ASFIXIA EM GERAL

 

Asfixia é a síndrome caracterizada pelos efeitos da ausência do oxigênio no ar respirável por impedimento mecânico de causa fortuita, violenta e externa em circunstâncias as mais variadas. Ou a perturbação oriunda da privação, completa ou incompleta, rápida ou lenta, externa ou interna, do oxigênio.

Na respiração normal, exige-se um ambiente externo contendo ar respirável, com oxigênio em quantidade aproximada de 21 por cento, orifícios e vias aéreas permeáveis, elasticidade do tórax, expansão pulmonar, circulação sangüínea normal e volume circulatório em quantidade e qualidade suficientes para transportar oxigênio aos tecidos.

FISIOPATOLOGIA E SINTOMATOLOGIA

 

A asfixia compreende duas fases:

  1. Fase de irritação à formada por 2 períodos: o da dispnéia respiratória (consciência dura cerca de um minuto), e o de dispnéia expiratória (inconsciência, perturbações da sensibilidade e convulsões tônico-clônicas) dura cerca de três minutos.
  2. Fase de esgotamento apresenta um período inicial ou de morte aparente e outro terminal.

 

CARACTERÍSTICAS DAS AFIXIAS MECÂNICAS EM GERAL

 

Existem sinais característicos, porém nenhum é constante e, muito menos, patognomônico.

Dividem-se em:

 

CLASSIFICAÇÃO

 

 

  1. Asfixia em ambientes por gases irrespiráveis:
  2. a.1) Confinamento

    a.2) Asfixia por monóxido de carbono

    a.3) Asfixia por outros vícios de ambiente

     

  3. Obstaculação à penetração do ar nas vias respiratórias:
  4. b.1) Sufocação direta

    b.2) Sufocação indireta

     

  5. Afogamento
  6.  

  7. Soterramento

 

 

  1. Enforcamento
  2. Estrangulamento

 

 

ESTUDO ESPECÍFICO DAS ASFIXIAS MECÂNICAS

 

O confinamento é caracterizado pela permanência do indivíduo em um ambiente restrito ou fechado, sem condições de renovação do ar respirável, sendo consumido o oxigênio pouco a pouco e o gás carbônico acumulado gradativamente.

Na maioria das vezes é acidental, podendo, no entanto, ser homicida ou suicida.

 

A ação do monóxido de carbono fixando-se na hemoglobina dos glóbulos vermelhos impede o fenômeno da hematose, verifica-se então um forma de asfixia em nível tissular.

A asfixia por monóxido de carbono é mais constante como forma de suicídio e, mais raramente, acidental ou homicida.

Nesse tipo de morte, encontram-se vários sinais de grande valor, tais como a rigidez precoce, tonalidade rósea da face, manchas de hipóstases claras, pulmões de tom carmim, sangue fluido e róseo, putrefação tardia e, finalmente, os comemorativos da morte.

Usam-se vários processos na determinação do gás carbônico, tais como: Prova de Katayama, Provas de Liebmanm, Prova de Ztockes e ainda pode-se utilizar a espectrocopia.

 

Obs. – O monóxido de carbono pode penetrar no sangue depois da morte, e isso deverá ser levado em conta para afastar possíveis causas de erro. Para prevenir-se, basta recolher o sangue do coração, dos grandes vasos ou das vísceras.

 

É produzida pelo impedimento da passagem de ar respirável por meio direto ou indireto de obstrução

 

 

Obstrução das vias respiratórias por terra ou substâncias pulverulentas. É, na sua maioria, acidental e, muito raramente, homicida ou suicida.

O diagnóstico se fez pelo estudo dos comemorativos e do local, pela presença de substâncias estranhas, sólidas ou semi-sólidas, principalmente pulverulentas, no estômago e esôfago e, ainda, pelos sinais gerais de asfixia.

 

É um tipo de asfixia mecânica, produzida pela penetração de um meio líquido ou semilíquido nas vias respiratórias, impedindo a passagem do ar até os pulmões.

Pode ser acidental, suicida ou homicida.

A morte por afogamento dividi-se em três fases: Fase de defesa, fase de resistência e de exaustão.

Tourdes descreve três períodos no afogamento experimental com animais: Período de resistência ou de dispnéia, período de grandes inspirações e convulsões e período de morte aparente.

