|
|
A 1a Lei de Newton | ||
Até o início do século
XVII, pensava-se que para se manter um corpo em movimento era necessária
uma força atuando sobre ele. Essa idéia foi totalmente revirada por
Galileu, que afirmou: "Na ausência de uma força, um objeto
continuará se movendo em linha reta e com velocidade constante". Galileu chamou de Inércia a tendência que os corpos apresentam de resistir à uma mudança em seu movimento. Alguns anos mais tarde, Newton refinou a idéia de Galileu e a tornou sua primeira lei, também conhecida como Lei da Inércia:
Assim, se ele está em repouso continuará em repouso; se estiver em movimento, continuará se movendo em linha reta e com velocidade constante. Veja alguns exemplos: |
||
|
|
|
Quando a força acelera o cartão, a moeda cai no copo. | Quando o cavalo freia subitamente, a pessoa é arremessada. | |
Veja o exemplo da pessoa
cavalgando. Quando o cavalo pára subitamente, a pessoa que estava em
movimento tende a continuar seu movimento, sendo lançada para frente.
Este exemplo também ilustra a importância do uso do cinto de segurança
em um automóvel. Seu corpo está solto dentro do automóvel, assim
qualquer movimento brusco, como em uma batida, onde o automóvel irá
parar subitamente, seu corpo será lançado, tendendo a continuar o
movimento que possuía antes. O cinto é a maneira de prender seu
corpo ao banco do carro.
Já no exemplo da esquerda, você coloca um pedaço de cartolina sobre um copo, e sobre a cartolina uma pequena moeda. Quando você dá um forte 'peteleco' na cartolina, pode ver que a moeda cai dentro do copo. Com o que foi aprendido, pode dizer por quê isso acontece? |
||
2a Lei de Newton | ||
A primeira lei explica o que
acontece com um corpo quando a resultante (soma vetorial) de todas as
forças externas que atuam sobre ele é zero: o corpo pode tanto
permanecer em repouso quanto continuar movendo-se em linha reta com
velocidade constante. A segunda lei explica o que acontece com um
corpo quando aquela resultante não é zero.
Imagine que você está empurrando um caixa sobre uma superfície lisa (pode-se desprezar a influência de qualquer atrito). Quando você exerce uma certa força horizontal F, a caixa adquire uma aceleração a. Se você aplicar uma força 2 vezes maior, a aceleração da caixa também será 2 vezes maior e assim por diante. Ou seja, a aceleração de um corpo é diretamente proporcional à força resultante que atua sobre ele. Entretanto, a aceleração de um corpo também depende da sua massa. Imagine, como no exemplo anterior, que você aplica a mesma força F em um corpo com massa 2 vezes maior. A aceleração produzida será, então, a/2. Se a massa for triplicada, a mesma força aplicada irá produzir uma aceleração a/3. E assim por diante. De acordo com esta observação, conclui-se que: a aceleração de um objeto é inversamente proporcional à sua massa. Essas observações formam a 2a Lei de Newton:
Veja as ilustrações abaixo: |
||
... |
1. A força da mão acelera a caixa; | ![]() |
1. A força da mão acelera a caixa; | ![]() |
2. Duas vezes a força produz uma aceleração duas vezes maior; | 2. A mesma força sobre uma massa duas vezes maior, causa metade da aceleração; | ||
3. Duas vezes a força sobre uma massa duas vezes maior, produz a mesma aceleração original. | 3. Sobre uma massa três vezes maior, causa um terço da aceleração original. |