Seus Olhos Dourados

 
Sandy Youko
  

Kurama abriu os olhos devagar, piscando, evitando a luz fria mas brilhante a sua volta. Gemeu e encolheu-se, meio atordoado, sem saber bem onde se encontrava. Era como se acordasse muito de repente de um sono muito profundo, e o susto fazia sua cabeça latejar.

O youko abraçou o próprio corpo, descobrindo-se desnudo. Cobriu o rosto com um braço, sentindo frio. O ar era seco, gélido, porém ainda assim não era de todo desagradável. Era uma atmosfera estranhamente conhecida, e seu olfato apurado lhe dava a impressão que aquele era um local conhecido.

Apoiou a outra mão na superfície onde se sentava, e abriu os olhos com mais calma, já mais acostumado a claridade. Era uma cama. Seus dedos sentiram a maciez de um colchão e a suavidade de cobertas de seda, enquanto seus olhos atônitos observavam o local. Era um quarto cuja única decoração era a cama onde encontrava-se. As paredes de metal eram nuas, frias, e continuas, sem quaisquer relevos ou marcas que denunciassem portas ou aberturas.

Parecia uma prisão.

Sentia-se fraco. Uma náusea persistente enchia seu estômago, e sua cabeça doía. Deslizou a mào por seu rosto e pescoço, seguindo seu peito até o estomago, e massageou a área, ansioso por sentir-se melhor. Foi aí que Kurama percebeu o que estava errado ali.

Suas mãos estavam maiores, mais ossudas e com unhas muito longas. Seus ombros pareciam mais flexíveis e muito mais largos. A cada vez que respirava, Kurama notava que seu peito podia conter mais ar.

Tocou a cabeça, notando seu cabelo diferente, e moveu as mãos mais acima, percebendo as orelhas pontudas e peludas no topo de sua cabeça. Surpreso, contraiu um músculo muito específico no fim de suas costas, e sua cauda felpuda obedeceu o impulso nervoso, balançando devagar de um lado para o outro.

Estava em seu aspecto youko!

Kurama respirou fundo, tentando se refazer do choque. Sacudiu a cabeça, agitando seus cabelos lisos e muito leves, e sentiu uma coisa dura e estranha, presa a seu pescoço. Era uma argola metálica que ele tocou, devagar, tateando os símbolos entalhados a toda volta, e um anel bem grosso na parte da frente, onde podia-se prender uma guia ou corrente.

Assustou-se ainda mais, e pulou fora da cama, alerta, observando o lugar sem querer ter mais surpresas. Tentou invocar seu you-ki. Seria fácil romper aquela argola e libertar-se daquele quarto estranho, porém sua energia demoníaca não se manifestava.

O youko prateado concentrou-se, focalizou toda a sua vontade e desejo na tentativa de elevar seu you-ki, porém tudo o que obteve foi piorar sua dor de cabeça.

Apavorado, atirou-se contra uma das paredes, tocando-a, apalpando-a, desesperado para encontrar uma brecha, um ressalto, uma abertura qualquer. Mas não havia nada - apenas metal, frio, duro, contínuo, cercando-o totalmente, pelos lados, acima e abaixo. Era mais que uma prisão; parecia até um túmulo de metal.

Cerrou os punhos e golpeou as paredes com força, aqui e ali, atento aos sons, tentando encontrar achar uma área ôca, uma passagem qualquer por sob a placa metálica. Só que tudo parecia maciço.

Recuou, fitando atônito o seu cativeiro, enquanto cerrava seus dedos em torno da argola em seu pescoço, puxando e torcendo, machucando-se numa tentativa frustrada de arrancar o aro.

Já estivera preso antes, porém algo alertava-o para a gravidade de sua situação - algo no fundo de sua mente, como uma consciencia vigia, avisava-o que era a hora de maior risco que já enfrentara. Kurama tentava lutar contra esse pressnetimento com sua mente racional, porém seu corpo e sua emocão reagiam com uma pânico crescente, quase incontrolável, que fazia-o tremer inteiro.

Não saber o que acontecera era a causa de seu maior temor.

O que acontecera? Estava chocado demais. Fôra roubado do Ningenkai, e decerto apenas algum demonio poderosíssimo poderia fazê-lo. Não lembrava de nada, nao tivera qualquer chance de reação. Fôra roubado da casa de seus pais como se fosse um bebê indefeso! Tudo o que se recordava era de ter despedido-se de sua mãe, e seu padrasto, e soltado uma piadinha conm seu irmão Shuuichi sobre namoradas, e entao subir a escada para seu quarto. Tomara banho, deitara-se e abraçara o travesseiro para dormir...

E agora era prisioneiro.

Não havia saída; Estava preso; só. Havia uma cadeia mágica fechada em torno de seu pescoço. O medo foi tão forte ao perceber sua situação que pareceu até um golpe no meio de seu peito.

Kurama curvou o corpo quando a dor do medo o atingiu, piorando sua náusea. Encolheu-se e deixxou-se cair no chão frio, abraçado a seu corpo nu. Pendeu a cabeça e encostou-a em um joelho dobrado, atônito.

Quem? Como? O quê? Porquê? Quando? As perguntas martelavam em sua cabeça latejante, e ele apavorava-se mais e mais ao não encontrar qualquer resposta. Sua mente estava vazia de lembranças, e naquele cubículo vazio nao havia qualquer pista.

O que fazia ali?

O youko prateado aprendera desde cedo a controlar seu pavor, e trazer suas emoções sob rédeas curtas. Aprendera a rir com ironia, e a erguer o queixo com orgulho mesmo diante do mais terrível de seus inimigos. Sempre encarara seus inimigos de frente, mesmo quando seu temor era tanto que fazia seus joelhos tremerem. Mas ali, sozinho, abandonado, Kurama não tinha a quem exibir seu estoicismo. Por isso o belo youko apenas baixou a cabeça e se encolheu mais, tremendo inteiro.

Só depois de algum tempo naquele cubículo, tempo que o youko passara encolhido, temeroso e muito quieto, foi que o responsável por aquela situação surgiu.

Uma abertura se destacou da uniformidade metálica da parede, revelando uma porta que deslizou suave, metal sobre metal, e revelou ao youko o seu algoz, cerrando-se a seguir.

Como não reconhecer aqueles ombros largos, e a cabeça de longos cabelos negros encimada por chifres? Como não sentir o poder daquele you-ki que espraiava-se a sua volta, como se ele fosse um tipo de sol demoníaco? A elegancia, os gestos lentos e sóbrios, o som dos saltos duros de suas botas militares batendo contra o piso...

Kurama cerrou os dentes, e prendeu a respiração por um instante, alterado pelo ódio. Só que conseguiu manter o controle, usando a mesma máscara de frieza e aparente descaso que ostentara tantas vezes contra seus muitos inimigos, e encarou Yomi, esperando que ele falasse primeiro.

O Rei aproximou-se, mais e mais, até parar bem defronte ao youko, que ainda sentava-se no chão, mas agora olhava para cima, enfrentando-o com seu olhar dourado e altivo.

Yomi riu baixinho, e cruzou as mãos nas costas.

"Que prazer é encontrá-lo novamente, meu querido Kurama. Seja benvindo ao meu Reino."

