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O Capitalismo Industrial
» A Revolução Industrial
Os lucros da colonização da América beneficiaram a
ascensão da França e da Inglaterra, permitindo à
Inglaterra, reunir as condições econômicas, políticas
e sociais, que acabou gerando a Revolução Industrial,
no século XVIII.
A Revolução Industrial resultou das transformações
ocorridas na agricultura, indústria, transportes, bancos
e comunicações, que propiciaram o desenvolvimento da
economia capitalista. De modo social, o processo de
transformações dividiu a sociedade inglesa em duas
classes: a burguesia, que se tornava a proprietária dos
meios de produção - máquinas, ferramentas e fábricas
- e o proletariado, a classe assalariada.
A Revolução Industrial significou o processo de
mecanização do setor industrial, que ocorreu primeiro
na Inglaterra e depois em outros países como a França,
os Estados Unidos, a Alemanha, o Japão, etc.
» A Revolução Industrial e a
Inglaterra
As condições favoráveis para a explosão
da Revolução Industrial na Inglaterra foram:
- Acúmulo de capitais provenientes do comércio colonial;
- Revolução Agrícola, fonte de acumulação de
capitais pela produção mecanizada de alimentos;
- Ricas jazidas de ferro e carvão (para a construção
de máquinas e ferramentas);
- Desenvolvimento científico;
- Ampliação do mercado interno e externo; a Inglaterra
permitiu o crescimento do mercado interno pela abertura
de canais, estradas e portos, e dispondo de uma esquadra
poderosa, a Inglaterra dominava o mercado externo;
- Liberação de mão-de-obra no campo para a cidade,
favorecendo o acúmulo de capitais graças aos baixos salários
pagos aos trabalhadores;
» Transformações Ocorridas Com a
Revolução Industrial
- Utilização da máquina e a divisão técnica
de trabalho provocaram aumento da produção e da
produtividade;
- A produção industrial ampliou a urbanização e
resultou no despovoamento dos campos diante da Revolução
Agrícola;
- A partir de 1780, o conjunto de todas as condições
produtivas (ferro, carvão, máquinas, desenvolvimento técnico
e científico e abundância de mão-de-obra humana)
permitiu o desenvolvimento do capitalismo industrial de
modelo liberal.
» Capitalismo Industrial Liberal
O capitalismo, que se desenvolveu no
processo da Revolução Industrial, passou por trê fases
significativas; de 1780 a 1870, a primeira fase, chamada
de capitalismo industrial liberal; de 1870 a 1945, a
segunda fase, chamada de capitalismo industrial
monopolista: e de 1945 em diante, a terceira fase,
chamada de internacionalização do capitalismo.
A primeira fase (1780/1870) caracterizou-se pela total
liberdade econômica da burguesia ao produzir, vender e
fazer circular as mercadadorias produzidas, comprar matérias-primas
e fixar os salários do proletariado. A produção
industrial realizava-se em pequenas e médias fábricas,
com divisão de trabalho entre os operários, utilização
das máquinas movidas a vapor, mão-de-obra assalariada,
produção em larga escala para possibilitar lucros ao
empresário. As práticas mercantilistas foram condenadas
pela nova economia capitalista.
1830 a 1850, é marcada pela construção de ferrovias, e
de 1850 a 1870, o comércio livre começa a declinar. A
livre concorrência foi cedendo lugar aos monopólios:
grandes indústrias que detinham o controle total da
produção.
» Capitalismo Industrial
Monopolista
A partir da década de 1870, uma segunda
revolução industrial iniciou-se, com o fim do livre comércio.
Nesse período, começaram os trustes (organizações
industriais de controle da produção e distribuição
das mercadorias, com o objetivo de impor o preço dos
produtos industriais a seu favor).
Uma associação, denominada cartel, manteve as empresas
separadas mas sem competir entre si, estabelecendo a
divisão dos mercados e dos preços.
Os preços passaram a ser fixados pelos trustes, cartéis
e holdings (uma empresa central controla outras empresas,
que se mantêm autônomas, embora a maioria das ações
pertençam à empresa central). O imperialismo se
transformava pela necessidade de novas áreas de aplicação
dos capitais industriais.
A partir de 1870, o fundamental era aplicar os capitais
europeus excedentes e ampliá-los. A Ásia, América
Latina e principalmente a África foram as regiões de
penetração imperialista do século XIX.
Portugal e Espanha já tinham seus domínios na África,
desde o século XVI. Mas na nova fase do colonialismo, a
Inglaterra, França, Alemanha, Itália e Bélgica
passariam a disputar os territórios africanos.
A penetração européia na África foi realizada com
todas as formas de violência às populações nativas.
Destruição dos valores tradicionais das tribos
africanas, escravidão, uso da força, guerras... foram
os métodos europeus de transformar a África em seu
objetivo de exploração do imperialismo. A Ásia também
tornou-se objeto de exploração imperialista.
