GRANDES MESTRES

O mês de outubro, entre os seus dias, reserva aquele dia consagrado ao mestre, ao professos, que talvez se pôs a pensar na sua triste situação, agora inclusive, com o salário estigmatizado entre os piores do mundo, perdendo apenas para a Indonésia e o Peru (conforme pesquisa realizada pela Organização Internacional do Trabalho) com o título “Professor do País: pior salário do mundo”.

Para se ter uma idéia, um professor na Alemanha, anualmente recebe 30 mil, em Portugal 50 mil e, no Brasil, com a mesma experiência no topo da carreira, provavelmente recebe 10 mil reais por ano, mesmo com formação universitária.

Calcula-se a civilização e cultura de um povo pelo valor que ele dá a educação. E quem é hoje o professor brasileiro? Um cidadão que precisa trabalhar três expedientes por dia para receber um salário de miséria no final do mês; ensinando para classes repletas de alunos (35 à 50),; alguns deles, sem a menor de freqüentar uma sala de aula, por indisciplina, desinteresse, má formação familiar etc.; pensemos então, no estado físico emocional e psicológico de um professor.

Me refiro ao professor como mestre, não só pela sua formação universitária, mas também pela formação pessoal e intelectual deste.

Nada mais contraditório do que ser professor: ganhar pouco, ser humilhado, sem quaisquer reconhecimentos na maioria das vezes; mesmo assim, objetivando formar cidadãos comprometidos com a sociedade, com o mercado de trabalho e, ao mesmo tempo em que é responsável pelo ensinamento da moral e da ética, construindo a elite pensante e até financeira de um país.

Hoje escrevendo este artigo, dou meus sinceros parabéns a estes grandes guerreiros que diante de tudo isso se mantém de é, firmes e fortes. E aproveitando a oportunidade, o meu cordial abraço aos grandes mestres da escola Agrícola, da qual hoje faço parte, não esquecendo também dos professores da Escola Maria Ambrozina Cavalcante, em Morada Nova, onde nesta difícil missão de ensinar, contribuíram para o meu aprendizado.

Evelyn Moreira Mota

(2° ano CAPAC)

estagiaria do BEC.                                                       

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Editor/Redator: Elias Eldo Sá Cavalcante

F O L H A   D E   M O M B A Ç A - Nº 15 - NOVEMBRO/2002