---- as vezes um ato apenas, pode desencadear situações que fogem ao controle...----
Os rapazes voltam pra casa, missão difícil várias pessoas mortas. Um olha pro outro parecendo não acreditar no que fizeram.
Aya sobe direto pro quarto. Os outros ficam, cabisbaixos.
- Será que era preciso tudo isso? - diz Omi
- Nossa vida é assim. -fala Yoji subindo pro quarto.
- Sei que é duro, mas tem que entender que é necessário. As vezes matar é a única solução. Vá para o quarto, tente dormir, amanhã estará tudo bem. - diz Ken se dirigindo ao quarto.
Omi fica parado, olhando todos subirem, senta-se e fecha os olhos e imagina a noite que tiveram, quantas pessoas mataram e sem perceber seus olhos se encheram de lágrimas, soluça e logo está chorando.
Sente o coração apertado, respira fundo e vai para o próprio quarto. Não dorme, as imagens daquela noite não saem da sua cabeça.
... já é de manhã, todos estão em pé. É Domingo, dia de descanso, estão sem fazer nada até que Yoji nota que Omi não se levantou e já era quase 10 horas, foi até o quarto e bateu na porta, ninguém respondeu, então resolveu entrar e viu o pequeno em frente ao lap top.
- Omi, não vai descer?
- Não agora estou ocupado.
- Vamos sair, dar uma volta, você vem?
- Não, estou ocupado, já disse.
- Tudo bem, tchau então.
Yoji volta decepcionado.
- Ele vem? Pergunta Ken.
- Não, está sentado em frente aquele computador. Com certeza vai demorar.
- Então vamos jogar, só os dois fazer o quê?
No quarto Omi, sentado apenas pensando, estava com os olhos vermelhos, levanta-se e vai para a janela e vê Aya sentado embaixo da árvore no jardim, olha fixamente mas, só o que se passava na sua cabeça eram as mortes da noite passada, cruzou os braços e ficou parado. Só que por tanto tempo que Aya percebeu e veio ver de que se tratava. Chegou perto , parecia uma estátua, encostou a mão no rosto dele, Omi deu um pulo de susto, então Aya perguntou:
- O que está fazendo, parece tão distraído?
- Nada, só quero ficar sozinho?
- Omi você está bem mesmo?
- Estou, me deixe sozinho. - disse ficando bravo com a insistência.
- Tudo bem. - e saiu
Afinal por que Aya se preocupava, ele mata sem piedade e parece não se importar, continua sempre do mesmo jeito, como se o que aconteceu fosse a coisa mais normal do mundo, do que são feitos, de pedra, as pessoas que matamos por pior que sejam, deviam ter alguém que gostasse delas. - diz Omi em pensamentos.
Seus olhos lacrimejam e começa a soluçar, no início baixinho, passasse algum tempo e Omi já chora conpulsivamente. Quando sente um abraço forte que vem por trás dele.
Os braços se enrolam no seu corpo e o forçam a encostar-se no outro, é um abraço tão forte que os soluços são sufocados. Omi respira fundo e levanta a cabeça, olha pra cima e resbala no violeta profundo dos olhos daquele que o acalentava, era Aya, abaixa a cabeça e se encolheu mais ainda naquele abraço.
Ficaram parados por mais de meia hora, até as lagrimas de Omi cessarem por completo. Então ele pergunta:
- O que aconteceu, por que isso, por que está tão triste?
- Sei que o que fazemos é certo mas, ... não consigo me acostumar com isso, você, Yoji e Ken, parecem não se importar mas, me machuca. A cada execução, eu ...
- Você não é uma máquina, tem sentimentos, por isso machuca. Acha que poderíamos resolver de outra forma, mas não existe outro jeito, acredite, eu sei.
- Mas eu sinto tanto Aya, sinto por aqueles que matei, é errado pensar assim?
- Não, não é. Mas há coisas que não mudam e precisamos que seja cortado todo o mal e alguém deve fazer isso.
- Nós?!?
