KAMA*



Por Jade


*Kama - Amor em Sânscrito
 

Shaka havia se retirado do santuário após a batalha das doze casas. Estava cansado de tanta confusão e agora era assim que o santuário estava. Atena começava a impor novas regras para todos os cavaleiros e reestruturar todo o lugar.

Agora, o cavaleiro de Virgem voltara a Índia, estava hospedado em um templo budista, meditando junto aos monges, vestia um fino manto de linho branco por baixo da pesada cobertura vermelha, presa em um ombro só, os cabelos loiros soltos pareciam dançar sobre suas costas enquanto ele caminhava para a sala onde estava posta a estatua de Buda. Nenhum dos outros protestava pelo seu cabelo ou pelas estranhas horas que escolhia para meditar, sabiam que ali, era ele o ser mais próximo ao deus e conseqüentemente ao paraíso.

Shaka cumprimentava a todos, sabia os nomes e as nacionalidades de todos que ali viviam. Entrou nasala da estatua, se ajoelhou ante a figura de Buda e começou uma prece silenciosa, apenas entrecortada por alguns cânticos e mantras. Shaka como sempre mantinha os olhos fechados, os monges mais novos, pensavam que ele era cego, os mais velhos sabiam que aquilo era uma forma de conter o poder divino dentro dele, naquela pequena cidade indiana, o cavaleiro era como um mito, o que seu olhar tocava era destruído.

Lembrando-se disso, Shaka sorriu, estavam tão perto e tão distantes da verdade ao mesmo tempo, sorriu ainda por saber que todos os olhares do templo caiam sobre si, todos estavam ali para servir Buda, mais todos ali também eram humanos e como conseqüência, tinham seus desejos, e na sua maioria, velhos ou novos, esses desejos nesse momento eram personificados em sua figura. O cavaleiro já ia se retirar para seu aposento quando sentiu um cosmo se aproximar. Concentrou-se por um momento, franzindo o celho, preocupado com algum inimigo, mais que reconheceu aquela energia seu rosto voltou a expressão pacifica de sempre, permitindo-se ate um pequeno sorriso.

Shaka andou pelos corredores até chegar ao portão, crianças morenas de cabelos lisos, típicas indianas cercavam o homem alto, de cabelos também compridos, amarrados as costas que brincava com elas. Virgem parou abriu os olhos sem deixar ninguém ver para ir cumprimentar o amigo.

Mu estava vestido dom uma camisa branca por baixo de um manto de tonalidade amarelo claro, calças largas e brancas de um tecido muito leve. Assim que viu Shaka vindo em sua direção se afastou das crianças com carinho e foi abraçar o amigo. Os dois se cumprimentaram, abraçando-se e dando leves tapinhas nas costas. Era comum tanto ali quanto na Grécia os homens se cumprimentaram com beijos, mais os dois eram ocidentais demais para tal feito.

- Como me achou?

- E como não te achar? A vila inteira fala do homem capaz de devastar o mundo com o olhar.

- Exagerados não?

- Não sei! Mu sorriu, não era costume depreciar um Cavaleiro de Ouro, ainda mais um com quem nunca lutara!

Shaka também sorriu e convidou Mu para entrar, mais esse balançou a cabeça rejeitando o convite.

- Sou eu quem veio lhe convidar para ir ate minha casa. O que acha? Faz tempo que nós não conversamos.

- Também, você não aparece no santuário a 12 anos!

- Águas passadas meu amigo. Vamos? Minha casa-oficina fica em outra cidade, teremos que pegar o trem.

Shaka pensou um pouco, arrumou o manto, fechou os olhos e entrou, acenando pra Mu e dizendo:

- Só um minuto, preciso pegar minhas coisas.

*

A viagem de trem era muito boa para quem tinha dinheiro, os dois cavaleiros foram acomodados em uma cabina decorada muito simplesmente mais aconchegante. Shaka podia ver olhando pela janela na hora que o trem fazia curvas os milhares de indianos se amontoando nos vagões finais, praticamente caindo da maquina em movimento.