A partir de 1870, o capitalismo passou por uma violenta
crise. Durante o século XIX, a América Latina se
articulou com o capitalismo industrial, em particular com
a Inglaterra, seguida pela França e pela Alemanha. Ao
longo da década de 1870, a economia latino-americana foi
o interesse imperialista da Europa, mantendo-se
fornecedora de matérias-primas e alimentos.
A independência dos laços coloniais mercantilistas
representou um reajuste econômico e político às novas
relações do capitalismo industrial, ao longo do século
XIX.
» Revolução Francesa
A agricultura, base da economia francesa,
tivera sua produção comprometida por sucessivas más
colheitas, com conseqüente elevação dos preços dos
alimentos, e pela falta de recursos técnicos para
superar problemas climáticos; a população camponesa
crescia e era comum, os períodos de fome, subalimentação
e miséria. Começaram os movimentos contra a monarquia
absolutista, que, incapaz de fazer as reformas necessárias
para solucionar os problemas, era combatida pelo terceiro
estado, chefiado pela burguesia, que desejava o poder do
rei.
A Revolução Francesa pode ser dividida em três fases:
das instituições (1789/1792), das antecipações (1792/1794)
e das consolidações (1794/1815).
A fase das instituições compreendeu o período da
Assembléia Nacional Constituinte, liberada pela
burguesia, quando surgiu a Declaração dos direitos do
Homem e do Cidadão, onde todos os homens teriam direitos
iguais à liberdade, à propriedade, à segurança, à
igualdade perante a lei e a lutar contra qualquer forma
de opressão. Ocorreu a liberdade econômica e o fim dos
privilégios dos nobres e clero.
A fase das antecipações foi o período da revolução
popular, e direito do voto a todos os cidadãos.
E a fase das consolidações caracterizou-se por três
etapas: 1794/1799, período do Diretório; 1799/1804, período
do Consulado; 1804/1815, período do Império.
O Diretório foi uma república burguesa exercido por
cinco diretores, nessa fase predominou a instabilidade
política. O Diretório mostrou-se incapaz de resolver as
crises, favorecendo a organização do golpe de 18 de
novembro de 1799. Desse golpe participaram os grupos mais
ricos da burguesia e a jovem oficialidade francesa, com a
liderança do general Napoleão Bonaparte (com 30 anos de
idade).
» A Era de Napoleão Bonaparte
O período do Consulado estruturou-se sobre
uma república na qual a França era governada por três
cônsules, embora na prática, apenas um cônsul, Napoleão
Bonaparte, exercesse de fato o poder. Nesse período,
ocorreu a restauração financeira (criação do Banco da
França e do franco como moeda nacional).
Durante este consulado, se reformou o Estado francês
para sustentar os interesses da burguesia e, ainda,
preparou-se para tornar-se o imperador da França.
No Império, Napoleão completou as reformas iniciadas no
Consulado. As principais medidas foram:
- Banco da França, que financiava a burguesia para a
instalação de indústrias;
- Censura dos livros, peças teatrais, artes plásticas e
centralização do Estado;
- Religiosamente, pregou-se a crença do Estado;
- Preparou os jovens dentro de um esquema militar e
disciplinar para as guerras.
» Crise e Fim da Era Napoleônica
O Império Napoleônico entrou em crise e
seu final foi marcado pela derrota na campanha da Rússia,
em 1814. Napoleão, inicialmente deportado para a ilha de
Elba, retornou e governou a França durante os Cem Dias,
em 1815. Nesse ano, Napoleão perdeu a batalha de
Waterloo e foi definitivamente exilado na ilha de Santa
Helena.
» Socialismo e Nacionalismo
Em 1848, os movimentos liberais ganharam o
continente europeu, consolidando a burguesia no poder por
toda parte. O operário apresentou sua proposta de
democracia popular: o socialismo, no qual haveria a abolição
da propriedade provada dos meios de produção. Vários
grupos políticos, como os republicanos liberais, os
socialistas, os bonapartistas (burguesia que desejava a
volta de um descendente de Napoleão) e legitimistas (nobreza
que apoiava a volta dos Bourbon), fizeram a revolução
de Fevereiro de 1848. Dessa revolução resultou a
proclamação da Segunda República Francesa, um governo
provisório e eleições livres para uma Assembléia
Constituinte.
uma nova constituição estabeleceu o regime
presidencialista e o primeiro presidente eleito foi o
sobrinho de Napoleão, Luís Napoleão Bonaparte.
» O Brasil Diante Disso Tudo
A industrialização capitalista montou uma
nova relação entre o continente europeu e suas colônias
da América. O antigo sistema colonial mostrou-se
inadequado ao desenvolvimento da produção. No Brasil,
dois movimentos de tentativa de ruptura do Pacto Colonial,
a Inconfidência Mineira (1789) e a Inconfidência Baiana
(1798), anunciaram mudanças que só se concretizaram nas
primeiras décadas do século XIX.
A transferência da sede da corte portuguesa para o
Brasil (1808) foi a causa imediata do início do processo
de independência brasileira. Mas a falência do modelo
colonial com base no mercantilismo foi a causa estrutural
da emancipação política dos laços coloniais do Brasil
com Portugal.
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