- Se não fossemos nós, seriam outros.
- Mas ...
- Quando sentir vontade de chorar, chore. - diz Aya se aproximando muito do rosto de Omi segurando com as mãos e, com o polegar, afastando uma lágrima que escorria.
- Hummmmmm. - geme
- Chore, chore por que alivia a dor, ela não vai passar mas, pelo menos você pode dizer que sentiu algo por eles. Peça perdão, mas não desista nunca, precisamos de você, Eu preciso de você! - disse Aya olhando fixamente nos olhos azuis de Omi.
- Está bem. - fala Omi fechando os olhos, respirando fundo e abrindo em seguida, abraçou a cintura de Aya que, retribuiu agarrando o pequeno e segurando-o forte entre os braços. Ficaram assim por um tempo. Aya lhe concedeu um sorriso e começou a se afastar mas, Omi segurou a sua mão e disse:
- Obrigado. - levando a mão de Aya até a altura da boca e beijou de leve.
Aya sentiu um tremor no corpo, sorriu de vez, passou a mão no rosto de Omi, aproximou o seu rosto do dele e lhe deu um beijo na testa.
Saiu.
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Os outros voltaram. Omi estava cantarolando baixinho enquanto fazia o almoço.
- Agora sim. - diz Yoji.
- É mesmo. Continua Ken.
- Agora sim, o quê? Fala Omi sem entender.
- Quando saímos, você estava triste, não estava? - fala Ken.
- Notei pela sua voz no quarto, mas agora, você está como sempre. Aconteceu algo de bom pra ter mudado de humor assim? - diz Yoji.
- Muita coisa, muita coisa mesmo. Vamos comer, estou faminto. - diz Omi com um belo sorriso no rosto.
- Claro.
- Estou cheio de fome. - responde Yoji já com o prato na mão.
- E Aya, onde está? - fala Ken.
- Está lá fora, embaixo da árvore do jardim, já perguntei, ele não vai comer com a gente.
- Hã . Tá bom, vamos ao almoço.
Comeram.
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Após, os três jovens sentam-se na sala para descansar, não demora muito, ligam a TV e ficam meio que hipnotizados pelo aparelho.
Omi se levanta e sai, Yoji e Ken, estão tão concentrados (Yoji em dormir profundamente e Ken em segurar a própria cabeça enquanto cochila e acorda) que nem percebem.
Sai e vai até o jardim, Aya está lá sentado, ele ficou admirando-o um segundo entre as sombras, quando resolveu se aproximar. Aya levanta a cabeça, abre os olhos e vê aquela figura pequenina sentando-se ao seu lado, ficou calado por um tempo até que se atreveu e perguntou:
- Aya, ... você gosta de ficar aqui, não é?
- É , me traz tranqüilidade.
- Aya, ... - enche-se de coragem - aquele beijo que me deu, por que ...
- Sei, não deveria Ter acontecido, desculpe.
- Não é isso, eu ... - respira fundo - eu gostei.
- Hã???? - surpreso.
- Gostei Aya, gostei muito - diz ficando vermelho.
- Omi você é uma criança, eu não tenho esse direito, você ainda não sabe o que quer ...
- Claro que sei. - diz virando-se e encarando o ruivo nos olhos.
Aya sente determinação e doçura nas palavras nos olhos que o encaram faiscando. Como eram belos, para e pensa por um instante, deita-se na grama e fica ali parado, Omi não entende o que aconteceu e fica ali parado, até que Aya aponta com a cabeça o seu lado :
- Deite-se aqui comigo.
Omi se deita ao seu lado, meio emburrado, Aya vê o que ocorre e sorri. Com um dos braços puxa Omi pra perto de si fazendo-o se aconchegar em seu peito, Omi se aproveitando da situação joga uma das pernas em cima das dele. Sente o cabelo sendo acariciado por Aya, um cafuné tão gostoso, ele cobre o corpo do ruivo, sente seu cheiro doce..., boceja, e com o tempo ambos dormem tranqüilamente.
