Ausência 


Nunca te vi.
Mas já te admiro. És flecha em meu peito.
E em meu coração, um tiro.
Tua ausência é rotina, tua voz não conheço.
Dessa vida cretina , perdi o começo.
Desaparecem saudades, a escuridão é bem-vinda.
Carinho sufoca e, comigo, a solidão brinda

Que bom! Nem fugiste pra longe de mim.
E eu sempre tão triste, preferia o fim.
Adoro ouvir o que o silêncio me diz:
Que meu mundo não é esse, sou um mero aprendiz.
E se tudo eu vivesse e tivesse perdido,
Eu seria feliz mas teria sofrido.
E minhas mentiras não fariam sentido.