Inimigos e Amantes
_ Zacarias! Zacarias!
Damabiah remexeu-se na cama ao ouvir o som da voz feminina que batia a porta. Seu amante angelical também remexeu-se atras dele, esfregando o rosto nas suas costas.
_ Zacarias! Acorda, Zacarias!
A voz insistente de Hahael entrou mais uma vez naquela ancolva, fazendo Damabiah abris seus magníficos olhos rubros e admirar a escuridão do quarto. Já era noite e a viagem devia continuar. acendeu o abajur ao seu lado e sentou-se na cama, enquanto ouvia a voz da ruiva, que para ele era insuportável, invadir a sua intimidade e de seu amante loiro. Calmamente, vestiu o roupão, que abandonara a algumas horas no chão, e dirigiu-se a porta.
_ Boa noite, Margot! _ falou calmamente para a ruiva.
_ Onde está o Zacarias? _ perguntou, tentando espirar para dentro do quarto, mas a altura e largura dos ombros de Damabiah não permitiam.
_ Está dormindo ainda, mas...
_ Como assim?! Ainda dormindo?! Estamos atrasados, e se não sairmos agora... _ indignada Hahael interrompeu Damabiah, mas do mesmo jeito que interrompera fora interrompida por este.
_ Eu sei. Também tenho coisas a tratar. Me dê dez minutos e já estaremos lá embaixo, o.k.?
Mas antes que Hahael pudesse responder ou questionar algo, Damabiah fechara a porta na cara da ruiva. Ela ficou ainda mais irritada. tinha algo nele que não gostava, e a medida que convivia com ele passava a detesta-lo mais.
Damabiah virou-se para a cama e viu seu amado dormindo tão angelicamente que deve pena de acorda-lo. gostaria de contempla-lo eternamente. Zacarias era lindo!... A pele branca e imaculada, os longos cabelos de um loiro quase como o ouro, espelhados casualmente pela cama, e o seu perfume de flores... Ah, como era bom! Todo quarto cheirava aquele aroma tão doce e fresco... Sim , ficaria uma eternidade, e mais um século mais admirando aquele ser divino se pudesse. Mas não podia. E a noite lá fora denunciava-lhe que tinha uma missão. dirigiu-se a cama e chamou seu amante calmamente.
_ Zacarias... Acorda, meu anjo. Já é noite. Precisamos voltar a estrada.
Raziel abriu os brilhantes olhos azuis devagarinho e ao constatar que quem estava ao seu lado era o seu amado de cabelos negros, como a mais escura noite, sorriu.
_ Oi, meu amor... _ disse o anjo mansamente.
_ Oi, meu anjo... _ respondeu Damabiah, com um belo sorriso nos lábios _ Já é noite e seu amiga chata já esteve aqui. Se demorarmos muito é capaz dela voltar. Precisamos ir. Vamos, levanta, Zacarias...
Mas Raziel não levantou e nem deixou seu amado levantar e num puxão trouxe o corpo músculo de Damabiah para cima do seu e arrebatou-lhe um possessivo e apaixonante beijo. Os dois amantes beijaram-se perdidamente, esquecendo-se um pouco das horas e de seus principais deveres.
_ Precisamos andar logo, meu anjo _ disse Damabiah, cessando o beijo _ Ou logo sua amiga vai estar batendo na porta, fazendo o maior escândalo.
_ Ela pode esperar _ retrucou Raziel puxando o outro para mais um beijo.
_ Não, não pode. Anda, levanta, Amanhã podemos aproveitar um pouco mais. Agora não é uma boa hora.
Damabiah levantou-se da cama, levando junto a si o anjo. Ambos ficaram sérios, lembrando-se de suas missões. Não tinham tempo para aquelas brincadeiras. Um novo mundo estava para vim e estava na mão de cada um deles. Bastava apenas para eles um curto período de "folga".
De repente o coração de Raziel apertou-se em seu peito. Olhou para seu amante e lembrou-se que em breve não veria mais aquela criatura magnifica. Mesmo assim respirou fundo e aceitou seu destino.