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Passado algum tempo e Omi acorda e com os movimento Aya também, olham um para o outro, sorriem e voltam para a casa, chegando a porta da sala ambos vêem, Yoji dormindo largado no sofá e Ken dormindo agarrado por cima dele numa cena estranha.
- Há, há, há, - Aya e Omi riem, baixo no início e depois começam a gargalhar alto.
Yoji e Ken acordam num susto e caem do sofá se enroscando um no outro, ... por cima um do outro, encostando suas bocas num beijo sem intenção, estão colados, ambos se encaram, ficam muito vermelhos e tentam se levantar mas, estão enroscados e caem novamente. Aya e Omi riem descontroladamente, quando Ken se recupera do susto e olha para Yoji ele ri, disfarçando no início, escancaradamente depois, Ken não se aguenta e ri também. Os quatro riem muito, sem parar.
- Está tarde, vamos comer alguma coisa? - diz Ken alegre.
- PIZZA ! - fala Omi todo feliz
- É o que todos querem? - pergunta Aya tentando ficar sério, mas sem sucesso.
- OK. - falam Ken e Yoji.
- Vou comprar, não demoro. - sai, passando a mão no rosto tentando conter o sorriso .
- Queria que sempre fosse assim. - diz Yoji levantando e estendendo a mão para Ken que ainda estava sentado no chão.
- Esses momentos são tão bons, gostaria que durassem sempre. - diz Ken perdendo o sorriso ( e pensando no beijo).
- Pode parar com essa cara séria, - fala Omi sorrindo - ... se quer que esse momento duro, pode tirar essa rabugice da cara e colocar seu belo sorriso de volta.
- Claro, - diz Ken sorrindo novamente - ... vamos colocar a mesa Aya não vai demorar.
Aya volta, sério como sempre, olha para Ken e Yoji, lembra da cena a pouco, sorri disfarçadamente. Todos atacam as pizzas e engatam uma conversa animada, participam, riem, contam o que aconteceu durante o dia, fatos engraçados, tristes, e não percebem que as horas passam.
De uma hora para outra Aya olha para o relógio e sentencia:
- Está tarde, amanhã temos que trabalhar é melhor dormirmos.
Concordam e vão retirando a mesa, logo em seguida seguem cada um pro seu próprio quarto.
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Algum tempo se passa e Omi não consegue dormir, dirige-se até o quarto de Aya e abre a porta devagar, qual a surpresa ao olhar dentro do quarto, ele ainda estava acordado, deitado na cama com as pernas cruzadas para cima e com os braços atrás da nuca, como que pensando em algo. Omi entre e se aproxima da cama, Aya apenas o segue com o olhar.
- Omi o que foi, não consegue dormir?
- É, ... estou pensando no que aconteceu hoje a tarde, tudo o que ...
- Eu sei, não consigo parar de pensar também.
- Aya, gosto de você, muito...
- Você é uma criança, já disse, não tenho esse direito, você é tão jovem, pode se machucar, não quero isso.
- Você se preocupa comigo, agradeço, mas sei o que sinto. Quero você
- Omi isso não é algo, quero dizer, não é uma decisão que se tome assim, sem pensar, movido pela emoção somente.
- Mas Aya, ... eu quero que você faça amor comigo! Muito vermelho.
- O que????
- Aya quero você! - sério
Aya se surpreende, não sabe o que dizer, Omi está determinado. Falou com tanta doçura que ele simplesmente não podia ignorar.
- Deite-se aqui comigo. - disse Aya com uma voz calma.
- Aya você vai ...?
- Não, nem eu nem você temos certeza do que sentimos, não quero fazer algo do qual nos arrependamos depois. Só quero que fique comigo esta noite.
- Tudo bem. - diz Omi aproximando e deitando-se ao lado de Aya na cama.
Este o abraça imediatamente, olham um para o outro, seus corpos se encostam, Omi começa a explorar o corpo de Aya com as mãos, primeiro as costas, descendo até a cintura e escorregando um pouco mais, Aya corresponde da mesma forma, cobrindo cada centímetro do corpo do jovem com as mãos.
