Todos estavam reunidos para assistir à luta mais sensacional do ano. O público era imenso. Milhares de pessoas lotavam o estádio; homens, mulheres e crianças se divertiam vendo os maiores lutadores de todos os cantos do mundo se enfrentando pelo título tão aclamado de Rei dos Lutadores. As finais começaram, muita gente boa já tinha sido eliminada; entre elas os irmãos Bogard e os rapazes do dojo Sakazaki, mas mesmo assim continuavam ali para torcer e ver como tudo ia terminar. Além do mais, ninguém perderia o próximo combate por nada!

Só restavam dos times e o confronto entre eles era esperado desde o início. Faltavam poucos minutos antes de começar o combate, estavam todos apreensivos; no vestiário eles se concentravam e preparavam os últimos detalhes do espetáculo. Na saída, a surpresa: os dois times frente a frente antes de se dirigir à arena. De um lado os três amigos, o loirinho Benimaru Nikaido ajeitando seus longos cabelos; o judoca Goro Daimon, forte, imenso e o destaque do time, o último descendente do clã Kusanagi, Kyo. Do outro, Iori Yagami, eterno rival de Kusanagi.

Com um ar besta de superioridade, Iori olha seu inimigo bem a sua frente. Tinha se inscrito no torneio só para isso! Queria por que queria lutar com Kyo, vencer, humilhá-lo, provar que era melhor. Como tudo em sua vida. Tudo que fazia era pra mostrar que era melhor que ele. Desde pequeno seu pai ensinou todas as técnicas da família Yagami, que eram passadas de geração em geração; assim como o ódio pelos Kusanagis. Semeou em seu coração esse sentimento, passando para o pequeno Yagami a rivalidade secular entre as famílias. Era sua obrigação provar que era superior!

O belo ruivo sorri satisfeito. Finalmente ele poderia mostrar todo o poder de sua chama púrpura; e sua maior glória seria ter todos ali a sua volta como testemunha.

Benimaru já não agüentava mais tanta demora! Estava impaciente, e não gostava nem um pouco do jeito que Iori olhava pra eles.

— Ei, até quando vamos ficar aqui parados?

Kyo não perde a chance de provocar seu adversário que continuava a sua frente encarando-o.

— Qual o problema, Yagami? Tá com medo?

— Vamos lutar só nós dois!

Benimaru surpreende-se com Kyo acaba de falar. As regras do torneio eram claras: para ser declarado vencedor, o indivíduo deveria derrotar todos seus oponentes, mesmo que estive lutando só, como era o caso de Iori.

— Que? Mas Kyo...

Antes que pudesse começar a reclamar é interrompido por Yagami, que confirma a vontade de entrar na arena sem a intervenção de terceiros.

— Essa luta é só diz respeito a Kusanagi e eu!!

Kyo sorri concordando com seu oponente.

— Vamos ver quem é o melhor! Vamos acabar de uma vez com essa história toda.

Os dois dirigem-se para o longo corredor que dá acesso à arena do estádio. O loirinho Benimaru tentou impedir Kyo, mas Goro o segurou.

— Deixe-o, Beni! Ele sabe o que faz! Não é necessário nós lutarmos!

— Bem... Nisso você tem razão!

Enfim chega o tão esperado momento: Kyo Kusanagi e Iori Yagami entram na arena para decidir qual time prosseguiria no torneio. Os expectadores vibram; os gritos histéricos das fãs dos rapazes podem ser ouvidos de longe, junto com os dos vendedores passeando pelas arquibancadas vendendo suas mercadorias, a essa altura, custando um absurdo! Isso sem contar os cambistas lá fora vendendo os últimos lugares para os atrasadinhos...

Chegam à arena que seria palco da luta decisiva. Os rapazes vão até o centro e se cumprimentam; ou melhor, trocam provocações.

— Vamos acabar com isso, Yagami.

— Com a sua morte!

O juiz autoriza o início da luta. Iori parte pra cima de seu adversário com tudo atacando Kyo numa rapidez incrível. O campeão desvia os ataques do ruivo com muita facilidade o que causa um tremendo ódio em Yagami. Ele é persistente e ataca mais e mais sem nem ao menos se preocupar com sua defesa! A única coisa em que Iori pensa é destruir Kyo, rasgá-lo com suas garras, queimá-lo até os ossos. Kusanagi prossegue fugindo dos golpes um por um.