Exatamente dez minutos depois estavam os dois arrumados. Damabiah com o seu tradicional cigarro nos lábios e Raziel com a sua trança no lugar, como se nunca tivesse sido desfeita. Hahael viu os dois descerem as escadas e seus olhos arderam de fúria quando bateram sobre o belo e sensual demônio. Por algum motivo odiava-o, e agora mais do que nunca, principalmente porque transformara seu amigo em um louco passional.
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Mais uma vez a noite foi interminável para Hahael. Ver Raziel e aquele rapaz moreno rindo e se divertindo o tempo todo foi como está no inferno para ela. Porem logo chegariam a outra cidade e depois sumiriam como apareceram nesta terra. Se preocuparia de seu amigo está com aquele outro, mas daria graças aos céus de não ouvir mais aquela voz rouca e lasciva, nem sentiria o cheiro daquele cigarro insuportável.
No pequeno hotel, a jovem ruiva entregou a Raziel uma chave e ficou com outra. Tinha certeza que ele faria a mesma cena que da outra vez, por isso apenas entregou-lhe a chave, evitando o vexame e dirigiu-se calada ao seu quarto.
Raziel olhou-a e respirou pesadamente, sentindo pena dela, pelas coisas que fez e falou. Hahael fora a criatura mais fiel a ele em toda sua existência. Realmente tinha magoado ela sem necessidade. Seguiu-a com os olhos até entrar no quarto e logo depois entrou no seu.
Ao entrar Raziel foi logo surpreendido por Damabiah. O beijo voraz que recebeu deixou-o sem equilíbrio. Fora pego desprevenido, se não fosse os braços fortes do demônio envolta de sua cintura com certeza cairia.
As bolsas carregadas foram jogadas despreocupadamente pelo chão do quarto. E Raziel deixou que acontecesse a mesma coisa com seus pensamentos. Esquecera-se de Hahael, de sua missão e de quem era... A única coisa que passava em sua mente era ser amado por Damabiah.
Logo em seguida as roupas de ambos seguiram o mesmo caminho.
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Depois de longos momentos de total entrega e luxuria, Raziel dormia calmamente. Seu corpo relaxado estava coberto levemente por um lençol, cobrindo apenas sua parte intimas. Era uma visão divinamente luxuriante!...
Já era dia claro, mas Damabiah não dormia. Não conseguia fechar os olhos. Não queria perder nenhum dos últimos instantes que passaria com seu amante loiro. Fumava um cigarro, enquanto admirava cada curva e linha dos músculos do outro. Era a visão mais bela que tivera em toda sua existência e queria guarda-la para sempre esse quadro em sua mente.
Inspirou fundo sentindo o perfume que Raziel emanava tornando o odor do cigarro obsoleto. Aquele cheiro de flores, de lírios... sim, era a lírios que cheirava... queria lembrar-se dele para sempre.
Apagou então o cigarro e aproximou-se de seu amado. Contornou os músculos bem definidos das nádegas do loiro, sentindo a pele macia tocar-lhe os dedos. Queria ama-lo mais uma vez, para poder levar em sua memória a lembrança do rosto excitado de sue amado e o ruído doce de seus gemidos. Acordaria-o e possuiria-o mais uma vez, e pela ultima vez, antes da noite chegar e ele sumir da vida daquele anjo terreno.
Suas mãos subiam deslizando pela pele alva do anjo, contornando cada músculo das costas até chegar nos longos fios dourados. Damabiah tomou a longa trança em suas mãos e levou-a ao nazis. Como eram perfumados aqueles fios sedosos tanto quanto o seu dono!... Afastou-os da nuca e quando preparava-se para despejar-lhe alguns beijos até acordar Raziel para o amor, deparou-se com uma figura pintada sobre a pele.
