Barulhinho Bom
Por Lucretia
Shun caminhava calmamente pela propriedade Kido, apesar da fina chuva que caia naquela tarde. Andava pelas belas e oponentes árvores, observando-as, respirando o frio ar entres elas, enquanto seus pensamentos iam longe. Vagavam ao encontro da única pessoa que habitava seu coração agora, Hyoga... Era a única coisa em que pensava ultimamente.
"Hyoga..." Shun suspirou leve e brevemente, enquanto a figura dele formava-se em sua mente. Os belos fios dourados, tão sedosos que sonhava todas as noites tocar, os grandes olhos azuis e a pele branca, tão clara e alva quanto a fria neve que cobria as amplas colinas russas. Hyoga era um sonho, um sonho muito distante para Shun. Como desejava o cavalheiro de cisne! Mas tinha medo... medo de não ser correspondido, de ser desprezado...
Lágrimas surgiam em seus olhos a cada pensamento, lembrança, imagem, esperança que vagavam em sua mente... Shun deixou que algumas escapassem e molhassem seu belo rosto.
As mornas lágrimas contrataram com as frias gotas de chuva que encharcavam seu rosto e foi aí que Shun percebera que a fina chuva que caia tornara-se a muito mais forte. Olhou para sua camisa verde notando que ela grudara em seu peito. Seus cabelos caiam molhados sobre seus olhos atrapalhando um pouco a visão. A quanto tempo ficara ali, vagando pela propriedade? Não sabia, mas também não se importava.
Passou a mão pelos cabelos, tirando os fios esverdeados do rosto, melhorando a visão. Estava perto da mansão. resolveu voltar para lá, não pretendia andar mais na chuva e seu irmão já devia estar preocupado.
_ Shun! _ era a voz de Ikki que Shun ouvira chamando seu nome.
O cavalheiro de fênix estava na porta da mansão, olhando para as árvores próximas dali, tentando localizar seu irmão. logo Ikki pode ver a figura de Shun. Os cabelos molhados, a camisa colada ao corpo, encharcada e um olhar cabisbaixo, estampando a tristeza em sua bela e feminina face.
_ Estou aqui. _ a voz de Shun fora baixa, mas suficiente para o cavalheiro de bronze ouvi. demonstrava tristeza, porem Ikki não pode perceber se seu irmão chorava por causa da chuva que molhava seu rosto.
_ Você ficou maluco!! Saí já dessa chuva! parece criança! Será que vou ter que cuidar de você a vida inteira!
Ikki passou-lhe um belo sermão. preocupava-se com o irmão, mas não importou-se em saber o motivo daquela andança pela chuva. Percebera que Shun estava melancólico, todavia não queria saber. Shun também não estava interessado em contar. Ikki queria mais é que ele estivesse bem de saúde.
_ Quer pegar um resfriado?! Ficar doente?!
Ikki elevara a voz, chamando assim a atenção de Hyoga, que passava por perto. Dirigiu-se até onde os dois irmãos estavam. Viu Shun todo molhado, a cabeça baixa, parecia carregar um peso dentro do peito, tamanho a tristeza que estampava em seu rosto. Enquanto ao seu lado, estava um Ikki irritado, como de costume, dando uma bronca daquelas em seu irmão.
Percebendo a presença de alguém, Shun levantou a cabeça e o seu olhar cruzou com o de Hyoga. respirou fundo, ainda mais entregue ao seu descontentamento e segurou o choro quando viu o símbolo do seu desejo. Deu de ombros ao que seu irmão falava e dirigiu-se para seu quarto, deixando Ikki falando sozinho. Passou por Hyoga sem o encarar e sem dizer uma única palavra.
_ Shun... _ chamou o jovem loiro, mas foi ignorado pelo cavalheiro de andrômeda. Hyoga chamou-o mais alguma vezes, porem Shun não voltou para saber o que ele queria.
Shun trancou-se no quarto e permaneceu lá o resto do dia. Nenhum dos rapazes o viu mais, nem na hora do jantar.
