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Geografia Geral - Conflitos
Conflitos atuais TIPOS DE CONFLITOS, ASCENSÃO DO NACIONALISMO, FUNDAMENTALISMO RELIGIOSO, FORÇAS INTERNACIONAIS A multiplicação dos conflitos internos é uma característica marcante da última década do século XX. A desintegração de Estados socialistas – principalmente a União Soviética (URSS) e a Iugoslávia – faz renascer rivalidades étnicas e religiosas que haviam sido congeladas por regimes totalitários. Confrontos herdados da Guerra Fria, como a guerra civil em Angola, também resistem à chegada do ano 2000. Ao mesmo tempo, avançam as negociações de paz em algumas regiões, com destaque para o Oriente Médio, a Irlanda do Norte e Timor Leste. Aumenta ainda a capacidade de intervenção militar dos Estados Unidos (EUA) nas zonas de conflito, por causa da ausência de rivais geopolíticos de porte. A Federação Russa, que até então disputava a hegemonia mundial com os norte-americanos, atravessa os anos 90 mergulhada em uma grave crise interna. Os conflitos são classificados em quatro categorias, de acordo com as forças em litígio. A primeira envolve dois ou mais Estados. As demais tratam de disputas internas: guerra civil ou guerrilha para mudança de regime; separatista decorrente de ocupação estrangeira; e separatista no interior de um Estado. Os conflitos podem também ter forte conotação étnica ou religiosa. A guerra civil no Afeganistão, por exemplo, opõe fundamentalistas muçulmanos da milícia Taliban (patane) a grupos islâmicos de outras etnias (tadjique, uzbeque e hazará). A origem religiosa distinta é fonte de tensão no Sri Lanka, onde tâmeis (hinduístas) e cingaleses (budistas) estão em luta desde os anos 80. TIPOS DE CONFLITOS – Ao todo, 27 confrontos armados acontecem no mundo, segundo o Anuário Sipri, publicado em 1999 pelo Instituto Internacional de Pesquisas sobre a Paz, de Estocolmo, na Suécia. A grande maioria é interna, e as guerras entre Estados praticamente inexistem. O fato mais importante do ano no cenário internacional é a campanha de bombardeios da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) contra a Iugoslávia, liderada pelos EUA. Esse é o primeiro ataque da Otan a uma nação soberana em seus 50 anos de história. Guerra entre Estados – Embate entre exércitos nacionais regulares. Até o final de 1999, o mais sério deles é a disputa entre Índia e Paquistão, duas potências nucleares, pela posse da região da Caxemira. Vários países do centro e do sul da África também estão envolvidos em um confronto que se desenrola no território da República Democrática do Congo (RDC) e tem como epicentro a rivalidade ancestral entre as etnias hutu e tutsi. Guerra civil ou guerrilha – Conflito em que movimentos armados ambicionam derrubar o governo de um determinado país. Atualmente, um dos mais expressivos são as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que controlam uma área desmilitarizada de 42 mil quilômetros quadrados na nação. Na Argélia, as guerrilhas fundamentalistas Frente Islâmica de Salvação (FIS) e Grupo Islâmico Armado (GIA) reivindicam a criação de um Estado teocrático. Separatismo decorrente de ocupação estrangeira – Confronto provocado por uma invasão militar externa. Nessa categoria, merece destaque a reivindicação dos palestinos pelo reconhecimento de um Estado independente nos territórios ocupados por Israel em 1967 – Faixa de Gaza e Cisjordânia. Outro exemplo é o conflito separatista em Timor Leste, ex-colônia portuguesa de maioria católica anexada pela Indonésia, em 1975. Separatismo no interior de um Estado – Choque entre forças oficiais e movimentos internos – em geral, ligados a minorias étnicas ou religiosas – que têm como objetivo a formação de Estados independentes. É o caso