O Porshe preto parou em uma das ruas menos movimentadas de Toquio. O bairro de periferia não tinha muita iluminação e nenhuma pessoa passava pela rua. Eram cerca de onze horas da noite. Dentro do carro, dois homens estavam em silencio, um esperando que o outro começasse.

Ikki apagou o cigarro e jogou a bituca pela janela, um braço no volante e o outro pendendo para fora ele sorria, olhando seu acompanhante. De camisa preta e calça jeans escura ele desligou o motor e olhou em volta certificando-se de que não havia ninguem ali.

Hyoga não estava nem um pouco avontade, mantinha os braços cruzados sobre o peito, algumas mechas loiras lhe caindo sobre os olhos, as pernas cruzadas e uma expressão de enfado. A blusa branca e a calça jeans clara constrastavam imensamente com a roupa de Ikki, mostrando para qualquer observador mais atento o quanto os dois eram diferentes.

- E então Ikki, não vai me contar o porque me chamou aqui?

- Eu te disse, queria conversar!

- Conheço suas conversas! Eu não gosto desse lugar, vamos embora?

- Ainda não. Ikki sorriu e virou o corpo se voltando para Hyoga que agora olhava para fora. - Antes a gente tem muito que fazer.

Hyoga se voltou bravo, não acreditava que tinha saido com Ikki por vontade propria nem acreditado que ele queria convesar. E agora para variar estava encarando o rosto malicioso do cavaleiro de Fênix.

- Pode parar com esse "muito que fazer"! Tira a gente daqui, anda! Já perdeu a graça!

Hyoga se encostou no banco, e olhou para o lado distraido. Antes que pudesse voltar a si sentiu o peso de Ikki sobre seu corpo. Ele tinha se movido muito rapido e agora estava sobre Hyoga, segurando seus braços e suas pernas.

- Mas que droga Ikki..............

Fênix não deixou que Hyoga completasse a frase, enfiou sua lingua por entre os labios do outro, deslizando-a de encontro a outra, fazendo Hyoga se submeter, passando a mão em torno de seu rosto e segurando-o para que pudesse manter o beijo. Cisne reagiu nos primeiros momentos mais depois se deixou levar fechando os olhos e deixando que Ikki comandasse o ritmo dos dois.

-Você até pode querer bancar o homem com meu irmão Cisne, mais comigo isso não funciona!

- Eu não faço nada com seu irmão! Mas de que adiantaria iludi-lo? Quer ver ele sofrer?

Ikki não disse nada, voltou ao seu banco e ficou um pouco pensativo. Hyoga arrumou a roupa amassada.

Cisne sabia que Shun tinha um carinho grande por ele, nunca admitiu para si que o outro pudesse estar apaixonado por sua pessoa embora seu intimo soubesse que era verdade. Ele não queria magoar seu amigo, mais nunca sentirá nada mais que carinho por Shun. Já o irmão dele....... Hyoga se lembrou das circunstancias absurdas onde ele e Ikki ficaram junto a primeira vez. Uma viagem com a Saory, Hyoga estava fora de casa e sem querer caminhara de encontro a Ikki que estava fazendo exercicios ao ar livre. Cisne ficou encantado com a visão de Ikki sem camisa, suando, fazendo uma serie de abdominais, os musculos da barriga se contraindo, os braços por tras da cabeça deixando-o ainda mais forte. Naquela noite Ikki foi até ele dizendo que tinha sentindo sua presença e perguntando o que ele queria. Hyoga não respondeu, e sem mais nem menos Ikki simplesmente o beijara e o levara para cama, como a mais inocente mocinha. Na manha seguinte Hyoga se sentiu um idiota. E esse sentimento só sumiu quando Ikki veio passar novamente a noite com ele. Depois dali os dois ja tinham dormidos juntos varias vezes.

O problema é que Fenix vivia viajando, e ninguem sabia para onde ele ia, o que deixava Hyoga preocupado, e depois ele simplesmente voltava, com aquele ar de dono do mundo e se enfiava embaixo dos seua lençois na maior.

Hyoga se voltou para Ikki, que olhava as estrelas agora, era imposssivel ver alguma coisa com as luzs da cidade, mais Cisne sabia que Ikki olhava sua esrela guardiã, um cavaleiro sempre sabe onde ela está, mesmo que não consiga ve-la.

- Ikki,, vamos embora? Hyoga perguntou esperando pela reação dele!

- Vamos. A noite ta estragada mesmo. Ikki ligou o carro!

- Mais que droga Fênix. A culpa é sua se a noite ta estragada. Que porra você veio fazer nesse lugar?

