F  *  U  *  N
Homepage
                
  
 

  View 

  Sign 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 
 
 
 

 

 
 
 
 
 
 

             American Pie                    
            (American Pie, EUA, 1999) 
 

            
            A história não é nada original. Nada é muito original. Mas é engraçado. Grosseiramente engraçado.
            Quatro amigos fazem um pacto que, até o baile de formatura,  eles transariam, e se ajudariam mutuamente para que isso acontecesse. É tudo isso. Mas o que interessa é como é contada a história.
           Se "American Pie" é o Porky´s dos anos 90, eu não posso dizer. Eu sou dos anos 90. Espero que não, por que Porky´s era muito ruim. Os atores eram ruins, os diálogos eram ruins, os personagens eram ruins, a história... bom, a história é a mesma. A diferença dos anos 90 é que os adolescente são adolescentes, e agem como tais. Têm dúvidas e até alguns sentimentos, não são máquinas atrás de sexo (bom, não são máquinas....)
            Não chegaria a ser o retrato da juventude do final do século, mas um bom esboço. Os jovens já têm certa liberdade para falar sobre o assunto (os pais não são mais figuras obscuras de bobs que só servem para se dar uma desculpa qualquer) - até o pai de Jim, o personagem central, está pronto para tirar qualquer dúvida do "filhão - ; eles têm  perguntas, e  não só sobre a "mecânica" da coisa; procuram uma garota da sua idade, com quem tenham um certo relacionamento; e a grande mudança são mesmo as meninas, que não são mais virgen indefesas, mas garotas que sabem o que querem (e elas querem). Finalmente se parecem mais com a platéia.
            Não seria tão engraçado se não fosse quase realista. Claro, muitas piadas são grandes exageros, mas nada sobrenatural. O filme é quase baixaria (americana) do início ao fim, mas é, surpreendentemente, engraçado. De chorar de rir (claro, você tem que "desencanar" de qualquer assunto sério e se deixar levar)
            Um problema é o final, que acaba um pouco com o "realismo", parece uma lição de moral, onde todos aprenderam uma boa lição. Nada mais politicamente correto, meio que para se "redmir" das grosserias do filme. 
           Na parte "artística" da coisa, nada muito inovador. Também, nem deveria. A direção é usada só para contar a história, tem que ser imperceptível. Os atores são jovens interpretando jovens, nada muito complicado.
            Para se divertir tem que ser adolescente, ou pelo menos perto de. Talvez por isso mais da metade do cinema não ria quando um dos amigos tente conquistar uma mulher mais velha enquanto toca "Mrs. Robson" (que não devem nem ter notado). Mas talvez os adultos só riam mesmo nessa parte.