Virgem olhou para o lado e viu que Mu dormira, haviam conversado as duas primeiras horas inteiras, falando sobre os guerreiros de bronze (onde Mu havia demonstrado uma especial amizade a Shiryu) e depois sobre Atena, Ares, deuses, culturas, paises, casas e mais qualquer coisa que lhes vinha à cabeça. Shaka se lembrou de como sempre fora interessante conversar com Mu, era um homem sábio, falava de tudo e geralmente tinha uma opinião formada sobre qualquer coisa. Bem diferente de vários cavaleiro com quem já estivera.

Acomodou-se melhor e continuou a devanear olhando para o reflexo lilás que o sol do poente fazia no cabelo do cavaleiro de Áries.

- Você está bem, Shaka?

Virgem levou um susto ao ver que Mu estava acordado, mais isso era obvio não? Ele nunca dormiria em uma situação como aquela, primeiro por educação, segundo por que apesar de amigos, Shaka era um cavaleiro de Ouro e a pouco tempo ambos estavam em lado inimigos. Virgem sorriu, sem precisar fazer muito esforço.

- Estou, apenas pensando em nossas antigas conversas.

- Tempos divertidos. Não havia tanta preocupação, podíamos bancar os irresponsáveis...

- Você nunca foi irresponsável pelo que me lembro.

- Nem você.

- Não...Mas havia outros...

- O Milo!

- O Aldebaram

- O Aiolia

Ambos se encararam e riram, era verdade, aqueles sempre tinham sido terríveis, e havia outros, mais nenhum dos dois se sentia a vontade em falar de amigos mortos.

Logo chegaram ao destino final. Mu então seguiu um passo na frente de Shaka, desfazendo com seu cosmos as armadilhas que ele mesmo preparara para algum intruso.

Chegou a montanha e finalmente ao pequeno castelo de sete andares, cada andar em formato de decágono, Shaka seguiu Mu e foi levado ao penúltimo andar, por uma minúscula escada construída no meio do castelo e passando pelo centro de cada andar.

O quarto era impecável. Comeram algo juntos e como os dois estavam muito cansados logo foram dormir. Mu subiu para o andar superior, dando boa noite ao amigo.

Shaka se deitou na cama macia e antes de dormir não pode deixar de lembrar de uma historia, de quanto os dois eram apenas crianças, onde Áries havia lhe roubado um beijo, um selinho em um dos treinamentos. Virgem passou a mão nos lábios e adormeceu, cansado como estava.

*

Shaka acordou cedo, como acostumado e para sua surpresa, havia sobre o pequeno móvel que compunha o quarto, junto a cama, as cortinas e os quadros uma bandeja com seu café da manha.

Comeu, trocou se e desceu, tentou achar o ajudante de Mu, Kiki era o nome dele pelo que se lembrava, mas não o encontrou. Achou Mu trabalhando em uma armadura junto a um penhasco a poucos metros da casa. Aproximou-se devagar e ficou observando Áries trabalhar, cuidadoso e delicado demais para um ferreiro, porem majestoso o suficiente para um cavaleiro que não conserta coisas banais, de simples metal, e sim estrelas caídas, presentes de Atena aos mortais.

*

Por mais que tentasse Mu não conseguia concertar a armadura de Pégaso, estava agora trabalhando nas armaduras de bronze destruídas pelos cavaleiros dourados e aquela em especial ele conhecia bem, já a tinha concertado 2 vezes, mais mesmo assim não conseguia fazer de novo, sua mente estava em outro lugar, no quarto em que tinha estado essa manha. Tinha ido levar café a Shaka e assim que entrou viu o cavaleiro esparramado na cama, o lençol fino cobrindo apenas a parte interior de suas pernas, deixando as coxas e o peito a mostra, o cabelo dourado lhe escorrendo o rosto e pescoço, as mão abertas, assim como os braços, como um convite.

