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Formação de Portugal e
Expansão Marítima

» Nasce Portugal
Com a queda do feudalismo, os senhores feudais se enfraqueceram, a burguesia (comércio) se fortaleceu e passou a ajudar os reis, e surgiu o Estado Nacional (criado pelo apoio da burguesia mercantil aos reis).
Os pequenos reinos cristãos formados na Península Ibérica (Portugal e Espanha) foram alvo das invasões muçulmanas. A Guerra de Reconquista faz parte do amplo movimento das Cruzadas, que na Península Ibérica teve por objetivo, retomar os territórios pelos mouros (árabes do norte da África).
Vários nobres europeus, como os fidalgos franceses da casa de Borgonha, ajudaram o rei de Leão a expulsar os mouros de seus domínios. Como recompensa, Raimundo e Henrique de Borgonha receberam terras e a mão das filhas do rei. Raimundo casou-se com dona Urraca e ganhou a Galiza (norte da Espanha). Henrique casou-se com dona Teresa e herdou o Condado Portucalense. E ambos deviam fidelidade ao rei de Leão.
Após a morte de Henrique, seu filho Afonso Henriques assumiu o título de rei de Portugal em 1139.

Bandeira de Portugal
Bandeira de Portugal

» Clero, Nobres e Povo
O clero (padres, bispos e arcebispos) era o único da população cristã que tinha cultura literária, era também o mais bem organizado. Os servos, embora não fossem escravos, estavam ligados à terra. Trabalhavam para seu senhor, mas nada recebiam. No caso de Portugal, os servos, a partir do século XII, foram se transformando em colonos livres, ou semi-servos, pois passaram a receber dinheiro (moedas) pelo trabalho.
Os rendeiros (homens que cultivavam a terra em troca de alimentos e dinheiro), trabalhavam nas terras dos reis. E os reis estimulavam as feiras, isto é, trocas de mercadorias. Chegavam mesmo a obrigar os produtores agrários a comparecerem às feiras, sob pena de pesadas multas, perseguições e confiscos dos gêneros agrícolas.

» Morte do Rei
Em 1383, com a morte do último rei da família Borgonha, dom Fernando, teve início a crise monárquica em Portugal, que terminaria com a subida ao trono português de outra família lusitana através de uma revolução.
Dom Fernando não teve herdeiro varão, e só teve uma filha (Beatriz) com dona Leonor Teles. Beatriz casou-se com dom João (rei de Leão e Castela).
Em praça pública, o povo aclamou dom João (da família dos Avis) como chefe militar para organizar a luta contra Castela. A luta entre Portugal e Castela teve seu desfecho em 1835, no qual os portugueses derrotaram os invasores. Um pouco antes, dom João havia sido aclamado rei de Portugal, dando início à Dinastia de Avis e ao primeiro Estado Nacional moderno da Europa.
A união da burguesia mercantil com o rei e sua vitória contra a aristocracia (senhores de terras) foi o traço marcante da Revolução de Avis.

» Expansão Marítima
O modo feudal associado à localização geográfica de Portugal ("à beira-mar plantado"), estimularam, a partir do século XIV (1301 - 1400) o desenvolvimento das ciências náuticas. A construção de caravelas, o aperfeiçoamento do astrolábio (instrumento de medição da altura das estrelas no horizonte para orientar a navegação e a elaboração de mapas) e a bússola ajudaram no desenvolvimento.
No séc. XV, Portugal enfrentou desafios no oceano para muito além das costas portuguesas, em direção ao sul do atlântico, essas viagens ficarão conhecidas como Grandes Navegações.
Os passos foram lentos, mas muito importantes:
1415 - conquista de Ceuta, na África, importante base dos mercadores muçulmanos, primeiro porto do Atlântico fora da Europa;
1416 e 1431 - conquista de Madeira e Açores;
1434 - avanço sobre o cabo Bajador;
1440 a 1480 - conquista de várias ilhas;
1498 - Vasco da Gama chega à Índia;
1500 - descoberta do Brasil por Pedro Álvares Cabral.

Caravelas
Caravelas

» Tratado de Tordesilhas
Portugal tornava-se a nação mais rica e de comércio mais organizado e lucrativo, graças a conquista da Índia e de suas especiarias, pedras preciosas, marfins, perfumes, açúcar, ouro, prata, tecidos, madeira, porcelana e outros. Portugal e Espanha eram as duas maiores potências políticas da Europa que assinaram o Tratado de Tordesilhas (em 1494) com aprovacão do Papa, em que ambos dividiriam entre sí o mundo conhecido ou que viesse a ser descoberto: as terras encontradas a leste seriam de Portugal, as terras a oeste, da Espanha.

» Escola de Sagres
Os homens passaram a acreditar em sí mesmo, e perceberam que a força divina não eram suficientes para suas vidas. E do teocentrismo surgia o antropocentrismo renascentista: o homem era agora a medida de todas as coisas.
No século XV, a criação da escola naval de Sagres (pelo dom Henrique), foi um marco decisivo para as navegações. E reuniu os maiores estudiosos do mundo europeu em técnicas de navegação e lançou ao mar pelo menos um navio por ano para estudar o oceano, fazer mapas e anotar as posições das estrelas, para guiar os navegadores.
Cabral saiu no dia 8 de março com treze embarcações e 1500 homens. E trazia apenas uma recomendação do rei português, Dom Manuel: afastar-se o máximo possível das águas conhecidas para descobrir um caminho mais rápido para as Índias.
Desse afastamento resultou a vista de um sinal de terra, a 21 de abril. No dia seguinte pela manhã avistaram um monte; como era a semana da Páscoa, chamaram-no de Monte Pascoal. O porto era seguro. Estava descobera a Ilha de Vera Cruz, depois Terra de Santa Cruz e, finalmente, Brasil.

» Poesia do "Mar Português"

Ó Mar Salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!

Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.

O lema da escola de Sagres e dos navegantes era:
"Navegar é preciso, viver não é preciso".
Navegar era preciso para o enriquecimento do rei e da burguesa. Viver não era preciso. Preciso era trazer ouro, prata, cravo..., ainda que isso custasse a vida de muitos navegantes.

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