Raziel tinha a marca dos anjos. Parecia um a tatuagem, mas não era. Damabiah tinha certeza. Conhecia a marca. também tinha uma, a de demônio. A cruz azul denunciava o que aquele loiro deitado ao seu lado, dormindo tranqüilamente, era. Raziel era um anjo. Seu maior inimigo naquela missão.
seu corpo todo foi tomado por um arrepio frio. Um terror quase irreal. Não podia acreditar que se deixara enganar dessa forma... ou talvez tenha enganado a si próprio.
Era inacreditável! Não podia está acontecendo! Não com ele!... Um demônio secular, que amaldiçoara milhões de almas e enganara outras tantas. ele que envenenou tantos com a doença da paixão, fora ludibriado da maneira e na ocasião mais cruel.
Afastou-se de Raziel como alguém que foge do próprio mal, da própria danação. E que irônico não era... Ele, um demônio, acostumado a levar muitos a maldição, fugindo do próprio castigo. acendeu outro cigarro, com as mão tremulas e sem tirar os olhos de cima de Raziel que dormia sem saber de nada.
"Seria aquilo algum truque? Não... Um anjo não se entregaria ao pecado, mesmo que fosse para pegar um demônio, um inimigo." pensava, enquanto caminhava até a janela. abriu a cortina, deixando a claridade do dia entrar, acordado Raziel. O anjo esfregou um dos olhos estranhando a luz matinal, reconhecendo seu amado.
_ Nick... O que foi? algum problema? _ perguntou.
Damabiah não respondeu de imediato. Respirou fundo, fechando os olhos inconscientemente. Não podia acreditar que fora enganado pelo amor daquele jeito. Não aceitava que estava apaixonado por aquele doce anjo. Seu inimigo...
Terminou de fumar o seu cigarro e depois de um longo silencio, que deixou Raziel apreensivo, respondeu.
_ Sim... O problema é que eu descobrir quem você é.
Raziel tentou manter-se calmo ao ouvir aquelas palavras frias como o vento que adentrava o quarto, mas não conseguiu evitar que seus olhos arregalassem de susto.
_ Como assim?
_ Não se faça de zonzo. Eu sei que você é um anjo. Um anjo de verdade. _ Damabiah falou calmamente. Estava tão frio que a respiração de Raziel ficou suspensa. Temia que aquilo fosse real.
_ Por que você está dizendo isso? _ foi a única coisa que lhe veio a mente, não acreditava que fora descoberto.
_ Porque eu vi a marcar que você tem na nuca.
Raziel levou a mão à nuca, instintivamente, como que desacreditando em sua direção. Continuaria a mentir, tentando enganar Damabiah.
_ É só uma tatuagem... _ tentou dizer.
_ Não... Não é. E quer saber por que eu sei? _ perguntou, recebendo como resposta um pasmo aceno de cabeça _ Por isto...
Damabiah sentou-se na cama ao lado de seu amante, virou-se de costas para ele e afastando os longos fios negros, mostrou o sinal. A marca de que ele era um demônio. Uma cruz vermelha invertida. esse era o símbolo de que eles eram inimigos.
Raziel afastou-se brutalmente de Damabiah, num espasmo de terror. Seus olhos viam , mas ele não queria acreditar. Levou a mão a boca, tentando evitar que o pavor tomasse conta de sue corpo e chorasse compulsivamente. Não podia conceber que a pessoa a quem tinha perdido sua pureza era o maior inimigo, alguém que podia mata-lo a qualquer momento.
Seus olhos logo encheram-se de lagrimas. Como fora tão estúpido! Tão impulsivo! se tivesse escutado Hahael desde o inicio.... Ela sabia, sempre soube, inconscientemente, mas sempre soube. e ele não deu a mínima para o que ela falava.
Damabiah virou-se para ele e fitou-o sem expressão nenhuma, mas seu coração sangrava por dentro. Olhou Raziel silenciosamente, enquanto via as lagrimas formarem-se em seus olhos azuis.
_ O que você vai fazer agora? Me matar? _ perguntou Raziel, sufocado pela dor que sentia.
_ Era o que eu devia fazer, mas agora não tenho coragem para isso. _ respondeu, olhando Raziel nos olhos, procurando por consolo.
