O céu grego estava turbulento, a noite fria e úmida contribuía para o clima denso que se apossava daquela parte do mundo. Sobre uma colina o santuário grego, região que protegida por Atena e os cosmos dos cavaleiros, não aparecia em qualquer satélite ou foto área, o povo ajudava no isolamento, respeitando as ordens daquele que era conhecido como o grande mestre.
Nas escadas que levavam a primeira das doze casas zodiacais, um homem coberto com uma grande capa branca, de cabelo escuro e comprido e grandes olhos azuis, estava sentado, as pernas cruzadas e olhar desviado para o céu encoberto e tempestuoso.
- Milo, o que você esta fazendo aqui?
O cavaleiro de Escorpião olhou para trás e encontrou o olhar de Shaka sobre si, ou pelo menos assim achava q estava pois o cavaleiro mantinha as pálpebras fechadas. O cavaleiro de Virgem se postou, ainda de pé ao lado de Milo, esperando pela resposta e sentindo o vento frio levantar as mechas loiras de seu cabelo e a capa branca presa a suas costas.
- Em nada Shaka... hum.... Ao não ser no fato de ainda me sentir usado dentro desse santuário.
- Do que você está falando Escorpião?
- Você não sente? Mesmo agora que as lutas já terminaram, que Atena nos perdoou, e mesmo sabendo que os cavaleiros de bronze nos vêem como aliados, ainda falta algo pra ser resolvido!
- Algo a ser resolvido? O que?
- O Ares, ou melhor, o Saga. Ele nos usou, acabou com a honra dos mais leais e poderosos guerreiros de Atena. Virou os Cavaleiros de Ouro contra sua deusa!
Shaka virou a cabeça para cima e se sentou. Já tinha pensado sobre isso, mais nunca comentara com nenhum outro cavaleiro, afinal era um assunto muito delicado. Mais desde que conhecera Milo aquele cavaleiro sempre fora um tanto quando indiscreto, vivia falando e fazendo o que queria, talvez fosse um bom momento para desabafar o q sentia pelo homem que quase destruiu o santuário.
- Você pode ter razão. Eu também não me sinto bem com aquele cavaleiro de Gêmeos passeando por entre nós. Mesmo depois de Atena te-lo perdoado.
- É o que eu sinto Virgem e por isso acho que ele merece uma lição. Atena é uma deusa, eu não, não vou perdoar aquele falso mestre tão fácil.
- Uma lição? Você esta pensando em lutar contra Saga? Não se esqueça de que ele também é um cavaleiro de Ouro, a luta poderia durar mil dias e mil anos....
Milo sorriu, olhou para Shaka e deve certeza de que o outro podia ver sua expressão por debaixo das pálpebras.
- Eu não pretendo lutar. Mais mesmo assim meu plano ficar complicado comigo sozinho. Que tal você me ajudar Virgem! Saga tem que sofrer uma grande humilhação, isso sim. Algo que ele não vá poder esquecer.
- Eu? Apesar de achar que ele merece, não sou a favor de lutas sem sentindo.
- Hahahahaha... Não se preocupe. Não vai ser bem uma luta. E eu acho que você vai gostar da minha idéia!
-
Saga estava apoiado na grande janela lateral da casa de Gêmeos. Os braços apoiados e a cabeça baixa, ele olhava para as luzes que brilhavam nas diferentes áreas do santuário. Ele ainda pensava em sua outra parte, no Ares que aparecera sobre sua mente a dominara. Bufou e se virou, indo sentar em um trono de mármore que ficava no canto da casa, afastado da passagem para as escadarias. O manto se espalhou pelo chão, o cabelo como uma capa, descendo pelos ombros e encobrindo os olhos claros e tristes.
Saga ficara recolhido por varias horas do dia, não se misturava muito com os outros cavaleiros de Ouro, sentia a antipatia de alguns deles, principalmente do Escorpião, que parecia ainda não o ter perdoado, e quem poderia culpa-lo disso? Deslizou na cadeira, deitando um pouco e assim que fechou os olhos sentiu uma energia estranha. O cosmo entrava na casa e invadia cada recanto dela, iluminando o lugar ate chegar aos pés do cavaleiro de Gêmeos.
- Quem esta ai? Quem ousa entrar na casa de Gêmeos?
- Não precisa levantar a voz Gêmeos! Você já me conhece.
- Milo? O que você faz aqui?
- Eu? Hum... nada em especial.
