Pequenas Preocupações



Por Umi no Kitsune


Capítulo Dois
 

"Mamãe?!? Pai... Rúbia???"

"Oh, meu filho! Que bom que chegou! Essa moça gentil está nos ajudando com a arrumação.", Laís, a mãe de Camilo comprimentou-o com carinho

"Rúbia, o que..."

"Ah, boa tarde, Camilo! Eu sai de manhãzinha, bem cedo para vir ajudar seus pais. Eles ficaram muito contentes com a notícia."

"Meu filho, achar uma casa assim, bonita e barata, só você mesmo.", Carlos, o pai de Camilo o saudou com um tapinha nas costas, "Estamos ansiosos! Essa jovem nos contou que você queria que a mudança fosse feita o mais rápido possível, fora... a melhor notícia que tivemos nesse ano!"

"Ela nos disse que você vai se mudar conosco!", Laís disse feliz, abraçando Camilo, com lágrimas nos olhos, "Oh, meu filho, estou tão feliz! Pensei que ficaríamos separados, mas você pensou no que eu te disse e decidiu ficar com a mamãe!"

"Mãe...", Camilo abraça a mãe, "Será que eu... posso conversar com Rúbia a sós? É rápido, só um momento."

Rúbia segue Camilo por entre as caixas de mudança espalhadas pela casa e os dois entram em um dos quartos.

"Rúbia... me explique.", ele pediu sério

"Meu irmão me pediu que adiantasse a sua mudança para Rosa Rúbia. Então eu saí mais cedo para conversar com seus pais e organizar os papeis do seu antigo emprego."

"Antigo emprego?!"

"Os diretores com quem eu falei ficaram muito desapontados, pediram que pelo menos fosse mais um dia para uma festa de despedida com os alunos."

"Eu... estou desempregado?", Camilo perguntou incrédulo, "Isso é impossível! Como alguém iria acreditar em uma menina de 16 anos?"

"Ei! Posso ter apenas 16 mas sou muito competente no que faço! E além do mais, não fui sozinha... meu irmão pensou em tudo e antes mesmo de eu chegar já sabiam que você se mudaria e que eu viria cuidar das suas coisas."

"Isso não está acontecendo...", Camilo sentou-se em um caixote, "Seu irmão não pode ter tanto poder assim! Ele pode mandar em uma cidade interiorana, mas em São Paulo... é impossível! Ele não pode destruir a minha vida! Não pode!"

"Camilo...", Rúbia se ajoelhou de frente para o ruivo e sorriu, "Não se preocupe. Você está enganado, meu irmão não destruiu a sua vida. Ele está cuidando de você, só isso."

"..."

"Você não conhece Alex... por favor, faça o que ele manda ou senão... ai sim, sua vida será realmente destruída.", Rúbia tomou as mãos de Camilo e continuou, "Você devia se considerar um cara de sorte por ter Alex cuidando de você."

"Cuidando de mim? Você sabe o que ele fez comigo?", o ruivo perguntou bravo

"Imagino...", ela desviou o olhar, vermelha, "Mas isso é mais um motivo pra você ficar alegre. Não é qualquer um que consegue chamar a atenção do meu irmão."

"Chamar a atenção... ele... ele me humilhou... da pior forma possível. Seu irmão acha que pode tudo, mas ele não manda em mim!"

"Camilo, por favor, não provoque Alexandre."

"Ele é quem está me provocando! Eu e meus pais não vamos nos mudar! Eu não vou sair de São Paulo, não vou me ajoelhar na frente desse... coronel!"

"Não, eu te peço! Por favor, você não sabe do que Alexandre é capaz..."

"Não me interessa! Ele não tem o direito de controlar a minha vida!", dizendo isso, Camilo saiu do quarto e passou reto pela sala, não escutando os chamados da mãe e do pai, ignorando os homens que encaixotavam os pacotes da mudança.
 
 
 
 
 
 

"O que? Mas como já me substituiu?"

