Não se pode negar que a educação no município de Mombaça tem evoluído nos últimos anos. No âmbito do ensino fundamental e médio, vive-se um momento de busca de qualidade do processo ensino-aprenizagem. A dipomação de mais de 100 professores leigos do município, em uma solenidade singela e cheia de emoção, é uma testemunho desse movimento inovador na educação. Completando o quadro, cerca de 87 alunos colam grau pela Universidade Vale do Acaraú.
O processo tem sido comandado pela Secretária de Educação do Município, Professora Leda Jota Evangelista, com o auxílio dos diretores das escolas, tanto municipal, estadual, como da comunidade, contando ainda com o indispensável apoio do prefeito Benone Dereco e de programas dos governos estadual e federal.
Entretanto, para que o desenvolvimento da educação no município seja sustentável e esteja apoiado em bases sólidas, é necessário que as pessoas envolvidas com a educação e a própria comunidade comecem a pensar na formulação de uma Plano Municipal de Educação onde se projete uma escola voltada para os anseios e necessidade da população.
As diretrizes básicas desse Plano poderão estar apoiadas nas seguintes premissas:
· Qualificar e prestigiar os recursos humanos envolvidos na educação, valorizando o professor e formando uma quadro de profissionais altamente preparados para dirigir e gerenciar as unidades escolares;
· Repensar a escola em que a função primordial dos educadores seja o desenvolvimento do potencial criativo dos alunos, estimulando-os a pensar e inovar, mostrando-lhes o caminho para uma cidadania consciente e integrada com a formação moral e religiosa da família do educando. A ação desses educadores é determinante para o êxito dos alunos, principalmente, no que diz respeito ao processo de constituição de conhecimentos e valores, com reflexos em toda sua vida;
· Integrar a escola na era da informação e do mundo globalizado, em virtude da crescente importância das comunicações que vem alterando substancialmente a sociedade contemporânea, e
· Evitar que os cargos de direção e gerência sejam ocupados por pessoas despreparadas e que, ainda por cima, que não tenham nenhum compromisso com a educação do município.
É bem verdade que para o desenvolvimento e execução de um Plano de tamanha envergadura, os recursos do Poder Público Municipal são insuficientes. Há de se procurar por meio de projetos bem fundamentados, o aumento do auxílio dos Governos estadual e federal, utilizando a influência de nossos representantes na Assembléia Legislativa e na Câmara Federal.
Há um fator que ajuda a pensar no sucesso do Plano: as escolas da cidade estão instaladas em prédios construídos para essa finalidade, como é o caso do Divino Salvador, Castro Alves, Escola Agrícola, Pedro Jaime, Ananias Vieira, entre outras. As instalações estão em médias condições e são mantidas pela abnegação do quadro de funcionários, sob a coordenação da direção de cada escola. A maior parte do investimento deverá, então, ser empregado na qualificação de professores e treinamento de diretores, na melhoria de salários, sendo que a outra parte poderá ser aplicada em recursos materiais, como aquisição de computadores para as escolas.
Portanto, a comunidade de Mombaça deve procurar apoiar as forças educacionais do município, para que as mesmas possam preparar um futuro melhor para a juventude estudantil da terra, apontando possibilidades e mostrando novos caminhos, para que essa geração, no futuro, não seja indicada como a responsável pela falta de saber da população.