— É o máximo que consegue fazer, Yagami?

— Você ainda não viu nada!!

Iori prepara mais um golpe. De suas mãos saem chamas sedentas pelo sangue do seu rival que rapidamente encontram o chão e vão correndo em direção a Kyo que esperava pronto para defender-se. As chamas púrpuras avançam no rapaz até se dissiparem ao encontrarem o fogo de Kusanagi num contra-ataque. Iori corre em direção a ele com toda sua fúria agarrando-o pelo pescoço e lançando ao chão fazendo explodir seu poder da palma de sua mão acertando Kyo Kusanagi em cheio.

— MORRA!!!!!

Yagami sorri ao ver Kyo caído em meio a uma névoa que se formou após o golpe ser desferido "Que desperdício!", mas para a surpresa do ruivo ele se levanta como se nada tivesse acontecido. Nem um arranhão sequer. Kyo estava inteirinho e para a loucura de Iori ele tentava limpar a roupa que tinha sido tomada de tanta poeira. No rosto de Kusanagi esboçava-se um sorriso sarcástico diante da inferioridade de seu maior inimigo. Não conseguia nem ao menos lhe causar um ferimento decente, muito menos derrotá-lo. "Não vai me derrotar assim, ruivinho"

— Não é possível!

Iori não acreditava que Kyo estivesse tão forte assim, a diferença entre eles nunca foi muito evidente, mas dessa vez ele parecia não ter dificuldade alguma para desviar de seus ataques; e o pior é que mesmo recebendo eles de frente como agora não lhe causavam quase que dano algum! "O que está acontecendo??" Pensa Yagami.

Kyo se diverte com a surpresa de Iori.

— É simples! Eu estou cansado dessa brincadeirinha e quero acabar logo com essa palhaçada!!

"Palhaçada??" Iori fica puto da vida. Kyo não estava nem aí pra importância que combate entre eles tinha! Nunca ligou muito pra isso, mas daí a chamar de palhaçada??

Iori fica sério "Rapazinho abusado!". Pensa em um como poderia vencer Kyo, mas a única coisa certa é que não seria nada fácil...

— Vamos terminar então! Venha Kusanagi!!!!!

Atendendo ao pedido de Iori, Kyo agora é quem ataca com uma seqüência de socos e chutes. Yagami defende com facilidade aproveitando para ataca-lo enquanto está com a guarda aberta. Kyo consegue esquivar-se quase que milagrosamente das garras de Iori Yagami. Por pouco este não o atinge seu peito em cheio. "Droga, essa foi por pouco"

— Bom!! Muito bom!

Iori não dá confiança a ele e continua a atacar, um combo atrás do outro tentando vencê-lo pelo cansaço. Até que consegue atingi-lo pela primeira vez usando seu maiden masher.

— ASOBI WA OWARIDA!!!!

Kyo cai longe com a explosão provocada pelas chamas de Iori após a seqüência de golpes incansáveis. Usando o antebraço Kusanagi limpa um filete de sangue que escorria do canto de sua boca. O seu semblante tinha mudado. A confiança que tinha em vencer a luta facilmente tinha dado lugar ao ódio e à vontade de massacrá-lo de qualquer forma possível. Agora Kyo estava tão envolvido na luta quanto Iori. "Que se dane o torneio!!" O título não tinha mais importância alguma; ele queria apenas vencer seu rival.

— Ainda tem forças pra levantar?

Yagami provoca seu adversário.

— Já chega, Iori! Não vou mais perder tempo com você!

Kyo sorri. Iori não gosta da atitude dele "Huh?"; sabe o que poderia vir agora que estava muito irritado. Kusanagi acende suas chamas de sua mão direita. Todo seu corpo é iluminado pelo fogo herdado de sua família – esse era seu golpe mais poderoso e o que causava terror em seus adversários, o terrível Orochinagi.

Iori estava a uma distancia muito curta de seu adversário de uma forma que Kyo o atingiria em cheio. Não tinha como escapar; a única coisa a fazer era se preparar para defender usando suas chamas roxas diminuindo o dano. Iori concentra seu poder esperando atentamente pelo ataque de seu inimigo, era só Kusanagi lançar o golpe que ele responderia com o seu fogo.