"Sinto muito, Camilo, mas já contratamos um outro professor. Nem foi preciso usar o substituto."

"Mas vocês ficaram sabendo da minha saída hoje de manhã!"

"Eu... sinto muito. Não há nada que eu possa fazer por você.", o diretor disse meio triste, "Mas, por favor, eu insisto que fique para uma pequena festa de despedida. Os alunos gostam muito de você, querem agradecer."

"Como já contrataram outro professor?", o ruivo murmurou bravo

"Camilo..."

"Não tem importância. Eu posso ir para outra escola... onde estão meus alunos?"

"Na sala, esperando ansiosos..."

"Obrigado."

Não agüentando mais olhar para a cara do diretor, Camilo saiu da sala e foi andando perdido em seus pensamentos. Vendido... poderia apostar tudo o que tem que Alex está metido nisso.

"Professor!!!"

"Uh? Oh, boa tarde..."

"Professor, é verdade mesmo que vai embora?"

"Precisa mesmo nos deixar assim, no meio do ano?"

"Você conseguiu um emprego melhor?"

"Eu adoro História só por causa do senhor!"

"Er... calma, calma... eu vou sair sim... vou para uma outra escola...", Camilo tentou dizer em volta dos vários alunos que o cercaram.

"Vai mudar de cidade?"

"Não! Não vou... desculpe deixar vocês assim, mas eu espero que o outro professor faça um bom trabalho com vocês."

"Ninguém vai conseguir substituí-lo, professor!"

"... obrigado..."

"Venha!!! A sala está pronta!", um dos alunos chegou correndo e puxou Camilo pela mão.

Antes que pudesse entrar na sala, Camilo foi vendado e sentiu que cobriram seu corpo com algum tipo de capa.

"O que... vocês não me aprontem!", ele ameaçou

"O que você pensa da roupa que está usando, professor?", uma aluna perguntou feliz

"Da roupa? Ora... é só uma simples roupa... Oh, não! Não!!! Vocês não estão pensando em..."
 
 
 
 
 
 

"Camilo, meu filho!!! O que aconteceu com você?", Laís perguntou aflita ao ver o estado do filho

"Tintura legal...", Rúbia disse sorrindo, "Você fica bem de cabelo preto... fica mais sexy!"

"Quem fez isso, filho?"

"Meus ex-alunos... na festa de despedida.", Camilo disse cansado, se jogando no único sofá que restara na casa. Ele passou a mão no cabelo e trouxe alguns fios para a frente, tentando ver o estrago, "Eles falaram que depois de algumas lavagens vai sair..."

"Você está todo molhado e sujo... não quer tomar um banho antes de viajarmos?"

"Como assim? Eu falei pra vocês que nós não vamos sair daqui!"

"Filho... nós temos que sair, você querendo ou não.", Carlos disse sério

"O que quer dizer?"

"Um homem veio aqui logo depois que você saiu...", Rúbia começou, "Era um fiscal da prefeitura, disse que o terreno de vocês será desapropriado."

"Por que?", Camilo perguntou bravo, os olhos mudando de cor, ficando cinza.

"Eu não entendo dessas coisa, você sabe... mas era algum projeto novo.", Laís disse calma

"É para a construção de um posto de atendimento à comunidade. A sua casa e outras ao lado serão um centro de esportes, educação e saúde.", Rúbia disse sorrindo

"Você sempre bem informada, não é, Rúbia?", Camilo disse estreitando os olhos.

"Filho, não fale assim com a menina!"

"Você tem razão, mamãe. Não é ela quem merece ouvir isso...", ele disse nervoso saindo da sala
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

"Acabaram de entrar na cidade? Ótimo, querida, acompanhe-os e ajude na arrumação da casa. Sim... depois eu vou vê-los. Outro."

Alexandre desligou o telefone e sorriu, relaxando o próprio corpo na poltrona.

"O meu professor já chegou... foi mais rápido do que eu imaginei. Mas alguma coisa me diz que ele ainda não desistiu de ser livre..."

