Depois que o Bar Fecha...
 
Por Fernanda Del Rey


 

Como faziam toda as tardes, Viktor e Flik estavam sentados à uma mesa no bar de Leona, esperando que a cerveja que pediram chegasse.

O bar de Leona era o típico bar onde mercenários, ladrões e um ou outro cidadão ia à tarde e à noite para refrescar-se com muita cerveja e distrair-se com as mulheres que trabalhavam por ali.

Essas meninas normalmente eram simpáticas, mas quando se tratava de Flik, as atenções delas eram redobradas. Nenhuma jamais conseguira uma noite com ele, e sinceramente, elas iriam de graça sem reclamar. Mal sabiam que ele nunca prestava atenção nelas, preocupado em admirar as belas feições de seu amante, Viktor.

Seu amante! Ah, era um modo estranho de pensar sobre aquele que durante anos fora apenas seu amigo... mas não era em nada desagradável.

Deteu-se por alguns momentos examinando Viktor, e quando este levantou para ir buscar as cervejas, admirou-lhe a bunda musculosa... e pensou consigo "Eu ainda não o comi nenhuma vez... mas Viktor é todo bofe, jamais faria isso... a não ser que... álcool!... que coisa feia, querer embebedá-lo para comê-lo... E daí?"

Viktor voltou e viu o meio sorriso nos lábios de Flik e perguntou:

"Que aconteceu? Está com uma cara de peixe morto..."

"Pensando na vida, kuma-chan..."

"Argh, não me chame assim..."

"Por que? Você não é o meu ursinho?" disse, com um sorriso irônico.

"Sou, mas..."

"Ah, ah, ah... "

"Pare com isso..."

"Você está sempre tirando comigo, eu também tenho direito, sabia?"

"Hunf!"

"Quer mais uma cerveja? Eu pago."

"Beleza. Manda."

Não havia coisa mais fácil do que embebedar Viktor... pelo que conhecia do amigo, ele beberia até etér para curativos se fosse posto em uma caneca...

Mas, como todo bêbado profissional, levava algum tempo até que se deixasse Viktor bêbado... e Flik resmungou:

"Você vai me levar à falência... Já deve ter bebido um barril de vinho e outro de cerveja..."

"Maish voshê num bebeu quasi nada ainda..." disse Viktor, já bem alterado... "O que voshê poupa num bebendo, gashta comigo... coquinho."

"Coquinho??? Que diabo de apelido é esse?"

"Shei lá... você é o meu lindo trovão achul, sabia?"

"Sei..."

"Você é a coisa maish linda que eu já vi..."

"Viktor, você está bêbado..."

"Tô, num tô? ha. ha, ha, ha... hic..."

O bar de Leona já estava praticamente vazio, só eles dois, e ela, preparando-se para fechar... ela virou-se para Flik e disse:

"Flik, eu tenho que até o depósito pegar vinhos e alguns suprimentos para amanhã cedo... Você se importa de tomar conta aqui só um segundinho? Eu não demoro..."

"Sem problemas, Leona-chan... vai nessa..."

Leona saiu, apressada, e Flik pensou : "Tem hora melhor que agora para comer o Viktor...?"

"Vik..."

"Que é?"

"Sabia que você é uma graça?"

"Shabia..."

Flik levantou-se, deu a volta na mesa e ficou atrás de Viktor, abraçando o pescoço dele.

"Sabia que eu acho que você ia ficar ainda mais engraçadinho se estivesse gemendo?"

"Shério?"

"É..."

"hmmm, shei lá..."

Flik começou a lamber a orelha de Viktor, que gemeu.

"Bom..."

Flik continuou lambendo-o e enfiou uma das mãos dentro da blusa de Viktor, mexendo no mamilo entumescido.

"Oh, Flik... "

"Gosta?"

"Shim..."

Flik empurrou Viktor até o balcão, e o outro, meio cambaleante, apoiou-se para não cair.

"O que voshê vai fazer?"

"Você vai ver, Viktor... e tenho certeza de que vai gostar..."

Aquela expectativa estava tendo seu efeito em Flik, que sentia seu pênis endurecendo dentro da calça... sensação agradável...

Enlaçou Viktor pela cintura, e descendo a mão, começou a abrir as calças dele, que apenas murmurou alguma coisa sem muito sentido.

Flik enfiou a mão dentro das calças de Viktor e, achando o que procurava, começou a acariciá-lo, fazendo Viktor gemer e mover-se para frente e para trás em sua mão...

"Flik... uhm..."

"Bom?"

"É óbvio... voshê vai dar para mim?"

"... não o que você está esperando, mas vou."

"?"

Flik baixou as calças de Viktor e pôs o pênis para fora das próprias calças, pensando: "Onde eu arranjo algo que lubrifique... ah, o bar de Leona deve ter algo... ela vai me matar se souber..."