As faces se aproximam cada vez mais, um nariz roça o outro e um leve toque de línguas é trocado, bocas semi-abertas se encontram num beijo longo, sensual, sentiam o gosto, o hálito, a saliva, num beijo de começo leve mas, com o passar do tempo tornou-se mais profundo e delicioso.
Aya jogou seu corpo em cima do de Omi, que gemeu, começaram a se esfregar, seus membros roçando, o tesão aumentava. Aya segurou os braços do pequeno e os forçou para trás, começando um sobe e desce enlouquecedor, soltou uma das mãos e começou a massagear o membro endurecido de Omi, que gemia a cada toque, o ar parecia ter acabado algum tempo mais daquela tortura e ocorreu um gemido mais forte, Omi havia chago ao clímax. Aya mais experiente conteve-se e soltou-se de Omi, lhe deu outro beijo, mais calmo e deitou-se sobre seu ombro, esperou a respiração de ambos acalmar e disse:
- Está mais relaxado?
- Muito. - disse Omi num olhar inocente mas, cheio de tesão.
- Se depois do que fizemos, não se arrepender, talvez ... possamos pensar em algo...
Nem terminou e Omi com um balanço de corpo jogou Aya pra baixo e ficou em cima dele, lhe deu outro beijo, dessa vez forte e sufocante.
Aya se soltou, com dificuldade para respirar, falou:
- Se não se arrepender, podemos continuar isso outro dia.
- Você vai fazer amor comigo? - disse Omi com os olhos faiscando.
- Vou ..., mas não aqui, não agora, ... será a sua primeira vez, certo?
- É, - disse Omi envergonhado - a primeira.
- Quero que seja especial, quero que você se sinta especial.
- Se for com você, será muito especial pra mim.
Os olhos de Aya se encheram de lágrimas, Omi o amava e muito. A criança havia crescido e se tornado um jovem cheio de desejos. Ele o aconchegou em seus braços, puxou aquele corpo junto ao seu, acariciou seus cabelos e deixou-o dormir sob o calor de seu corpo.
Aya só imaginava as loucuras que faria, com aquele corpo virgem em suas mão, como um adolescente, planeja a primeira vez com seu amante, abraçou com força e fechou os olhos, deixou o corpo descansar tranquilo, deixando a imaginação vagar sem fronteiras.
Dormem o sono dos apaixonados.
----- a vida é incerta, as vezes quando tudo parece ter um final feliz, os problemas estão só começando... -----
Naquela manhã Omi acorda, sente que um braço pesa por cima de seu corpo, tenta se movimentar, sente aquele cheiro doce, muito conhecido, era Aya, ainda adormecido a seu lado, suspira e sussurra : Não foi um sonho, ele está comigo. Fecha os olhos, quando sente seu corpo sendo pressionado pelos braços que o enlaçavam, Aya havia acordado, virou-se, olhando diretamente, encarou-o por alguns segundos, lhe deu um beijo estalado e levantou-se depressa, dizendo:
- Hoje é dia de trabalhar, vamos, tire essa cara de sono.
Omi sorriu e levantou-se, passou carinhosamente a mão no rosto de Aya, que retribuiu com um sorriso disfarçado e foi para o próprio quarto.
As horas passavam e os quatro trabalhavam normalmente, encomendas, entregas, meninas chatas entrando e saindo. Ao final da tarde, Omi fecha o caixa, Ken e Yoji carregam algumas plantas para dentro, Aya havia saído.
Mais a noite, depois do jantar, quando já estavam pensando em dormir, o telefone tocou: era Manx, receberam intruções e saíram com pressa. Acharam que, seria como sempre, infiltrar-se, achar o alvo e matar mas, não foi bem assim, o local estava cheio, uma desvantagem que deveria ser tirada.
Aya tomou a decisão, ordenou que os três saíssem o mais rápido possível, e atirou em um tanque de combustível,... ouviu-se uma grande explosão.