Fechando os olhos, Alex lembrou-se da noite anterior. Camilo tenso na sua cama, esforçando-se para não reagir aos toques dele, mordendo o lábio e choramingando baixinho até não agüentar mais. E depois de ‘domado’ ele ficou muito carinhoso. Como um gato manhoso que sempre fica pedindo carinho, se esfregando na perna do dono, ronronando e deixando ser afagado.

E quando tudo acabou, Camilo se encolheu nos braços dele, dormindo quase que imediatamente. Pena que o trabalho de prefeito o impediu de ver seu professor acordando. Gostaria de ver a cara dele ao descobrir-se em seus braços.

Um estrondo no lado de fora da sala chamou atenção de Alex.

"Mas o que é..."

Escancarando a porta, Camilo apareceu bravo, com a secretária de Alex logo atrás dele, implorando que saísse.

"Já chegamos aqui. Está satisfeito?"

"Por favor, senhor, eu peço que espere...", a secretária disse aflita, mas Alex a interrompeu

"Deixe-o e não permita que ninguém entre na minha sala novamente."

"Sim... sim, senhor."

Quando a porta é fechada, Alex se aproxima de Camilo, que o olha com raiva, e tenta passar a mão nos seus cabelos, mas o ruivo, agora moreno, desvia.

"Não toque em mim!"

"O que você fez com o seu cabelo?", ele perguntou sorrindo, admirando como o cabelo preto combinava com os olhos bravos de cor cinza.

"Isso não interessa! Já estamos aqui, o que pretende agora?"

"Nada.", Alex respondeu calmo, apoiando-se na mesa, "Agora eu só tenho que fazer você e seus pais felizes. Isso na minha cidade é muito fácil."

Camilo olhou desconfiado, mas não conseguiu ver nada através do sorriso de Alexandre. "Só isso?"

"Haha... só isso? Acha pouco? Sabe quantas pessoas buscam a felicidade e morrem sem encontrá-la?"

"Não estou falando disso! Eu quero saber se... não vai fazer nada com eles."

"Não... com eles nada.", Alex respondeu dando uma entonação diferente para ‘eles’, deixando claro que com Camilo seria algo diferente

"Então... eu... quero meu emprego de volta."

"O que?", o moreno pareceu não entender

"Eu quero meu emprego de volta. Eu quero voltar a lecionar. Você pode fazer isso, não?"

"... claro. Temos duas escolas em Rosa Rúbia e mais algumas universidades em outras cidades próximas. Escolha a que quiser, o emprego será seu."

"Não é isso que eu quero. Eu não quero tirar o emprego de outra pessoa, eu quero um lugar onde precisem de mim."

"Isso é simples. Fique do meu lado, eu preciso de você.", Alex disse sorrindo sedutor e se aproximando

"Não... distorça as coisas.", Camilo se afasta

"Sabe, eu não entendo uma coisa... As mulheres se afastam de mim por medo, as que se aproximam não tem nada a perder e precisam desesperadamente de algum favor. Mas você é homem... e nesse exato momento depende de mim, precisa da minha ajuda. Senão fica sem casa, sem emprego e... sem parentes. Mesmo assim você foge..."

"Não é um tanto quanto óbvio?", Camilo o provoca, "Você não entende porque não está no meu lugar."

"Não... é outra coisa que eu não entendo.", Alex se aproxima mais, prensando Camilo contra a parede, "Eu não entendo por que não dou cabo de você logo de uma vez. Não entendo por que me dou ao trabalho... de manter você. Alguém que está sempre fugindo e me desafiando... Alguém que ainda não entendeu que é meu!"

Alex agarra Camilo com força e o beija invadindo sua boca com fúria, machucando os lábios. Ele segura as mãos do ruivo contra a parede e se impõe mais sobre ele, afastando com os joelhos as pernas dele.