Flik olhou por cima do balcão e achou a lata de azeite para lamparina que Leona guardava lá. "Isso deve servir..." E derramou um pouco do óleo no rêgo de Viktor, que apenas resmungou:

"Que é isho?"

"Você vai ver... é surpresa."

"Adoro shurpreshas...."

"Tenho certeza de que vai adorar esta..."

Flik começou a esfregar seu pau, já completamente duro de excitação, na entrada de Viktor, que fez alguns sons interrogatórios:

"Que? Hã?"

"Fecha os olhos e relaxa..."

Viktor fez o que o outro pediu, sem perceber realmente o que estava acontecendo, tendo uma leve impressão de que o mundo era cor-de-rosa, bêbado como estava...

Flik forçou a entrada, e como o outro nunca tinha feito isso, encontrou uma certa dificuldade, que ao invés de desencorajá-lo, só o excitou mais.

"Apertadinho, Viktor... feito para ser comido..."

"Comido? Eu?"

"hum-hum, você mesmo."

Flik forçou mais, dessa vez conseguindo entrar no pequeno e virgem rabo de Viktor, que gemeu:

"Flik! O que... ah."

"Calma, relaxa e goza."

Flik forçou mais e mais, enfiando até o final em Viktor, que tremeu diante da sensação completamente desconhecida de ser preenchido daquele modo. Ele estava bêbado, mas ainda podia sentir o interior de seu corpo ser invadido e acariciado pelo pênis de Flik.

"Flik... oh, oh... uh..."

Flik começou a mover, devagar a início, temendo machucar Viktor, mas empolgou-se rapidamente quando Viktor encostou no balcão, empinou o traseiro e disse:

"Isho shai ou não shai? Come logo, pô!"

Flik movia-se cada vez mais freneticamente, adorando a sensação de ser ele a dominar agora, e não a ser dominado... Viktor era tão forte, Flik podia sentir seus músculos tremendo debaixo do próprio corpo, era tão... extasiante.

Êxtase esse que teve seu efeito rapidamente, fazendo-o gozar intensamente, enchendo o rabo de Viktor com sua semente, quente e abundante...

Viktor sentiu-se ser preenchido pelo sêmen de Flik, e a sensaçào teve o efeito que se esperava, junto com a mão de Flik que acariciava-o enlouquecidamente.

"Flik... Ah... ah, ah, AH!"

Flik deixou-se ficar lá, cansado, suado, deitado nas costas de Viktor. Passados poucos momentos, saiu de Viktor, recompôs-se e disse:

"Viktor, eu adoraria ficar aqui olhando para sua bunda, mas se Leona voltar e vir isso, ela castra nós dois..."

"Oi?"

"Viktor, você está me ouvindo?"

"ZZZZZZZZZZ!"

Viktor dormira, deitado em cima do balcão de Leona. Flik suspirou, vestiu Viktor e começou a arrastá-lo para fora.

"Ufff, como esse homem pesa... Viktor, ô, Viktor..."

"ZZZZ... nham, que é?"

"Apoie os pés no chão, ao menos..."

"Nham, ... ZZZZZZZZ."

"Ai, Senhor..."

Flik arrastou Viktor do bar até o quarto, deixando evidências do que haviam feito escorrendo do balcão do bar de Leona.

Poucos minutos depois, Leona chegou trazendo o vinho e os utensílios de que precisaria para fazer o café da manhã no dia seguinte, e não encontrou ninguém no bar.

"Onde aqueles dois bêbados foram? Largaram meu bar sozinho, eu podia ter sido roubada..."

Ela olhou para o balcão.

"Blech, o que é isso?"

Aproximou-se para ver mais de perto.

"Mas que porra é essa? Argh, é..."

Pegou um pano e começou a limpar, irritada.

"Mas como essa gente consegue sujar esse bar desse jeito? Quem será que foi? ... ... Não, não devem ter sido eles... ... ... ... Ou será que...?"

*

De madrugada, no quarto de Viktor e Flik, os dois dormiam abraçados quando Viktor acordou de madrugada para ir ao banheiro e sentou-se na cama.

"Ouch!"

"hmmm, ... o que foi, Viktor?"

"Meu rabo está dolorido... o que... Você... aquilo não foi sonho... Você me comeu!!!"

Flik ficou esperando a reação do outro, apreensivo.

"Você está aborrecido?"

"Lógico que estou... como você faz uma coisa dessas comigo bêbado?"

"Mas é que..."

"Eu não percebi... queria ter sentido cada passo do que você fez... Agora, como castigo, você terá que fazer de novo, mas comigo sóbrio, entendeu?"

"!!!"

 



Por Fernanda Del rey
seiraiflik@icqmail.com
14/01/2001