Deus não passou escritura de terra

para ninguém

 

 

Deus não passou escritura de terra para ninguém. Com essa frase, alguns integrantes do Movimento dos Sem Terra – MST, em todo o País, invadem propriedades rurais, saqueiam  casas, destroem cercas, máquinas e equipamentos dessas propriedades, e em alguns casos, até matam, em nome de uma justiça social, que entendem só existirem para eles. Por outro lado, pessoas que ao longo dos anos construíram um patrimônio, com muitos sacrifícios, às vezes com o trabalho árduo e honesto, outras nem tanto,outras, vindo de heranças ou posse pacífica, já que não havia manifestação contrária por parte dos detentores da propriedade, no caso, muitas vezes, o poder público.A verdade é que um enorme percentual dos integrantes desse movimento, é constituído, ora por desempregados das periferias das cidades, gente que nunca trabalhou na agricultura,  noutras, por gente que já tem seu “pedaço de terra” e quer  mais, muitas vezes para vender, sem se falar nos que  já tem sua terra e quer mesmo é vê “o circo pegar fogo”. Claro que eles têm um comando altamente especializado, verdadeiros profissionais  nas artes de  invasão, articulação e convencimento de pessoas, como também em técnicas de liderança. São esses lideres, pessoas que há muitos anos não sabem o que é trabalhar de verdade. Ganham rios de dinheiro para comandarem essas invasões e na hora que o negócio esquenta, são os primeiros a correrem. Vejam o caso recente de um dos líderes nacionais do MST, José Rainha, que foi flagrado em um  carro portando uma arma de grosso calibre, no caso uma  escopeta calibre 12, de uso exclusivo das forças armadas. De princípio, o motorista disse ser  o proprietário da referida arma, mas, em depoimento  em uma delegacia, voltou atrás e  afirmou que a arma era de José Rainha, que estava preso, e várias tentativas de relaxamento de prisão impetradas por seus advogados, foram indeferidas, fazendo com que ele permanecesse pelo menos 23 dias na prisão. Acontece porém, que em menos de uma semana de liberdade, José Rainha teve novamente sua prisão decretada, juntamente com as de outros 12 líderes do MST, em virtude de diversos atos cruéis praticados contra dissidentes do  movimento.

Não muito recentemente, uma senhora octogenária foi presa, acusada de ser a mandante de um crime de assassinato contra invasores de sua propriedade. O que ela fez, se é que fez, não foi  o certo. Mas  qualquer um que se ponha no seu lugar, vai entender o desespero de uma mulher dessas, pois viúva, tinha na propriedade sua fonte de renda, e de repente vê tudo perdido. Sem perspectivas de poder começar uma nova vida,  entregou-se ao extremismo, mesmo depois de  mais de oitenta anos de v ida pacífica, sem nunca  antes ter entrado numa delegacia ou mesmo tido qualquer encrenca com vizinhos, ou quem quer que fosse.

O interessante nessa estória é que, se Deus não deixou terra para ninguém, por que então fazem de tudo para ter seu “pedaço de terra” ? Porque invadem propriedades alheias com atitudes de verdadeiros bandidos, como por exemplo a invasão recente da fazenda da família do Presidente Fernando Henrique ?   Houve ali um verdadeiro vandalismo,  com desrespeito não somente à propriedade, como e principalmente, à instituição presidencial. Afinal de conta, se o Presidente da Republica não tem defendido seus direitos, como poderão serem garantidos os direitos dos cidadãos comuns ?

Somos a favor de que todos tenham seu espaço para morar, trabalhar, produzir e viver com dignidade. Mas esse deve ser conquistado pelo trabalho contínuo, pacífico e honesto, e não por atos extremistas como muitas vezes vem   acontecendo.

Pe. Pedro Rolim

  

 

WebMaster: David Elias N. Sá Cavalcante

Editor/Redator: Elias Eldo Sá Cavalcante

F O L H A   D E   M O M B A Ç A - Nº 12 - AGOSTO/2002