"Pare com isso!", Camilo tentou gritar, mas sua boca estava confinada no beijo possessivo e doloroso

Dessa vez era brutal, feroz... era assustador! Alex não o deixava excitado, não se preocupou em deixá-lo confortável, apenas machucava e avançava, arranhando e apertando Camilo, fazendo-o suprimir um choro de dor.

"Não...", ele pediu de novo, não conseguindo conter uma lágrima.

Com a mente cheia de desejo, Alexandre não escuta o pedido de Camilo e continua a beijá-lo. Ele desce as mãos e rasga a blusa que impedia o seu acesso ao peito largo. Moldando seu quadril entre as pernas do outro, ele aperta e arranha os mamilos do ruivo, fazendo-o arquejar de dor, antes de segurar firmemente a cintura dele e, com uma mão, abrir a calça jeans. Alexandre encontra facilmente o seu caminho, apertando o sexo quente, mas flácido, entrando mais com a mão, apertando uma das faces das nádegas e colocando, de uma só vez, dois dedos dentro de Camilo.

O ruivo, com a dor, não agüenta e deixa escapar um grito rápido, mordendo o lábio logo depois, obrigando-se a calar-se. Mais lágrimas caem, mesmo ele não querendo que elas apareçam, mas a dor é muito forte, a humilhação é muito grande... ele não queria pensar em mais nada agora a não ser tentar deixar o desconforto e a invasão menos dolorosa.

Alexandre deixa a boca de Camilo por um instante para beijar a linha do queixo, sua língua encontra um gosto salgado, diferente. Imediatamente ele sente o corpo junto do seu tremer e seus ouvidos, pela primeira vez, escutam um choro baixo, contido. Ele se afasta, com os olhos arregalados de espanto, respirando pesadamente.

Camilo, sem o apoio, cai no chão e se abraça, esforçando-se para não deixar o choro e a dor controlá-lo. Sua blusa estava rasgada e em seus pulsos, lábios e peito, marcas vermelhas ficavam aparentes. Ele levanta o rosto, olhando direto nos olhos negros de Alex, seus próprios olhos ora verdes ora cinza, pareciam mudar de uma cor para outra.

"Eu...", Alex começou, se ajoelhando e ajudando o ruivo a se levantar, "Eu não queria..."

"Não queria?", Camilo se soltou dos braços dele, bravo, "O que você quer você consegue, não é assim? Pois o que você queria você conseguiu! Você me machucou, me feriu... conseguiu finalmente me deixar com medo! Era isso que você queria: impor a sua autoridade através do medo! Medo que essa cidade toda tem de você! Medo que a sua irmã tem! E agora, eu tenho medo de você!"

"..."

"Você queria isso? Eu não posso lutar contra você, não posso falar contra você que sempre perderei! Quer que eu diga mais uma vez? Quer que eu me humilhe mais? Eu tenho medo de você!", Camilo gritou chorando, "Nunca mais toque em mim! Nunca mais!"

Bravo, o ruivo tentou abrir a porta, mas acabou socando a madeira, pois estava trancada.

"Abra isso! Eu quero sair daqui!"

"... Tem certeza que quer sair agora?’, Alexandre começou, com a voz baixa e calma, "Lá fora..."

"Eu não quero saber! Abra essa porta!"

"Eu estava dizendo que lá fora provavelmente haverá vários curiosos...", ele se aproximou da porta e tirou uma chave do bolso, "... você não vai se sentir bem passando por eles se sair agora."

"Eu não me sinto bem estando com você... nada pode ser pior que ficar ao seu lado.", Camilo disse friamente, seus olhos com a cor cinza bem definida, secando as lágrimas enquanto saía, mas de cabeça erguida.
 
 
 
 
 
 
 
 

"Olhe! É o novo professor!"

"Nossa, que lindo! Ele é ruivo..."

"Uma graça, não? Se chama Camilo, veio de São Paulo. Já viram os olhos dele?"

"Sim! São verdes! Um verde clarinho, clarinho!"

"Verde? Achei que fossem cinza... você também não achou?"