Após comerem, todos instalaram-se na sala. Shiryu e Seiya jogavam xadrez. Ikki sentara-se num sofá largo e macio com as pernas estendidas sobre a mesa de centro e as mãos cruzadas na cabeça e os olhos fechados. Hyoga estava numa poltrona, com seus óculos, lendo, como de costume.
_ Ikki, por que Shun não desceu para jantar? _ perguntou Seiya, enquanto movia uma peça de xadrez.
_ Sei lá... Ele anda meio esquecido. Estava andado na chuva e chegou todo molhado. Tomara que pegue um resfriado. _ Ikki respondeu, sem abrir os olhos e sem se mover. Parecia não se importar com o irmão, mas realmente preocupava-se com o estado de saúde de Shun.
Hyoga parou sua leitura e prestou atenção a cada palavra do cavalheiro de fênix. tentou depois voltar ao livro, mas a muito tempo o que lia não fazia mais sentido. Alias, desde a hora em que pegara aquele volume as palavras pareciam desconexas, as frases sem razão, nem sabia mais sobre o que estava lendo. Em sua cabeça apenas uma imagem surgia . Shun, molhado pela chuva, com aquele olhar triste.
O jovem loiro resolveu fechar o livro, apoiando-o sobre as pernas cruzadas. Tirou o óculos e, numa ação pensativa, mordeu a ponta de uma das alças. Ficou um bom tempo assim, com o olhar vago, olhando para o além.
_ Xeque-Mate! _ anunciou Shiryu fazendo uma posse altiva e sábia, deixando Seiya irado, chamando a atenção de Hyoga, tirando-o do transe.
Levantou-se pensativo. Shun... Era a única ciosa que passava em sua mente. O que será que estava acontecendo com Shun? Não conseguia pensar em mais nada. Dirigiu-se aos quartos sem ao menos falar com os outros.
_ Já vai deitar, Hyoga? _ perguntou Seiya.
_ Êh... É... É eu acho que vou. Boa Noite, pessoal! _ respondeu o loiro, meio atordoado, parando na ponta da escada.
_ Boa Noite! _ desejaram os três cavalheiros ao jovem companheiro juntos.
Hyoga subiu as escadas mudo, continuou pelo corredor, onde ficavam os quartos. Em sua mente apenas Shun. Perdera-se tanto em seus pensamentos que nem percebera que passara pela porta de seu próprio quarto e instintivamente parou na frente do quarto de Shun. Ficou ali parado alguns segundos, mas finalmente resolveu bater. Sem resposta. Insistiu mais uma vez. Silêncio. Olhou a maçaneta. "E se...?" A porta estava destrancada. Ele entrou.
Shun estava deitado na cama, coberto dos pés a cabeça, apenas seus sedosos cabelos verdes podiam ser vistos contrastando com a coberta rosa. Hyoga aproximou-se dele, silencioso, pé ante pé. sentou-se ao lado do cavalheiro de andomedra e puxou-lhe o cobertor.
_ Shun?... _ Hyoga chamou-o delicadamente, quase num sussurro.
O jovem cavalheiro tinha a o rosto inchado e corado. provavelmente chorara e muito... Mas por quê? Hyoga perguntava-se. Tudo bem que Shun era um pouco sensível, mas aquele choro não tinha sentido. Seria por causa da bronca de Ikki? Não, o cavalheiro loiro sabia que aquela era a forma de fênix dizer como amava e se preocupava com o irmão e Shun não se chatearia por isso. Então, qual seria o motivo do choro?
_ Shun, o que foi? Por que você está chorando?
_ Por nada! Não foi nada! _ Shun respondeu, tentando puxar a coberta e esconder suas novas lagrimas.
_ Vamos!! Shun, conte-me! Eu não sou seu amigo? Para que tanto segredo? _ Hyoga perguntou, ajeitando a gola do pijama de um verde bem claro de Shun.
