Aluísio de Azevedo

(1857-1913)

 

Aluísio Tancredo Gonçalves de Azevedo foi romancista. Nasceu em São Luís, Maranhão, em 14 de abril de 1857. Lançou seu primeiro romance, "Uma Lágrima de Mulher", em 1878, uma obra romântica. Conseguiu manter-se finaceiramente escrevendo outras obras no mesmo estilo, porém seus três principais trabalhos foram feitos segundo a escola naturalista, uma corrente que buscava descrever os tipos psicológicos de seus personagens baseando-se em teorias consideradas científicas no séc. XIX, em sua maioria racialistas; foram estes trabalhos, "O Mulato" (1880), "Casa de Pensão" (1884) e "O Cortiço" (1890). "O Mulato" (1881) foi lançado meio à campanha abolicionista em São Luís, no Maranhão, um dos estados brasileiros com maior concentração de negros e negromestiços e um dos maiores centros de exploração de trabalho escravo. A obra provocou a ira da elite branca e católica local por narrar as perseguições de um clérico racista contra um jovem mulato, dentro do ambiente da sociedade maranhense. As hostilidades geradas levaram Aluísio de Azevedo a decidir transferir-se para o Rio de Janeiro, onde já antes estivera como estudante. "O Cortiço", considerado sua obra-prima, escrito sob influência de Eça de Queiroz e de Émile Zola, descreve os conflitos humanos e raciais dentro de uma comunidade carente e explorada. Chegou também a publicar um jornal, "O Pensador", que teve vida curta. Em 1895 entra para o serviço público e em 1897 foi aceito na Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira n.º 4. Outras obras suas são "Condessa Vésper", "O Livro de Uma Sogra", "Os Doidos" e "O Madeireiro". Ao entrar para a vida diplomática Aluísio de Azevedo abandonou a produção literária. Faleceu em Buenos Aires, Argentina, em 21 de janeiro de 1913. 

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