do Exército Republicano Irlandês (IRA), partidário da autonomia dos católicos, grupo minoritário na Irlanda do Norte, uma província do Reino Unido. ASCENSÃO DO NACIONALISMO – As tensões mais emblemáticas do período pós-Guerra Fria ocorrem em países do extinto bloco comunista, no Leste Europeu. A falência do modelo de partido único e a liberalização do regime estimulam um desordenado processo de afirmação das particularidades nacionais. Dezenas de movimentos voltados para a recuperação de tradições históricas, culturais, étnicas e religiosas surgem na ex-URSS e na Iugoslávia. Atualmente, a principal ameaça à unidade territorial da Federação Russa é a Chechênia, onde muçulmanos estão em guerra contra o poder central russo pela independência da região. A luta separatista dos abkházios e dos ossetas na vizinha Geórgia também ganha impulso após a dissolução da URSS. Em muitos casos, a difícil situação econômica faz com que essa tendência de "retorno às origens" seja manipulada por líderes populistas. Com o objetivo de apontar vilões para a crise, dirigentes como o sérvio Slobodan Milosevic incitam antigas inimizades e ressentimentos entre os povos – neste caso, as que opõem croatas e sérvios nos Bálcãs. O nacionalismo também se manifesta em regiões periféricas da economia mundial, a exemplo da África Subsaariana, onde as fronteiras políticas instituídas com a colonização e, posteriormente, com a independência não obedecem às divisões étnicas, religiosas e lingüísticas da população. Durante a Guerra Fria, as elites de vários países africanos mantêm a coesão nacional graças ao apoio dos EUA ou da URSS. Sem esse suporte, Estados como a Repúplica Democrática do Congo, Serra Leoa e Somália enfrentam guerras violentas. FUNDAMENTALISMO RELIGIOSO – O fortalecimento de grupos fundamentalistas – que buscam nos fundamentos da religião a base para a organização da vida social e política – é visto como resposta à incapacidade dos governos de solucionar o problema do aumento da miséria e do desemprego e da concentração de renda. Em regiões de forte tradição religiosa, facções fundamentalistas assumem a vanguarda do combate ao modelo econômico vigente. É o caso do mundo árabe – que inclui nações como Argélia, Egito e Jordânia –, onde o fundamentalismo se torna o maior desafio aos dirigentes alinhados com o Ocidente. Na Índia, o governo ultranacionalista hindu conquista o apoio das camadas populares com medidas que reafirmam a essência hinduísta do país e, ao mesmo tempo, abalam o ideal de um Estado secular incorporado a sua Constituição. FORÇAS INTERNACIONAIS – Nos anos 90, os EUA comandam as maiores coalizões militares internacionais formadas após o fim da II Guerra Mundial. A primeira atua na Guerra do Golfo (1991), quando o Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) autoriza o ataque ao Iraque. Em 1999, o bombardeio à Iugoslávia ocorre diante da ameaça de que a repressão aos albaneses de Kosovo provocasse um grande conflito próximo à Europa Ocidental. Como a Federação Russa – aliada da Iugoslávia – poderia vetar a ofensiva externa no Conselho de Segurança, os EUA planejam a operação por meio da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliança militar ocidental que lideram. Intervenções de tropas norte-americanas na Somália (1992-1994) e no Haiti (1994-1995), por outro lado, não alcançam o objetivo de pôr fim aos conflitos nesses países. Ações humanitárias – A década de 90 também registra a crescente participação da comunidade internacional em operações de caráter humanitário. Organizações como a Cruz Vermelha e a Médicos sem Fronteiras estão presentes em vários conflitos com o objetivo de dar alívio imediato a populações civis ameaçadas. É cada vez mais importante o papel de entidades como a Anistia Internacional ou a Human Rights Watch, que denunciam a perseguição política e a violação dos direitos humanos por regimes que cometem crimes contra os próprios povos. O mundo em conflito
