O Patinho Feio

Fabrizzio B. Dal Piero

Depois da Segunda Guerra Mundial, o General Dwight D. Eisenhower e seu Estado-Maior identificaram o que consideravam os cinco equipamentos mais importantes que contribuíram para o êxito dos Estados Unidos na África e na Europa. Eisenhower fala deles em suas memórias. Os equipamentos eram o buldôzer, o jipe, o caminhão de duas toneladas e meia, o avião C-47 e o Duck.

Quando as tropas aliadas levaram a cabo a invasão da Sicília, no mês de julho de 1943, foram utilizados pela primeira vez os novos caminhões anfíbios Duck. Esses veículos anfíbios possuíam seis rodas motrizes, montadas sobre três eixos diferenciais. A carroceria era construída em forma de casco marítimo, para facilitar o seu deslocamento no mar. Para isso era também provido de uma hélice e seu correspondente timão. Uma alavanca na transmissão permitia, com um só movimento, mudar a propulsão de terra para a água. Tinha um peso de duas toneladas e meia e podia levar uma carga máxima de 3000 quilos ou transportar de 25 a 30 soldados com equipamento completo de combate.

Na parte superior da proa dispunha de uma tapadeira para ventilação do radiador, comandada do interior do veículo. Na popa ia montada uma "roldana de reboque", sumamente eficaz, acionada por uma prolongação do eixo propulsor. Ia armado com duas ou três metralhadoras e às vezes, em missões perigosas, era recoberto com placas de blindagem, de seis a oito milímetros. Sumamente estável e seguro na navegação, também em águas agitadas desenvolvia uma velocidade de seis quilômetros por hora; em terra, em troca, chegava ao máximo de 70 quilômetros por hora. O motor tinha uma potência de 85 HP. Na invasão da Sicília os aliados empregaram cerca de 1000 veículos Duck.

Embora considerado um dos elementos mais vitais para o êxito dos Estados Unidos, o veículo Duck não foi planejado para o combate.

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