O youko rosnou baixo, e mostrou as presas entre o esgar de seus lábios. Fixou um olhar selvagem em Yomi e ergueu-se do chão num único movimento cheio de elegancia. Era como um dançarino, leve porém másculo, insinuante e determinado ao mesmo tempo, tal qual um felino armando um bote.

Ele cerrou um punho, e fechou o outro no ferro que circundava seu pescoço, puxando e sacudindo-o, mostrando-o bem ao youkai.

"O que significa isso, Yomi?"

O soberano de Gandara não respondeu. Continuou sorrindo, e suas pálpebras fechadas tremularam ligeiramente. Ele entreabriu a boca e respirou, fundo, para depois passar a língua pelos lábios, bem devagar.

"Você continua lindo, Kurama. Sempre adorei seu cheiro, e o calor que emana do seu corpo..."

Yomi avançou um pouco a frente, e estendeu uma das  mãos, tentando afagar Kurama, mas o youko se desvencilhou de seu toque, e voltou a enfrentá-lo,com uma expressão ainda mais dura.

"Exijo explicações! Porque me sequestrou desse jeito?"

Yomi riu mais ainda.

"Ah! Sempre o mesmo youko! Soberbo e autoritário! Você aje como se estivesse no controle da situaçao!" Yomi fez uma pausa, e seu sorriso diminuiu, tornando-se um rasgo de puro sarcasmo em seu rosto pálido. "Mas dessa vez, sou eu quem tem o controle!"

Kurama lutou para que seu rosto não revelasse o caos de emoções que o tomaram naquele momento. Teve medo, muito medo... Desde que entrara naquele jogo tenso de convivencia supostamente pacífica com Yomi, temia o dia em que o soberano de Gandara acabaria rendendo-se a suas emoções mais baixas para virar a mesa sobre ele. Afinal, não podia negar que Yomi era muito mais forte. muito mais poderoso, era capaz de esmagá-lo com uma das mãos atadas...

Será que esse dia chegara?

Entretanto Kurama ainda manteve seu rosto impassivel. Escondeu suas mãos de encontro as coxas para que o Rei de Gandara nao as visse tremer. Mas na verdade, sabia que Yomi tinha outros meios. Ele sentia o cheiro de seu medo, tateava a aura de energia que marcava seu pavor, percebia a vibraçao de seu corpo e seu sangue.

Aquele cego maldito obtivera tanto conhecimento, tanto poder! Era quase uma ironia do Destino que assim fosse.

"Meu desejo por você ainda arde dentro de mim; é como uma chama infernal que não se apaga." O soberano suspirou, e dessa vez sua expressao tornou-se doce e até enlevada. Sua voz muito grave soou como uma carícia... Como um gesto de plena paixão deslizando sobre veludo negro... "Eu desejo você. Eu te quero, seja por bem, ou por mal. Achei que após o Torneio meu desejo por voce diminuiria, porém não posso controlar-me.  Por isso decidi te roubar do mundo dos Homens e te trazer para cá - aqui você pertencerá apenas a mim." Yomi estendeu sua mão de novo, e buscou tocar o youko. E dessa vez Kurama estava tão atônito com aquelas palavras, que nem reagiu, permitindo que os dedos longos de Yomi passeassem num afago por entre as mechas de seu cabelo. "Eu finalmente poderei satisfazer minha paixão, e minha vingança em você."

Kurama não teve como esquivar-se dessa vez. Yomi foi mais rápido. A cegueira parecia aumentar sua agilidade. Yomi quase parecia capaz de prever os movimentos do youko, tamanha a precisão com que agarrou-o por um braço e enlaçou seus ombros, atraindo-o para si com um ímpeto selvagem.

Yomi beijou o youko, agarrando-o com força e empurrando sua boca inteira na dele, usando a pressão para faze-lo descerrar os lábios, penetrando aquele espaço quente e molhado com sua língua, obrigando Kurama a aceitar seu beijo, obrigando-o a acatar aquele abraço poderoso que o mantinha imóvel e indefeso.

Os dedos de Yomi eram como tenazes gélidas, marcando a carne nua do youko. Seus lábios eram tão famintos, tão desejosos daquele beijo que Kurama mal podia respirar. Aquela língua que se aprofundava em sua boca, e da qual tentava afastar a sua, evitando o contato, era enorme, quente como um fogo serpenteante, dançando em sua boca, insistindo, aprofundando-se, roubando seu fôlego...

Finalmente Yomi separou seus lábios dos de Kurama, desistindo de impor seu desejo ao youko.

"Pensei que teria alguma cooperação, mas já vi que terei de força-lo."

Kurama ia retrucar, mas foi pego de surpresa. A dor o atingiu antes que tivesse consciencia do que acontecera. O baque foi sonoro e ecoou no cubículo vazio.

Um tapa.

Kurama foi jogado longe, quase caiu tamanho a força do golpe que estalara, alto e agudo, na sua face esquerda.

"Você é meu, Kurama! Eu finalmente vou ter meu prazer e minha vingança - ao mesmo tempo!"

O youko tocou o rosto com cuidado. Sabia que os dedos de Yomi haviam deixando uma marca vermelha e muito quente no seu rosto. baixou a cabeça um momento, e cobriu a área atingida com a palma de sua mão , bem de leve, sentindo o local inchar e latejar. Se pudesse ao menos invocar alguma planta que aliviasse o inchaço e a dor... Mas sabia-se totalmente indefeso.

"Vou ter você, como sempre sonhei!"

Yomi voltou a aproximar-se do youko então, e dessa vez não houve qualquer reacao. Kurama aceitou o abraço. Sua revolta podia ser vista apenas no fulgor raivoso de seus olhos, e na tensa linha que marcava seu cenho e seus ombros.

Porém, como reagir se encontrava-se fraco e com seu you-ki bloqueado? O que podia fazer a nao ser deixar aquele verme obter dele o que queria?

Yomi acariciou o cabelo do youko, e entao fechou os dedos em torno de um punhado, puxando e torcendo. Yomi sorriu, e Kurama não pode evitar uma careta de dor; porém nem o mais leve gemido deixou seus lábios.

"Você será meu objeto de prazer! meu brinquedo! Vou dobrá-lo! Vou domá-lo!"

O youko bufou. Seu rosto ardia demais. Parecia até que metade de sua face havia sido arrancada por um ferro em brasa, tamanha a dor. Lacrimejava devido ao golpe, e o gosto de seu proprio sangue enchia sua boca; mordera a lingua com o baque. Mesmo assim, ele manteve a pose, e fitou o Rei de Gandara do alto de seu orgulho milenário.

"Você nunca vai poder me forçar a te amar, Yomi!"

"Não quero que você me ame. Não faço mais questão de amor! Eu só quero o teu corpo! E quero que me obedeça!"