1- TIBETE
A luta pela independência
Descoberto em 1529 pelos portugueses, o Timor é
uma ilha que faz parte do arquipélago da Indonésia. Até a metade da década de
70, a parte oriental da região, o Timor Leste, esteve sob o domínio de Portugal
- a parte ocidental, ex-colônia holandeesa, faz parte da Indonésia desde 1945. Em
1975, com a retirada portuguesa, duas correntes armadas iniciam uma disputa pelo
território. A União Democrática de Timor (UDT), que apóia a integração do Timor
Leste à Indonésia, e a Frente Revolucionária do Timor Leste Independente (Fretilin),
que defende a independência da região. Gusmão está livre
A guerra pela Caxemira A tensão na região serve de justificativa para que as duas nações militarizem suas fronteiras e gastem muito dinheiro com tecnologias bélicas
Kosovo tem medo do futuro A região necessita de ajuda, mas os EUA só irão colaborar se Slobodan Milosevic deixar o poder
COLÔMBIA:QUEM MANDA NESTE PAÍS?O conflito colombiano é um dos mais antigos da América Latina. Tem suas origens no processo de independência do país, no qual conservadores e liberais disputavam o poder. Nos anos 60, os liberais fundaram as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia com o objetivo de estabelecer um estado socialista. Outros grupos de esquerda aderiram a causa. Entre eles o ELN - Exército de Libertação Nacional - que conta hoje com 6.000 homens e é um dos remanescentes do processo. Após anos de combates, um novo agravante entra em cena durante os anos 80 e 90: o tráfico de drogas. Que passa a ser um dos principais financiadores do movimento. Com o fim da Guerra Fria, a FARC teve que procurar novas formas de captar fundos para a causa revolucionária. Além do pedágio pela proteção de traficantes e plantadores de coca contra o Exército Colombiano, que são o grosso dos 500 milhões arrecadados, os grupos revolucionários cobram tributos da população que vive na região sob seu controle. Esses territórios ocupados são 40% da Colômbia, uma área do tamanho da Suíça que tem um governo autonômo com leis e justiça próprias. Com a discupa de acabar com o tráfico de drogas colombianas para os EUA, os norte-americanos desde 1999 fazem ameaças de invasão da Colômbia por suas tropas. Mas na verdade a ocupação já começou, os ianques já estão intervendo diretamente no território, manipulando o governo local e treinando suas tropas. E já planejam uma maior intervenção, precionando países vizinhos para que participem da questão. O Equador já sedeu uma base e os brasileiros estão sendo pressionados para liberar a circulação de tropas colombianas e norte-americanos na Amazônia Brasileira. E os norte-americanos também afirmam que os grupos guerrilheiros estão atravessando a fronteira, se escondendo das forças governamentais no Brasil. Fazendo com que Washington exija uma ação mais rigorosa do exército brasileiro na fronteira. Após os atentados de 11 de Setembro, os EUA vem fazendo uma campanha contra o terror no mundo inteiro. O primeiro passo foi o ataque ao Afeganistão, mas outros países que dão apoio a terroristas podem ser também atacados. A Colômbia, como área de conflito e produção de drogas, não vai ficar de fora. Porém os EUA vão exigir a participação dos países vizinho, e como eles já disseram: "Quem não está do nosso lado, está do outro". Então é hora do Brasil negociar. Se for fazer o serviço "sujo", vai ter que ter um preço. Se o nosso presidente não der mais uma mancada, ele vai ter que pedir em troca no mínimo um up-grade no arsenal brasileiro e, porque não, discutir assuntos comérciais como ALCA.