— OOOOOHHHHHHHHH

Kyo ergue seu braço direito ao máximo e lança suas chamas laranjas bem em cima de Yagami com toda sua força.

— KURAI YAGARE!!!!!!

Iori forma uma barreira de chamas, mas não impede que o golpe de Kusanagi o atinja. O fogo liberado pelas mãos de Kyo rapidamente encontra o corpo de Iori e o queima deixando-o gravemente ferido.

— Aaaaaaaaarrrrrrrghhh

O ruivo está caído no chão. As chamas de Kyo fizeram um bom estrago, não pela extrema força do golpe em si, mas pelo jeito como Iori recebeu este. Estava atacando seu adversário com socos e chutes, por isso a tática de Kusanagi de contra-atacar foi usando seu melhor golpe foi perfeita. Iori ainda tentava se por de pé, mas não tinha se recuperado totalmente. "Desgraçado! Maldito Kusanagi!!" Seu estado físico não era dos melhores, mas o mental não poderia estar pior! Derrotado por apenas um golpe significativo e diante de tanta gente, Yagami não poderia se sentir mais humilhado!

Kyo Kusanagi se aproxima de Iori com um sorriso triunfante no rosto olhando-o ali jogado no chão, apenas esperando a decisão final do juiz "Não foi dessa vez, Yagami".

— A luta está terminada! O vencedor é KYO KUSANAGI!!

O estádio vai a loucura! Os torcedores finalmente conheceram o grande vencedor do ano; e Kyo não poderia deixar de soltar uma piadinha pro seu maior rival caído no chão, derrotado por suas chamas.

— Hehe... Moetarou?

Era humilhação demais pra ele. A única coisa que queria era permanecer ali quieto pensando por uns instantes no que deu errado e, é claro numa maneira de se vingar de Kyo Kusanagi o quanto antes.

Os rapazes se reuniram após a luta num barzinho para comemorar mais uma vitória de Kyo seguindo a idéia de Benimaru. Estavam bem à vontade. Kyo usava um jeans velho e uma blusa branca básica; Benimaru uma calça branca justa e um top que deixava a barriguinha de fora; Goro uma calça social e um blusão ambos de cor clara.

Bebiam e se divertiam com Kyo satisfeito contando detalhes da luta para os dois. Riam, ou melhor gargalhavam com o fracasso de Iori. O ruivo se dizia tão forte e foi derrotado tão facilmente! Nem dava pra acreditar que ele realmente achava que poderia vencer Kyo Kusanagi! Pobre coitado!

Kyo continuava a contar sua versão da batalha enquanto Goro vê de longe o bendito se aproximando e cutuca Benimaru. O loiro se vira para Kyo, que estava de costas para a rua e não via Yagami chegar.

— Falando no diabo...

Iori vestia uma calça preta e uma camiseta justa da mesma cor que deixava o volume de seus músculos a mostra – no estilo mamãe tô fortinho – e um sobretudo vermelho. Estava lindo e Beni não perde a chance de elogiar o rapaz.

— Uau! Aonde vai tão bonito assim?

— Provavelmente lamentar a derrota com alguma puta, né? Hehehehe

Goro provoca.

Iori olha sério para os rapazes na mesa e não dá confiança. Vai até outra mesa logo adiante, pede uma bebida e fica ali sentado na dele.

Agora que Beni tinha falado Kyo começa a reparar em Iori, como ele ficava bem usando aquela roupa justa, como aquele ruivo era belo e extremamente sexy; nunca tinha olhado para ele dessa forma, mas hoje em especial Iori parecia estar diferente. Tinha algo nele que mexia com Kyo e ele não sabia explicar o que era. "Ah, no que eu estou pensando?!"

— Kyo!??

— Hã?

— Que foi, cara? Ficou aéreo de repente!

— Ah... Não é nada, Beni!

— Eu hein...

O loirinho percebe que Kyo está estranho, mas prefere não comentar nada; quando ia pedir mais uma rodada de cerveja Kyo se levanta, pega a carteira no bolso de trás da calça e deixa algumas notas sobre a mesa pra pagar a conta.

— Já é tarde. Tô indo, povo!