O silencio reinou durante alguns segundos. Shun olhava Hyoga melancolicamente e este retribuía-lhe o olhar. Seria agora... Talvez Shun pudesse contar-lhe o que sentia, que o amava. E se Hyoga ficasse ofendido, podia dizer que foi um erro, pediria para que ele esquecesse tudo e continuassem amigos. Tinha que ser agora. Shun resolveu arriscar tudo...
_ Está bem. Vou te dizer porque estou chorando... _ Shun respirou fundo, tomando coragem para contar, enquanto fixava nos olhos azuis de Hyoga, que esperava apreensivo.
_ Não é por causa da bronca que Ikki te deu, hoje à tarde, é?
Shun respondeu com a cabeça negativamente, balançando os verdes fios.
_ Então o que é? _ perguntou ainda mais apreensivo, poderia-se dizer até que estava um pouco curioso.
_ Estou chorando porque... porque... eu gosto muito de uma pessoa e não sei se essa pessoa vai gostar de saber.
_ E quem é essa pessoa? Talvez eu possa te ajudar _ quis saber Hyoga com um tom de voz decepcionado, na verdade parecia não querer saber de mais nada, mas por amizade a Shun ajudaria o amigo.
De repente nos olhos de Shun acenderam-se uma luz e o verde de seus olhos tornaram-se o verde da esperança. Era agora ou nunca.
_ Essa pessoa é você Hyoga.
Os olhos de Hyoga cresceram de surpresa, seus lábios entreabriram-se secos, sua respiração ficou suspensa e seu coração falhou um abatida. Não podia ser. Não conseguia acreditar. Shun declarara seus sentimentos e ele gostava dele. Só podia ser um sonho.
Shun ficou calado. Apenas observava as reações de Hyoga. Já esperava pelo pior. O silencio do loiro o incomodava. Será que o cavalheiro de cisne iria praguejar contra ele e menospreza-lo a partir de agora.
Todas as previsões de Shun estavam erradas. Hyoga não reagiu como ele esperava. Sem que ele esperasse, o jovem cavalheiro segurou seu delicado rosto entre as mãos, fazendo o cavalheiro de andomedra ter um espasmo de susto, olhou-o atentamente, fixando-se nos verdes olhos e sorriu-lhe, como que aliviado.
Shun permaneceu quieto e calado ainda esperava pelo pior. Mas de repente foi surpreendido pelo ataque de Hyoga a seus lábios. O jovem cavalheiro dera-lhe um beijo quente e molhado, a boca de Shun era invadida pela língua de Hyoga. Andomedra não podia acreditar. Mantinha os olhos bem abertos, pois tinha medo de ser um sonho e que se ele fechasse-os e abrisse de novo tudo sumisse. Porem não podia negar o que sentia: a língua úmida e macia vasculhando sua boca, a respiração entrecortada de Hyoga contra a sua pele, a quentura das mãos dele envolvendo seu rosto e o calor que lhe subia, começando entre suas pernas indo até suas orelhas.
_ Obrigado! _ Hyoga falou cessando o beijo e olhando o rosto do belo jovem a sua frente.
_ Obrigado?! Mas porquê? _ perguntou Shun ainda surpreso com a reação de Hyoga.
_ Por você me amar! Também gosto de Shun e muito, muito mesmo...
_ Por que você não me falou antes?
_ Porque eu só percebi hoje, quando te vi todo molhado de chuva com aquele olhar tão triste. Cortou meu coração te ver daquele jeito!...
Depois dessa declaração foi a vez de Shun atacar Hyoga com um beijo. Seu peito parecia explodir de tanta felicidade e lagrimas rolaram de seus olhos cerrados.
_ Por que você está chorando agora, Shun?_ perguntou o cavalheiro loiro, parando o beijo ao sentir sua mão ser umedecida por uma lagrima.
_ Oh, Hyoga! Eu estou tão feliz! Você nem imagina! _ Shun esclareceu com um belo sorriso nos lábios, que iluminava sua face, enquanto Hyoga secava suas lagrimas _ Eu te amo!!...
_ Eu também te amo! _ declarou Hyoga também com um sorriso no rosto.
