Por Jade
Apenas uma pessoa não parecia feliz com tanto sol e calor. Kamus havia e sentado junto a um enorme pilar semi destruído, aproveitando de sua sombra. O cavaleiro apoiava o braço em uma das pernas dobradas e olhava para um campo de treinamento a sua frente.
Por um instante ele não pode acreditar no que via, os outros cavaleiros estavam no que parecia ser um jogo. Seiya estava no meio agitando os braços e falando com todos como sempre, correndo atras de uma bola.
Aquário desviou o olhar para mirar Hyoga e viu que seu aluno se divertia gritando algo inaudível para Shun que era o goleiro daquela partida de futebol no mínimo ridícula.
- Fico pensando o que Atena diria se visse seus cavaleiros assim.
Kamus continuava olhando incrédulo. Quando estava prestes a se levantar algo inacreditável entrou na sua linha de visão.
Milo, o cavaleiro de Escorpião havia caído no chão e agora tirava a camisa suja de terra. Kamus ficou a observa-lo, lembrava da época que chegara ao santuário, era um dos mais velhos ali e por isso havia acompanhado o treinamento de quase todos os outros cavaleiros.
Pensando bem, Milo havia mudado bastante, quando novo ele era bem pequeno e magro, apesar de sempre ter os cabelos escuros, ondulados e compridos.
Aquário voltou a piscar sob o sol forte e viu que Milo se aproximava. O cavaleiro suava e passando as costas da mão sobre o testa sentou ao lado de Kamus.
- Não vai jogar?
- Não!
- Pelo jeito você ainda vai seguir as antigas e absurdas regras né?
- Que regras?
- Você sabe muito bem, os cavaleiros de ouro não devem se aproximar um do outro para não provocar grandes batalhas, blá, blá blá....
- E você acha que isso não é certo?
- Ai depende, de qual cavaleiro de ouro nós estamos falando. Por que se for do Mascara da Morte eu concordo, aquela casa fede....
Kamus olhou para Milo e não conseguiu conter o riso, apesar de tímido os dois riram juntos protegidos pela sombra do pilar sobre suas cabeças.
- E então. Não vai jogar? Você é francês não é? Deve gostar de futebol...
- Não e sim... não vejo a menor graça sair por ai atras de uma bola...
- E de duas?
- Desculpa???
- Nada, Kamus, nada...
Milo se encostou no pilar e com a camisa secou as gotas de suor que escorriam pelo seu peito e por sua barriga. Kamus acompanhou o movimento com o canto dos olhos. As calças de pano leve que Milo usava grudavam em sua coxa, mostrando todo o contorno do corpo perfeito.
Kamus chegou a parar de respirar e se remexeu um pouco no chão, incomodado com os próprios pensamentos, quando reparou para onde o pano da camisa descia. Milo parou exatamente onde a calça baixa começava, a centímetros abaixo do umbigo.
- Já que você não vai jogar eu vou.
Milo sorriu e se levantou jogando a camisa suada pra Kamus que parecia não acreditar na ousadia do cavaleiro que já se distanciava gritando para Ikki deixar de ser fominha e passar a bola. Kamus podia jurar que aquele sorriso e gestos tinham algo mais, alias, tudo aquilo tinha sido muito estranho.
Aquário olhou outra vez para Milo antes de sair dali, o cavaleiro parou de brigar com Ikki e se voltou para Kamus com um sorriso maldoso.
*
A noite já estava alta quando saindo da casa de Aquário, Kamus apareceu sobre as imponentes escadarias. Não conseguira dormir pensando na cena que se passara mais cedo. Resolveu descer e andar pelo terreno protegido por Atena.
Com sua roupa branca e uma capa presa aos ombros o cavaleiro desceu por uma passagem alternativa, não iria incomodar os outros cavaleiros a uma hora daquelas, isso com certeza acabaria mal.
Passou pela casa Capricórnio e pela de Sagitário, parando na casa de Escorpião. Alguma coisa o impulsionava para lá. Algo no mínimo assustador. Ele desviou seus pensamentos e fez menção de continuar a descer quando foi chamado.
- Você por aqui Aquário?
- Milo!
- Eu. Passeando pelas casas?
- Eu não consegui dormir. Kamus não sabia por que falara aquilo, mais viu que Milo o olhava com certa curiosidade. - O que foi?
- Nada, acho que essa sua falta de sono é tédio.
- Hã?
- É, é sim... a gente não tem muito pra fazer aqui.
Milo se aproximou, ele também tinha uma capa longa apoiada no ombro.
- Sem nada pra fazer as pessoas acabam pensando bobagem....
- Milo, o que você está fazendo?
Kamus não teve uma resposta, o cavaleiro de Escorpião se aproximou mais e sorrindo puxou Kamus para dentro da casa por entre os pilares brancos de mármore.
Kamus ainda tentou reagir mais foi puxado com mais força e segurado pela cintura. Milo o encostou na parede e pressionou o cavaleiro com seu corpo.