Os dois se olham surpresos com a atitude repentina do rapaz. Kyo já ia saindo; Goro se levanta também.

— Espera! Nós já vamos também!

Deixam a local. Na outra mesa Iori, que tinha observado cada detalhe da conversa dos rapazes, deixa escapar um sorriso misterioso no rosto.

Os dois rapazes despediram-se e agora Kyo seguia em direção a sua casa madrugada a fora.

Caminhava pelas ruas desertas lentamente. Não parecia estar preocupado em chegar logo em sua casa que ficava a poucas quadras dali; continuava seu caminho perdido em seus pensamentos tentando entender por tinha sentindo aquela atração por Iori. Kyo estava muito confuso. Ter visto Iori no bar tinha mexido mesmo com ele! "Que foi aquilo? Por que senti... Isso?" Tentava saber o por que disso tudo, mas não achava uma resposta. Seguia devagar o seu caminho sozinho pelas ruas estreitas e escuras, sozinho. Bem, nem tão sozinho assim... Já fazia algum tempo que alguém acompanhava seus passos sem que Kyo notasse. Era observado e a cada passo seu aproximava-se perigosamente dele.

As luzes das casas estavam apagadas; a única coisa que iluminava o caminho era a lua que aparecia fraca, meio escondida atrás de umas poucas nuvens. Era uma noite fria, mas tinha algo que incomodava Kyo... Uma sensação estranha. Essa noite não seria uma noite comum, podia sentir isso.

Pára por um instante e fica a olhar a lua crescente acima de sua cabeça. "Mas... Que estranho..." Um pressentimento lhe vem à mente. Kyo sente que alguém se aproxima e se vira rápido para ver.

— Quem está aí?

Sem que ele pudesse perceber, seu agressor o puxa pelo cabelo trazendo sua cabeça violentamente para trás.

— Aarrrrgh!!!!

Uma explosão originada da mão do outro rapaz em direção a cabeça de Kyo o deixa inconsciente e com um leve corte no supercílio esquerdo.

Passa-se um tempo. Kyo abre os olhos vagarosamente, mesmo estando bem escuro, reconhece o local onde se encontrava deitado. "Huh? Não me lembro de ter chegado em casa... Estava andando pela rua e..." De repente tudo aparece claro em sua mente e lembra de que tinha acontecido a algumas horas antes, do ataque que tinha sofrido, mas não do rosto do seu agressor. Tenta, inutilmente, se levantar.

— Hã??? Mas o que é isso??

Kyo está preso na sua própria cama com as suas duas mãos muito bem amarradas na cabeceira por uma corrente, impedindo-o completamente de se levantar. "Droga!! Por que estou preso aqui desse jeito? Quem fez isso?" Preso e seminu. A pessoa que o amarrou teve o cuidado de deixá-lo só de cueca exposto para fazer o que quiser com ele.

— Alguém, por favor, ME TIRE DAQUI!!!!! Seja lá quem for que fez isso eu EXIJO que me solte!!!!!!

Escuta-se uma risada sarcástica vindo da porta do quarto. Kyo olha atento tentando descobrir quem tinha feito aquilo com ele e por que. Da escuridão surge um homem alto e forte que pára na porta e fica a observar a sua presa querendo soltar-se de qualquer forma. Kyo ainda não conseguia vê-lo, estava tão revoltado com aquela situação que nem passava pela sua cabeça quem poderia estar ali a sua frente.

— Quem é você???? ME SOLTAAAAA!!!!

Outra risada desta vez mais alta e maligna. Agora o rapaz fica desconfiado. Já tinha ouvido essa mesma risada várias vezes antes! "Será que é..." O espanto toma conta do belo rostinho de Kyo. Se fosse realmente quem ele pensava, estava perdido, não tinha como reagir!

— Você fica lindo com essa carinha de medo, Kusanagi!

A voz sexy e máscula do homem parado a porta do quarto não podia negar... E para desespero de Kyo, era mesmo quem ele pensava.

— YAGAMI?!

O ruivo se aproxima da cama se divertindo com o medo que Kyo passava em seu olhar. Agora era diferente, não estavam mais na arena de KoF! Eram só os dois, sozinhos... Kusanagi amarrado, completamente indefeso e ninguém para ajudá-lo. Isso deixava Iori ainda mais excitado!