O Rei de Gandara submeteu o youko a um outro beijo. Lançou-se sobre ele, e envolveu-o com seus braços, dominando-o com a força de seus ombros e o impulso de suas costas, até que não houvesse mais espaços entre eles. A boca de Yomi devorou a de Kurama, num beijo ainda mais selvagem, que amassava seus lábios e inundava sua boca com língua, saliva e calor numa invasão poderosa que era puro sexo, puro desejo. O youko foi obrigado a aceitar a carícia impetuosa, que machucava seus lábios, e quase o sufocava, tamanha a ânsia com que a língua de Yomi se apoderava de sua boca. Ele apenas gemeu e cedeu, sentindo os dedos do youkai apertarem sua carne, tao forte que marcavam seu corpo musculoso com marcas vermelhas de pressão e ânsia. Yomi apertava-o tão forte, tao apertado, que parecia querer entrar inteiro em seu corpo, mergulhar todo nele por sua boca, possuindo-o todo...

Kurama pensou... Se havia tamanho ardor num mero beijo, como seria o sexo? Como seria se Yomi o penetrasse, invadisse com seu cetro de carne rija o seu corpo?

Seria dor, poder, sumissao total... Ele iria entrar nele todo, até o fundo e...

Kurama gemeu; dessa vez, de prazer. Um prazer que nao queria sentir, mas nao podia refutar...

Fechou os olhos, e sua mente atordoada fugiu do presente para o passado de suas lembranças, guiada pelo prazer que as mãos e a língua de Yomi o obrigavam a encarar.

A Sakura... O desabrochar da cerejeira no Torneio do Makai, durante sua luta com o implacável Shigure significara tanta coisa...

A Sakura marcara sua decisão de abandonar para sempre o Makai e seu passado. Fôra o símbolo e evidencia de sua escolha em viver o resto de seus dias como Shuuichi Minamino, e esquecer toda a sua existencia passada como Kurama Youko.  Largara toda uma vida para trás, e Yomi, mesmo pesaroso parecera entender.

Pois então, porque era feito prisioneiro? Porque Yomi voltara a insistir nisso, obrigando-o a retomar sua forma antiga, subjugando-o a um relacionamento que era apenas lembrança?

O beijo cessou. Porém as mãos famintas de Yomi continuaram apalpando e medindo seu corpo com carícias ousadas. Yomi tinha mãos tão frias...  Seu toque era excitante, porém ao mesmo tempo trazia em si um sabor amargo, ferido, palpitando de desejo e de ódio, ambos ao mesmo tempo.

Yomi iria força-lo. Yomi iria machucá-lo, humilhá-lo, violar seu corpo e usá-lo para satisfazer-se...

O ultraje era imenso, mas lá no fundo de sua mente, num cantinho ainda meio escondido de seu espirito, a excitação já começava... E aquele tremor que percorria suas mãos era medo, o arrepio fazia seu pau endurecer, era mero, e irreprimível tesão.

Quando uma das màos de Yomi se fechou no seu cabelo, puxando e torcendo um punhado, e forçando-o para baixo, Kurama não resistiu e sujeitou-se a cair de joelhos, diante do Rei de Gandara.

Ele baixou a cabeça, mas Yomi puxou-o pelo cabelo, forçando-o a erguer o queixo. Seus olhos se fixaram no rosto de Yomi. Um rosto pálido, que tantos haviam-se acostumado a ver como impassível, objeto de compaixao por aqueles olhos cegos... Mas Kurama sabia, por seu passado, toda a intensidade de paixão, energia e ódio que podiam surgir em sua expressão viril e mesmo assim, de uma beleza delicada e rara.

Yomi não sorria mais. Suas pálpebras fechadas e a linha de suas sombrancelhas revelavam-se tensas.

"O que deseja de mim, Yomi? Você fêz tudo isso só para ter meu corpo?"

Yomi suspirou.

"Não é só isso. Quero tudo que sempre sonhei, e mais o que você roubou de mim."

Yomi largou o youko. Kurama manteve as costas retas, o queixo empinado, fitando Yomi, ainda mantendo o seu orgulho como um ultimo bastião de amor-próprio, como uma proteçao que pudesse amainar a dor de seu ultraje.

"Você é lindo... Sim... Odeie.. Quero que me odeie mais... Você fica mais lindo ainda quando está com raiva..."

Kurama inspirou fundo e cerrou os lábios commais força para não dar a Yomi o prazer de retrucar. De joelhos, nu, subjugado, ele aceitou manter-se quieto e obediente diante de Yomi, enfrentando-o, tendo como única arma sua altivez.

"E você... Tem de forçar-me, não? É a única forma que tem de se satisfazer comigo! Não tem vergonha, Yomi? Não se sente humilhado por me obrigar a aceitá-lo como amante?"

"Não." Só aí Yomi sorriu, bem ligeiramente, enquanto abria seu cinto e seu pesado casaco, deixando-o cair por seus ombros até o chão. "Vai ser mais gostoso ainda..."

O youko sentiu suas faces enrubescerem. Já forçara todo tipo de youkai a aceitar suas carícias. Violara muitos, seduzira outros tantos, já chegara a currar jovens demonios com tamanho ímpeto que os matara. E agora, era vítima da mesma situação.

Olhou para baixo só por um momento, e notou seus mamilos muito eretos e duros. Seu sexo estava quente, e já despertava, crescendo e se intumescendo...

Mas ele manteve-se quieto, sem querer revelar toda essa confusão de emocões que assomava sua mente. Acompanhou o lento desnudar de Yomi. O casaco já se fôra. E as botas. Agora ele despia a impecavel túnica branca, as calças negras... e...

A ereção dele saltou para frente assim que suas calças deslizaram de seus quadris, apontando direto para o rosto do youko, que respirou fundo, num misto de ultraje e desejo. Yomi só precisou puxar Kurama para frente pelo cabelo, e empinar seus quadris, golpenado seu pênis muito duro contra a boca do youko.

"Chupe meu pau! Vamos! Eu sei que você quer!"

Kurama abriu a boca e sujeitou-se. Sua boca foi invadida, arreganhada diante da grossura quente do pau de Yomi, que deslizou fundo para sua garganta, enchendo-o, roçando na sua língua e em seus dentes, bem de leve...

Por um instante pensou em cerrar a mandíbula e morder aquele cacete com toda a força, para arrancar pedaço. fechou os olhos, sentindo o calor da humilhaçao queimar suas faces, e sua boca ser alargada ainda mais pelo cacete enorme que Yomi empurrava pra dentro dele, enchendo-o até o limite. Lutou contra si mesmo durante um instante, sentindo os dedos de Yomi enredados em seu cabelo, puxando e machucando, e os quadris dele se movendo, comecando a fazer seu sexo rijo entrar e sair de sua garganta, numa disputa molhada e intensa entre pênis e boca. Mas quando a mào de Yomi ao invés de puxar e torcer, acariciou, afagando sua cabeça, Kurama se rendeu e fez sua língua se mover de encontro aquele volume delicioso, e puxou, sugando, chupando, enchendo Yomi de tesão.

O rei gemeu baixinho, e enfiou seu cacete mais fundo na boca de Kurama. Sua boca estava toda aberta, e mesmo assim era apertado pois o pau de Yomi crescera mais, a medida que ficava cada vez mais excitado... Sufocava.. Sua boca parecia que ia rasgar nos cantos, sua língua estava oprimida pelo peso e o gosto inebriante do sexo de Yomi. Suas màos se agarraram as coxas grossas do youkai, apertando sua carne rija, sentindo os músculos retesados pelo prazer vibrando por baixo de sua pele fria. Agarrou e puxou Yomi mais para si, empalando sua boca com aquele falo inteiro, abrindo sua garganta para recebê-lo até que seus lábios tocaram a seda da penugem negra, e dos testículos do outro, abocanhando a vara inteira até o fundo.