- Sabe, Kamus, não ter televisão é um problema, temos que nos distrair com outras coisas.
- O que?
Milo não esperou Kamus ter mais duvidas, beijou o cavaleiro de Aquário segurando as mãos dele sobre a cabeça, prendendo-as no pilar.
Kamus tentou se desvencilhar mais suas pernas foram abertas e a coxa de Milo dançava por entre elas pressionando seu sexo contra o joelho.
- Milo você enlouqueceu? O que você pensa que tá fazendo? Eu não vou admitir....
- Calma, você não precisa ficar tão nervoso.... hahaha.... é só uma brincadeira. Quer saber?
- O que? Kamus já estava perdendo a paciência.
- Eu sempre achei você muito gostoso, pra falar a verdade esse seu jeito serio é excitante.
- Você enlouqueceu Escorpião.
- Eu? Não fui eu que vim para a Casa dos outros a essa hora da noite. Sem sono.... por favor, eu esperava uma desculpa melhor de você.
- Mas é a verdad.............
Milo sorriu, Kamus voltou a ver um sombra de maldade sobre seus lábios.
Milo voltou a beijar Kamus, os dois corpos se tocando e acariciando contra a pedra fria. Escorpião passou as mãos pelo rosto de Kamus enquanto o beijava, segurando seu cabelo com força e fazendo o cavaleiro gemer de prazer e dor. Desceu a outra mão e apertou o corpo de Aquário, primeiro a nuca, os braços, a cintura e logo depois a bunda, massageando-a com força.
Kamus tentou empurrar Milo para longe, mais ele riu olhando para o corpo do cavaleiro.
- Do que você está rindo?
- De você. Cheio de não me toques e olha só seu estado.
Kamus olhou pra onde Milo apontava e viu que sua ereção já estava rija e despontando na calça larga.
Aquário estava prestes a sair dali quando foi puxado e jogado no chão. Milo subiu por cima de sua cintura e começou a puxar toda a roupa de Kamus. Ele deslizou as mãos lentamente por todo o corpo apertando o peito e entre os dedos os mamilos rosados. Kamus se contorcia e murmurava algo que devia ser russo por que Milo não entendia uma palavra.
Escorpião deslizou o corpo e passando a língua pela barriga, circulando o umbigo e descendo até lamber todo o sexo do cavaleiro de Aquário. Kamus levantou as costas do chão gemendo em um êxtase puro, a língua e a saliva que deslizavam em sua pele eram tão quentes que seu corpo se arrepiava.
Milo vendo a reação de Kamus continuou a provocar, chupando a parte de dentro das coxas, abrindo as pernas e deslizando a língua pela entrada do cavaleiro.
Quando Kamus gritou alto Milo voltou a mergulhar a cabeça por entre as pernas e abocanhar todo o volume que despontava. Com os movimentos para baixo e para cima da boca de Milo, Kamus gemia cada vez mais alto sem se preocupar que o barulho ressoava para fora dos pilares e ecoava nas outras partes do Santuário.
- Milo, chega.. por favor...
A voz de Kamus soava baixa, carregada de tesão e do gozo eminente.
- Calma, ainda não acabou.
Milo tirou a própria roupa e puxou Kamus para junto de si deitando e trazendo Aquário para cima da seu corpo. Segurando-o pela cintura Milo conduziu Kamus até o meio de suas pernas. A penetração começou forte apesar de Kamus ainda se sentir inseguro.
Os movimentos se intensificavam a cada segundo, parte pelos gemidos de dor e prazer de Milo, parte pela sensação que corria por todo o corpo de Kamus que ouvia os sons dos dois corpos roçando e batendo um contra o outro.
Milo segurou mais forte contra o corpo do outro cavaleiro ao se sentir completamente preenchido. Kamus gozou e o liquido quente escorrendo pelas pernas fez Milo gozar e meio a um gemido alto de prazer.
Kamus deitou a cabeça na barriga de Milo que mantinha as pernas abertas e dobradas segurando o cavaleiro entre elas. Os dois ficaram assim por quase duas horas, até que o sol vermelho do amanhecer começou a entra na casa.
Kamus levantou e colocou a roupa, deixando a capa amassada e suja no chão. Milo foi logo atras fazendo o mesmo.
- É melhor eu ir, tenho que voltar a minha casa....
- Fique a vontade.
Kamus ia sair da casa, Milo o puxou de novo voltando a beijar a boca do cavaleiro.
- Milo?
- Se você ficar sem sono de novo, fique a vontade..... a minha casa é sua casa.
Os dois riram e Kamus subiu para a casa de Aquário e de cima do último degrau observou a casa de Escorpião e a imagem de Milo com a capa de sua armadura ao vento olhando pra cima. Por algum motivo ele tinha certeza que aquele sorriso maldoso não tinha desaparecido dos lábios do cavaleiro.
- Que bom!
FIM
JADE
Por Jade jbcoutinho@hotmail.com