_ Se você tiver que fazer isso, faça logo, pois não te darei uma outra oportunidade _ o anjo falava, enquanto deixava as lagrimas escorrerem pelo seu rosto, num pranto doloroso.
Damabiah balançou a cabeça numa negativa lenta. Realmente não tinha forças, nem coragem para matar a criatura que mais desejava na sua existência.
_ FAÇA AGORA! _ Raziel gritou desesperado, abrindo os braços, caindo em seguida em soluços.
_ Não _ respondeu Damabiah, arrastando-se na cama para tomar seu amado nos braços ao vê-lo entregar-se ao choro.
O abraço que deram foi desesperado e possuidor, como se um pertence ao outro, e na verdade pereciam...
_ Meu amor... _ Raziel soluçava entregue a dor _ Somos dois amaldiçoados!... O que vamos fazer?
Damabiah apenas não respondia nada, agarrava-se a Raziel, como se fosse perde-lo a qualquer momento. Queria chorar como seu amado, mas simplesmente não conseguia. Beijava seu rosto, cabelo, olhos... com paixão e devoção.
_ O que vamos fazer, Nick?
_ Oh, meu anjo... _ voltando a abraçar seu amado Damabiah deixou escapar tais palavras num suspiro.
_ Não me chame assim! Desde o inicio eu pedi para você não me chamar desse jeito! _ Raziel batia no peito de Damabiah, chorando nervosamente _ Você quer que te chame de meu demônio? É isso que você quer?
_ Desculpa... _ Damabiah sussurrou no ouvido do anjo, abraçando-o fortemente, como se pudesse se desculpa até de existir.
Raziel deixou-se abraçar, acolhido por aqueles braços fortes que tanto amava. Chorou copiosamente, ao mesmo tempo que era afagado pelo demônio.
Deixou que Damabiah deitasse-o na cama junto a ele. Beijaram-se perdidamente. A tristeza daquela revelação consumia o coração de ambos. Não queriam se separar antes, mesmo conformados com seus destinos, mas agora isso tornava-se inevitável. Os dois eram inimigos, tinham caminhos diferente a seguir.
_ Somos dois amaldiçoados, meu amor. _ Raziel disse, segurando o rosto de Damabiah entre as mãos, mergulhando em seus olhos vermelhos.
_ Não, não somos. _ retrucou Damabiah.
_ Mas somos inimigos...
Damabiah não disse mais nada, apenas passou a mão no rosto de Raziel. Queria dizer tanta coisa, que o amava, que não queria perde-lo e nem lutar contra ele... Mas a coragem faltava-lhe, sabia que não podia fugir do seu cruel destino. Afagou os fios dourados de seu amado e abraçou-o fortemente contra o peito. Beijaram-se sofregamente, enquanto novas lagrimas escorriam dos olhos de Raziel.
_ Me ama _ Raziel pediu, cessando o beijo e olhando para o belo rosto de seu amante _ Me ama pela ultima vez antes de nos transformarmos o anjo e o demônio que somos, antes de vivarmos inimigos. Me ama...
Não foi preciso pedir uma segunda vez. Damabiah agarrou-se a Raziel, beijando-o vorazmente. Precisava daquilo, precisava entregar-se ao amor e ao prazer para que seu peito não explodisse em dor e desespero.
As duas línguas se tocaram em reconhecimento e os dois corpos encaixaram-se com a perfeição de duas metades da mesma esfera. Eles eram dois inimigos em completa harmonia. O bem e o mal em união.
O fino lençol que cobria a nudez de Raziel foi abandonada no chão, ao mesmo tempo em que Damabiah encaixava-se entre as pernas do anjo, puxando uma delas para cima de suas costas. Raziel não conseguia deixar de evitar que suas lagrimas escorressem enquanto aquele ato de amor acontecia.
O quarto logo foi preenchido pelos gemidos de Raziel, quando Damabiah beijou o seu sexo. Agarrou-se loucamente aos fios negros do demônio, entregando-se a seu ultimo momento de prazer com a criatura que mais amava em sua existência.