"Sim... olha ali! Aquele carro não é..."

"É da Rúbia Salles! O que ela está fazendo em uma faculdade?"

"Oh, meu Deus! O novo professor está entrando no carro dela!!!"

"Gente... mas a Rúbia só tem 16 anos!"

"Será que o novo professor...?"

"Não quero nem pensar..."

"Nem eu. Que horror!"
 
 
 
 
 
 

"Eu estou curioso desde que peguei o endereço da casa... por que Rosa Rúbia?", Camilo perguntou sem desviar o olhar da paisagem

"Ah, quando meu avô foi prefeito ele quis mudar o nome da cidade. E, dizem, ninguém deu nenhuma sugestão boa. Um dia, durante um almoço, quando eu tinha 2 anos, ele me perguntou que nome eu queria que a cidade tivesse. Eu era fascinada por rosas... e acabei falando Rosa Rúbia. Meu irmão diz que eu nem prestei atenção na pergunta, estava segurando uma rosa e mostrei para o vovô. O que eu quis dizer naquela hora, na verdade, era que a rosa era minha. Rosa da Rúbia. Mas como era pequena, saiu apenas rosa Rúbia... que acabou ficando como o nome da cidade."

"Que interessante..."

"Não é? Já os nomes das ruas é outra coisa... como cada um mora em uma rua diferente, meu avô resolveu colocar o nome do parente na rua em que ele morava. A rua onde você mora só não é Alexandre Salles Neto para não confundir com a Alexandre Salles. Tá certo que em uma cidade tão pequena, ninguém confundiria esse tipo de coisa, mas..."

"Sei... bom, por que quis me dar essa carona?", Camilo perguntou sério, voltando-se para encarar Rúbia

"Bem, você sabe..."

"É sobre seu irmão? Não faz nem uma semana que não nos vemos, será que ele..."

"Não! Não é meu irmão!", Rúbia respondeu rápido, "É meu avô... Sabe como é... ele ficou sabendo que você já está trabalhando e diz que está a espera de uma visita sua."

"Ah, me desculpe... eu me precipitei."

"Não, tudo bem... não se preocupe.", ela suspirou, "Bom, meu avô ficou excitado com a idéia de voltar a trabalhar com História..."

"Eu posso visitá-lo?"

"Sim, claro. Só me avise antes para eu poder arrumá-lo. Não sei se você também passa por isso, mas meu avô não liga muito se está ou não vestido decentemente..."

"Tudo bem... eu acho que nessa sexta é um bom dia... eu terei o fim-de-semana para revisar as aulas."

"Obrigada.", Rúbia respondeu sorrindo
 
 
 
 
 
 

"Puxa, muito interessante... nunca tinha pensado desse modo.", Camilo disse excitado

"Não disse? E olhe só o que diz esse autor... leia e veja se não concorda com ele!", Alexandre coloca um livro na frente de Camilo, "Aliás, nem precisa me responder. Eu sei que concordará! Esse rapaz escreve de um jeito que faz você acreditar em fadas, se quiser."

"Com licença... meus queridos professores, não querem fazer uma pausa e comer alguma coisa?", Rúbia entra na biblioteca e ajeita uma bandeja com sanduíches e suco em uma mesinha ao lado da grande escrivaninha

"Maravilhoso, minha querida... maravilhoso!", o velho esfrega uma mão na outra e sorri guloso

"Eu vou ao banheiro, com licença."

Andando pelo corredor, Camilo tem a impressão de estar sendo vigiado. Ele olha para trás mas não vê nada de estranho então continua. Mas a sensação continua, mais forte. Ao ficar de frente para a porta do banheiro, ele se vira bruscamente, achando ter visto um vulto.

"Quem está aí?", ele pergunta calmo, "Alexandre, se for você..."

Camilo não consegue completar a frase, alguma coisa muito forte atingiu seu pescoço deixando-o inconsciente no mesmo instante.
 
 
 
 

Continua...