A
poucos dias, ouvi umas piadas sobre nossa cidade, que a princípio
me fez cair na risada. Mas, minutos depois de “cair a ficha”,
fiquei me consumindo com uma tristeza por concluir que na realidade
era ruim ouvir aquilo sobre a minha cidade. Os comentários eram
mais ou menos assim: Mombaça deveria mudar de nome, deveria se
chamar “Latinha”. Latinha, imaginei? Sim, latinha! Latinha Dert,
Latinha Caixa Econômica, Latinha Usina, Latinha Escola Agrícola,
etc, etc. Poderia ser realmente uma piada de mau gosto, se no fundo
não houvesse um fundo de verdade. A maioria das pessoas que riram
da piada se identificaram e entendiam o sentido dela. Porque na
verdade, a maioria dos mombacenses vive hoje um sentido de
negativismo para com sua cidade. Esse é o “X” da questão.
Parte dessa imagem negativa se deve a uma corrente pessimista que
passa de boca em boca, cidade em cidade, e vai aos poucos destruindo
o pouco de respeito e orgulho que ainda resta dentro de cada um de nós
mombacenses.
E é aí caríssimo
conterrâneo, que você entra: É muito mais fácil apontar, julgar
e achar os culpados do que olhar para os nossos braços, que
continuam cruzados. É mais fácil se acomodar, aceitar o sistema,
fugir da realidade. E dentro deste contexto, continuarmos deixando
de exercermos nossos papéis como cidadãos. Está na hora de parar
para pensar, refletir com profundidade qual a nossa parcela de culpa
diante da realidade. E a melhor coisa que pode acontecer quando a
gente quer mudar, é questionar, é duvidar, é COBRAR o que poderia
ser nosso de direito.
Se paramos no tempo, se perdemos um pouco da nossa dignidade
como cidadão, devemos está nos perguntando como mudar, por onde
começar? Sabe por que o desânimo, a falta de fé? Porque ignoramos
nosso potencial como cidadão, ignoramos as leis, as normas; porque
além de deveres, temos Direitos. Direito de exigir, de reclamar, de
protestar.
Se leu o artigo até aqui, é porque de uma certa forma
concordou com meu ponto de vista. E para mudar o perfil negativo de
nossa cidade, só depende de nós, e só de nós...
Pense Nisso!
Flávia Sá
|