Yomi gemeu, alto, mas ele agarrou de novo o cabelo do youko, com força, detendo aquela felaçao feroz e tão apaixonada. Recuou o corpo e tirou seu pau, pingando saliva, da boca de Kurama.

Seu sexo estava ainda maior e mais ereto com a estimulaçao tão maravilhosa...

Ele inspirou fundo, segurando o prazer final, contendo seu ímpeto. Afinal, ainda havia muito mais a fazer...

"Vou te possuir, youko!"

Yomi avançou, ágil e decidido, caminhando alguns passos largos até a cama, arrastando o youko pelos cabelos. Kurama gritou de dor e susto, e tentou se agarrar no piso, mas este era de metal, liso e esquivo, e nada impediu que Yomi o arrastasse como uma presa, como um inimigo vencido, até o pé da cama.

O youko gemeu, já começando a se assustar. Nunca conhecera Yomi com tanta selvageria, tanta fome. Sabia que seria submetido; ia levar tudo que Yomi tinha para lhe oferecer, e era imenso - mais do que poderia imaginar. O penis dele, muito rijo e enorme, balançou quando Yomi o catou pelos ombros, levantando-o do chão, e atirando-o todo sobre a cama, com energia.

Kurama gemeu de novo ao sentir seu corpo ser jogado contra o colchão. Que força! Yomi tornara-se tão mais forte! Aqueles braços poderosos haviam erguido seu corpo com tanta facilidade! Quase como se fosse uma boneca de trapo, e não um youko de mais de dois metros...

"Ah... Não... Não quero.." Protestou, timidamente, enquanto ao mesmo tempo colocava uma mão sobre o baixo ventre para ocultar sua própria ereçao - a evidencia de seu prazer diante do ultraje de ver-se submetido tão selvagemente. "Yomi, nosso tempo passou... Já acabou.. Você não entende?"

Yomi deitou sobre o youko com gentileza, mas ao mesmo tempo suas mãos o seguravam com força, para impedir que reagisse. Deslizou pela cama, acomodando seus quadris e coxas entre as de Kurama, e empurrou seu corpo contra o dele. Esfregou sua ereção com força nas coxas e na virilha do youko ao mesmo tempo em que se esticava para beijar seu pescoço.

Kurama só não gemeu porque mordeu os proprios lábios diante do beijo que sugava seu pescoço e ia subindo, por seu queixo, sua face, até abocanhar sua orelha e morder, de leve, mas com força o bastante para machucar.

"Sim, o tempo em que éramos amantes e voce me possuía já acabou... É uma nova era, youko...  A era da vingança, a era em que eu serei o chefe, e você nada mais que meu escravo do prazer..."

A voz era rica, doce, e ao mesmo tempo dominadora. Yomi culminou tais palavras com uma lambida generosa que enxarcou a orelha macia de Kurama. Ele enfiou a ponta da lingua por sua orelha, mexendo rápido, fazendo cócegas e dando tesão ao mesmo tempo. O youko arqueou o corpo todo, tentando desvencilhar-se, porém Yomi o segurou bem firme.

"Meu... Todo meu... Prá sempre..."

Um de seus braços jazia contra o colchão, subjugado pelo pulso firme de Yomi. Seu corpo era esmagado, forçado pelo peso daquele corpo musculoso que o prendia. E sentia a mão livre de Yomi tatear entre suas coxas, acariciando seus testículos e mais abaixo, buscando a entradinha de seu rêgo.

O youko abriu mais as pernas, e abandonou a cabeça contra a cama, cedendo. A argola em torno de seu pescoço machucava naquela posição, mas ele nào se importou. Fechou os olhos e deslizou a mão livre para as costas de Yomi, acariciando-o enquanto notava-o ajeitando-se entre seus joelhos abertos, buscando sua entrada.

Prá que ia resistir? Por que? Só faria aumentar a dor e a vergonha...

Levantou os joelhos dobrados, se mostrando para o toque de Yomi, deixando que ele tateasse o caminho do prazer, enquanto seu pênis muito imenso latejava, já totalmente ereto, deitado contra sua barriga, e sendo imprensado bem gostoso no abraço deles, quando Yomi abraçou-o mais forte, já apontando a cabeça de seu pau para o seu orificio apertado mas piscante de tesão de ser violado.

"Eu sei que nao adianta lutar... Vem... " Kurama murmurou, suspirando e preparando-se para ser tomado.

Ele virou o rosto, e assim não pôde ver o sorriso meio irônico, mas cheio de satisfaçao de Yomi, enquanto empurrou os quadris para diante, já começando a alargar aquele lindo buraquinho rosado...

"Ah! Dói!"

"Pois vai doer ainda mais, Kurama! Pense na dor que eu senti quando meus olhos foram rasgados e você me abandonou!" Yomi respondeu, empurrando mais seu penis para dentro da passagem contraída e seca, que resistia a sua investida. "Vou te fazer pagar por tudo! Tudo!"

O youko gemeu, com dor. Mais sua boca foi invadida por um beijo muito carinhoso, cheio de calor e muito molhado, que deslizou e escorreu por seu rosto, enquanto uma trilha da saliva de ambos descia por seu queixo e seu pescoço, e suas línguas se moviam uma na outra, brincando e se estimulando, numa perseguiçao lenta e em círculos, afundando no gosto de ambos que se misturava, como o desejo e o tesão que vibrava em seus corpos.

Kurama esqueceu da coleira, esqueceu que estava trancado e era prisioneiro. Esqueceu da promessa de vingança para relaxar naquele abraço tão saboroso. Abriu mais as pernas e relaxou, respirando fundo e prendendo o ar e fez forca lá em baixo, devagar, para poder ser abrir mais, e facilitar a penetraçao.

Respirou e relaxou, respirou e relaxou mais, Yomi abandonou a força pelo carinho, enlaçando seu peito com ambos os braços e trazendo-o mais junto, enquanto seu beijo escorregava pescoço do youko abaixo, até abocanhar um de seus mamilos deliciosos. Yomi mordeu a pontinha de leve, moveu a língua em círculos ágeis por toda a volta, e beijou, fazendo pressao, chupando carinhosamente aquele pedacinho de carne tão macio e gostoso, apertando-o de leve em sua boca, fazendo o youko se contorcer e gemer...

O movimento fez seu pau entrar mais um pouco. Devagar, ia vencendo centimentro por centimetro daquela carne quente mas ainda seca e resistente. Era muito apertado, muito estreito, mas Yomi forçava caminho, recuando e enfiando de novo, mexendo para um lado para o outro e tirando, e ai penetrando de novo, pouco a pouco, invadindo aquele buraquinho contraído e pulsante com cuidado mas cheio de vontade. Sabia que a invasão machucava o youko, mas mesmo assim era também muito gostosa para ambos...

"AI!"

