentir aquele liquido de puro êxtase de seu amando enche-lhe a boca, pensou por um instante em cuspi-lo, mas estimulado pelo gosto salgado engoliu-o sem pensar uma segunda vez.

Depois fez o caminho inverso, subindo ao pouco, beijando delicada e carinhosamente cada parte do corpo antes estimulada com tanta paixão e volúpia. Retornou ao ponto de partida calmamente até chegar a boca, beijando com amor e suavidade. Olhou para o belo loiro abaixo dele, que estava mole e extremamente relaxado, ainda tinha os olhos cerrados, mas abriu-os delicadamente encarando se amado com satisfação e amor, sorrindo. Alan, retribuiu o sorriso, como sinal de cumplicidade e afastou da testa suada de Jack alguns fios que colaram teimosamente em seu rosto.

_ Agora é a sua vez... _ sussurrou Jack, dobrando e suspendendo suas pernas até a altura das costas de Alan, abrindo-se para seu amado, fazendo com que o sexo endurecido dele roça-se ousadamente sua entrada.

Alan não falou nada, apenas aceitou aquela situação. Também não agüentava mais, precisava de um alivio para o tesão que sentia, não esperaria por muito tempo. E aquele oferecimento de seu amante era como a resposta para todo aquele desejo.

Olhou para Jack, sentiu mais uma vez seu pênis roçar na entrada do outro, fechou os olhos azuis e suspirou retendo um doce gemido. Sabia que era a hora certa, tinha que aproveitar enquanto o corpo de seu amante estava relaxado para não lhe causar dores.

Então, delicadamente, empurrou-se contra o corpo de seu amado, entrando com facilidade. Ouviu Jack gemer pesadamente e pensou em parar, mas como não encontrou resistência continuou, devagar para que não causasse dor ao seu querido amigo. A cada centímetro penetrado, gemidos eram ouvidos, tanto de Jack quanto de Alan, até que o jovem moreno estivesse todo dentro do loiro. Os dois olharam-se por um breve instante antes que Alan começasse suas estocadas. Leves, a principio, mas intensificando-se depois, pois a temperatura do corpo do outro, a presão envolta de seu sexo e os doces gemidos de prazer de Jack, tudo isso só aumentava seu desejo.

Era um conjunto de prazeres que levavam-no a loucura. Procurava, desesperado, um alivio para tudo através das estocadas, mas não queria que acabasse tão depressa. Seu corpo todo tremia junto com do seu amante loiro e o suor de ambos misturava-se, numa onda de luxuria e volúpia. era algo maravilhoso poder amar Jack! Estava livre de todos os sues pensamentos!

O corpo de Alan era invadido por deliciosas sensações, que o enlouqueciam, roubando-lhe os sentidos. Estava num ponto que seu corpo não agüentaria mais um minuto, por isso deixou que o êxtase fluísse dele para o interior de Jack, preenchendo-lhe, numa estocada mais forte e profunda junto a um gemido quase bestial, caindo em seguida sobre o loiro, exausto.

Permaneceram abraçados, unidos, por alguns minutos, e só depois Alan percebeu que sua barriga e a de seu amante estavam meladas, devido ao outro gozo de Jack. então, cuidadosamente saiu de dentro do loiro, levantou-se e olhou brevemente para ele, observou o quão bonito era e, dirigiu-se ao banheiro, trazendo uma toalha de rosto em suas mãos. Limpou-se, enquanto era observado atenciosamente por Jack, depois deitando-se ao lado do outro, limpou-lhe também o abdômen.

Depois que os dois estavam limpos, a toalha foi jogada, sem mais utilidade em um canto qualquer. O belo rapaz de cabelos negros acomodou-se na cama e logo em seguida Jack deitava-se sobre seu corpo, encostando a cabeça loira no peito do outro. Alan afagou-lhe os longos fios dourados e beijou-lhe a cabeça, deu um pequeno suspiro de satisfação e alegria, inspirando bem fundo, guardando para si o doce perfume de flores de seu amado.

_ Eu te amo, Jack... Te amo muito... _ sem pensar muito, Alan deixou que tais palavras escapassem de sua boca num doce sussurro, mas não foram ouvidas por Jack, pois acabava de cair no mais profundo sono, cansado e totalmente satisfeito.

Mas, apesar do cansaço, o sono demorou a chegar para Alan. Estava feliz demais para poder relaxar seu corpo naquele momento e também tinha medo que tudo não passasse de um sonho, que quando ele fechasse os olhos tudo desaparecesse. ficou acordado metade da noite, mergulhado em lembranças, algumas mais recentes, de poucos instantes atras, outras mais antigas, do tempo em que eram apenas adolescentes.
 
 

CONTINUA