(Um fanfic yaoi de Dracula X, por Illy-Chan & Andrômeda Aino)

Noite em Castlevania, a morada do conde Dracula é agora governada por seu jovem filho Alucard.

O jovem vampiro é realmente muito bonito... Os olhos cor de mel, quase transparentes como cristal de tão brilhantes, a pele branca, pálida e delicada como veludo e longos cabelos louros que de tão claros confundem-se com o prata pastel dos pintores do rococó francês. Um rapaz de porte alto, esguio, traja roupas luxuosas de tons escuros, carrega sempre uma espada, um escudo e um... crucifixo?

Sim. Alucard foi o paladino que derrotou o próprio pai pela segurança da humanidade. Um vampiro paladino com alma humana e natureza imortal. Um homem educado, de modos refinados e habilidoso espadachim. Um predador com sede de sangue e conflitos internos entre sua natureza vampírica e sua alma humana. O fascínio do contraste barroco num único e belo homem. A personificação da eterna luta do bem contra o mal, certo e errado, perdão e castigo, castidade e luxúria. O prazer do sangue ou a penitência da fome? Um vampiro de sangue quente em busca da salvação divina e a libertação de sua maldição.

Mais uma vez naquela noite, Alucard sentia a solidão de Castlevania. Ele e alguns criados eram seus únicos habitantes. Realmente a vida em Castlevania era muito solitária. Alucard lia alguns livros na biblioteca, estudava história, magia e alquimia. Sentia fome. Uma sede que lhe crescia, mas que ele controlava até o último momento, quando a tentação o vencia e ele tirava uma vida humana para se alimentar. Naquele momento ele ainda policiava seus instintos, mas, algumas noites mais tarde, sabia que teria que libertar a Besta e beber sangue mortal.

A sala era quente e aconchegante, devia ser mais de dez horas, um criado se aproximou:

• Deseja mais alguma coisa, senhor?
• Não, Simon, obrigado. Já pode se recolher se quiser.
• Nesse caso, com licença. Boa noite, senhor.

O velho Simon, criado da família há algum tempo, estranhava a aparentemente eterna juventude de Alucard.

• O jovem amo parece não envelhecer... Qual será a fórmula da beleza eterna? — comentava com os outros empregados.

Admirava o rapaz por seu bom coração e o respeitava por seu poder, mas o temia por seu mistério... Que segredo guardava seu jovem amo? A imortalidade. Mas disso nenhum dos criados sabia, exceto, talvez pelo velho da biblioteca.

Dez e meia da noite. Sozinho, Alucard sonha acordado. A fome e a solidão lhe acendem um desejo por carne e sangue que ele mesmo desconhecia... O sangue que lhe resta no corpo ferve e a sede pela vitae torna-se mais forte. O desespero toma conta de sua mente e por um momento ele perde o controle sobre o próprio corpo.

Levantando-se da escrivaninha, ele dirige-se à janela esperando encontrar um alívio para aquela sensação... Ah! Por pouco! Quase um frenesi... Mais calmo, voltou aos estudos, procurando esquecer a fome.

Por volta das 11 horas, Alucard ouve baterem-lhe à porta. Como Simon já fora dormir, o próprio vampiro foi receber a inesperada visita. Quem seria àquela hora? Ou melhor, quem seria capaz de encontrar Castlevania? Afinal, o covil mágico de Dracula só aparece aos mortais de 100 em 100 anos...

Continua...