A cabeça do pênis ainda lutava para vencer o anel, recuando e atacando, recuando e atacando, até que sentiu o caminho de carne, que parecia um veludo quente e macio, se abrir e deixar que seu pau entrasse, todo, até o talo...

Yomi gemeu, atordoado com aquele imenso prazer. Kurama era tão apertado, e a pressao de seu cuzinho era tão forte.. Sentia-se engolido, sugado, dominado pela pressão que se fechava em torno de seu penis e começava a massageá-lo, a toda volta, numa passagem justa e deliciosa de puro êxtase.

Kurama estremeceu todo, e sorriu, ao ver seu vazio tão bem preenchido. Doía ainda, mas a sensaçao de ser rasgado e ter seu ânus tão alargado já ia amainando, substituída por um prazer que se espalhava devagar por todo seu corpo.

"Ah.. Mete mais, Yomi... Eu adoro isso..."

"Kurama... Vou te comer todo dia, toda hora, como eu sempre quis... Você é todinho meu..."

Abraçados, finalmente juntos, sem que um se impusesse ao outro, começaram a mover-se para frente a para trás, dançando com seus quadris, imprensando um ao outro com a força de suas coxas e braços musculosos. Beijavam-se num frenesi faminto, em que seus lábios, suas línguas não paravam nem um só momento, num ataque mútuo de lambidas e carinhos, em que se encharcavam, um da saliva do outro, unindo a umidade de suas bocas ao suor que brotava de suas peles, e facilitava mais ainda o movimento de um no outro. Yomi penetrava, Kurama cedia, e então repelia, e Yomi se afastava para então atacar de novo, em estocadas cada vez mais fortes e profundas.

Se amavam. Kurama entregou-se, sentindo seu corpo ser preenchido todo, e Yomi gemia baixinho, enlevado por tanto prazer de finalmente possuir o youko prateado. Suas màos não poupavam carícias, e seus quadris não paravam de se mover, enquanto sentia o pau enorme e vibrante do youko pulsar entre seus ventres unidos... Ia ficando cada vez mais quente entre eles, e o anus de Kurama mais molhado, mais macio, mais receptivo a cada estocada, moldando-se completamente a seu pau, como se houvessem nascido um para o outro.. O corpo dele reagia contraindo-se me torno de seu pau, massageando-o inteiro enquanto o envolvia naquela bainha de carne viva e ardente de tesào, apertando e soltando, apertando e soltando..

"Ah! Youko!"

"Hummmm... Que gostoso... Ahn..."

Mas Yomi parou. Estacou o balanço de seus quadris enquanto estava bem lá dentro, bem fundo no youko, e tomou fôlego, compondo-se. Não queria gozar ainda.

Kurama gemeu e estendeu os braços, chamando Yomi de volta enquanto tentava tocá-lo, puxá-lo para si. O pau enorme dele continuava dentro de seu ânus, alargando-o, preenchendo-o todo, e seu próprio sexo latejava de forma insuportável. Chegara quase ao clímax. Sentira o formigamento intenso começar a invadi-lo, seus músculos contraindo-se, preparando-se para o êxtase do prazer supremo, e então, de repente, tudo cessava?

"Vem... Termine o que começou..."

Yomi sabia bem o quanto Kurama estava excitado. Tateou de leve o pênis enorme, muito grosso atravessado em seu baixo ventre, do qual já escorria o fluido quente que antecipava o gozo. Kurama estremeceu inteiro com o toque que desceu para apalpar e sentir suas bolas, bem devagar...

"Ah! Yomi!"

Foi quando o rosto de Yomi cerrou-se em fúria. Ele empurrou com força seu pau mais para dentro do youko num golpe violento de quadris, ao mesmo tempo em que, num movimento ágil do braço, tornava a esbofetear o youko.

O som foi alto, chocante.

"Ai!" Kurama protestou, tentando recuar. Mas Yomi o mantinha preso a si, com seu pênis ainda empalando-o o mais fundo, o mais duro que podia. Agarrou-o por um braço, fixando-o no lugar, e então esbofeteou-o de novo.

"Miserável!"

Kurama gemeu alto. Tentou cobrir o rosto com os braços, mas Yomi prosseguiu, numa sucessão de tapas em que seus braços se sucediam, golpeando as faces do youko, esquerda, direita, esquerda, direita, numa sucessão tão rápida que Kurama nao conseguia reagir, atordoado pela dor e pelos xingamentos que Yomi vociferava, alto e cheio de fúria.

"Traidor! Bastardo sujo! Animal! Youko Maldito!" Era o que Yomi gritava a cada tapa, fazendo com o impulso de cada golpe seu pau machucar o ânus do youko, indo mais fundo e alargando-o mais, atingindo-o com energia a passagem que se retesava, assim como o corpo do youko se contraía a cada golpe...

Os tapas só cessaram quando o rosto de Kurama estava todo vermelho, e lágrimas lhe vieram aos olhos. Yomi sentiu o cheiro salgado do choro, e parou sua tortura, mesmo sabendo que eram lágrimas reflexas, devido a dor e aos tapas, e não de pavor ou arrependimento.

Youko Kurama não se arrependeria nunca. Não havia possibilidade de perdão - Havia apenas a certeza da vingança.

"Nunca te vi chorar. Aí está! Seu rosto cheio de lágrimas! Isso é só para mostrar que daqui por diante você deve tudo a mim, até o seu próprio gozo!"

Yomi riu e Kurama ocultou seu rosto com os braços, sentindo seu corpo começar a ser sacudido, balançado para cima e para baixo, com as investidas duras de Yomi. O youkai começara a fustigar seu traseiro de novo, com toda a força que tinha, e seu ânus ardia, doía, tamanha a brutalidade da penetração e do vai e vem daquela vara enorme dentro dele. Agora Yomi nao queria lhe dar prazer. Queria machucar. Cravou as unhas em sua barriga e o lanhou todo, e entao agarrou um de seus mamilos e torceu até que gritasse de dor, sempre golpeando seu reto, alargando seu ânus, investindo com tanta força que machucava seus testículos com a força com que seu baixo ventre se chocava contra a carne sensivel entre suas pernas arreganhadas.

"Ah! Ah! Dói muito! Para! Por favor, devagar!"

Yomi ria, orgulhoso de si, ao ouvir o youko implorando para que fosse mais gentil...

"Está implorando? Quer amor? Quer gentileza? Quer carinho? Pois não vai ter! Te dei a chance há mil anos atrás, e você me tratou como lixo! Aqui está agora, youko! Prove essa pica te arrebentando o cu! Tome! Vou te fazer sentir dor todo dia! Toda hora! Vou te fazer implorar e chamar meu nome, como eu implorei e chamei o seu no fundo daquele abismo!"

Yomi continuava golpeando com mais e mais força, no ritmo de suas palavras iradas, e agora agarrara o penis de Kurama, que não perdera o tesão mesmo com a dor. Agarrou e apertou nos dedos para machucar, torcendo-o o máximo que podia.

"Ai! Yomi! Não faz isso, por favor!"

"Toma! Toma! É só isso que vou te dar!"