- Olha, a moça tá falando grosso! Que bonitinho. O que eu vim fazer aqui você sabe muito bem, e agora cala a boca e me deixa dirigir em paz!

Hyoga olhou para Ikki com raiva, se pudesse congelava o carro com ele junto! Levou a mão até a porta e antes que Ikki saisse com o carro, foi Hyoga que saiu do carro.

- Onde você vai?

- Não é da sua conta!

Hyoga saiu andando pela rua escura, as mãos no bolso e a cabeça baixa. Ikki era tão revoltante algumas vezes! Tudo tinha que ser do jeito dele, e quanto mais estupido melhor.

- Você quer voltar pra esse carro?

- Não! E me deixa em paz!

- Tá noite!

- E dai? Por acaso você acha que eu vou ser assaltado? Hyoga disse dessa vez se virando para Ikki que tinha saido do carro e estava parado na porta, a mão sobre o capô e a cara de bravo de sempre.

Hyoga continuou caminhando sem olhar para tras. Ikki saiu do carro, batendo a porta com tanta força que quase desmontou o automovel.

- Porra!
 
 
 
 

Hyoga estava já dobrando a esquina, não olhava para tras por mais que tivesse vontade. Tinha certeza que Ikki tinha ido embora e isso não ajudava a reconforta-lo. Não se ouvia nenhum barulho, Hyoga dobro a rua e um vulto apareceu na sua frente!

- Ai!

- Eu te mandei voltar pro carro!

- É você? Como chegou tão rapido? Hyoga olhou para tras vendo o carro parado e depois se arrependeu da pergunta estupida.

- Anda, vem! Ikki segurou Hyoga pela calça e veio o arrastando pela rua de volta para o carro!

- Me larga! Eu não vou a lugar nenhum!

Ikki se virou rapidamente, segurou o pescoço de Hyoga e o beijou, com tanta força que ao parar Cisne estava sem folego.

- Só assim pra você calar essa boca né Cisne? Agora anda, a gente tem que voltar!

Hyoga ficou vermelho de raiva, empurrou Ikki e sem dizer nada de meia volta e voltou a caminhar. Ikki foi atras dele, os dois estavam perto do carro agora. Ikki segurou Hyoga, dessa vez pelo cabelo, e com um empurrão o colocou contra o murro. Fênix então se aproximou, sem deixar espaço para o outro, colocando os braços ao lado da cabeça loira, uma das pernas entre as de Hyoga e empurrando seu peito contra o do cavaleiro.

- Será que você não aprende?

- Me solta Ikki!

- Quem manda aqui sou eu!

- Você o caralh..... Ai, eu te odeio!

- O que? Não vai falar? Olha, ia ser otimo te dar uma lição pra você parar de falar o que não deve pra mim.

Hyoga respirou fundo, empurrou Ikki e saiu do murro.

- Você é um idiota! Hyoga voltou a andar certo que tinha se livrado de Ikki, mais isso não aconteceu. Fênix agora ria, empurrou o cavaleiro contra o carro e voltou a ficar sobre ele, não dando tempo para que ele falasse, começou a beija-lo no meio da rua, suas mãos percorrendo o corpo de Hyoga por baixo da blusa, desabotoando a calça e depois entrando por ela, deslizando para tras, até poder apertar a bunda macia e branquinha, um dos dedos já entrando em Hyoga.

-Um idiota que você adora que te coma! Sabe qual o seu problema Cisne? Você fica bancando o homem, e na verdade não passa de uma bonequinha que adora levar e que só chora pela mamãe. Esse é o seu problema com o Shun não é? Quem ia de fuder se você começasse a ter um caso com ele?

Hyoga empurrou Ikki que caiu sentado no chão!

- Não meta nem minha mãe nem o Shun nisso!

- E por que não? Sabe... - Ikki disse se recompondo, levantando e sacudindo a sujeira -...a primeira vez que eu te vi, logo percebi isso, e depois que você ficou lá babando pelo meu corpo...hahaha. bem seu tipo não Hyoga? Agora me diz, esse seu tesão em ouvir umas baixarias, uns palavrões, você pegou com quem, com o Kamus?

Aquilo foi demais, Hyoga elevou seu cosmos e começou a congelar tudo que via pela frente, e a primeira coisa foi justamente Ikki. Porem ,apesar da raiva, o golpe saiu fraco e Ikki logo estava bem, em um movimento rapido voltou a agarrar Cisne levantando uma de suas perna até sua cintura, tirando-lhe a camisa clara e beijando todo seu peito, deslizando a lingua pelo mamilo endurecido, mordendo e chupando a pele enquanto Hyoga gemia, ainda dizendo para Ikki se afastar, mas segurando o cabelo escuro dele, movimentando sua cabeça da mesma forma que a lingua de Ikki agia!