— SEU LOUCO!!! Por que me amarrou desse jeito?!

Iori senta na cama ao lado de Kyo e passa a mão entre suas pernas, deslizando pela parte interior da coxa, apertando-a.

— Jura que não sabe? Esqueceu que temos contas a acertar?

Kyo se surpreende com o toque malicioso de Iori.

— Ah, eu sabia que você não passava de um veadinho!!!! Me desamarra e lute comigo como um homem!

— Hahahaha!!!!! Veadinho, eu? Não... Não sou eu que vou tomar no rabo!

Sorri outra vez.

— Hoje você será meu, Kusanagi!

— NÃO SE ATREVA A ME TOCAR OU TE MATO!!!!!

Kyo faz de tudo para soltar-se das correntes, força tanto que seu punho começa a sangrar. Tenta usar suas chamas, mas não adianta, não tinha mesmo como escapar das garras de seu rival que gargalhava diante de seu desespero.

Iori segura com força as pernas de seu prisioneiro e tira a sua única peça de roupa que lhe restava, deixando completamente nu. Kyo encolhe as pernas tentando esconder-se do olhar pervertido de Yagami que começa a despir-se também. Bem devagar, retirando peça por peça, Iori vai revelando seu lindo corpo para seu inimigo até ficar sem nada que o cobrisse. Kusanagi vira o rosto; não queria olhar pra ele dessa forma.

Violentamente, Yagami puxa-o pela nuca, agarrando-o pelos cabelos e trazendo seu rosto para perto do seu.

— Olhe pra mim!!

— Me deixa em paz!!!!!

— Não se faça de difícil! Eu vi como você me olhava no bar! Eu sei que é isso que você quer!!!

Iori fala segurando seu pênis rijo e balançando para Kyo, enrubescido e com um início de ereção. Esfrega seu membro na perna de seu prisioneiro causando arrepios em Kyo.

— Seu depravado!! Pára com isso!!!

— Eu nem comecei ainda! Além do mais você está gostando, não é putinho?

— Você vai ver quando estiver livre!! Você vai morrer, maldito Yagami!!!!!!!

— Hahahahahaha!!!! Quando eu terminar você vai implorar por mais!

— NUNCA!!!!

Yagami solta a cabeça de Kyo e se ajoelha na cama deixando sua virilha bem próxima do rosto de Kyo, que mais uma vez vira para outro lado. Iori traz seu rosto de volta acarinhando-o e roça a cabeça de seu falo bem de leve no lábio inferior de Kyo.

— Você fala demais! Que tal ocupar essa sua boquinha gostosa?

— Prefiro morrer!

Completamente tomado pelo ódio, o ruivo aperta o pescoço dele bem forte com uma das mãos, quase sufocando-o.

— Aarrgh!!!

— NÃO ME PROVOQUE, KUSANAGI!!! Cai logo de boca!

—Tá... Me sufo... cando...

Iori solta o pescoço deixando-o respirar um pouco. Kyo se vira para ele ainda sem fôlego passando sua rendição pelo olhar, misto de temor e resignação. Yagami responde com um olhar sério.

— Não se atreva a me machucar, Kyo!

Mesmo que quisesse, não tinha mais forças pra isso. Quase tinha morrido estrangulado agora pouco... Tudo que Kyo queria agora é que terminasse logo com tudo aquilo e sabia que somente atendendo as vontades de Iori isso seria possível.

Fecha bem os olhos e abre vagarosamente sua boca deixando ser preenchida aos poucos pelo sexo de Iori. Kyo desliza a língua macia pela ereção de Iori, acariciando aquele pênis dentro de sua boca.

— Anda, veadinho!!! Chupa meu pau!!

Obedece a Yagami como um cachorrinho ao seu dono, chupando com toda a força que lhe restava e voracidade, arrancando uivos de prazer de Iori.

— Aaaah, mais, Kyo!! Quero meu caralho todo na sua boca!!!

Iori segura a cabeça de Kyo e inicia movimentos de quadril para frente e para trás, enfiando todo seu sexo na boca do rapaz, pressionando sua garganta com seu volume ocupando todo o espaço ali dentro.

— Isso!!! Assim... Aaaah...

