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Geografia
do Brasil - Demografia
O
CRESCIMENTO VEGETATIVO DA POPULAÇÃO BRASILEIRA
O crescimento vegetativo de
uma população é a diferença entre o total de nascimentos e o total de
mortes. Observe, no gráfico, o comportamento dessa taxa nas últimas décadas e
sua projeção até o ano 2020:
Brasil: crescimento vegetativo
(1960-2020)

Fonte: IBGE. Diretoria de
Pesquisas, Departamento de População e Indicadores Sociais; Anuário estatístico
do Brasil, 1997.
Nota: Os índices indicados em
sua relação %o (por mil) podem ser expressos em % (por cento), caso sejam
divididos por dez. Exemplo: 30,0%o = 3,0%.
Já a taxa geométrica de
crescimento, ou simplesmente crescimento populacional, engloba o crescimento
vegetativo e os movimentos migratórios. Portanto, mesmo regiões que apresentam
crescimento vegetativo elevado podem estar passando por processo de redução de
contingente, caso os fluxos migratórios estejam negativos, ou seja, grande
parte da população esteja emigrando por qualquer motivo.
Analise,
agora, o gráfico que mostra a expectativa de vida da população brasileira:

Fonte: IBGE. Estatísticas
históricas do Brasil; Anuário estatístico do Brasil, 1997; Brasil em números,
1998.
Ao longo do século XX a redução
das taxas de natalidade e de mortalidade e o aumento da expectativa de vida
esteve associada ao processo de urbanização e aos avanços da medicina.
Com o êxodo rural e o conseqüente
aumento percentual da população urbana em relação à população rural há
uma mudança no comportamento demográfico da população, com queda nos índices
de fertilidade (número de filhos por mulher) devido aos seguintes fatores:
aumento do custo de criação, maior acesso a métodos anticoncepcionais, maior
índice de mulheres que trabalham fora de casa.
Ainda, com a urbanização,
ocorre queda nas taxas de mortalidade e aumenta a expectativa de vida uma vez
que aumenta o percentual de população com acesso a saneamento básico (água
tratada e coleta de esgoto) e serviços de saúde, além de maior eficiência
nos programas de vacinação.
Tabela - Brasil: taxa de
urbanização por regiões (%)

Planejamento
familiar
Para que as mulheres tenham
condições de optarem conscientemente pelo número de filhos que desejam ter é
necessário que tenham acesso, em primeiro lugar, a um sistema eficiente de
educação e saúde. À medida que aumenta o índice de escolarização da
população, mais mulheres passam a optar pelo método anticoncepcional que for
o mais indicado por um médico para a sua circunstância pessoal.
Adolescentes de 15 a 17 anos
que tiveram filhos – 1995 (%)

Fonte: IBGE/PNAD. Indicadores
sobre crianças e adolescentes, 1997. p.84.
A gravidez acidental na
adolescência compromete, na maioria dos casos, a formação educacional e
profissional das meninas. Muitas vezes ela é fruto da desinformação e da
dificuldade de acesso a métodos anticoncepcionais.
A
ESTRUTURA DA POPULAÇÃO BRASILEIRA
1.
A
Pirâmide de Idades
A pirâmide de idades é um gráfico
onde podemos obter dados sobre o número de habitantes de uma cidade, um estado,
um país, ou qualquer outra base de dados, e sua distribuição por faixas de
idades e sexo. Ao observá-la podemos tirar algumas conclusões sobre a taxa de
natalidade e a expectativa de vida da população:
. quanto maior a base, maior a
taxa de natalidade e a participação dos jovens no conjunto total da população
. quanto mais estreito o topo,
menor a expectativa de vida e a participação de idosos no conjunto da população.
Observe a evolução da pirâmide
brasileira nas últimas décadas: a redução progressiva das taxas de
natalidade provocam redução da base e o aumento da expectativa de vida um
alargamento no topo e na parte central.
CONTAGEM DA POPULAÇÃO - 1996
A intensidade da prática
anticonceptiva no País, quer seja através de métodos revisíveis (como a pílula
anticoncepcional), ou a esterilização feminina, contribui para acelerar o
ritmo de declínio da natalidade ao longo dos anos 80 (Gráficos 4 e 5).
Composição
Etária segundo idades
individuais 1980
|
Composição Etária segundo
idades
individuais 1991
|

Fonte IBGE Centro Demográfico
de 1980.
|

Fonte IBGE Centro Demográfico
de 1991.
|
Envelhecimento
Populacional
Um importante indicador que
está relacionado á estrutura etária de um povo e que relaciona a população
idosa com o contigente de crianças. Trata-se de uma derivação do índice de
envelhecimento populacional, que se presta a significativos estudos
comparativos.
O entendimento desse índice
traduz-se da seguinte forma: quanto maior sua magnitude, mais elevada é a
proporção de idosos- no caso, a população de menos de 15 anos de idade.
O Brasil como um todo possui
um índice de 16,97%. Índice que está em ascensão, visto ter sido de 13,90%
em 1991. Quando se estabelecem comparações regionais, percebe-se inicialmente
que o índice está subindo praticamente em todas as regiões, o que reflete a
influência da continuada queda da fecundidade e simultaneamente, do aumento
consistente da esperança média de vida.
Proporção de população de
menos de 15 anos e de 65 anos e mais e Relação Idoso/Criança.
Segundo as grande regiões (1980 - 1996).
Grandes
regiões
|
Proporção
da População (%)
|
Relação
Idoso/Criança (%)
|
Menos
de 15 anos
|
65
anos e meio
|
1980
|
1991
|
1996
|
1980
|
1991
|
1996
|
1980
|
1991
|
1996
|
Brasil
|
66,23
|
57,43
|
50,18
|
6,95
|
7,98
|
8,52
|
10,49
|
13,90
|
16,97
|
Norte
|
90,47
|
78,13
|
67,88
|
5,51
|
5,52
|
5,70
|
6,09
|
7,07
|
6,52
|
Nordeste
|
83,29
|
70,95
|
60,30
|
8,34
|
9,11
|
8,34
|
10,02
|
12,04
|
15,40
|
Sudeste
|
55,09
|
49,06
|
43,18
|
6,00
|
5,06
|
8,78
|
12,27
|
16,47
|
20,33
|
Sul
|
60,57
|
50,98
|
45,51
|
5,41
|
7,88
|
8,68
|
10,58
|
15,57
|
19,08
|
Centro-
Oeste
|
71,04
|
57,41
|
49,85
|
4,51
|
5,31
|
6,84
|
6,26
|
9,26
|
11,71
|
Fonte: IBGE, Censos Demográficos
de 1980 e 1991 e Contagem da População de 1996
Os níveis mais elevados são
encontrados nos estados pertencentesà Região Sudeste, destacando-se o
comportamento do Rio de Janeiro, com uma relação idoso/criança de 25,79%.
As estimativas atualmente
disponíveis sugerem que esse índice deverá continuar crescendo no Brasil, a
partir, principalmente da proporção de população jovem. |