Tivera que sair dali o mais rápido possível, ou acabaria por sucumbir ao próprio desejo e se deitaria junto a Shaka, só para sentir o perfume de seu cabelo e o toque daquela pele clara e macia.

Agoras se arrependia, queria tanto ter tido a coragem de lhe beijar, mais se lembrava bem da ultima vez que tinha feito isso, ainda crianças e de como Virgem ficara chocado.

Sentiu ser olhado e virou o rosto, viu Shaka, encostado na montanha, sorrindo para ele e se aproximando agora que fora descoberto. Mu retribuiu ao sorriso e parou o que não estava fazendo para ir falar com ele.

- Já de pé? Ainda tem os mesmos costumes de um aprendiz?

- Costumes de um professor eu diria, e você, também acordou cedo.

Mu sorriu e apontou para a armadura que concertava.

- Trabalhando! Eu gosto de trabalhar na brisa da manha! É mais confortável!

- É, também gosto de meditar de manha! E aqui me parece um lugar bem propicio para. Você vem comigo?

- Hum...Gostaria, mais tenho que acabar isso hoje, e alem da do Seiya, faltam as de Cisne e Andrômeda.

Shaka sorriu entendendo os deveres do amigo, mexeu no cabelo olhando ao redor ate avistar um pico mais alto e a pouco metros da casa.

- Estarei ali esta bem? Assim que você terminar vá me ver. E me acorde se eu estiver em transe!

Mu balançou a cabeça concordando com o que Shaka dissera e ficou, olhando o indiano loiro subir a pequena colina e se colocar no pico, na sua típica posição de lótus, as mãos sobre as coxas, uma com o indicador e o dedão se tocando e a outra aberta abaixo dessa.

- Droga de armadura. Mu praguejou antes de voltar ao trabalho. Logo voltou a se controlar e olhar armadura com a afeição de um ourives e sua peça mais preciosa.

*

Shaka se arrumou pronto para começar sua meditação, limpou a mente e a focalizou no Nirvana, o paraíso que deveria atingir. Assim que começava a se desprender das coisas terrenas sentiu o cosmo de Mu se espalhar, devido ao concerto das armaduras e por algum motivo sua mente vagou para o passado. No dia onde Mu havia lha beijado. Shaka se viu correndo para longe e deixando Áries atrás, sem saber o que fazer.

"Se eu tivesse a percepção que tenho hoje não faria uma coisa dessas, pobre criança" Shaka pensou, então voltou a realidade, abrindo os olhos e se permitindo enxergar toda a beleza daquele lugar.

Viu as cabras montanhesas que se acumulavam ali, desciam as encostas lisas da montanha sem cair e nem ao menos perder o equilíbrio. Virgem pensou que esse era um dos motivos que levara Mu a escolher aquele lugar deserto para morar, fora sua desavença com o santuário. Era sabido que todos os cavaleiros tinham não só a influencia das estrelas mais também do que elas representavam.

Áries era como os carneiros, solitários naquela imensidão rochosa, sabendo perfeitamente onde pisavam e para onde deveriam ir, sabiam que qualquer deslize os levaria morte então se mantinham calmos, mesmo diante da montanha mais perigosa.

Não fora ele mesmo que vira Milo uma vez brincar com escorpiões? Ou a fascinação de Aldebaram pelas touradas? A dupla identidade de Saga, a atração de Afrodite pela água, ou a vez em que Aiolia, criança queria por que queria um leãozinho de estimação!

Ele próprio não era exatamente o que sua estrela sugeria? Um indiano, e o único que tinha visto em toda a sua vida que tinha o cabelo claro, olhos azuis, pele alva, boca rosada e carnuda, muito diferente de qualquer outro compatriota. Uma estatua de pureza, apesar de seu intimo não ser tão branco e claro assim.

Shaka voltou a fechar os olhos, se sentia bem a vontade ali para mantê-los sempre abetos, mais era um cavaleiro e deveria sempre estar preparado. Ficou ali durante toda a manha e tarde, até que Áries, já na hora do crepúsculo, com o sol já baixo e o céu das montanhas avermelhado, chegou para lhe fazer companhia.