O cavaleiro de Escorpião continuou andando em sua direção, acabou de subir as escadas e parou junto as duas pilastras que davam entrada. Saga não se moveu, continuou sentado e agora apoiava a cabeça no mão. A espera por aquilo a muito tempo. Provavelmente Milo ia querer acertar contas com ele. Aquele cavaleiro sempre fora muito esquentado.
- Você veio aqui para que Milo? Quer por acaso se vingar de mim? Não sabe que uma luta entre nós não faria sentido?
Milo deu mais alguns passos, agora, mesmo que Saga tentasse fugir ele o alcançaria por qualquer lado! Passou a mão no cabelo, e sacudiu as longas madeixas deixando-as cair sobre o rosto. Com seu cosmo no nível mais alto, Saga não tinha conseguido perceber a presença de Shaka que descia pelo outro lado, entrando imperceptivelmente, seus passos sem fazer um barulho sequer, como se flutuasse!
Saga ainda encarava Milo quando as mãos de Shaka o seguraram por trás do trono. O cavaleiro de ouro de Virgem tinha agora os olhos abertos e seu cosmo começava a aumentar gradativamente enquanto Saga forçava o corpo em meio a um começo de desespero para se libertar.
- O que está acontecendo? Por que vocês dois estão aqui?
- Para te dar uma lição Gêmeos. Shaka disse solenemente. - Você brincou conosco e agora é nossa vez de brincar com você.
Milo olhava entretido a cena, aqueles dois eram muito bonitos, e nada melhor do que juntar aquela vingança um pouco de prazer. Tinha sido realmente muita sorte ter Shaka ao seu lado.
Assim que Escorpião chegou mais perto, Shaka soltou Saga sorrindo, estava se divertindo com aquilo também. O cavaleiro de Gêmeos se levantou e por pouco não bateu a cabeça com a de Milo que estava a sua frente.
- Pronto para o castigo, Mestre? As palavras eram sarcásticas e o olhar maldoso.
Milo elevou seu cosmo e passou a emitir ondas telepáticas que paralisaram os movimentos de Saga. O cavaleiro ainda tentou se libertar mais seus cinco sentidos falhavam, podia sentir o olhar de Shaka sobre si.
- Parem, não pode haver lutas entre nós!!
- Não vai haver Saga. Shaka se aproximou sobre o olhar de Milo, encostou o peito nas costas de Saga e passando a mão para a frente do peito de Gêmeos começou a desabotoar a camisa branca de seda, os dedos longos e as unhas compridas deslizando pela pele clara que aparecia pouco a pouco. Os músculos se contorciam tentando buscar força para se soltar.
Milo soltou a capa que se prendia a seu ombro jogando-a sobre a cadeira, deu a volta e fez o mesmo com a de Shaka, voltou para a frente de Saga, olhando o cavaleiro de Gêmeos no olhos e depois descendo para a mão de Shaka que continuava a passear no tórax do cavaleiro agora já livre completamente do pano que o cobria, os dedos de Virgem subiam e desciam, passando o indicador por dentro da calça, alargando o nó que a prendia.
Escorpião deu um curto passo para frente colando seu corpo no de Gêmeos, Shaka apertou o abraço por trás. Milo deslizou o dedos pelos cabelos lisos de Saga e puxando os cabelos chegou o rosto do cavaleiro perto do seu. Gêmeos fechou os olhos sentindo a dor no couro cabeludo mais sem emitir nenhum som e quando voltou a abri-los viu o rosto de Milo iluminado pelo sorriso que o cavaleiro dava, Milo levantou a cabeça e Saga deve certeza de que Shaka tinha o mesmo sorriso depravado no rosto!
Escorpião voltou seu olhar para Saga e enrolando mais as mãos nos cabelos escuros e azulados e quando saga abriu a boca para reclamar Milo colou seus lábios nos deles, a língua entrando com violência e experimentando o calor da outra língua. Saga tentou se soltar mais Shaka ainda o segurava entre seus braços, Gêmeos sentiu os fios loiros descerem pelo seu braço e logo depois a cabeça do cavaleiro apoiada sobre seus ombros e a boca dele sobre seu pescoço, beijando, mordendo e sugando, aspirando um ar quente na nuca de Saga, o corpo do cavaleiros de Gêmeos reagia, mesmo contra a vontade.
Milo parou o beijo e soltou o cabelo de Gêmeos, as faces coradas do cavaleiro se contorciam ainda pelo ataque de Shaka sobre seu pescoço e pelas mãos do cavaleiro sobre seu corpo. Virgem segurava a cintura se Saga e puxava o cavaleiro de encontro a si, deslizando a coxa por dentro das pernas de Gêmeos que já não reagia mais ao abraço.