Omi e Yoji, quase foram pegos pelas chamas, Aya apenas observou tudo queimar de longe.
- Você é louco, deveria ter nos dado mais tempo. -resmunga Yoji
- Aya, ... você é maluco sabia? - Omi tirando a poeira da roupa.
Aya só admira o que fez, vira-se para os rapazes já pensando em ir embora, quando nota assustado :
- Onde está Ken?
Yoji e Omi olham em volta e não vêem nata, nem um sinal.
- Ele estava ao meu lado. - diz Yoji com uma voz preocupada.
Omi olha em volta, anda de uma lado para outro.
Como pude fazer isso? - diz Aya em pensamentos, vasculham cada centímetro, entradas, entre os corpos, nada.
Ouve-se sirenes, logo muitos curiosos estarão por perto, obrigam-se a retirar-se do local, chegam em casa cabisbaixos, Aya não conseguia encarar Yoji, muito menos Omi que subiu correndo para o quarto. Yoji não se aguenta e dá um soco em Aya que não se move, sobe, está com o rosto muito vermelho.
--- Aya está sozinho na sala.
Por que fiz aquilo? Podia ter esperado? Desistido? O que foi que eu fiz? - Ken, ... Ken onde você está? A essa altura Aya chora muito, Yoji e Omi cada um em seu quarto também.
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Passaram-se algumas horas, Aya está com a mão no rosto, muito preocupado, até que a porta se abre e ele, tão distraído em pensamentos nem vê, era Ken, que entra e para a sua frente. Aya olha para os sapatos e reconhece, com o olhar começa a medir o rapaz de baixo para cima, como não acreditando e, quando seu olhar cruza com o dele, Aya se levanta e encara sério, Ken vendo a situação, o como tinha deixado os rapazes aflitos, sente necessidade de explicar :
- Olhe... Aya... desculpe, fiquei preso pelo fogo e tive que pegar outro caminho, depois teve a polícia, tive que me esconder, para aí poder vir, eu ...
- Você está bem? - interrompe Aya.
- Meio chamuscado, mas estou bem.
Mal termina de falar e Aya o abraça forte, agarrando o desavisado Ken, pegando-o de surpresa, num abraço intenso.
- É bom que esteja de volta, estavamos muito preocupados. - diz Aya se afastando e subindo.
Na escada se encontra com Omi e Yoji, descendo, ambos alegres com a imagem de Ken.
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Aya passou o resto do dia de cara fechada, nem olhou para Omi, o que o deixou triste. Só pra variar, a noite, não jantou com os outros, estava em baixo da árvore no jardim .Omi tentou falar com ele mas, foi totalmente ignorado e voltou mais triste ainda, se trancou no quarto. Aya e Yoji estavam brigados desde o que ouve. Ken ficou no meio como o motivo da briga. Yoji saiu cedo atrás de alguma garota provavelmente e Ken se viu sozinho, resolveu descobrir o por que tudo aquilo afinal ele, o principal envolvido estava bem, foi falar com Aya.
No jardim , viu que Aya estava diferente do habitual, parecia triste, sentou-se ao seu lado e perguntou:
- Por que está assim?
Aya baixou a cabeça, encolheu as pernas, colocando-a entre elas, e enrolando os braços pra frente e não respondeu.
- Aya?!?
- Tomei uma decisão errada e quase matei você - disse numa voz sufocada.
- Aya... eu estou bem. Não quero ser o motivo, de você e Yoji brigarem, por favor!
- Sinto muito Ken. - diz se desenrolando e abraçando Ken, que retribui agarrando forte Aya, chegando muito perto do seu rosto, tão perto que seus olhas podiam tocar a intensidade do violeta dos olhos do ruivo, fraquejou por um instante, beijou Aya NA BOCA,, ambos olharam um para o outro, assustados soltaram os lábios.