Kyo continuava a ter a boca fodida por Iori agora já a um passo do orgasmo. Sentia o gosto do líquido que escorria do pênis do ruivo, engolia com vontade provando pela primeira vez na vida daquele néctar.

— Aaaaaaah, eu vou...

Yagami retira seu sexo da boca de Kyo deixando seu líquido jorrar no rosto dele, lambuzando-o todo com seu esperma. Passa a língua pelo canto da boca buscando sentir novamente o gosto de seu inimigo.

— Sabia que ia gostar! É mesmo um puto!

Kyo não conseguia mais esconder sua excitação. Não devia, mas Iori o deixava louco! Aquele jeito machão de ser, o corpo perfeitamente trabalhado, a voz sexy... E agora, aquele pau maravilhoso que tinha sido todinho seu... Queria mais! Estava estampado no rosto corado dele.

Iori deita exausto ao lado dele e fica a afagá-lo.

— Me solta agora, Iori!

— Por que eu faria isso?

— ... Eu não vou fugir

Olha para as mãos presas dele, os punhos feridos, ensangüentados pela tentativa de se soltar e fica pensando se seria uma boa idéia soltá-lo. Não tinha como escapar e não era isso que ele queria mesmo. Decide tirar as correntes que prendiam sua mão. Kyo, aliviado, senta segurando seu punho ferido com uma expressão de dor no rosto. O ruivinho segura as mãos dele, virando o pulso para cima. Escorria um pouco de sangue do corte. Para Iori, a cena ali mostrada era linda: Kyo Kusanagi, sangrando, totalmente rendido a ele... Lambe o punho de Kyo provando do tão odiado sangue Kusanagi! Dispersava-se em meio a sua saliva deixando um gosto saboroso. O gosto da vitória dos Yagami. Sorri e volta a acariciá-lo agora nas costas descendo sua mão até o início de suas nádegas.

— Não, Iori!! Isso não!

Kyo recusa imediatamente a idéia de Yagami possuí-lo por completo.

— Você também quer! Isso aqui não te deixa mentir!

Iori posiciona-se atrás de Kyo, pega no sexo ligeiramente ereto de seu rival e começa a masturbá-lo bem devagar, acariciando a glande, indo e vindo com sua mão. Queria deixá-lo fraco, sem condições de reagir contra ele. Essa era a chance de Iori para alcançar seu objetivo principal.

— Aah, pára, Iori...

Enche-lhe o pescoço de beijos ardentes e molhados acompanhando a fricção de sua mão com o membro latejante de Kyo que joga a cabeça pra trás, tomado pelo êxtase. Aumenta o ritmo, apressando o clímax e deixando-o louco!

— Hmmm.... Aaah...

— Isso, goza aqui, bem na minha mão!

Não pôde resistir! Ao ouvir essas palavras num tom tão sexy arrepiou-se todo e liberou seu sêmen em grande quantidade, melando a mão de Iori.

— Aaaaahhhh!!!!!!!!!!

Nunca tinha gozado tanto! Deitou-se na cama de bruços, ou melhor, caiu esgotado na cama deixando uma vista linda para o ruivo, atrás dele. Aquela bundinha linda e macia exposta e Kyo sem força alguma para defender-se. Iori sorri novamente. A perversão e a malícia tomam conta de sua linda face.

— Por favor, Iori, não...

— Essa é a minha revanche, Kusanagi!

— Não...

Mal tinha forças pra falar... Seu corpo exausto suplicava por um descanso que obviamente não teria. Sem perda de tempo, Iori ergue o quadril de Kyo até encostar o dele, esfregando seu pênis novamente intumescido na entradinha virgem a sua frente.

— Como você fica lindo de quatro!

— Não, Iori!!!!!!

Podia reclamar a vontade que Iori não estava nem aí pra ele! Fazê-lo sofrer, tomá-lo a força era tudo o que Yagami queria! Abaixou-se separando com suas mãos as nádegas de Kyo deixando seu ânus exposto. Passou-lhe a língua, umedecendo-o bem com sua saliva.

— Eu imploro!! Por favor não faça isso, Yagami!

Iori não dá a mínima para o pedido de Kyo e volta a roçar seu sexo no traseiro dele, pressionando sua glande contra aquele buraquinho apertado jamais tocado. Força a entrada penetrando bem devagar e arrancando um grito de dor de Kusanagi.