O cavaleiro se escorpião tirou a própria camisa e a colocou junto com a capa, a sapatilha e a calça fora para o mesmo lugar. Milo se ajoelhou na frente de Saga, deslizou o dedo pelas mãos de Shaka que passeavam por dentro da calça e desfez o nó que as prendiam. Saga tentou esboçar alguma reação mas Virgem virou seu corpo e ficando de frente para o cavaleiro começou a beija-lo, entrelaçando as mãos e deixando espaço livre para o Escorpião.
Milo desceu as calças claras de Saga e deslizou as mãos, desde a base da coluna até o meio das coxas arredondadas e bem feitas, passou a mão por entre elas e acariciou o sexo de Saga. Gêmeos abriu um pouco as pernas e Milo, separando-as mais deslizou o rosto por entre a fenda e beijou o pontinho entre ela, deslizando a língua e forçando a ponta.
- NÃO! Saga deu um grito, empurrou Shaka para o lado e se encostou em uma pilastra da casa, de frente para os outros dois cavaleiros. As faces coradas, o cabelo bagunçado, a respiração descompassada e seu sexo que já despertara deixava bem amostra para os outros dois o estado em que Saga se encontrava.
- Você não da mais ordens aqui Saga. Milo se levantou e agora voltava a se aproximar, como um escorpião pronto para dar o bote em um pequeno roedor. Shaka se recuperava do empurrão e voltava a fechar os olhos, se fosse necessário usaria o Sei San Sara contra Saga, deixando que ele perdesse os cinco sentidos.
- Por que você simplesmente não se rende? Shaka disse se aproximando. Ele mantinha a voz tranqüila, tirou Milo do caminho com um aceno para que ele ficasse onde estava e parou de frente, junto a Saga. - Vai ser melhor para você se o fizer!
- Você só pode estar brincando Shaka! Saiam já da minha casa!
- Como você quiser Gêmeos, foi você quem pediu! Shaka disse e abrindo os olhos devagar, o suficiente para que Saga ficasse tonto com as distorções da visão e da audição, virou o cavaleiro encostando seu corpo no pilar. Milo se aproximou e segurando o cavaleiro pela cintura e o trouxe para baixo, fazendo com que Saga sentasse em seu colo nu.
Shaka voltou a fechar os olhos e Saga recobrou a consciência. Milo mexia seu corpo pra frente e para trás, ele sentia o sexo duro do cavaleiro entre seu rego, buscando o lugar certo. Saga se contorceu e tentou levantar mas Milo o prendia. Aquilo estava passando do limite, não havia outra escolha, Saga elevou seu cosmo, ia jogar Milo longe com a Explosão Galáctica.
Shaka que assistia a cena sentiu a energia aumentar, olhou para Milo mais esse parecia entretido demais com a invasão para se dar conta do que acontecia. Viu Saga abrir a boca para invocar o golpe, mais o único som que saiu dela foi um gemido alto de dor. Milo por baixo do corpo de Saga sorria, tinha sentido o cosmo aumentar e com uma só estocada e ajudado pelas mãos na cintura de Saga que o puxava para baixo, tinha entrado quase totalmente no corpo do cavaleiro.
Saga respirava rapidamente, Milo tinha uma mão presa em seus cabelos agora, puxando-os e provocando ainda mais dor, a outra apertava sua boca, não o deixando gemer ou gritar.
- Dois cavaleiros de Ouro são demais pra você Saga, nós dissemos para que você se rendesse. O que você acha Shaka, não quer se juntar a nós e aproveitar para punis nosso amado mestre por essa tentativa de fuga?
Saga arregalou os olhos. Sentia Milo entrando em si, a dor aumentava e Escorpião parecia querer provocar-lhe dor, pois o arrombava com força, puxando sua cabeça pelos cabelos e movimentando seu corpo com movimentos rápidos e duros. Imaginava o que Shaka faria.
O cavaleiro de Virgem olhou par a cena a sua frente. Milo sorria para ele, Saga parecia não conseguir mexer as mãos, talvez pelo poder de paralisia de Milo, mais sua expressão era clara, a cada estocada seu peito subia e descia mais rápido. Aquilo não era bem uma vingança. Saga acabaria gostando, se já não estava. Desprendeu a túnica de linho do único ombro ao qual ela se fixava tirando-a do corpo colocou-a no mesmo lugar que Milo havia colocado a sua roupa, afinal, já que estava ali, por que entrar na "brincadeira". Aproximou-se então dois cavaleiros no chão.