Mu se aproximou devagar sem querer tirar Shaka de sua concentração, era polido demais para fazer o que o amigo tinha lhe dito e "acorda-lo". Ficou a observar Virgem até que esse voltasse por vontade própria.

- Já está tarde!

- Já. Acabou de concertar as armaduras?

- Sim, deram um pouco de trabalho mais já estão prontas.

- Vi você trabalhar daqui de cima. Shaka tinha ficado a observar Mu por um tempo, vendo-o martelas e espalhar sobre as rachaduras um pó prata que ao toca-la mudava sua cor para a da armadura e cristalizava fechando os minúsculos buracos que apenas os olhos de Áries viam.

- E eu vi você meditar de lá de baixo. Parecia feliz!

- Gosto desse lugar, é calmo. Facilita que meus pensamentos fluam.

Mu sorriu, ficaram ainda sentados sobre o pico olhando o dia se por, depois voltaram a casa para comer algo, conversaram a noite toda sobre assuntos banais e se deixaram divertir por casos de outros cavaleiros e velhas historias.

Shaka começava a reparar mais no cavaleiro a sua frente. Sabia que Mu tinha uma profunda "admiração" por sua pessoa, para não dizer outra coisa, mais quem não tinha, disse a si mesmo sorrindo por dentro. Afinal, Áries era muito bonito, educado, inteligente e mais alguns adjetivos que ele levaria horas para dizer.

Idéias começaram a percorrer a cabeça de Shaka, e uma delas em especial lhe chamou a atenção! "Porque não? Afinal Kiki não está aqui e eu posso retribuir pelas ótimas horas que passei aqui". Shaka pensou, como dissera antes, não era tão puro por dentro.

Estavam os dois sentados em uma mesa redonda de frente um para o outro. Os olhares algumas vezes se cruzavam mais nenhum dos dois os sustentavam. Ate aquele momento.

Mu falava sobre algo que Shaka não fazia idéia do que era, apenas se concentrava na boca do cavaleiro, vendo-a mexer, os lábios subirem e descerem com muita suavidade. Mu levantou o olhar e novamente eles se cruzaram, só que desta vez Shaka manteve o olhar firme penetrando nos olhos claros.

Áries também manteve o olhar perguntando-se o que Shaka queria, então viu o cavaleiro se levantar e andar em sua direção, parar a sua frente, ajoelhado e segurar seu rosto entre os dedos longos. Shaka aproximou-se de Mu não o suficiente para que pudesse beija-lo, apenas observou Áries fechar os olhos lentamente enquanto sentia o hálito quente do outro cavaleiro, apenas sentindo o quão próximos estavam.

Shaka sorriu, era exatamente a reação que esperava, aproximou mais as bocas e beijou Mu segurando-lhe a nuca e sento abraçado pelo outro cavaleiro.

Áries logo retomou o controle de suas ações, afastou Shaka delicadamente olhando abaixando a cabeça para não encarar os olhos azuis do cavaleiro.

- Por que você fez isso Shaka?

- Não sei, vontade, só isso!

- Você não devia brincar com os outros assim.

- Quem disse que eu estou brincando. Eu e você vivemos isolados, principalmente você. Esses dias que passei aqui me fizeram enxergar algo que eu não via antes.

- O que?

- Que eu gosto muito, muito de você!

Shaka sorriu e afastou as mechas de cabelo claro de Mu. Viu a expressão do cavaleiro sair de seria para maravilhada e se deixou ser novamente tomado nos braços e beijado.

Os dois ainda ficaram abraçados por um bom tempo apenas aproveitando um o calor do outro, ate Mu se levantar e, segurando Shaka pelos ombros lhe desejar boa noite e subir para seu quarto no ultimo andar.

Virgem ficou na sala vendo o cavaleiro subir, depois correu atrás dele, mais parando no seu próprio quarto para arrumar o cabelo. Sabia que Mu era muito reservado, mais não imaginava que fosse tanto, e isso o deixava mais animado. Queria por que queria agora, descobrir o que havia por trás de todo aquele alto controle.

