Falar de Valderez Diniz Vieira não nos é difícil frente ao conhecimento que podemos acumular ao longo de muitos anos de convivência com o mesmo e  sua família. Seu Pai, Gerson Cavalcante Vieira, era de tradicional família mombacense, detentora de grandes áreas de terra no município. Sua mãe, Dona Maria Diniz Vieira, era de tradicional família da cidade de Cedro, no interior cearense.

Valderez nasceu em 28.05.1932. Morou na cidade de Baixio-Ce até os 4 anos, quando veio morar em Mombaça. Teve 6 irmãos: Zé Diniz, Geraldo e Wilmá (já falecidos), Wildes, Maria Salete e Maria Tereza. Ainda criança, foi mandado junto com o irmão Zé Diniz para estudar na cidade de Senador Pompeu, na época, centro de referência regional, nas áreas de educação e sócio-econômica, mas com o falecimento de seu Pai, largou os estudos e com pouca idade assumiu o comando da propriedade da família, no caso tendo a Fazenda  Santa Bárbara, como sede e ainda hoje de sua propriedade.

            E deu mesmo conta do recado, até mesmo nas horas em que precisou agir com rigor no trato com os chamados “moradores” de mais idades, que às vezes não queriam receber ordens de “um menino”. Mas aos poucos foram acostumando-se em receber ordens de uma pessoa mais jovem, mas que realmente dava conta do recado, fazendo assim com que a fazenda continuasse a produzir tanto ou mais que na administração de seu Pai.

            No dia 19.12.1963 casou-se com a jovem Maria Alda Brasil Vieira, vindo a terem   9 filhos,  sendo 6 homens  Gerson, José, Ailton, Alexandre, Zé Ricardo e Rafael, e 3 mulheres  Maria Carmelita, Sara e Antonia Maria, os quais lhes deram bastante netos.

            Nos anos sessenta, quando Mombaça tornou-se o segundo maior produtor de algodão do Ceará, desenvolvendo inclusive uma boa base de indústria de cotonifícios, com duas usinas de beneficiamento de algodão e uma de óleos e torta de algodão, Valderez Diniz foi por vários anos o maior produtor de algodão do município, sendo por extensão um dos maiores do Ceará.

            Já homem realizado ainda bem jovem, estabeleceu-se comercialmente na cidade de Mombaça e também com uma loja de venda de produtos de couros e derivados, recebendo convite para ingressar na política, elegendo-se por duas vezes vereador nos anos de 1958 e 1962. Posteriormente foi eleito Prefeito Municipal de Mombaça, pelo então MDB, exercendo dignamente o mandato de 1977 a janeiro de 1983, quando houve prorrogação de mandatos visando adequar o calendário eleitoral brasileiro.

            Entre seus empreendimentos, foi proprietário dos dois postos de bandeira Atlatic na cidade, localizados, um na Vila Iracema  hoje Posto Evangelista, e o outro onde hoje é o Posto São Pedro 10, no bairro Tejubana.

            Há alguns anos, com a decadência da cotonicultura, mudou-se para Fortaleza, passando a administrar suas propriedades à distância, mas acompanhando de perto a política do seu município, tendo inclusive sido candidato a Deputado Estadual visando colaborar com a legenda de seu partido, o PMDB.

            É esse o perfil de um misto de caboclo do sertão, agropecuarista, comerciante, empresário e político, que curte hoje ao lado de sua querida Dona Alda a merecida aposentadoria.