Por que fizera aquilo? não sentiu repulsa, nem mesmo ficara nervoso, envergonhado, ficaram se encarando por um instante até que, Aya se levantou e saiu olhando pra trás.
Ken se levantou e seguiu para seu quarto sem enter o que fez, por que fez? Não consegue dormir, o gosto de Aya ainda estava na sua boca, passou um tempo tentando imaginar por que fizeram aquilo e ainda mais por que Aya não recusou, gritou, xingou, ou algo parecido, por que Aya simplesmente aceitou? Notou que com tudo que se passava na sua cabeça jamais conseguiria dormir então resolveu descer e beber ou comer algo, mas havia alguém na sala, era Aya sentado no escuro, sente respiração falhar quando nota que o ruivo o encara:
- Aya o que faz aqui? - senta-se no sofá ficando de frente para ele.
- Nada, eu acho.
- É... Aya... o que aconteceu agora a pouco...
- Eu sei.
- Beijei você, desculpe..
- Pare de se desculpar, só... aconteceu.
- Tá bom mas, ... por que não me deteve?
- ... talvez eu quisesse.
- Hã?? -confuso
- Talvez eu quisesse você Ken. - diz sério, olhando para Ken que permanece mudo, levanta-se e se aproxima mais e mais, as pernas de Ken parecem congelar ele não se move, apenas acompanha o ruivo. Ele se aproxima leva a mão ao rosto dele e segura com força, Ken não reage, lhe dá um beijo longo e fogoso, não há recusa :
- Quer descobrir?
- O quê? - diz Ken com uma cara de interrogação.
- Por que não recusei seu beijo? - diz colocando os braços em Ken, que fica parado, toma a iniciativa e tira sua camisa, segura com calma o pescoço e começa a descer beijando de leve até chegar ao seu peito, onde pousa os lábios, suga, lambe cada pedaço de pele que encontra. A respiração de Ken começa a ficar pesada. Aya o encosta no sofá, Ken está calado, e se deixa manipular como se fosse apenas seu corpo ali e sua mente estivesse longe, olha aquelas mãos brancas e esguias e lhe descobrirem e não consegue fazer nada.
O ruivo baixa a calça e começa uma massagem forte e repetitiva, Ken começa a respirar pela boca, logo em seguida abaixa a cabeça e abocanha o membro de Ken, que geme, começa a subir e descer, movimentando a língua, ora para cima ora por baixo, as vezes chupando a ponta.
Ken olha para Aya, movimenta sua mão e força a cabeça de Aya para baixo, Aya respira fundo e continua com o movimento, cada vez mais rápido. Até sair deixando um rastro de saliva no pênis de Ken, que vira-se por cima de Aya derrubando-o no chão e lhe dando um beijo sufocante.
Ken arranca sua roupa violentamente, o empurra para o lado, fazendo com que Aya fique de costas para ele, se encosta e com a mão percorre todo o seu corpo, vasculha-o e encontra o membro endurecido de Aya e começa a estimulá-lo, num vai e vem frenético, fazendo-o gemer alto, vai forçando o corpo para frente fazendo com que ele deite, puxa uma das pernas para cima, fazendo sua pequena abertura ficar exposta, lambe a própria mão e esfrega na entrada, solta-se um pouco e desce, termina de umedecer a abertura com a própria língua, fazendo Aya se contorcer, quando termina sobe pelo corpo lambendo e mordendo por onde passa, encontra os braços de Aya e segura com força, com uma das mão encaixa seu membro na entrada e começa a forçar, Aya geme quando sente a primeira estocada, sente sua abertura sendo dilatada vagarosamente, uma sensação de prazer toma conta dos dois, quando Ken termina de entrar ambos estão ofegantes.
Começam as estocadas, leves no início fortes no momento seguinte, um vai e vem delicioso, frenético, um movimento que não para, ambos estão exaustos, Ken sente se aproximar o orgasmo, então entra com mais força do que antes de estourar num jato quente, num alívio delicioso. Cessou os movimentos. O corpo abaixo do seu ofegava, sentiu que o clímax de Aya estava próximo, então com um empurrão virou-se e se acomodou entre as pernas do ruivo começando a chupa-lo descontroladamente, o que fazia Aya arquear o corpo tentando se soltar daquela tortura. Mais algum tempo e Aya se desfaz na boca de Ken, que engole todo o sêmen.