Shaka subiu o curto lance de escadas ate o ultimo andar, não havia porta e todo ele era um enorme aposento, bem mais elaborado do que ele imaginava. Pensou que o quarto de Mu assim como o resto da casa fosse bastante simples, mais ali havia tantas coisas que era difícil guardar tudo de memória. Em um canto as ferramentas e as armaduras de bronze concertadas, em outro varias almofadas de cores diferentes, alguns tapetes e tecidos, outros utensílios como uma chaleira e copos de metal e uma enorme cama, coberta de panos leves onde Áries estava deitado, apenas de calças e os longos cabelos soltos sobre o peito e as costas.

Virgem se aproximou sem fazer barulho, apesar dos olhos fechados de Áries sabia que ele estava acordado, sentou-se na cama, ao lado do rosto de Mu.

- Você já vai dormir?

- Hum? Mu abriu os olhos para encarar o cavaleiro loiro sentado ao seu lado, com as mãos sobre o colo e o cabelo espalhado na cama. - Acho que sim, concertar armaduras acaba com minhas forças, e eu preciso pensar.

- Sobre?

Mu olhou de canto de olho para Virgem e esse logo entendeu, se acomodou melhor deitando de lado na cama e apoiando a cabeça sobre o braço, o outro passeava devagar sobre o peito de Mu, apenas a unha longa tocando a pele.

- Shaka... é melhor você parar.

- Sempre controlado não é?

- Não é isso, você é meu amigo, e...

Virgem não deixou que ele continuasse a frase, sua mão desceu até o meio das pernas de Mu massageando o volume entre elas. Mu se mexeu na cama, tentando se afastar, mas Shaka não deixou, se aproximou do corpo do outro e acabou por deitar encima de Mu. As pernas abertas sobre os quadris do outro cavaleiro, o peito encostado no dele e as bocas se tocando. Shaka deixou sua língua escorregar para dentro dos lábios entreabertos de Mu começando o beijo devagar, mas aumentando o ritmo conforme a boca de Áries começava a se mexer mais rápido.

Mu abraçou Shaka descendo o beijo para seu pescoço, segurando a bunda do cavaleiro por cima da roupa que ele usava. Shaka riu, mais um pouco e estariam os dois sem controle, esticou o pescoço, rindo e gemendo das caricias que Áries lha fazia com a língua.

Virgem, passou os braços envolta de Mu, sentia a mão do outro espalmada sobre suas nádegas, um dos dedos procurando a abertura entre elas. Virgem se levantou, sentado sobre a barriga de Mu e tirou o manto que cobria seu corpo, enquanto fazia isso, seu abdômen dançava com os movimentos de braços, Áries deslizou a mão por toda a barriga de Shaka, os músculos levemente a mostra, nada em excesso, parando sobre a base do sexo e apertando a pele sensível, deslizando os dedos por toda a extensão.

Shaka virou a cabeça para trás, rebolando um pouco sobre o colo de Mu, sentindo a ereção do outro crescer a sob ele. Áries soltou um gemido abafado e virou Shaka na cama, ficando por cima dele e ajoelhado entre suas pernas abertas. Mu segurou o sexo de Shaka começando a estimula-lo com as duas mãos, descendo e subindo, lambendo os dedos e voltando a massageá-lo até que estivesse rígido, tenso, ate ver o rosto de Shaka corado e completamente absorvido pelos movimentos. Mu ia deixar Shaka gozar em suas mãos, mas esse o deteve.

Sentou na cama olhando para o rosto claro de Mu e empurrou seu peito para que ele deitasse.

- Temos muito tempo pra isso, agora é minha vez de brincar com você.

Mu riu e se deixou levar pelas palavras de Shaka, se lembrando que por mais controlado que ele parecesse Virgem sempre foi um louco enrustido, Virgem tirou a calça larga de Áries jogando-a aos pés da cama.