Os dois jovens voltaram a se beijar, ainda mais entregues, com mais desejo e paixão. Shun podia sentir o calor crescer cada vez mais em seu corpo, seu coração batia tão depressa que parecia querer parar a qualquer momento... Era tão bom que não conseguia acreditar na realidade. Mas eram as mãos de Hyoga em suas costas, puxando-o mais e mais para si, contra o tórax dele. Sentia seus dedos enrolando-se nos sedosos fios loiros do cavalheiro de cisne. Realmente não podia ser um sonho...
_ Shun?... _ era Ikki batendo a porta.
Os dois cavalheiros separaram-se rapidamente, Ficaram sentados na cama, as respirações suspensas, enquanto a figura do cavalheiro de fênix entrar no quarto.
_ Só queria saber se você está bem e... Hyoga?! O que faz aqui?!
_ Vim ver se o Shun estava bem e ficamos conversando _ respondeu Hyoga, tentado ser o mais normal possível.
_ Pensei que já estava dormindo... Bem, parece que Shun está bem, então vou dormir. Boa Noite!
_ Boa Noite!
_ Boa Noite, Ikki!
Desejaram os dois rapazes, enquanto Ikki sai do quarto de Shun e dirigia-se ao seu quarto que ficava a frente. Hyoga e Shun suspiraram aliviados quando se viram a sós de novo. Mais um pouco e o cavalheiro de fênix flagrava o beijo dos dois. Depois mais calmos acharam graça da situação.
Sem tirar os olhos de Shun, Hyoga levantou-se e andou em direção a porta, deixando o jovem de cabelos verdes apreensivo.
_ Já vai embora? _ Shun perguntou com uma pequena tristeza em seus olhos.
_ Não! Só garantir que ninguém nos interrompa mais _ Hyoga respondeu olhando por cima do ombro para Shun, com um sorriso malicioso no canto da boca.
Shun permaneceu quieto, sentado na cama, apenas observando os movimentos de seu amado. Hyoga trancou a porta, com a chave, e virou para o cavalheiro. Olhou-o ao longe, contemplando a sua beleza. Sorriu ao ver os verdes olhos de Shun sobre ele.
_ Acho que agora ninguém vai atrapalhar _ declarou o jovem loiro, sorrindo ao imaginar Shun todo só para ele.
O cavalheiro de andomedra sorriu ao ouvir a declaração de Hyoga, convidando-o para terminarem o que haviam começado. O loiro voltou para a cama, caminhando calmamente, enquanto mantinha os olhos sobre Shun.
Os dois rapazes não conseguia tirar os olhos de cima um do outro. estavam loucos de paixão e desejo, que precisavam ser saciados imediatamente. Não podiam esperar mais.
Hyoga sentou outra vez na cama ao lado de Shun. Olhou-o atentamente, decorando cada traço, cada marca característica. Queria guardar para sempre aquela imagem em sua mente. O rosto da pessoa que amava.
O loiro cavalheiro não tinha pressa, mas Shun não agüentava mais, não conseguia ficar nem mais um segundo sem toca-lo. então segurou uma das mãos de Hyoga e puxou-o contra seu corpo, arrebatando-lhe um ardente beijo.
Beijaram-se calorosamente. Shun podia sentir outra vez o calor subir-lhe, das pernas até a ponta das orelhas, as mãos de Hyoga percorrendo suas costas, apertando-o e puxando-o contra seu peito. Logo o beijo tornou-se mais quente, mais exigente. O corpo de ambos pedia por mais...
Hyoga deixou seus lábios escorregarem para o pescoço de andomedra, que dava suspiros de prazer. As mãos do cavalheiro procuraram os botões do pijama de Shun, desabotoando-os um a um, bem devagar.
Em pouco tempo, a camisa do pijama estava aberta revelando o tórax pálido de Shun. Ao ver os rosados mamilos do jovem de cabelos verdes, Hyoga não pensou duas vezes, atacou um deles com a sua boca, beijando e lambendo, enquanto uma das mãos alisava o outro. Shun já começava a dar pequenos gemidos de prazer.
