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    D. Francisco Manuel de Melo  

HISTÓRICO
Julho • 2000

LIGAÇÕES EXTERNAS
Projecto Vercial

OBRAS CONSULTADAS

Breve História da Literatura Portuguesa, Texto Editora, 1999

A. J. BARREIROS, História da Literatura Portuguesa, Vol. 1, 11ª ed., Editora Pax

A. J. SARAIVA, Óscar LOPES, História da Literatura Portuguesa, 12ª ed., Porto Editora

 
   

De origem nobre, Francisco Manuel de Melo nasceu em Lisboa a 23 de Novembro de 1608; é, portanto, contemporâneo do P. António Vieira. Estudou com os jesuítas no Colégio de Santo Antão e passou algum tempo na corte de Madrid. Essas duas escolas e o seu empenho permitiram-lhe granjear uma sólida formação humanística.

Aos 17 anos escolheu a carreira militar. Esteve inicialmente na marinha, passando depois para o exército. Em 1637 participou na repressão aos revoltosos de Évora. Dois anos depois encontramo-lo na Flandres, lutando contra os holandeses. Em 1640 integrou as forças espanholas encarregues de combater a rebelião da Catalunha.

A restauração da independência em Portugal, no mesmo ano, levou-o à prisão; sendo português era naturalmente suspeito de apoiar a causa do Duque de Bragança, futuro D. João IV. Ao fim de alguns meses acabou por ser solto e, pouco depois, aderiu à causa do monarca português, que o encarrega de trazer da Holanda para Lisboa uma frota de 44 navios e munições para o exército.

Em 1644 foi detido novamente, acusado de cumplicidade num homicídio. Permaneceu na prisão até 1655, tendo então sido degredado para a Baía (Brasil), onde permaneceu durante três anos, dedicando-se aos seus trabalhos literários e à recuperação das finanças pessoais, por meio do comércio de açúcar.

Regressou a Portugal, já depois do falecimento de D. João IV, e conseguiu recuperar o prestígio político, chegando mesmo a ser encarregue de várias missões diplomáticas. É desta fase a sua participação na Academia dos Generosos. Aproveitou os anos de prisão e exílio para escrever algumas das suas melhores obras.

É um escritor bilingue: português e castelhano. A sua actividade literária estendeu-se pela poesia, teatro, crítica literária, história, epistolografia e prosa didáctica. Os Apólogos Dialogais incluem quatro textos diferentes: "Relógios Falantes", "Escritório Avarento", "Visita das Fontes" e "Hospital das Letras".

Morreu em Lisboa (Alcântara) a 13 de Outubro de 1666. Pouco antes tinha sido nomeado para a Junta dos Três Estados.

      BIBLIOGRAFIA
  • Obras Métricas
  • Auto do Fidalgo Aprendiz
  • Apólogos Dialogais
  • História de los Movimientos Y Separación de Cataluña
  • Obras Morales
  • Epanáforas de Vária História Portuguesa
  • Cartas Familiares
  • Carta de Guia de Casados