Com a respiração descompassada Ken, sobe um pouco e descansa no peito de Aya. Os corpos se acalmam e ambos ficam parados, se encaram por um segundo, Ken aproxima-se e dá um beijo em Aya que apenas sorri balançando a cabeça com um ar negativo.
- Por que fizemos isso? - pergunta Ken enquanto se veste.
- Não sei, mas não quero descobrir. - fala Aya encarando-o
- Podíamos repetir outro dia? Diz ficando vermelho e com um sorriso sem vergonha no rosto.
- Ken?! - com uma voz maliciosa mas de reprovação.
- Aya?! Com a mão do queixo fazendo cara de interrogação.
- Hã... não compensa, conversamos depois, seu palhaço. - diz sorrindo.
Voltam cada um pro seu quarto sem perceber que havia mais alguém lá. Omi estava na varanda observando tudo, assim que subiram, sentou-se no sofá, não acreditava no que acabara de ver, Aya e Ken, ele era seu grande amor, o que faria?
Omi não conseguia nem chorar, tão espantado que ficou, só conseguiu ficar ali parado sem reação.
Passou a noite sentado no sofá, só pensando, quando Yoji voltou, já no meio da madrugada e o vê, nota seu rosto desligado, senta-se ao seu lado e pergunta:
- Omi ... o que houve?
- Yoji, posso de perguntar algo? - diz olhando longe.
- Claro, diga.
- Você já amou alguém:
- Claro, com frequencia na realidade.
- Palhaço, não dá pra conversar com você. - fala bravo e saindo, até ter seu braço seguro por Yoji.
- OK, você venceu quer saber mesmo?
- Quero.
- Sim, uma vez.
- E por que não deu certo?
- Acho que não era pra ser, fiquei triste no início mas, o tempo se encarrega de apagar o sentimento que fica.
- Então você superou?
- O amor é como uma ferida, pode sarar, mas a cicatriz está lá pra te lembrar que se machucou uma vez.
- Por isso você é assim tão fechado?
- É, quando nos envolvemos demais ficamos vulneráveis, bloqueei isso, não espero demais de ninguém, assim não me machuco.
- Yoji...
- As vezes, a pessoa que se ama tem que quebrar a cabeça, experimentar, pra entender o que sente.
- Yoji, eu me apaixonei..
- Por Aya? - diz interrompendo.
- Como sabe? - diz surpreso e vermelho.
- Só um idiota não perceberia, ele também.
- Também?
- Gosta de você! Bobo, ele te ama.
- Mas Yoji, ele e Ken estavam aqui juntos!
- Você tem de aprender a diferenciar sexo de amor, necessidade de desejo, o corpo precisa sentir prazer mas, isso não quer dizer que haja amor, só por que ele se envolveu com Ken, não quer dizer que te ame menos, talvez precisasse testar o que sentia.
- Eu achei que ia chorar, gritar, matar sei lá, mas não fiz nada.
- O que sentiu?
- Não sei, -confuso- ele parecia feliz.
- Você fechou os olhos Omi, ele estava feliz e você por ama-lo demais, não faria nada pra estragar isso, entente, entende o que eu disse?
- Acho que sim. - diz choramingando.
- Há criança, você tem tanto o que aprender.
Puxa Omi e, o faz encostar a cabeça no seu ombro, passa a mão nos seus cabelo, enquanto o pequeno adormece. É você tem que aprender, eu demorei demais pra entender, por isso perdi quem mais amava, eu o quis só pra mim e acabei perdendo, Omi, Omi, se você quer o amor dele, deve deixa-lo livre, eu não soube fazer isso, perdi quem mais amava, perdi ... Ken.- diz sussurrando.
FIM