Garden

O cão olhava-me com um ar admirado. O filho da puta não está habituado a ver-me nestes preparos. As ervas crescem como se fossem adubadas todos os dias, qual jardim á beira mar plantado. Os granitos e grauvaques dispersos em perfeita harmonia. Limpo as folhas com um à vontade de quem se dedica a estas actividades todos os dias. Tenho de fazer isto mais vezes afinal não custa tanto como pensava. O canino contempla-me com um desdém, agora é que me perdeu por completo o respeito. O facto de arranjar o seu mictório preferido não lhe induz respeito. Bem mas não perdes pela demora, deixa-me acabar isto que já levas. Tenho de Ter cuidado com o vizinho do 3º frente, cada vez que arreio no cão a besta tem de aviar na mulher é daqueles que defende que a violência puxa a violência.

Não me posso distrair tenho de acabar a tarefa que tenho em mãos, o pó entra-me até aos confins dos brônquios ó tarefa herculea será que estes calhaus não têm fim, mais meia duzia de calhaus e é oficial passo a ser proprietário de uma pedreira.

A porta fecha-se com a força do vento. Os deuses dizem-me para sair. O interior do  teu carro já está limpo.

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