AFEGANISTÃO:A CAÇA COMEÇOU AQUIA vingança contra os Ataques de 11 de Setembro se materializou numa ofensiva global Norte-Americana contra o Terrorismo. E o primeiro ato neste sentido foi a derrubada do regime do Talibã no Afeganistão que ocorreu durante o mês de Novembro e no início de Dezembro de 2002. Este país abrigava Bin Laden e campos de treinamento de sua organização terrorista, Al Qaeda. A invasão norte-americana foi arquitetada com apoio de países vizinhos do inimigo, como o Paquistão e o Uzbequistão, e de grandes potências como Inglaterra e Rússia. Desde o início do conflito, os norte-americanos procuraram também trazer para seu lado os grupos afegãos que eram inimigos dos Talibãs. O primeiro foi a Aliança do Norte, grupo de etnia uzbeque, minoria no país, que vive na fronteira com o Uzbequistão. Assim, EUA e Reino Unido escaparam dos erros do passado ao se aliarem aos opositores internos do Talibã e partirem para a tática de bombardeios. Deixando o ataque cara-a-cara com quem melhor conhecia o terreno. A operação teria que ser rápida, pois o rigoroso inverno afegão se aproximava. Assim, o governo norte-americano, com o auxílio do primeiro-ministro inglês, Tony Blair, apressou as negociações com os futuros aliados. O espaço aéreo paquistanes foi então liberado (com barganha financeira) e a Aliança do Norte recebeu armamento russo para os combates por terra. O início da operação foi marcado por um intenso bombardeio que duraram três dias. Os bombardeios tinham como função enfraquecer o inimigo e permitir a ofensiva por terra. Inicialmente foi atacada a retaguarda inimiga de modo a destruir as rotas de suprimento e dizimar as tropas de reforço. Voando a grande altitudes, fora do alcance das defesas talibãs, os aviões da aliança ocidental destruíram guarnições militares, aeroportos, aviões inimigos e centros de comunicação. Após a tomada do espaço aéreo, os aviões passaram a voar mais baixo e puderam atacar alvos menores como blindados e tropas. Apesar de todo o aparato tecnológico, os ataques das forças ocidentais não foram perfeitos. Alguns hospitais e até mesmo postos da ONU foram atingidos. Já as tropas da Aliança do Norte avançavam rumo a Mazar-e-Sharif, importante cidade habitada por um povo de mesma origem, uzbeque. Ela estava sob domínio do Talibã desde 1998 e fica a menos de 200 km de Cabul. As duas cidades são ligadas por uma das únicas estradas asfaltadas do país. Ou seja, se Mazar-e-Sharif fosse tomada, o caminho para Cabul estaria aberto. Mas a tomada da cidade foi retardada pelos próprios norte-americanos. Temendo que a vitória ficasse nas mãos de uma única etnia, o quê provocaria uma guerra civil depois da tomada do país, os EUA bombardearam Mazar-e-Sharif durante todo o início do conflito. Enquanto isso eles procuravam ganhar apoio de outros grupos. A cidade só foi tomada depois de um acordo com o comandante talibã que controlava a região. Ele passou para o lado ianque e permitiu a passagem da cavalaria da Aliança do Norte pela cidade. Mazar-e-Sharif foi a primeira vitória. Logo em seguida Cabul cairia também. Sem reforços e suprimentos devido aos bombardeios norte-americanos, os Talibãs acabaram recuando para o sul rumo a Kandahar, cidade na qual ficava seu centro de comando. Enquanto isso a Aliança do Norte consolidava o seu controle no norte do país. O cerco e a tomada de Kandahar seria o golpe final. Mil fuzileiros navais norte-americanos montaram uma base a 80 km da cidade. Sua missão era dar apoio às milícias da região. Mas o confronto acabou não ocorrendo, os afegãos que pertenciam ao Talibã fugiram para suas tribos ou se misturaram aos refugiados. Já os de origem árabe, alguns líderes e agentes da Al Qaeda fugiram para região montanhosa de Tora Bora, no sudeste do país. Com a fuga dos Talibãs, a cidade de Jandahar ficou caótica. A população saqueou as lojas e agências humanitárias que existiam na cidade. A ordem só foi imposta com a chegada dos Mujahedins, homens da subtribo Pachi que pertencem a etnia Pashtun, mas possuem dialeto e código de guerra próprios. Eles são oriundos da Jihad anti-URSS dos anos 80. De Tora Bora, Bin Laden e seus homens fugiram pelas cavernas afegãs para algum lugar no Oriente Médio. Talvez o Paquistão. Mulá Omar, chefe dos Talibãs, ainda está desaparecido. Mas apesar do objetivo principal ianque não ter sido alcançado, o exército de George W. Bush dominou o país que dava abrigo para um poderoso grupo terrorista e deu início ao seu projeto de destruição da estrutura do terrorismo. Mas na verdade o que está em jogo não é um projeto de segurança interna dos EUA, mas sim um projeto de ampliação das forças norte-americanas nesta nova ordem mundial.