Sentiu o hálito de Shaka percorrer todo seu corpo ao mesmo tempo em que o beijava, circulando com a língua os mamilos e mordendo a ponta com suavidade, chupando a pele e descendo para brincar com o buraquinho do umbigo, molhando-o com sua saliva, desceu ainda mais, parando de encontro a ereção do cavaleiro, abrindo a boca e engolindo-a, chupando e sentindo o gosto salgado e doce das pequenas gotas que era expelidas.

Mu curvou as costas ao se sentir dentro da boca de Virgem, via os lábios claros, por debaixo do cabelo loiro, se moverem para cima e para baixo, abocanhando por inteiro a carne de Áries.

Quando Shaka parou junto com um gemido de protesto, Mu estava preste a gozar, continuou deitado tentando regular sua respiração. Virgem jogou o cabelo para trás e se sentou sobre Mu, abrindo as pernas e sentando sobre a ereção rosada de Áries e rebolando e se deixando ser penetrado.

Os dois entraram np mesmo ritmo, Shaka subia e desvia o corpo ajudado por Áries que segurava sua cintura e seus cabelos. Mu puxou Shaka para si, beijando-o, correu a mão pelo corpo do cavaleiro e a pousou sobre a ereção de Virgem, comprimindo-a e ouvindo o grito de Shaka que veio logo após.

Shaka sentia dor e prazer ao mesmo tempo, sentia estar completamente preenchido, mais continuava a se mover, sua mente entrando e saindo da realidade pela ânsia do gozo.

Mu chegou primeiro, junto com um grito rouco junto ao corpo de Shaka, Áries gozou, seu sêmen escorrendo pelas pernas do cavaleiro, minutos depois virgem deve sua vontade saciada e esparramou seu liquido sobre a barriga de Mu.

Shaka desabou, deitando sobre o peito do outro cavaleiro. Os dois estavam suados e seus cabelos grudados nos rostos se misturavam formando um enlaçado de fios loiros e rosados, uma coberta clara para o corpo cansado dos dois homens. Mu deslizou a mão nas costas de Shaka, sentindo a respiração ofegante dele voltar aos poucos ao normal. Abraçou o cavaleiro com mais força e puxou uma coberta fina, de cor vermelha para cobri-los.

- Adoro essa cor. A roupa foi uma das razões para eu ter escolhido aquele templo para ficar.

- Por que? Mu perguntou curioso.

- Porque é a cor do amor. E tudo que envolve amor, seja ele, fraterno, materno, sexual, tudo que o envolve é magnífico. Tem uma beleza única.

Mu sorriu, como sempre era obrigado a concordar com Shaka. Virgem sempre fora seu filosofo favorito.

- Você tem razão. Mais eu fico pensando qual desses amores é o nosso!

- E isso importa? Não estamos os dois juntos aqui? Seja ele qual for, eu gostei, porque gosto de você.

Os dois se entreolharam e se acomodaram melhor uns no braço do outro.

- Mais eu tenho que voltar ao templo. Os monges me esperam para dar alguns ensinamentos aos mais novos.

- É uma pena! Eu não queria ficar sozinho aqui.

- E o Kiki?

- Não sei, esta com Shiryu, deve voltar em alguns dias.

Shaka se remexeu, deitou a mão sobre o peito de Mu beijou-lhe o pescoço e depois deu um rápido estalinho nos lábios do cavaleiro voltando a deitar a cabeça em seu peito.

- Bom... eles não precisam dessa aula tão urgentemente assim!

Os dois sorriam e ajeitando os travesseiros para dormirem, abraçados. Era bem provável que a partir de agora as armaduras e a meditação ficassem para depois. (Afinal, Kama Sutra não é um livro indiano?) =)!!!
 
 

FIM

Jade

Essa fics é dedicada a loka da minha amiga Perola J que queria por que queria ver esses dois juntos e a todo o povo do ML, onde a idéia maluka de junta-los começou!!!!!
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