De repente Hyoga parou sua doce tortura. Deitou delicadamente Shun na cama e olhou-o da cabeça aos pés. Shun estava lindo! Seu rosto estava corado, não porque chorava, mas por causa do calor da excitação, seu peito subia e descia devido a respiração pesada e seus olhos brilhavam de alegria. Hyoga nunca imaginara ver seu amado assim tão entregue ao amor e a luxuria.
Hyoga também sentia-se quente, sua face começava a corar e seu sexo a muito já apertava-se dentro da apertada calça jeans. Sem tirar o olhar de cima de seu objeto de desejo, o jovem cavalheiro tirou a camisa azul e cobriu com o seu corpo o corpo de Shun. E os beijos recomeçaram mais ardentes, cheios de volúpia e fome.
Shun enlaçava Hyoga em seus braços num abraço, assim como suas correntes fariam. Tocou sua pele, gozando do calor da pele do cavalheiro de cisne. E como ele era quente!
_ Ah, Hyoga!... Você é tão quente... _ Shun sussurrou, entregue a luxuria dos beijos de Hyoga em seu corpo.
_ Frio... Só o meu pó de diamante... Eu sou quente!... E muito, meu amor!... _ Hyoga declarou ainda beijando o corpo do jovem, passando rapidamente da boca ao pescoço, do pescoço ao peito, dando atenção exclusiva para cada um dos mamilos individualmente, do peito parando na barriga, mais precisamente no umbigo.
Shun estava enlouquecendo com os toques e beijos. Hyoga realmente brincava com ele, fazendo-o gemer extasiado. O loiro parou no limite estabelecido pela calça do pijama de um verde bem claro e olhou por sobre os olhos para o jovem andomedra, que retribuiu o olhar.
Sem dizer uma única palavra o rapaz de cabelos dourados começou a despir Shun de suas calças. Puxou-a, junto com a cueca. Hyoga queria ver o quão excitado estava o seu amante. Não ficou surpreso quando viu a enorme ereção que despontava, pulsante e lustrosa, no baixo-ventre de seu cavalheiro de bronze.
Hyoga olhou-o mais uma vez. Observando todo corpo nu de Shun. Como era belo!!! pegou uma das pernas do cavalheiro e levou o pé a sua boca. Beijou-o delicadamente, provocando pequenas cócegas a Shun, depois chupou o dedão sensualmente, sem parar de olhar para o rapaz deitado na cama, prestando atenção em cada reação, ouvindo cada gemido que fugia de sua boca.
Encaminhou seus beijos pela perna acima. fazendo um caminho imaginário até a parte interna da coxa. Beijou e lambeu cada uma delas de modo muito sensual, enlouquecendo o pobre Shun, mas não tocou onde mais precisava de atenção, seu sexo. Cuidaria daquele pedaço de carne quente e luxuriante com mais calma daqui a pouco.
O desejo de Shun já beirava o desespero. Hyoga enlouquecia-o a cada beijo, toque, caricia... Ele segurava-se aos lençóis como que procurando manter um ponto de equilíbrio. Mas era impossível... O cavalheiro de andomedra gemia e contorcia-se cada vez que seu amante tocava-lhe a pele.
Depois de dar um tratamento especial a cada perna de andomedra, o cavalheiro de cisne voltou a deitar-se sobre Shun. Beijou-lhe a testa, os olhos, aponta do nariz, as bochechas, a boca... tudo com muito amor e carinho.
_ Pára de me enlouquecer, Hyoga! _ implorou Shun, entre os beijos que Hyoga dava-lhe, e puxando a calça de seu amante pelo cós, continuou: _ Tira logo essa calça!... Me ama!...
O rapaz loiro parou com os beijos e sorriu ao ouvir tais palavras. Realmente tinha ido longe demais com a sua tortura e nem ele mesmo agüentava mais. levantou-se e esperou que Shun tivesse toda a sua atenção voltada para ele. Então, começou a despir-se da calça. Primeiro desabotoou o botão, bem devagar, ainda provocando seu querido cavalheiro, depois foi a vez do zíper.