— Aaaaaaiiiii!!!!! Pára, Iori!!!

— Não!! Ainda nem comecei a foder esse teu cuzinho direito!

Empurra ainda mais seu pênis para dentro dele, enfiando a cabeça por completo. A dor é tanta que Kyo morde o lábio para não gritar, deixando Iori ainda mais louco de tesão! Segura-o firme pelo quadril penetrando mais fundo, fazendo Kyo contorcer-se buscando uma posição que doesse menos!

— Aaah, como é apertadinho!!

— Aaaaahhhh!!!!! Pára!!!!! Tá doendo muito!

O ruivo retira lentamente seu membro de dentro quase que por completo, deixando ainda a cabeça de seu pênis lá e aliviando um pouco a dor de Kyo. Agarra-o com força e volta a penetrá-lo mais uma vez, com força, entrando todo, sem pena alguma de rasgá-lo.

— Aaaaaaaaaaaahhh!!!!!!!

— Aah, que rabinho gostoso!

— I... ori...

Continua com movimentos de vai-vem entrando cada vez mais fundo no rego de Kyo, abrindo espaço dentro dele com sua ereção. Sentia seu mastro englobado pelo corpo dele, massageado pela parede interna de seu reto fazendo-o delirar perdido num imenso prazer.

— Toma nesse cuzinho apertado, Kyo!

— Aaaaaaaaaaaiiiii!!! Está me machucando!!!

— Hahahahaha!!!!!

— Pára Iori!! Por favor!!! Aaaaaaaai!!!!!

Iori pára as estocadas permanecendo seu sexo ainda lá dentro, imóvel.

— Devia era rasgar esse teu cu, veadinho!

Kyo ignora as provocações de Iori e tenta relaxar... A dor intensa que sentia começa a diminuir e dar lugar a uma sensação diferente... Queria que Iori continuasse! Vira-se para o ruivo com um olhar pedinte. Iori corre sua mão pela coxa de Kyo acariciando-o, inclina seu corpo para frente beijando suas costas suadas arqueadas de forma a deixar o bumbum bem empinado, facilitando o coito.

— Mas eu vou ser bonzinho! Vou te comer gostosinho, mas vai ter que pedir!

— Pe... dir?

— Isso mesmo, lindinho!

Iori alisava as costas de seu querido rival, passando seus dedos pela depressão da coluna dorsal, fazendo seus pêlos arrepiar-se.

— Quero que você se ofereça a mim!

— ...

— É bem melhor que possuí-lo a força! Muito mais excitante, Kusanagi!

— ...

— Vamos, peça! Eu sei que é isso que você quer! Seus olhos não mentem!

— Não...

Ainda o maldito orgulho! Kyo estava ali de quatro na frente de seu maior inimigo, louco de tesão, querendo que Iori voltasse a possuí-lo mais do que tudo, mas não admitia. Estava na cara o seu desejo!

— Anda, Kyo! Pede! Do contrário vou voltar a te machucar!

— Não... Isso não...

— Então?

Passava a mão pela bunda lisinha dele apalpando aquela carne macia que abrigava metade de seu falo enterrado no ânus de Kyo.

— Continue...

— Não é assim... Pede direito!

Kusanagi olha mais uma vez para o ruivo e finalmente faz o pedido a Iori com uma voz extremamente sensual, já completamente extasiado.

— Aaah, Iori, por favor, mete mais!!!

Yagami sorri. Volta a mover seu quadril pra trás e pra frente, desta vez com carinho, entrando bem devagar para não feri-lo. O que antes era dolorido e humilhante tornou-se prazeroso... Muito bom! Os gritos de dor, antes emitidos a cada investida, deram lugar aos gemidos apaixonados a cada vez em que era tocado no fundo por seu violentador. Seu corpo havia se acostumado a recebê-lo e não oferecia mais resistência alguma. Iori encaixava-se perfeitamente em Kyo; seu sexo era completamente engolido pela entrada quente e aconchegante que lhe era tão facilmente cedida.

