Festa em Asgard



 
 

Por Jade


Aquela sexta-feira em Tóquio estava muito bonita. Os cavaleiros se reuniam na sala principal da mansão Kido. Como sempre, desde que todos se alojaram por lá, casa estava uma bagunça, Seiya falava alto e tentava de todo jeito tirar a concentração de Shiryu que estava no meio de um livro de palavras cruzadas. Shun conversava com Ikki no que Hyoga fazia questão de dizer ser um monólogo, pois Andromeda era o único que falava Ikki apenas balança a cabeça, ou nem isso.

Ele, Cisne, olhava para tudo pensando em como seria bom voltar por alguns dias as planícies geladas, e solitárias, sem Seiya sacudindo os braços de um lado para o outro, Shiryu com uma cara de quem iria esgana-lo, Shun com aquele sorriso bobo para o irmão, (Hyoga não admitia mais tinha lá um pontinha de ciúmes) e Ikki com a cara amarrada e os olhos fechados, pensando provavelmente em quem seria o próximo que ele iria tirar o coração fora.

Não que não gostasse dos amigos, mais, "AAAAAA!!!!!!!!", de vez em quando tudo que ele queria era sair correndo. Foi nesse momento que Saory entrou na sala, com uma carta na mão.

- Você não vão adivinhar.

- Não, você ainda não nos contou!

- Muito engraçado Seiya. Nós recebemos uma carta de Asgard, fomos convidados para uma festa.

- Festa em Asgard? Festa de quem?

- Não sei Shiryu, mais a Hilda me mandou o convite hoje.

- Você não pode ir sozinha Saory.

- O Shun tem razão. Seiya disse balançando a cabeça.

- Ai, eu sei, é por isso que vocês vão comigo!

Os quatros cavaleiros se entreolharam e na mesma hora milhões de desculpa estouraram por toda a sala.

- É, sabe o que é, eu prometi pros meninos do orfanato que ia jogar futebol com eles, ai, se eu não for, já viu né, eles vão chorar e.....

- Pois, as correntes tão meio estressadas, elas não vão gostar de ir para aquele lugar gelado..... elas morrem de frio tadinhas..........

- Não consigo nem raciocinar com temperaturas menores que -700 graus!!!

Todos pararam de falar quando Ikki se levantou e caminhou em direção a porta, se virando para os outros antes de sair.

- Eu não sou segurança de ninguém!

- Eu vou!

Agora foi a vez de todos se virarem para Hyoga. Ele se levantou e disse subindo as escadas para seu quarto, se voltando para Saory.

- Que hora nós partimos?

Dois dias depois lá estavam Hyoga e Atena no palácio de Odin. A festa já havia começado quando eles chegaram a noite. Vários guerreiros (uns que Hyoga deu graças a Deus de nunca ter conhecido, pois se a cara era assim, imagina a armadura) e deuses se reunião no salão principal.

Hyoga vestia uma roupa toda branca. Desde a camisa ao sapato. Para falara verdade ele que sempre andava na moda era o mais simples ali dentro.

A camisa com os dois primeiros botões abertos, dentro da calça, os pés cruzados, as costas encostadas na parede ao lado de uma grande mesa e as mãos dentro dos bolsos, era assim que Hyoga se apresentava, olhando para os lados com seus olhos azuis, e vendo Saory conversar com Julian Solo.

Hyoga virou o rosto na direção oposta e viu duas pessoas conhecidas entrando. Fler e Hagen, a menina vinha andando na frente, com o vestido esvoaçando pelo chão brilhante e o guerreiro deus alguns passos atrás. Hyoga não manteve muito tempo os olhos na garota. Ela era bonita, verdade, mas outra coisa ali lhe chamou a atenção.

Hagen estava vestido com uma túnica vermelha por cima das roupas pretas. O cabelo sempre muito liso lhe corria, na frente, até a altura dos ombros e na cintura uma faixa que deixava seus quadris bem definidos, e facilitava a imaginação das dimensões de todo seu corpo.

Fler se curvou perante Saory e Julian e se virou com um gesto para Hagen, dizendo que ela podia se divertir, ela estava segura.