Shun apoiara-se em um dos cotovelos para ter um visão melhor de seu amado despindo-se. E era uma visão divina para ele! Hyoga podia ser comparado ao Deus Apollo. Belo, lindo e másculo!
Hyoga aproximou-se mais de seu amante, mostrando a calça aberta, de onde podia-se ver uma cueca muito branca. Com a proximidade, Shun tentou pega-lo e puxa-lo para cama, estava cansado daquele jogo de sedução, queria ir ao que interessa. Porem o jovem cavalheiro foi mais esperto e deu um passo para trás, fugindo assim do toque de andomedra, deixando-o com mais água na boca.
Mas o corpo de Hyoga também não podia esperar mais, implorava por um alivio. Então o loiro rapidamente se desfez da calça e em seguida da cueca, revelando-se todo nu, como veio ao mundo, a seu amado. Shun quase não podia acreditar na beleza que via. O peito levemente musculoso de Hyoga, a barriga bem definida, os dourados pêlos plubianos e o enorme e pulsante pênis. Era demais para o jovem cavalheiro de andomedra.
Shun viu seu amado aproximar-se dele novamente. ajudou-o a tirar a camisa do pijama que ainda vestia e depois deitou-se sobre seu corpo. O cavalheiro de andomedra quase gozou quando sentiu seu sexo tocar o sexo do loiro. Os dois gemeram juntos num abraço quente e numa sofreguidão louca. Tocaram-se e beijaram-se com muita luxuria e paixão.
No meio de tantos toques, beijos e loucuras, shun não percebera que Hyoga havia levantado suas pernas, abrindo-as e liberando-o para ser penetrado. Só dera conta quando já sentia a ponta do pênis de seu amado loiro sendo empurrada contra seu anus. Tremeu um pouco, temia o que podia acontecer, mas não falou, nem fez nada, não iria estragar tudo agora, não a esse ponto.
Sentiu Hyoga emperrando-se para dentro dele e mordeu os lábios para que um grito de dor não lhe fugi-se. Doía, mas procuraria relaxar, afinal era a pessoa que mais amava no mundo que o estava preenchendo-o, amando-o e aquilo era tão bom.
Shun gemeu alto quando o cavalheiro de cisne segurou firmemente seu sexo, fazendo fortes movimentos de subida e descida, ao mesmo tempo em que começava suas estocadas no seu interior. E ele relaxou permitindo que Hyoga enfia-se mais.
Logo uma cavalgada selvagem começava. Shun gemia extasiado de prazer, a dor sumira e Hyoga também gemia baixinho em seu ouvido. Seus corpos estavam grudados pelo suor que se misturava. Tudo era loucura e paixão, amor e luxuria. Não pensavam em mais nada, alem que tinham que se amarem.
A cavalgada durou por um longo tempo. Hyoga enfiava-se cada vez mais em rápidas estocadas, ao mesmo tempo em que manipulava o sexo de seu amante, fazendo-o gemer em puro deleite. Estavam tão entregues que nem perceberam que a cabeceira da cama batia-se contra a parede no mesmo ritmo da volúpiosa dança, chamando a atenção dos outros cavalheiros para o estrondo.
Seiya foi o primeiro a sair de seu quarto e percebeu que o barulho vinha do quarto do cavalheiro de andomedra. Logo em seguida os outros seguiram-no, saindo de seus respectivos quartos
Na cama, os dois amantes chegavam ao clímax, enchendo todo ambiente com o forte cheiro do gozo, antes que os três cavalheiros se dirigem até eles. Hyoga caíra exausto sobre o corpo de Shun. este tentava recuperar o fôlego roubado pela transa.
_ Shun? O que está acontecendo? _ era Ikki, com um tom de voz preocupado, batendo a porta, enquanto os outros rapazes olhavam-no apreensivos.
