Julgamento no País de Gelo

                                por Saechan

 



Prólogo - Pesadelo

 

-          Hina teve gêmeos!! Uma das crianças é um menino!!!

 

-          Oh!! Que mulher imunda.

 

-          Criança impura deve morrer.

 

-          Não tenha piedade Lui.

 

-          Criança impura deve morrer.

 

-          Termine o que começou Lui. Você já jogou o menino. Agora é a vez da menina.

 

-      NÃO LUI POR FAVOR. NÃO MATE MINHA FILHA TAMBÉM.

 

Minha mãe gritava desesperada. No colo de Lui eu ouvia seus gritos enquanto aguardava minha
vez de ser atirada para fora do País de gelo.

 

-          Me desculpe pequenina eu não posso fazer nada.

 

-          NÃO LUI, NÃOOOOOOO!!!!!!!

 

Os gritos de minha mãe são se perdem, enterrados peloo assovio do vento que começo a ouvir
quando  meu corpo é largado do alto do precipício. Eu fui jogada do alto da ilha flutuante que é
o País de Gelo. Meu corpo cai durante vários minutos. E quando a queda chega ao final, não é a
água fria que ou a relva macia, que me recebem. São pedras pontiagudas, que dilaceram meu
corpo provocando uma dor imensa. Diante desse sofrimento a morte é para mim é uma benção.

 

-          NÃOOOOO!!!!! NÃOOOO!!!! AHHH

 

Foi só um pesadelo. Está tudo bem. Eu acordo muito assustada deitada em meu futton percebo
que meu corpo está molhado de suor e meu coração bate descompassada mente. Há uma enorme
pressão na boca de meu estômago.

 

Foi só um pesadelo eu não devia ficar tão impressionada com essas coisas. Lui me contou tudo
o que aconteceu no dia de meu nascimento. Meu irmão é que foi jogado do precipício, eu não.
Eu fui considerada pura e criada no País de Gelo. Por que , então, estou tendo esses sonhos
agora? Não importa, um sonho mal é apenas um sonho mal. Eu tenho que voltar a dormir.
Amanhã será um dia cheio. Mas, em minha cabeça aquela frase fica martelando "Criança impura
deve morrer"  e o que mais me assusta é a certeza de que desta vez ela está se referindo a mim.

 

                                    ******

 

-          Yukina você está com algum problema? Genkai perguntou de repente para a jovem
   Koorime.

 

-          Não obaasan. Esta tudo bem.

 

-          Vamos menina, fale logo o que está acontecendo. Você esta com uma cara de quem não
   dormiu a noite inteira e está mais distraída que o normal.

 

-          Não foi nada mestra, verdade. Yukina tentou desconversar.

 

-          Você sabe que eu não gosto de rodeios. Até na hora de suas obrigações no templo você
   estava com esse ar ausente. É alguma coisa com Hiei ou com Kuwabara. Desembucha logo
   menina. A mestra Genkai falava com sua natural rispidez mas era visível que ela estava
   preocupada com a menina.

 

   A menina sentou perto da velha mestra e começou meio embaraçada.

 

-          A senhora vai achar que é besteira minha, mas eu tive um pesadelo que me deixou
   apavorada.

 

   Foi assim que a koorime começou a contar o pesadelo que tivera na noite anterior. A velha
   ouvia com atenção tentando descobrir o seu significado ou o motivo para o medo da menina.
   Ao final do relato ela ponderou um pouco antes de começar a falar.

 

-          Mas Yukina você não acha que está impressionada com bobagem. Você sabe que tudo isso
   que aconteceu em seu sonho é apenas uma versão da realidade. Seu irmão, Hiei é quem foi
   jogado. Você foi considerada pura e criada no País de Gelo. Provavelmente você só está
   preocupada por essa situação com seu irmão não se resolver. Será que você não está se
   sentindo culpada por ter sido salva enquanto ele foi lançado daquele precipício? Não foi
   culpa sua mas lá no fundo você deve está se culpando por Hiei não se abrir com você. Você
   está desejando ter tido o mesmo destino que ele no passado.

 

-          Não!!!  Yukina exclamou entristecida. - Não é isso mestra. Há algo que eu não contei nem a
   senhora. Os olhos da Koorime se encheram de lágrimas em seguida pequenas pedras
   precisas começaram a estala no chão. - Eu menti quando disse que recebi permissão para
   procurar meu irmão ...

 

-          Eu já sabia disso minha filha. É claro que  as Koorimes não iriam permitir que você viesse
   procurar um irmão que elas mesmas  jogaram para a morte. Qualquer um com um pouco de
   bom senso saberia disso. Eu só não falei nada pois achava que você um dia iria se abriri
   comigo. Mas não se preocupe, seja o que for o que houve eu não vou te recriminar.

 

-          Lui me disse para vim para cá porque eu também sou uma criança impura, essa é a verdade.
   Ela falou e em seguida cobriu o rosto com as mãos e começou a chorar convulsivamente. –
   Eu também deveria ter sido jogada para morte como Hiei.

 

O número de jóias de lagrimas foram aumentando no chão, enquanto a velha mestra em um de
seus raros momentos de ternura puxou a menina para deitar sua cabeça em seu colo.

 

-          chore que isso faz bem. Quando você se acalmar eu vou querer saber todo os detalhes
   sobre essa história, mas por enquanto pode desabafar. E ela ficou fazendo um cafuné na
   menina de cabelos verdes por um bom tempo ainda.

 

Saechan - Setembro de 2001

Eu comecei a escrever essa história em 1998, logo depois que descobri as fanfics. Cheguei a
escrever a maioria dos capítulos mas até hoje não tinha digitado a história ou mesmo terminado.
Eu sei como ela vai terminar e o que está faltando só preciso sentar e escrever. O problema é
ter tempo para digitar. Achei que se começasse a apresentar a história eu me sentiria obrigada a
fazer isso mais breve possível. Se tiver algum comentário ou alguma dúvida e só escrever
saechan@ig.com.br.