Mais dor, mais violencia! Kurama só gemia, prendendo o choro, sentindo uma dor insuportável enquanto Yomi o rasgava mais, rompendo seu ânus inteiro por dentro. Estava quase gritando quando uma estocada muito forte encheu-o todo de uma dor aguda e feroz, mas Yomi não deixou.

O rei de Gandara empurrou seu pênis inteiro para dentro de Kurama e lancou-se para frente para calar o grito de dor do youko com um beijo muito selvagem, ávido e violento.

Kurama bufou, e seu corpo todo estremeceu. A dor se fundiu com um tesão incrível quando sentiu a vara de Yomi contrair-se dentro de seu ânus, no espasmo do gozo. Mesmo com a dor, ele respirou fundo e relaxou, se preparando para ser preenchido com o sêmen dele, querendo poder gozar também, mas...

Yomi tirou seu pau de dentro do traseiro de Kurama, recuando num movimento muito rápido, e o youko conteve um grito, atônito ao ver-se vazio, oco, abandonado, tão subitamente...

"Goza... Goza dentro do..."

Antes que reclamasse, Yomi se moveu muito rápido, escanchando-se sobre Kurama, montando seu peito e sentando, imobilizando-o com seu peso, enquanto tocava seu pau enorme que pulsava, no estertor do clímax.

"Yomi.. Eu..."

O Rei de Gandara apenas sorriu, e esfregando sua vara molhada e muito quente com a mão firme. Ele agarrou o cabelo de Kurama de novo, obrigando-o a erguer a cabeça um pouco. Os olhos do youko se arregalaram diante da magnífica cabeça daquela tora de carne, que vibrava inteira.

Não deu tempo nem para abrir a boca e engolir todo aquele sêmen rico e delicioso. E nem Yomi deixou... O youkai gozou muito, copiosamente, em vários jatos fortes daquele leite de macho, que esguicharam por toda a face do youko, sujando seu cabelo, sua cara, seu peito....

A suprema humilhação.... Kurama esticou a língua, lambeu o líquido gostoso que escorria em volta de seus lábios. E Yomi continuava esguichando aquele líquido maravilhoso, inundando sua cara com aquele creme afogando-o nele, enquanto Kurama só gemia, atordoado por ser lançado da dor ao prazer, da humilhação ao êxtase de forma tão avassaladora em tão pouco tempo.

Yomi nunca fôra tão bom de cama...

Seu sexo estava muito duro, e a tensão que se acumulava em suas bolas era quase enlouquecedora. Respirou fundo e esticou uma mão para se tocar, e começou a esfregar rápido a cabeça de seu pau, ansioso para gozar e...

"Youko! Ainda não acabou!"

Kurama ouviu, e só entendeu ao ver Yomi se mover para a frente de novo, erguendo aquele seu belo traseiro de seu peito e engatinhando um pouco sobre ele, para posicionar-se melhor. E Kurama só comprendeu quando sentiu o calor e se embriagou com o cheiro maravilhoso de macho e de gozo que encheu seu rosto quando Yomi baixou o corpo de novo...

Yomi sentara bem na sua cara! Aquela bunda linda e magnífica se esfregava inteira no seu rosto, e o cheiro dele invadia seu nariz, enquanto o calor das nádegas dele queimava de encontro a suas bochechas. O saco macio massageava sua testa e seus olhos fechados. Seu nariz tocava bem a carne gostosa entre o saco e o cuzinho piscante de Yomi, cujo botãozinho muito quente e suave tocava exatamente os seus lábios, num beijo pervertido e por isso mesmo mais gostoso que tudo que havia...

"Me come, youko! Mete essa lingua no meu cú, e me come!" Yomi ordenou enquanto oscilava seus quadris para frente e para trás, e rebolava, esfregando suas as pregas rosadas de seu ânus apertadinho mas mesmo assim palpitante de tesão nos lábios molhados de pôrra de Kurama.  Seu traseiro deslizava com facilidade, escorregando gostoso na sua propria pôrra, que encharcava todo o rosto do youko.

Kurama não esperou que ele repetisse a ordem para obedecer. Estendeu a língua e começou a passá-la para cima e para baixo na entradinha de Yomi, adorando estar sufocado com o peso e o cheiro daquele corpo tão enorme e másculo. Abocanhou o rego dele e chupou, beijando, deixando aquela carne tenra muito molhada, enquanto se estimulava, masturbando-se com muita energia, grunhindo e beijando, lambendo e enfiando a língua que ia entrando mais fundo a medida que o anel relaxava e ficava mais molhado..,

Yomi gemia alto, remexendo os quadris, imprensando seu rêgo mais e mais contra a cara de Kurama, quase como se quisesse sufocá-lo, e o youko aceitava, arfando, buscando ar enquanto devorava aquela bunda magnífica, sem fôlego mas ainda insistindo, sem querer largar aquele buraquinho delicioso que se contraia e relaxava, pulsando contra seus lábios, como se respondendo ao seu beijo, quente e muito macio como uma flor de seda...

O youko sentia seu pau muito duro. Ainda não gozara, e isso depois de ter chegado quase no clímax duas vezes já - Seu pênis ardia inteiro de tanto tesão, e o calor do êxtase enrijecia os musculos de suas coxas e sua barriga, tanto que mal podia se mexer.

"Ah... Que boca... Que lingua gostosa..." O Rei de Gandara sussurrou, num apelo sexy e largado, enquanto arqueava as costas cheio de tanta volúpia que seu corpo formigava inteiro... "Nunca achei uma vara tao gostosa e imensa como a sua, Kurama..."

Com esse comentário, rouco e deliciado, Yomi se moveu de novo, dessa vez se afastando, deixando Kurama respirar, revelando seu rosto inchado pelos tapas e afogueado mas congelado numa expressão de pura delícia. Yomi deslizou o corpo para baixo e acomodou-se bem acima dos quadris do outro, separando bem aos joelhos para montá-lo.

"Ah!... Está bem duro! Eu sabia que você ia adorar me ter como amante de novo, Kurama... Olhe só..." E dizendo isso Yomi levou uma das mãos até atrás de si, para alcançar a imensa ereção do youko, e acaricia-la num movimento longo e lento, para cima e para baixo, e então novamente, estimulando-o mais...

Kurama gemeu e se contorceu no leito. De olhos bem abertos, viu Yomi erquer um pouco a bunda e acomodar-se, encaixando a cabeça de seu pênis bem na própria entrada. Ele balançou os quadris de leve enquanto fazia força para baixo, empalando-se na vara imensa do youko.

"Ah! Que gostoso! Adoro isso! Que saudade de teu pau no meu traseiro, Kurama..."

Kurama respirou fundo, extasiado ao sentir seu pênis penetrar aquela bunda tão deliciosa, grande e musculosa, perfeita, cujo orificio apertava-se em volta de seu pau e ia engolindo-o, envolvendo-o em toda a extensão, delicioso como uma luva de calor e paixão...

"Ah! Yomi... Mexe... Vai... Me enfia todo..."