Shun e Hyoga entreolharam-se assustados. Será que haviam feito tanto barulho assim? Não podiam deixar que os outros vissem-nos. O que aconteceria se descobrissem? O silencio de Shun preocupou ainda mais o irmão e Ikki bateu mais uma vez na porta e mexeu na maçaneta, que estava trancada.
_ Shun, abre já essa porta! Shun!... Abre ou vou abrir do meu jeito!
E o jovem de cabelos verdes sabia muito bem qual era o jeito que Ikki daria. Com certeza arrombaria a porta e pegaria ele e Hyoga na cama. E isso não seria nada bom...
_ Já vou! Espera um pouco!
Shun empurrou seu amado de lado e saltou da cama rapidamente. Estava pálido de susto. Vestiu a calça do pijama e pegou as roupas de Hyoga que estavam espalhadas.
_ Rápido! Se esconde debaixo da cama _ ordenou Shun a Hyoga, entregando-lhe as roupas, sussurrando, sem disfarça seu nervosismo.
Hyoga obedeceu-o sem protestar, estava nervoso demais para pensar em outra solução. Enfiou-se debaixo da cama, enquanto Shun caminhava até a porta.
_ Ikki?! Seiya e Shiryu?! O que foi? O que está acontecendo? _ perguntou o cavalheiro de andomedra ao abrir a porta.
_ Ouvimos um barulho vindo do seu quarto. Ficamos preocupados _ respondeu Seiya, tentando espiar para dentro do quarto de Shun.
_ Não ouvi nada. Alias você me acordaram.
_ Estava tendo um pesadelo? _ indagou Ikki, olhando seu irmão de cima a baixo.
_ Por que você fez essa pergunta, Ikki? _ Shun não entendeu o motivo daquela pergunta, deixando-o ainda mais nervoso.
_ Você está todo suado e... um pouco nervoso.
_ Ah, é!... Foi mesmo.... eu estava tendo um sonho péssimo... Talvez eu tenha derrubado algo no quarto _ meio atrapalhado, Shun confirmou o que seu irmão perguntava e tentava explicar os barulhos em seu quarto _ Agora podíamos voltar a dormir, vocês não acham?
Os outros cavalheiros concordaram com Shun, afinal o mistério já fora esclarecido. E Seiya e Shiryu haviam se convencido com o que Shun dissera. Menos Ikki. Olhara seu irmão atentamente mais uma vez antes de voltar para seu quarto. Shun tinha um sorriso nervoso nos lábios.
Antes de entrar no quarto, Ikki olhou na direção da porta de Hyoga. Todos haviam acordado por causa do barulho, menos o cavalheiro de cisne. Será que ele não ouvira? Lembrou-se que antes de deitar-se vira-o com o seu irmão. Não, devia está imaginando coisa. Balançou a cabeça negativamente afastando a idéia. Talvez Hyoga estivesse muito cansado e dormisse profundamente. Finalmente entrou no quarto.
Shun esperou que todos entrassem em seus respectivos quartos. Entrou, fechando a porta e encostou-se nela, suspirando fundo, aliviado.
_ Acho que fizemos muito barulho _ falou Hyoga saindo debaixo da cama de Shun, com um sorriso no rosto, achando graça da situação _ Precisamos tomar mais cuidado.
_ Também acho. Precisamos tomar muito cuidado. acho que Ikki suspeita de algo _ retrucou o cavalheiro de andomedra com um semblante sério.
_ Não se preocupe, meu amor. Agora vem cá, vamos dormir juntinhos _ sugeriu o jovem cavalheiro loiro, deixando cair as roupas que segurava revelando toda a sua nudez.
Shun olho-o e não pode evitar que um sorriso malicioso escapasse de seus lábios. Caminhou até seu amante e entregou-se aos abraços e beijos de Hyoga. Deitaram-se juntos e beijaram-se carinhosamente até que o sono os embalassem.
Fim
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Esse fic é dedicado a Jade, que as adora... Beijos
OBS: O titulo desta fic não tem nada haver com a musica de Marisa Monte, foi só porque eu achei que o titulo se encaixava com a estória