Mas Damabiah não se prendeu por muito tempo naquela tarefa e desceu seus lábios e língua perna abaixo de Raziel. Queria beijar cada centímetro da pele de sue amando, sentir o gosto das flores em sua boca e guarda-lo para a eternidade.
Beijou o pé do anjo com toda paixão que sentis. Parou. Olhou seu amado deitado na cama, o corpo nu estirado entregue ao amor, os olhos azuis úmidos pelas lagrimas de sofrimento. Como era lindo e frágil! Poderia mata-lo a qualquer momento se quisesse, mas não era isso que queria, que desejava. Suspirou tristemente.
_ Meu amor... _ Raziel chamou-o sussurrando pesadamente, estendendo os braços para o outro.
Damabiah deitou-se outra vez sobre Raziel, encaixando seus corpos de novo. E suas bocas voltaram a se encontrar. seus sexos despertos tocaram-se, roçando-se um contra o outro. Raziel gemeu, livrando-se dos lábios de seu amado. E Damabiah viu-o contorcendo-se em prazer. Como era lindo! Uma beleza angelical sem igual!
Deixou que seu membro escorregasse para a entrada de Raziel, roçando levemente arrancando os mais doces gemidos. Penetrou-o sem cerimonias tamanho era a urgência de seu desejo, mesclada a sua dor. Queria amar aquele ser mais do que tudo. Esquecer do que eram , que eram inimigos e o que sentiam um pelo outro era proibido.
Penetrou Raziel, gemendo a cada centímetro junto a seu amado. Viu as lagrimas rolarem dos olhos do anjo, mas sabia que eram de pura tristeza e não de dor. Aquilo era tudo que queriam, não só naquele momento mais pela eternidade. Queriam se amar por todos os séculos e milênios, sem fim...
Damabiah começou a estocar Raziel, com desesperado desejo. Sentia seu peito apertado de dor, como se estivesse traspassado por uma espada. Raziel gemia num misto de choro, entregue aos braços do demônio. Entregue a sua luxuria, que o encantou desde o inicio. Se tivesse que morrer naquele momento, morreria feliz, mesmo que fosse pelas mãos de Damabiah. Pelo menos tinha sido amado por aquele ser dos infernos, o mais belo deles certamente. Tinha sido muito feliz!
Pouco depois Damabiah desabafava, exausto, em cima do anjo. Como da primeira vez, sem fôlego e satisfeito. Raziel lembrou-se dessa cena, e com novas lagrimas nos olhos, afagou os sedosos fios negros de seu amante carinhosamente.
Sensibilizado pelos novos soluços de seu amado, Damabiah virou-se de lado na cama, trazendo Raziel consigo num abraço quente, afagando os longos fios dourados.
_ Shiii... Dorme, meu anjo, dorme um pouquinho _ pediu, enquanto confortava seu amante em seus braços.
_ Eu não quero dormir. Tenho medo...
_ medo?!
_ De dormir e quando acordar você não estar mais aqui _ declarou entre soluços e lagrimas.
Silencio. Damabiah não deve coragem de retrucar. Sabia que a partir de agora não poderiam mais ficar juntos, teriam que seguir o que era determinado.
_ Não chora mais, meu anjo... Dorme um pouco. Descansa... _ pediu numa ultima tentativa.
Raziel caiu no choro. entregue ao pranto e a dor. Perderia quem mais amava e não havia o que fazer para evitar. Chorou compulsivamente até dormir, envolto pelos braços de Damabiah.
Quando percebeu que Raziel adormecera, Damabiah cuidadosamente levantou-se, preocupado em não acordar o belo anjo. Olhou-o, admirando sua beleza, e sentiu mais uma vez seu peito doer. Não queria deixar seu amado, principalmente daquele jeito. Apesar de ter feito isso tantas vezes, agora sentia-se culpado. Mas não havia outra maneira...
Vestiu-se, pesadamente, sentindo uma pontada em seu peito a cada peça que vestia. Pegou a bolsa que carregava e suspirou tristemente antes de abrir a porta.
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