Fênix parou o ataque e levantou a cabeça, encostando seu queixo no ombro de Hyoga, falando baixo junto ao seu ouvido e arrancando dele alguns gemidos de prazer.

- Sabe que você fica lindo nervoso? Se eu fosse levar em consideração aquele seu golpe nós estariamos lutando agora.....

- E o que a gente está fazendo??

- Shiiiiiiiiii.. deixa eu terminar... então, eu só vou te punir pra você aprender que o homem aqui sou eu. - Ikki falava mais baixo, sua voz grossa martelando a mente de Hyoga que se mantinha de olhos fechados e gemia a cada palavra. - Eu vou gozar dentro de você, aqui mesmo, no meio da rua e depois que eu estiver satisfeito, se você deixar de ser um menino tão gelado quem sabe eu não te chupo até você implorar para que eu pare!

- Você é um cretino!

- Hahahaha.... mesmo? E você só descobriu isso agora?

Cisne riu, era o unico jeito de se levar Ikki, deixou que o outro o puxasse e o sentasse sobre o capo do carro, ficando entre suas pernas abertas, beijando seu pescoço e sua boca.

- Ikki, pode passar alguem!

- E dai? Aqui perto deve ter o maior puteiro da cidade, qualquer coisa vão pensar que você é uma delas.

- Eu não sei como eu aquento você!

- Eu sei, seu problema é que você não consegue ficar sem meu pau por muito tempo. Agora, que tal parar de falar e tirar essa calça.

Ikki levantou Hyoga e o ajudou a se livrar das calças, depois Cisne tirou a camisa de Fênix roçando seu peito no do outro, sentindo o cheiro de sexo que ia se acumulando entre eles, o suor e a saliva misturados. Ikki segurou as pernas de Cisne abertas, abaixando as calças ate os joelhos, puxando Hyoga de encontro ao sexo pela cintura.

- Ai!

- Que foi agora? Você anda muito fresco sabia?

- Você é grande Ikki, quer fazer isso devagar?

- Ah, cala a boca e vê se abre as pernas que melhora!

Ikki levantou as pernas de Hyoga, colocando-as sobre seus ombros, desceu a mão ate o meio delas enfiando o dedo medio no buraquinho de Cisne, depois, esperando que ele se acostumasse para colocar outro. Assim que Hyoga parou de reclamar da intrusão Ikki puxou-o de encontro a si preenchendo todo o lugar antes ocupados pelos dedos!

Hyoga torceu o corpo, batendo a mão no capô do carro quando sentiu Ikki dentro de si, passou a rebolar e acompanhar os movimentos das estocadas, cada vez mais rapidas! Então, sem aviso, Ikki parou, segurando Hyoga pelo cabelo e levantando-o para um beijo violento. As faces de Fênix estavam coradas e seu corpo suado, no silencio podia se ouvir as batidas cadenciadas e rapidas do coração dos dois!

- Você é muito gostoso de se comer Hyoga, seria um desperdicio dar você para o meu irmão!

Hyoga voltou a se deitar, a dor ja tinha se tranformado em prazer, mais aquela recusa de Ikki em continuar o incomodava, ele tentava se mexer mais Ikki não deixava!

- Anda Ikki.

- E vontade de ser currado! Eu vou sim, mas eu não quero que você goze, tenho outros planos.

Hyoga se assustou e levantou a cabeça, Ikki riu e voltou as estocadas, agora mais fortes, uma das mãos dentro da boca de Hyoga, impedindo que ele gritasse e a outra segurando seu sexo, apertando-o e evitando que ele ejaculasse!

Logo Ikki se deixou levar pela cadência da cavalgada e gozou dentro do corpo de Hyoga. Fênix se afastou e deixou o corpo cair encima de Cisne, beijando seu peito e sugando um dos mamilos por cima de uma risada abafada! Hyoga se contorcia sob a mão de Ikki em sua ereção, prendendo-a. Tentou se soltar mais não conseguiu, a sensação do esperma quente escorrendo por entre sua pernas, começou a tortura-lo.

- Ikki, me solta!

- Solto..mais antes você vai gemer, gritar e implorar!

- Para Ikki.....

- Pronto, já começou a gemer!

Hyoga arfava, seu corpo estava quente, quase febriu, Ikki continuava por cima, mordendo e chupando seu peito, dando pequenos beijos em seu pescoço e passando a lingua por cima se seus labios.