O guerreiro deus da estrela Beta sentiu um olhar sobre ele. Virou tão rápido que não deu tempo para Hyoga desviar o olhar, os dos se encararam e Hagen sorriu, mirando o canto da sala onde Cisne estava.

Caminhou lentamente até a mesa próxima de onde Hyoga estava. Pegou duas taças de uma bebida que deveria de champanhe, (Hyoga não olhava diretamente, apenas de canto de olho).

- Você por aqui Cisne?

Hagen ofereceu a taça de cristal a Hyoga, levantando-a na altura dos olhos azuis de Cisne, que se refletiam dentro do liquido.

- É, vim acompanhar Atena.

- Medo de nós?

Hyoga olhou nos olhos de Hagen, pegou a taça das mão do guerreiro deus, tomando um gole, virou a cabeça para o lado abrindo um sorriso que Hagen teve que confessar para si mesmo ser lindo.

- Talvez.

Hyoga olhou para Hagen, ainda com a cabeça virada para o lado. Os olhos no canto das orbitas e o sorriso doce nos lábios.

- Mais você também veio de ....

- Segurança particular?

Hyoga riu!

- O que foi?

- Você me lembrou alguem, só isso! Não esta gostando da festa?

- Não! Preferia estar fazendo qualquer outra coisa, alias, uma combate seria interessante.

- É um convite?

- Ai depende. Vai aceitar?

Hyoga olhou para Saory rindo de alguma coisa que Saga (Cisne levou um susto ao ver que ele também estava ali) dizia. Saory virou a cabeça dando um tchauzinho para Hyoga como se dizendo que estava tudo bem.

- Vou! Cisne disse se virando para Hagen que sorriu e concordou com a cabeça.

- Então por aqui!

Os dois cavaleiros passaram pelo amplo salão até as escadas do palácio. Desceram em silencio ouvindo a musica tocada por uma orquestra no meio do salão. Hagen andava na frente e Hyoga vinha atras, com as mãos nos bolsos e olhando as formas do guerreiro deus.

Caminharam por um pedaço das planícies geladas, Hyoga sentiu o vento bater em seu rosto e ficou feliz ao se sentir em casa. Os dois pararam a entrada de uma caverna feita no gelo.

Cisne reconheceu o lugar imediatamente. Foi ali que os dois tinham lutado na batalha com o anel Nibelungo. Eles entraram e Hagen parou no exato lugar onde eles haviam batalhado. O lugar continuava quente. Aquilo, pelo que Hyoga se lembrava era como o interior de um vulcão, com magma escorrendo por todos os lugares. Pela primeira vez achou que teria sido melhor ficar em casa com seu som, seus cds, seus livros, amigos e ar condicionado.

- Por que me trouxe aqui Hagen?

- É o lugar mais reservado que conheço, só por isso. Você trouxe sua armadura?

- Não. Atena não permite aos cavaleiros que eles usem a armadura para assuntos pessoais, e como não havia qualquer ameaça eu a deixei nas geleiras.

- Que pena! Você fica bem nela.

- Hahahahaha... Você também fica em na sua!

Hyoga riu do comentário, estava mais calmo agora. Hagen tirou a capa vermelha e a jogou de lado. Hyoga viu que a roupa de baixo não era preta e sim vinho. Hagen jogou o cabelo e levantou e um raio feito com seus cosmo atravessou as paredes geladas. Logo depois a magma começou a fluir em torno dos dois fechando a passagem de entrada.

Hyoga olhava para aqui sem entender o perigo que podia se aproximar. Na verdade estava mais interessado no guerreiro deus. Já tinha reparado que ele era bonito, mais naquela roupa ficava extremamente atraente.

Hagen reparou que Hyoga olhava para ele e se aproximou do cavaleiro. Cada vez que seus pés tocava o chão, a terra chegava a queimar.

- Hagen, eu não estou me sentindo bem. Acho que é o calor, vamos embora? podemos lutar em outro lugar.

Hyoga colocou a mão sobre a testa molhada se suor e sentiu a camisa grudar em seu peito.

- Não se preocupe Hyoga, vai ficar pior.