Nunca tinha imaginado que seu tão temido oponente fosse gostar de ser penetrado dessa maneira... Isso não estava previsto inicialmente, era pra ser uma vingança, mas parece que mais uma vez Kyo Kusanagi saiu ganhando... Gemia como uma garota, ardendo de paixão por seu inimigo-amante.

— Aaah... Aai... Hmmm... Aaaaah…..

— Hmmm… Isso… Geme pra mim… Me deixe louco, Kusanagi!

— Aaah!!! Aaaaaii, Iori.... Aaaah!!

— Asssssssim!!!! Chama meu nome!! Hmmm... Aah... Chama pelo nome do seu macho!

— Aaaai... Yagami...

Ouvir aquilo de Kyo era tudo pra ele!

Kyo tinha perdido tudo naquela noite. Honra, dignidade e agora perdia o orgulho, o pudor... Yagami havia dominado-o completamente. Kusanagi era apenas um mero brinquedinho em suas mãos, nada mais que um objeto para alcançar sua satisfação sexual.

Já podia sentir que esta estava próxima. Diminui o ritmo das estocadas, procurando se segurar por um tempo. Queria aproveitar o máximo possível de Kyo.

— Aah... Anda, rebola pra mim, Kyo!

Kusanagi já nem tem mais noção do que faz. Completamente louco de prazer, obedece a seu amante sem pronunciar palavra alguma.

— Aaaah!!! Isso veadinho!

Os gemidos de Kyo soavam cada vez mais excitantes, era música para os ouvidos de Iori. Já não podia mais se conter. Chegou ao ápice do prazer numa estocada bem funda, tocando o ponto secreto de Kyo e liberando um jato quente, que preenchia toda a entrada de seu doce rival. Gozou. Gozou muito. Sem forças, apenas retirou seu membro lá de dentro e deitou-se sobre ele. A exaustão tomou conta de ambos, fazendo com que caíssem em um sono profundo. Dormiram bem agarradinhos na cama em meio a muito suor e sêmen.

Pela manhã, Kyo acorda sozinho, e nota a falta de seu amante ao seu lado. Levanta enrolado no lençol e vai até a porta do quarto; lá fica parado encostado observando Iori na sala terminando de se vestir.

— Você... Você já vai embora?

Yagami olha para ele seriamente. Aproxima-se e acaricia o rostinho triste com a sua partida.

— Devo admitir que você é bem melhor que muitas garotas por aí, Kyo, mas...

Kyo toca a mão de Iori sobre sua face com carinho.

— Mas o que, Iori?

O ruivo dá um sorriso debochado com um ar todo triunfante sobre seu inimigo.

— Você não passou de um brinquedo nas minhas mãos!

— Iori...

— Uma simples aventura! Só para ter o prazer de dizer que te fodi todinho, Kusanagi!

Kyo abaixa a cabeça, apenas ouve o que os insultos que são ditos pelo seu rival.

— Melhor: poder dizer que você gemia como uma mulherzinha pra mim! E pedia mais!! Hahahahahaha!!!!!!

Permanece calado enquanto Iori se dirige a porta da sala com um sorriso sacana estampado no rosto.

— Te vejo no próximo KoF, Kyo!

Sai e bate a porta. Kusanagi permanece estático, completamente sem reação diante das ofensas do ruivo. Fazer o que... Tudo era verdade! Ele tinha se deixado levar pelo momento e acabou permitindo que Iori fizesse o que bem entendesse com ele. É tomado pela tristeza e o arrependimento; sabia que se que se quisesse realmente poderia escapar tranqüilamente, mas tinha algo no seu inconsciente que chamava por ele, e era muito mais forte que sua própria vontade, superando a razão. Estaria Kyo apaixonado pelo seu inimigo?

Desolado, deixa o seu corpo escorregar bem devagar caindo sentado no chão

— Ya... gami...

Fecha bem os olhos tentando esquecer o que houve deixando escapar um lágrima, escorre pelo seu rosto e toca o chão.

— Você me paga, Iori!! Eu juro!

Limpando o rosto, Kyo levanta-se indo em direção ao banheiro. Tudo o que ele queria agora era lavar-se até a alma se pudesse, tentar apagar de sua mente essa noite e se possível pensar em uma vingança, por que não? Uma vingança no estilo Kusanagi... Ou melhor, uma revanche.

Fevereiro de 2002
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