Yomi assentou-se mais, cravando seu corpo naquele monumento de volúpia feito de carne, sangue e tesão. Soltou um longo, deliciado gemido, e inclinou-se para a frente, fazendo o pau de Kurama toça-lo mais fundo, estimulando sua próstata e massageando todo o seu reto. Yomi ainda contraiu as coxas e as nádegas, estrangulando o penis do youko com a força do seu anel de couro, enquanto agarrava punhados daquelas lindas mechas de cabelo prateado e puxava, trazendo Kurama mais para si, dominando-o, guiando-o para que se movesse com ele como se montasse um cavalo.

"Vai, Kurama! Com força!" Yomi gritou, exigindo, enquanto se movia com fúria em torno do pau de Kurama, fazendo-o entrar nele todo, até que suas nádegas se colassem nas coxas de Kurama. Começaram a se mexer, mais, com mais força, e seus corpos se golpeavam produzindo sons e suor enquanto se esfregavam. Yomi puxou Kurama pelos cabelos, e o youko cerrou os olhos, resfolegando, impulsionando seus quadris para cima enquanto Yomi se forçava mais para baixo, ambos querendo que a penetraçao fosse além do limite.

Gemeram juntos, e seus músculos se retesaram mais quando iam se aproximando do clímax. Kurama esqueceu seu ânus que ainda ardia e sangrava, e seu rosto inchado e vermelho de tapas. Não ligou para seu peito e abdomen lanhados de unhas, nem para o seu cabelo sendo puxado. Nada mais tinha sentido a não ser aquele calor que ia apertando-se a volta de seu pênis, e o movimento de vai e vem que fazia dentro do corpo de Yomi...

"Ah... Yomi..."

O youkai contraiu seu corpo todo, com tamanha fome, tamanha fúria, que gritou numa mistura de êxtase e dor ao ter sua vara esmagada pela passagem que se fechava a sua volta, arrancando o clímax de seu corpo a cada ir e vir daqueles quadris enormes e coxas tão musculosas... Gemeu alto. Não aguentava mais. Tremeu todo, num espasmo que era todo prazer, e deixou-se derreter, deixou-se escoar, jorrar para dentro daquele buraquinho gostoso e quente que o estimulava.

"Ah! Sim! Goze, Kurama... Goze dentro de mim! Me dê todo esse seu leite!" Yomi gritou, agarrando Kurama pelos braços, enlaçando seus ombros e puxando-o para diante, para que se abraçassem.

Trocaram um outro beijo. Um beijo que era também um profundo gemido mútuo de gozo enquanto o sêmen de Kurama invadia o reto contraído de Yomi num jorro rico e intenso. Yomi rebolou mais os quadris, insistiu mais, querendo tirar de seu youko até a última gotinha de gozo, estimulando-o mais, mais, mais, e sentindo sua própria ereçao estremecer em toda a sua extensão, anunciando seu prórpio clímax.

Sua língua brigou com a do youko num beijo tão molhado que lhes escorria pelos queixos, pingando, enquanto acariciavam-se com toda a loucura. Estimulavam seus mamilos, apertavam e beliscavam, e Yomi começou a esfregar bem seu pau de encontro a barriga firme e definida de Kurama, num balanço contínuo.

Lentamente, separaram seus lábios. Kurama suspirou, enlevado pelo gozo, e Yomi sorriu, com o rosto ainda tenso, visivelmente contendo seu orgasmo.

"Abre a boca, Kurama..."

O youko obedeceu docilmente, com seu corpo ainda amolecido pelo clímax magnífico. Sentiu Yomi erguer o corpo, e seu pau deslizou de dentro dele, muito molhado, ainda sensível por aquele sexo tão espetacular, e caiu de encontro a sua virilha, murchando devagar. Yomi se moveu para a frente e se ajoelhou no leito, ao mesmo tempo em que puxava a cabeça de Kurama para baixo, para abocanhar seu pênis de novo.

Bastou aqueles lábios envolverem a cabeça de seu pau para que Yomi gozasse, gritando alto, sacudido por um espasmo de prazer que arqueou seu corpo inteiro enquanto se jogava para frente, para encher bem a boca e a garganta do youko com sua pôrra quente.

Kurama agarrou Yomi com força, cravando seus dedos no traseiro dele, puxando-o mais para dentro de sua boca enquanto engolia tudo, cheio de fome por aquele líquido que jorrava, e do pau imenso que pulsava selvagemente, ainda indomado, na sua boca.

"Engole! Engole tudo, Kurama! Ah!"

O youko engolia, chupava, lambia... Não podia resistir... O gozo deixara-o totalmente submisso, e tudo que queria agora era deitar, abraçar seu parceiro, e descansar.

Sorriu ao sentir a pôrra escorrer de seus lábios quando Yomi se afastou, tirando o pau de dentro de sua boca, num movimento bem lento. Fechou os olhos, e apenas deixou o Rei de Gandara abraça-lo e deitá-lo de volta na cama, com um carinho extremo.

Kurama notou sua cabeça ser ajeitada sobre um travesseiro muito macio. Seu corpo ainda vibrava com o climax, mas ele tentou relaxar, espreguiçando-se enquanto Yomi acariciava com um toque reverente o seu corpo nu.

"Você é lindo, Kurama. Logo serei capaz de ver esse seu rosto magnífico de novo..."

O youko nao se importou com as palavras. Seu relaxamento era tanto que a coleira de metal em seu pescoço nem pesava. Ele sorriu ao sentir os dedos de Yomi lhe acariciarem o rosto, brincando com seus cabelos. Um toque frio, suave, como seda, deslizou por todo o seu rosto e seu peito, e mesmo de olhos fechados Kurama sabia que era Yomi, usando uma ponta do lençol de seda para limpa-lo do semen e do suor que o maculava.

O youko bocejou. E seu gesto foi interrompido pela boca de Yomi, que se grudou na sua para um novo beijo. O youkai sorria, e a forma contente de seus lábios contagiou Kurama, que riu também, enquanto sugavam devagar o gosto um do outro.

"Hummm... Como é bom sentir o gosto do meu sêmen na tua boca..." Yomi sussurrou, ao interromper o beijo.

Kurama abriu os olhos, e fitou o rosto de Yomi. Não sabia o que seria dele, ali, prisioneiro.. Porém o prazer fôra tanto que não queria nem pensar em nada. Ele apenas assentiu, ainda sorridente.

Yomi tocou a testa do youko, percorrendo os dedos muito de leve pelas suas sombrancelhas, e então tocou seus cílios, fazendo o youko piscar.

"Você tem olhos tão lindos, Kurama... E perfeitos..." Yomi inclinou a cabeça para beijar cada um dos olhos do youko então, num toque leve como uma pluma flutuando no mais diáfano amor. "Eu nunca vou te deixar partir. Nunca mais..."

Kurama fechou os olhos, e virou a cabeça, querendo dormir, mas Yomi ainda o deteve.

"Olhe para mim, Kurama. Olhe para os meus olhos cerrados! Os olhos que você mandou cegar!"

Kurama obedeceu. Yomi fôra tão incisivo que Kurama até assustou-se, mas mesmo assim, assentiu, e fêz o que lhe era pedido e tremeu. Será que chegava o momento da vingança, como Yomi mencionara? Ia enfrentar a dor e o medo agora, depois de um orgasmo tão arrebatador?

Yomi fitou o youko com seus olhos cegos, e sua expressão era de carinho, e ao mesmo tempo, de uma intensidade perversa e apaixonada.