16- ANGOLA ANGOLA: Orfã de pais vivosAngola vive um conflito que já dura 24 anos e que provocou mais de 500 mil mortos. O conflito entre os grupos políticos militares que dividem o país está diretamente ligado ao processo de colonização da África. O continente foi repartido entre as potências européias durante o século XIX, no processo conhecido como Imperialismo. Os europeus não respeitaram as fronteiras que já tinham sido delimitadas pelas tribos locais. E colocaram em um mesmo território tribos rivais, que no processo de descolonização disputaram o controle destas novas nações. Dentro do contexto mundial do pós-segunda guerra, cada uma destas tribos se alinharam a favor de norte-americanos ou soviéticos em troca de apoio financeiro e bélico. Em Angola não foi diferente. Durante a luta pela independência apareceram três grupos de libertação: o Movimento Popular pela Libertação Nacional (MPLA), a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) e a União Nacional pela Independência Total de Angola (UNITA). A Revolução dos Cravos (1974) que acabou com regime totalitário de Salazar em Portugal, propiciou a libertação de Angola. O Acordo de Alvor em 1975 decretou o fim da colonização portuguesa na região. Mas uma guerra civil teve início, dividindo o país em três. A FNLA, liderada por Holden Roberto e com apoio do Zaire, dominou o norte de Angola. A UNITA, com a ajuda norte-americana e a liderança de Jonas Savimbi, passou a controlar o sul do país. Mas a facção que governaria o país seria MPLA, que com o respaudo soviético tomou a capital Luanda. Agostinho Neto teve ajuda de Che Chevara para bater as outras facções e dominar a maior parte do território angolano. Mas a guerra civil contiuou, arrasando progressivamente a econômia do país. Eduardo dos Santos assumiu a presidência em 1979. Seu governo recebeu ainda o ataque de sul-africanos através da Namíbia, país que faz fronteira com Angola ao sul. Mas com a independência dessa região, a UNITA perdeu apoio dos sul-africanos. Nos anos de 1986 e 1987, Jonas Savimbi se reuniu com os presidentes Ronald Reagan dos EUA e a primeira-ministra inglesa Margareth Tatcher, dos quais recebeu apoio financeiro para continuar a guerrilha com o governo socialista angolano. A FNLA por sua vez começou a enfraquecer militarmente. Com queda dos principais governos comunistas nos anos 90 e o fim da Guerra Fria, acontece a aproximação do governo e da UNITA. Em 1992 foram realizadas eleições naciononais pluritárias que levaram a vitória de José Eduardo Santos (MPLA). A Unita não reconheceu a vitória dos rivais, partindo para uma nova guerra civil. A ONU promoveu um encontro em Lusaka (Zâmbia) numa tentativa de se chegar a paz que não levou a grandes resultados. Em 1996, MPLA e UNITA tentaram formar um governo com membros das duas organizações, porém novos choques ocorreram. Fazendo com que a ONU, em 1997, enviasse tropas de 7 mil soldados da MONUA (Missão de Verificação da ONU) para aplicar o Acordo de Lusaka. Devido ao fato de falarmos também português, 1200 soldados destas tropas eram brasileiros. Apesar da intervenção da ONU conflito ainda existe.