Hagen segurou a mão de Hyoga e a beijou, esquentando a pele do cavaleiro de Atena. Deslizou sua mão da mão de cisne pelo braço dele, segurando a cabeça loira por trás e entrelaçou os dedos nos fios claros.

Hyoga fechou os olhos, primeiro porque se sentia tonto naquele lugar tão quente e depois porque o toque de Hagen fazia sua cabeça girar ainda mais.

- Vou lhe contar um segredo. Essa festa foi invenção minha.

- Sua? Hyoga achou eu por estar tonto não estava ouvindo direito.

- É minha, tinha certeza que você viria, só não imaginava que viria sozinho. Ficou bem mais fácil de me aproximar assim! A Fler ficou tão animada com a idéia de uma festa aqui nesse lugar sombrio, gelado e vazio que convencer a Hilda em dois tempos.

- Por que?

- Queria ver você de novo Cisne. Desde nossa primeira luta eu queria voltar a vê-lo?

- E eu pergunto de novo, por que?

- Não deu pra perceber ainda?

Hagen trouxe a boca de Hyoga para mais perto. Beijou o cavaleiro, que ficou ainda mais quente, bem de leve, apenas roçando o lábios e sentindo o hálito gostoso. O guerreiro deus passou os dedos pela face de Hyoga tirando a franja que lhe grudava na testa. Cisne abriu os olhos e com a boca ainda aberta deslizou a língua sobre os lábios.

- Quero você Cisne, muito.. e não vou deixar você sair daqui até me sentir satisfeito.

- Achei que você gostava da Fler!

- Gostava? Acho que não! Era apenas uma questão de honra. Fixação pela imagem do que eu tinha que defender. Mais você... na nossa luta, você foi tão forte, tão fiel ao que acreditava. A Fler nunca me atraiu, mais você...

Hagen segurou a cintura de Hyoga e o puxou segurando e apertando o cavaleiro contra si.

O guerreiro deus desceu a mão pelas costas de Hyoga, puxando a camisa de dentro da calça branca de Cisne e sentindo, por dentro do pano levantado o corpo esguio, os músculos de seus ombros e descendo para abraça-lo tocou a barriga trabalhada e o músculo firme logo abaixo dela.

Hyoga respirou fundo já sentindo que o ar entrava descompassado em seu pulmão e que seu baixo ventre ardia, o volume aumentando no meu das pernas e sendo prensado pela coxa de Hagen entre as suas.

- Eu quero também Hagen. Me beija.

Hyoga disse escorregando pela coxa de Hagen, roçando nela, gemendo e falando baixinho perto do ouvido do guerreiro deus, deixando que o ar quente que saia de sua boca e tocava o ouvido e pescoço arrepiasse Hagen.

- Não provoca Cisne.

Hyoga sorriu se vendo refletido nos olhos de um azul quase branco, muito profundos e densos.

- Eu não faria isso. Hyoga sorriu tocando o peito de Hagen por sim da camisa e pressionando-o. - A não ser que você me peça. Disse com uma voz baixa e safada.

Hagen virou a cabeça para trás, sentindo Cisne deslizar a mão por seu corpo. O guerreiro deus abriu a camisa de Hyoga sem se dar ao trabalho de desabotoar os botões que voaram quando foram forçados e arrancados do pano.

Hagen desceu pelo corpo de Cisne, se ajoelhando e abrindo a calça do cavaleiro, desceu o zíper e então a calça até chão, beijou o umbigo de Hyoga e foi passeando a língua por dentro das coxas claras e firmes., sentindo o gosto salgado da pele.

Hyoga não se manteve em pé quando o guerreiro deus tocou seu sexo, deslizando o rosto por volta dele e beijando-o em toda a extensão, lambendo a virilha e chupando a pele próxima.

Hyoga se segurou nos ombros de Hagen e o guerreiro deus segurando Cisne pela cintura desceu o cavaleiro até deita-lo ao seu lado. Hyoga ajudou-o a tirar a roupa vinho até que o guerreiro ficasse totalmente nu, deitado sobre seu corpo.