"Você é meu. Sua alma, seu corpo, seu sexo e seus olhos... Seus olhos dourados são meus..."
 

**********


A operação fôra um sucesso!

Desde o início Yomi confiara que tudo daria certo. Muitos haviam se preocupado, alertando-o de que era uma intervençao muito delicada; Shura tentara tudo para que Yomi desistisse de seus planos insanos. No entanto, todos agora, incluindo o principe de Gandara, surpreendiam-se com o resultado tão positivo da operação.

A expectativa, a ansiedade que tomara conta do palácio de Gandara e aninhara-se dolorosamente no peito de Shura desvanecera-se totalmente. As semanas de dúvida haviam culminado num sucesso estrondoso, e que Yomi exibia, contente e orgulhoso, perante seus comandados e súditos.

Shura nunca estivera tão feliz, Era como se Yomi finalmente houvesse recobrado tudo - seu orgulho, sua honra, seu amor-próprio.

E muitos dos jovens oficiais e nobres cochichavam ao ver Yomi passar, que o Soberano de Gandara nunca estivera tão lindo. Sentiam-se incrivelmente atraídos por ele...

Era bom saber que tanta coisa mudara, e para melhor. Fôra uma resoluçao tão simples - Rápida, indolor, sem riscos. A ciencia em Gandara era a mais adiantada do Makai. Progredira ainda mais desde que Shura fôra criado, o que fizera aquela intervenção tornar-se descomplicada e segura.

Sentia-se um novo youkai. Agora possuía novos horizontes, e realmente percebia a vida a sua frente sob uma nova perspectiva. Inflara-se de desejo e paixão. Tudo mudara a medida que a amargura, a sede de vingança e o amor não correspondido por Kurama eram varridos de seu coração e sua mente.

Sentia-se seguro. Possuía tudo o que sempre sonhara. Estava inteiro novamente.

Era Rei. E tinha seus súditos, suas obrigações, seu filho... Porém uma das horas mais felizes de seus dias era quando retornava para seu escravo. Seu escravo youko.

Entrou em seus aposentos com um sorriso, e caminhou lentamente pela ante-sala, penetrando no cômodo pouco iluminado. As luzes eram poucas, quentes, e estimulavam o sexo e o amor, assim como o aroma do incenso que queimava, inundando o local com um doce perfume, que no entanto não abafava o cheiro almiscarado do youko.

Como sua vida era boa agora!

"Estou aqui, Kurama." Yomi anunciou ao entrar. Agora o youko se assustava com qualquer barulho. Afinal de contas, era difícil para ele... Kurama ia levar bastante tempo até se acostumar a sua nova condição.

"Yomi... Eu me senti tão só aqui..."

 A voz ligeiramente rouca agora era suave, submissa. o rei sorriu ao aproximar-se. Kurama estava sentado bem quieto sobre as pernas dobradas numa almofada ao pé da cadeira preferida de Yomi.

"Estou aqui, raposinha... Que bom que você está feliz de ver o seu dono..."

Kurama assentiu, e sorriu, abanando a cauda, quando Yomi se curvou e afagou sua cabeça, brincando com uma de suas orelhas peludas, fazendo um cafuné gostoso...

"Vai usar meu corpo hoje, meu Rei?"

Yomi sentou, ajeitando-se nas almofadas. Era bom estar ali, nos seus aposentos, sossegado o suficiente para apreciar a companhia de seu youko.

"Vou. Está pronto para mim?"

"Sim. Sempre."

Era bom que Kurama tivesse se ajustado a sua nova vida. No inicio ele protestara muito, mas alguns castigos e algumas torturas haviam-no domado. Yomi compreendia que Kurama sofria, por isso apesar de castigá-lo, nunca fôra extremamente cruel com ele; apenas um pouco - o suficiente. No início Kurama gritara muito e se debatera demais de tanta dor e desespero. Entrara em depressão, e só agora começava a se recuperar.

Logo logo Kurama adoraria seu novo papel. E mesmo que não acontecesse, Yomi não se importava. Afinal o youko não tinha mesmo outra opcão.

Yomi assentou-se, e nem precisou chamar o outro. Este se ajoelhou a seus pés e começou a afagar suas coxas enquanto beijava sua barriga. Mesmo por cima das roupas era um toque muito estimulante. Kurama era mesmo um mestre na arte do amor.

Satisfeito ao ter seu servo sexual tão disposto e solícito, Yomi buscou uma chave de um dos bolsos de seu casaco.

O youko parou e esperou, ouvindo o tilintar baixo das chaves, e orientando-se por ele. Ergueu-se devagar, e moveu seus quadris para a frente, mostrando-se a Yomi. A argola de metal ainda estava em torno de seu pescoço, bloqueando sua energia demoníaca, e a esse artefato Yomi somara outro - Um cinturão de metal que lhe caía sobre os quadris, vedando o acesso ao seu sexo, e a seu ânus, deixando apenas frestas, suficientes apenas para suas necessidades fisiológicas.

E foi esse cinto de castidade que Yomi descerrou com tres voltas da chave num cadeado enorme e pesado que pendia de entre suas pernas.

O objeto pesado caiu no chão com um alto baque metálico, e Kurama de imediato sentou-se no colo de seu Rei, sempre balançando a cauda de felicidade.

"Meu youko..."

Kurama aceitou o beijo. Um beijo rápido mas cheio de desejo, enquanto Yomi deslizava as mãos por seu corpo em carícias intensas que tocavam seu sexo e já iam despertando-o para o sexo, num firme vai e vem.

Kurama se sujeitou; afinal, nao tinha mais nada a fazer. Era prisioneiro. Passava o tempo todo com aquele cinto de castidade e a coleira em seu pescoço. Não recebia a visita de ninguém, e era proibido de deixar os aposentos de Yomi. Vivia o tempo todo ali, trancado, prisioneiro da escuridão, sem fazer nada, a não ser aguardar pela chegada de seu mestre...

Sujeitava-se. Estava mergulhado ha humilhaçao e derrota. Tivera seu amor-próprio e seus olhos arrancados. Mesmo que se aventurasse além daquelas paredes, como ia fugir? Como conseguiria guiar-se e escapar?

"Yomi... Vem..."

O rei de Gandara acariciou o rosto do youko, satisfeito com sua doce submissão. Tocou bem de leve as pálpebras cerradas dele, e saboreou intimamente o sabor de sua vingança. Uma vingança que só lhe dera contentamento.

Quando Yomi sorriu, e puxou o youko mais junto para si. Seu contentamento era tanto que até seus olhos pareceram sorrir.

Sim, olhos - Yomi recuperara sua visão, graças a tecnologia de Gandara. E também, gracas a seu novo e dedicado escravo.

"Você tem um rosto lindo, Kurama. Agora que posso vê-lo de novo recordo bem porque me apaixonei por você há mil anos atrás." Ele murmurou, fitando com amor e possessividade aquela face de traços delicados, cujas pálpebras mantinham-se cerradas.

E os novos olhos de Yomi brilhavam de prazer.

Seus olhos dourados...
 
 

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Por Sandy Youko sandy_youko@hotmail.com
Dezembro de 2000