17- EUA EUA: A CAÇA ÀS BRUXASA vingança norte-americana não tem limites. Para satisfazer o desejo ianque de retaliação, os EUA já estão torrnando a guerra contra o "terror" um conflito global. A não captura de Osama Bin Laden deixou um gosto de insucesso na boca dos ianques. Isto levou os EUA a planejar uma aplicação mais ampla da chamada "Justiça Infinita". E os alvos já estão definidos. São eles: Iêmen, Somália, Filipinas, Paquistão, Indonésia, Uzbequistão, Iraque e Sudão. FILIPINAS Tropas norte-americanas já estão pelo mundo a fora, como nas Filipinas. O país irá receber 100 milhões em ajuda militar para dar fim ao conflito que ocorre no sul do país. Esta é a área de atuação do grupo islâmico Abu Sayyaf que conta com mais de mil homens bem armados. A operação contará também com forças especiais das Forças Armadas Norte-americanas: Seal da Marinha, Boinas Verdes, Fuzileiros e a Força Aérea. IÊMEN No Iêmen, onde Bin Laden já residiu e onde existem bases de grupos ligados à Al-Qaeda, tropas do governo local atacaram vilas nas montanhas que estariam apoiando a Al-Qaeda. Tais tropas foram treinadas pelos EUA e vem agindo com auxílio da CIA. O governo Bush também prometeu um pacote milionário de ajuda ao Iêmen. É bom lembrar também que em um porto deste país, o USS Colle sofreram um ataque no qual morreram 17 soldados ianques. Os responsáveis seriam grupos ligados a Al-Qaeda. SOMÁLIA No país existiriam supostas bases do grupo de Bin Laden, a Al-Qaeda. E existem relatos de vôos de reconhecimento e coleta de dados de aviões da Força Aérea Norte-ameri-cana, que estariam fazendo o reconhecimento de tais bases. PAQUISTÃO O país liberou seu espaço aéreo e algumas bases para que os EUA atacassem o Afeganistão. Em troca recebeu 50 milhões em ajuda e a suespensão das sanções econômicas ao país. O Presidente Pervez Musharraf ordenou a caça aos membros da Al-Qaeda e prendeu extremistas islâmicos da Caxemira ligados a Bin Laden. INDONÉSIA Os indonésios são a maior população mulçumana do mundo. O que torna o país um potencial destino para a Al-Qaeda e Bin Laden. Deste modo os EUA estão impondo a este antigo aliado (mais detalhes em Timor Leste) que participe da ação contra o terror. A Presidenta Megawati Sukarnoputri já ordenou que tropas participem do treinamento contra-terrorismo patrocinado para os norte-americanos. Já se fala também que o principal grupo terrorista local, o Laskar Jihad, estaria contando com a participação de membros da Al-Qaeda no conflito da Ilha Sulawesi. UZBEQUISTÃO Essa Ex-República Soviética também forneceu apoio logistíco no conflito do Afeganistão. Em troca de bases, os EUA prometeram ajudar a desmantelar o Movimento Islâmico do Uzbequistão. O grupo controla o rico Vale de Ferjanc, tem 3.000 homens e tem fortes laços com a Al-Qaeda. IRAQUE No início deste ano, o país havia derrubado um avião das Forças "Aliadas" que patrulhavam a Área de Exclusão. Desde o fim da Guerra do Golfo que as tropas iraquianas estão proibidas de circular em faixas ao norte e ao sul de seu território. Como foi feito com o Afeganistão, os EUA estão conversando com grupos opositores do regimes que comanda o país. O Congresso Nacional Iraquiano, com sede em Londres, já recebeu 12,5 milhões de dólares. Saddam Hussem é um dos maiores desafetos dos norte-americanos. Este ex-aliado estaria produzindo armas químicas e biológicas. E por estes motivos sempre é um alvo-potencial. SUDÃO Antes de ir para o Afeganistão, Bin Laden residiu no Sudão. Este país é sede de um grupo aliado a Al-Qaeda, que realizou atentados a embaixadas norte-americanas no Quênia e na Tanzânia. Em 1998, depois destes atentados, os EUA fizeram ataques com mísseis de cruzeiro ao Sudão. E relatórios indicam planos de novos ataques. A ação norte-americana nestes países deverão ter o mesmo caráter do realizado no Afeganistão, uma intervenção indireta. As tropas dos EUA apenas auxiliariam tropas "aliadas" locais, planejando táticas, fornecendo material e fazendo bombardeios e ataques aéreos. Ou seja quem estará na linha de frente serão os aliados locais. Analisando de forma geral, os EUA tem como objetivo acabar com grupos que querem emancipação política e poderiam dar algum apoio a Bin Laden. De alguma forma, do ponto de vista ianque, eles também poderiam promover atentados terroristas. Mas a matança generalizada de tais grupos não é a melhor forma de acabar com o terrorismo. Estes grupos são fruto da intolerância de governos que massacram e impõe uma forma de vida, desrespeitando as particularidades de cada povo. Estes governos contaram e contam com apoio norte-americano. Exemplo disso é a Indonésia que ocupou de forma sangrenta o Timor Leste, defendendo seus interesses e dos EUA. Em nome da "Liberdade Americana", o direito de autodeterminação dos povos está sendo desrespeitado. |
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