- Deixe-o se mexer Milo! Shaka disse parando nu na rente dos dois
- Ele pode reagir. A voz de Milo era cansada e pesada!
- Não vai! Shaka olhava para Gêmeos que tinha os olhos fechados e a boca semi aberta, o cavaleiro já mexia o corpo junto com Milo segurando-se nas duas coxas abaixo de si!
Milo fez que sim com a cabeça e destampou a boca de Saga. Virgem passou a mão delicadamente por trás da cabeça de Gêmeos e antes que o cavaleiro abrisse os olhos com um toque tão diferente doa modos violentos de Milo, Shaka puxou sua cabeça enterrando seu sexo na boca do cavaleiro, descendo-o ate o final de sua garganta.
Saga abriu os olhos assustado. Shaka saia um pouco e entrava novamente, fudendo a boca de Saga, jogando a cabeça para trás enquanto empinava ainda mais o quadril e gemia baixinho com o calor envolta de seu sexo.
Saga não conseguia reagir, era atacado por trás e pela frente, seu corpo estava quente e seu sexo pulsava, doía. Gêmeos agarrou Shaka apertando sua bunda e puxando-o, sugando seu sexo com força e no mesmo compasso que Milo se enfiava para dentro dele.
Shaka segurou os cabelos azulados com mais força, tentando se manter em pé. Milo continuava com as estocadas, agora mais rápidas, deslizou as mãos no peito de Saga apertando os mamilos entre os dedos e colou a boca no pescoço salgado de suor do cavaleiro. Saga gemeu e se mexeu deixando que Milo entrasse por completo em seu corpo e se fechando com a dor em suas pregas e com o prazer que invadiu seu corpo, e queimou seu baixo ventre.
Milo gozou quando Saga se sentou por completo em seu colo e quando o cavaleiro se contorceu, fechando-se em torno se seu sexo. Escorpião gritou e se agarrou ao cavaleiro sobre si, apertando Saga que estava completamente fora da realidade sugando Shaka com avidez. O cavaleiro de Virgem deslizou ate o chão, deitando no chão frio de pedra, Saga não soltou a ereção dentro da sua boca e acompanhou o movimento, deitando a cabeça sobre o baixo ventre do cavaleiro e deixando Milo deitado do outro lado, de olhos fechados e tentando se recuperar.
Shaka gozou entre gemidos, puxou o cavaleiro de Gêmeos para si, provando o gosto do sêmen espalhado por toda a boca e deslizando pelo pescoço claro de Saga.
Saga sentiu o próprio liquido ser ejaculado com força deitando-se sobre o outro cavaleiro exausto. Milo se levantou olhando para os dois cavaleiros no chão. aquilo não tinha saído lá do jeito que ele esperava, mais pelo menos foi divertido. Shaka também se levantou e os dois se vestiram sobre o luz da aurora que já aparecia por entre as pilastras meio destruídas.
Saga continuou estendido no chão, enquanto os dois outros cavaleiros saiam da casa, caminhando na direção da saída que levava para as casas zodiacais acima da de Gêmeos.
- Hunf... não se esqueça Gêmeos, você mereceu!
- Vamos embora Milo, não seria bom se os outros cavaleiros no vissem saindo daqui!
Os dois saíram da casa deixando Saga exatamente no mesmo lugar. Só após alguns minutos foi que o cavaleiro de Gêmeos teve forças para se levantar, seu corpo doía e sua mente ainda continuava rodando. Tinha se deixado subjugar de uma forma tão medíocre que as cenas da noite passavam, nítidas pela sua cabeça.
Se sentou no trono onde suas roupas estavam, tomando cuidado para não machucar ainda mais a parte sensível entre suas nádegas que doía mais do que tudo. O gosto meio doce, meio salgada não tinha saído de sua boca.
Olhou os dois cavaleiros subirem para as respectivas casas, não podia culpa-los, ou podia? Ele, Saga, aquentaria aquela humilhação apenas para ele, mais e quanto ao outro, e quanto ao seu outro ser, subjugado por Atena mais não completamente extinto!
Os olhos azuis de Saga se fecharam e quando voltaram a abrir, a íris tinha um tom avermelhado, o cabelo mudava de cor gradativamente ate se tornar completamente cinza.
Ares se levantou e foi até a saída da casa. Se aquele dois queriam vingança, iriam ter, mais não contra o Saga que dormia choroso e cheio de remorsos dentro de seu peito e alma, mais sim contra seu real inimigo.
Sentou-se pensativo, Escorpião e Virgem
ainda não sabiam o que lhe esperava, mais logo iriam descobrir.
Logo!
FIM