Hagen passeava pelo corpo de Hyoga que gemia fechado as mãos sobre a terra embaixo de si. Beta beijou o pescoço de Cisne, subiu dando pequenos estalos em todo o rosto claro e voltou a descer sugando os mamilos rosas, mordendo um enquanto o outro era seguro por entre os dedos. Desceu ainda mais deslizando a boca por entre os músculos do peito do cavaleiro que sentia na pele a respiração do guerreiro deus, quente e ofegante. Hagen descia ainda mais, Hyoga sentiu as mãos do guerreiro deus sobre sua virilha e antes que pudesse gemer Hagen enfiou a ereção por sua boca, ate o final da garganta.

Cisne soltou um gemido abafado, não conseguia gritar alto, seu corpo não deixa, tenso demais para isso.

Antes que Hyoga pudesse gozar, Hagen, ainda com a cabeça entre as coxas do cavaleiro ergueu as pernas de Hyoga, e soltando seu sexo molhado se colocou melhor entre as pernas abertas de Cisne. Hyoga puxou Hagen e beijou-o. O guerreiro deus gemeu entre os lábios apertos, Cisne explorava sua boca, cada canto dela, aprofundando o beijo enquanto seus corpo executavam a dança antiga, um sobre o outro.

O beijo deixava os cavaleiros ainda mais excitados, o cheiro de sexo e suor pairava no ar fechado da caverna. Hagen penetrava Hyoga devagar, acompanhando o beijo.

Cisne então puxou o guerreiro deus com força e o beijo ficou mais firme e forte. Hagen aumentou o ritmo também entrando no corpo do cavaleiro e enquanto uma mão segurava o rosto de Hyoga a outra apertava o sexo de Cisne, deslizando pela pele sensível embaixo dele. Apertando e acariciando, provocando um misto de dor e prazer aumentado pela penetração.

Hagen entrou por completo em Hyoga, batendo seu corpo contra o do cavaleiro e sentindo sua barriga molhada pelo sêmen que Hyoga derramava por entre os dois. O guerreiro deus olhou para seu parceiro, Hyoga tinha os lábios abertos em um grito mudo, as costas arqueadas, a cabeça jogada para trás e os olhos com pequenas lágrimas.

Beta viu Cisne se recuperar, voltando a se deitar e olhando pra Hagen, sorrindo, ainda meio atordoado. Hyoga segurou o guerreiro deus pela cintura e entrelaçando-o com suas pernas puxou de uma vez só de encontro a si. Hagen gemeu sentindo que Cisne se fechava em torno de seu sexo. Assim que Hyoga voltou a abocanhar sua boca o guerreiro gozou dentro do cavaleiro preenchendo-o e depois escorregando para fora, caindo sobre Hyoga exausto.

Deslizando a mão por suas costas e pelo meio de seus cabelos, Hyoga acariciava Hagen que tinha os olhos fechados e a respiração pesada. O guerreiro deus se mexeu, deitando no peito e Cisne de modo que pudesse ver seu rosto.

- Grande festa! Hagen disse beijando o pescoço Hyoga.

- Fico imaginando o que as deusas fariam se nos vissem assim?

- Nada!

Hyoga olhou esperando que Hagen terminasse a frase.

- Não são elas que vivem pregando o amor entre os povos e a paz entre os cavaleiros?

- Acho que não é bem desse amor que elas falavam!

Os cavaleiros se encararam e riram juntos.

- Eu me sinto em paz. Isso é o que importa!

- Eu também! É uma pena que essa festa só dure uma noite.

- Mais não precisa, você é um guerreiro do gelo, pode ficar aqui!

- Sabe que isso não é verdade, meu lugar é junto de Atena e de meus amigos. (Hyoga parou pensando por um momento que aqueles quatro acabariam por enlouquece-lo, mas seu lugar era junto a eles)

- Se você quer assim! Pelo menos podemos aproveitar o resto da noite. Tenho a impressão que essa festa ainda vai longe!

- A noite toda pra nós? Idéia tentadora!

- E amanha, quando você for embora, vai ter um motivo para voltar!

- Sempre Hagen, sempre!

Os cavaleiros se abraçaram e sentiram o perfume um do outro. Adormeceram entrelaçados, no calor da caverna!
 
 

 FIM



Por Jade jbcoutinho@hotmail.com
Dezembro 2001