- Anda Hyoga, pede!

- Arf...arf...arf.....

- Diz pra mim que você é meu putinho e que adora quando eu te como!

- Arf...arf..arf....

- Anda Hyoga, eu posso ficar a noite inteira segurando seu cacete ate você falar o que eu quero. E alem disso eu tô me divertindo pra caralho com essa tortura, você é bom de lamber tambem!

Ikki desceu a cabeça, lambendo as coxas de Hyoga, a pele sensivel e clara entre elas, vendo Cisne se contorcer ainda mais!

- Ikki..... Hyoga chamou, sem voz, apenas em um murmurio entre a agonia e prazer que sentia.

Ikki, levantou o corpo e deixou Hyoga o puxar, ate que a boca do cavaleiro de Cisne encostasse em seu ouvido. Hyoga falou baixo, contendo a propria respiração descompassada e a dor em seu baixo ventre!

- Eu adoro quando você me come Ikki, adoro seu pau, adoro você. Sou seu sim, todo seu! Você pode me foder a hora que quiser. Agora, me solta, ou eu vou enlouquecer.

Hyoga pendeu a cabeça para tras com um grito mudo. Ikki levantou sorrindo, abriu as pernas de Cisne e se ajoelhou enfrente ao carro. Fênix soltou a ereção de Hyoga e deslizou a boca por ela, lambendo as gotas que agora saiam devagar. Ikki lambeu uma a uma, para depois voltar sua atenção para Hyoga e ver que o cavaleiro parecia estar em outro mundo, soltando palavras desconexas e confusas em meio a gemidos altos e baixos, que se intensificavam toda vez que a boca de Ikki encostava em sua pele.

Fênix sorriu, achando que Hyoga já tinha sofrido demais, beijou toda a ereção para depois escorrega-la pela garganta, chupando com força e ouvindo os gemidos de Hyoga que tentava se agarrar a qualquer coisa a sua volta, mordendo os labios para não gritar no meio da rua.

Ikki subia e descia, chegando ate a ponta para voltar a ter todo o falo em sua boca. Não demorou muito para que a saliva de Ikki se misturasse ao semen que Hyoga expeliu quando um espamo percorreu todo seu corpo, se Ikki não o segurasse ele cairia do carro devido a violencia de sensação. Fenix beijou Hyoga deixando que ele experimentesse do proprio gozo.

Cisne ficou ainda um tempo deitado sobre o capo, tentando normalizar a respiração. Ikki estava a sua frente,satisfeito com o próprio desempenho,já vestido. Ele pegou as roupas de Hyoga espalhadas pelo chão e jogou encima do carro, junto a ele.

- Vamo bora Cisne.

Hyoga se levantou, ainda com o rosto em chamas, saiu de cima carro e vestiu a calça, deixando a camisa para se limpar um pouco antes. Cisne entrou no carro calado, cruzou os braços e esperou que Ikki entrasse, esse se debruçou na janela de Hyoga, ainda sorrindo, segurou o rosto do cavaleiro com os dedos e virou seus olhos claros para si.

- Que foi agora Barbie? Por que essa cara de choro?

- Você me machucou!

- Ah, isso! Eu não me lembro de você ter reclamado na hora que estava na minha boca.

- Você é um idiota.

Ikki deu as costas cansado daquilo e pulando parte da frente do carro entrou, batendo a porta.

- Você é uma moça muito chata sabia Hyoga?

- E você parece um troglodita! Ai, eu não sei o que me deu pra sair com você!!

- O que de deu? Hahahaha, vontade de dar! E sabe porque desse mal humor? É que você ainda não esta satisfeito -..... Ikki baixou a voz, puxando Hyoga para mais perto de si, beijando a ponta de sua orelha.... -mais pode deixar que quando a gente chegar em casa eu cuido disso.

- Canalha.

- Gostoso!

- Você é um cretino sabia?

- Você tem um rabinho otimo sabia? Muito rosinha e apertadinho.

- Ai.... eu mereço!

- Merece sim.. vou te comer inteiro quando chegar em casa.

Hyoga sorriu tentando tampar o rosto com o cabelo, se desvenciliou de Ikki e encostou no banco soltando um suspiro. Fênix ligou o carro rindo, travou as portas e saiu. No bairro de periferia de Toquio, as duas da madrugada, um Porshe preto dobra a esquina rumando para a mansão Kido o mais rapido possivel, a noite afinal não estava estragada!
 

Por Jade jbcoutinho@hotmail.com
Fevereiro de 2002