Sinais característicos do afogado:

  1. Sinais externos:
    1. temperatura baixa da pele;
    2. pele anserina;
    3. retração do mamilo, do escroto e do pênis;
    4. maceração da epiderme;
    5. tonalidade vermelha dos livores cadavéricos;
    6. cogumelo de espuma;
    7. erosão dos dedos e presença de corpos estranhos sob as unhas;
    8. equimoses da face e das conjuntivas;
    9. mancha verde de putrefação;
    10. lesões postmortem produzidas por animais aquáticos;

 

  1. Sinais internos à podem ser de dois tipos:

A – Lesões internas determinadas pela presença de líquido no interior das vias respiratórias:

    1. presença de líquido nas vias respiratórias;
    2. presença de corpos estranhos no líquido das vias respiratórias dos afogados;
    3. lesões dos pulmões;
    4. diluição do sangue;
    5. presença de líquidos no ouvido médio;

B – Lesões na base do crânio:

    1. hemorragia temporal;
    2. hemorragia etmoidal;

 

C – Sinais gerais de asfixia

à Putrefação

O cadáver retirado da água sofre, com o ar atmosférico, uma aceleração do fenômeno putrefativo

 

à Flutuação

Numa primeira fase, em virtude da densidade do corpo ser sempre maior que a do líquido de submersão, a tendência do cadáver é ir para o fundo. Numa Segunda fase, com o aparecimento do gases da putrefação, o cadáver flutuará. Na terceira fase, com a rotura dos tecidos moles e o esvaziamento dos gazes, a densidade do corpo volta a prevalecer sobre a da água e verifica-se a Segunda imersão. Finalmente, numa quarta fase, muito mais adiante, com a evolução para a adipocera, diminuindo o peso específico do corpo, o cadáver voltará a superfície, ocorrendo a Segunda flutuação.

 

à Causas jurídicas de morte por afogamento

Em muitas oportunidades, a tarefa de determinar se o afogamento foi causado por homicídio, suicídio ou acidente passa a ser mais importante. Essa é uma questão, todavia, que nem sempre pode ser respondida pelos legistas e sim pela perícia criminal.

 

O enforcamento é uma modalidade de asfixia que se caracteriza pela interrupção do ar atmosférico até as vias respiratórias, em decorrência da constricção do pescoço por um laço fixo, agindo o peso do próprio corpo como força ativa.

É mais comum nos suicídios, podendo, no entanto, Ter como etiologia o acidente, o homicídio e a execução judicial.

 

Há certas formas de enforcamento que seguem uma orientação determinada, devendo-se considerar: a natureza e disposição do laço, o ponto de inserção superior e o ponto de suspensão do corpo.

O laço que aperta o pescoço pode ser de várias naturezas: cordas, cintos, fios de arame, lençóis, punhos de rede, gravatas, correntes, cortinas e até ramos de árvores. Sua consistência varia entre os chamados duros (cordões, cordas e fio de arame), moles (lençóis, cortinas e gravatas) e semi-rígidos (cintos de couro).

Sua disposição é sempre envolta do pescoço comum a ou mais voltas.

O nó pode faltar, tomando a forma de alça; pode ser corrediço ou fixo. Sua situação é sempre posterior ou lateral, e raramente na porção anterior do pescoço.

Qualquer ponto de apoio serve como local para prender o laço, como caibros de telhado, ramos de árvore, armadores de rede e trincos de portas.

Chama-se de suspensão típica ou completa aquela em que o corpo fica sem tocar em qualquer ponto de apoio e suspensão atípica ou incompleta, se apoiado pelos pés, joelhos ou outra parte qualquer do corpo.

 

A morte por enforcamento pode surgir rápida ou tardiamente, dependendo das lesões locais ou a distância.

Na evolução do enforcamento estudaremos:

  1. Fenômenos apresentados durante o enforcamento – o enforcamento

se desenvolve em três períodos:

  1. Período inicial – Começa quando, pela constricção do pescoço, leva à sensação de calor, zumbidos, sensações luminosas na vista e perda da consciência produzidos pela interrupção da circulação cerebral.
  2. Segundo Período – Caracteriza-se pelas convulsões e excitação do corpo provenientes dos fenômenos respiratórios, pela impossibilidade de entrada e saída de ar, diminuindo o oxigênio (hipoxemia) e aumentando o gás carbônico (hipercapnéia). Associados a pressão do feixe vásculo- nervoso, comprimindo o nervo vago. 
  3. Terceiro Período – Surgem sinais de morte aparente, até o aparecimento da morte real, com cessação da respiração e circulação.

 

2. Fenômenos da Sobrevivência – Há alguns que, ao serem retirados ainda com vida, morrem depois sem voltar à consciência devido ao grande sofrimento cerebral pela anóxia. Em outros casos, mesmo recobrando a consciência, tornam-se fatais algum tempo depois. Finalmente, há os que sobrevivem com uma ou outra desordem.

Estas manifestações podem ser locais ou gerais:

  1. Locais: o sulco, tumefeito e violáceo, escoriando ou lesando profundamente a pele. Dor, afasia e disfagia relativas à compressão dos órgãos cervicais e congestão dos pulmões.
  2.  

  3. Gerais: são referentes aos fenômenos asfíxicos e circulatórios, levando, às vezes, ao coma, amnésia, perturbações psíquicas ligadas à confusão mental e à depressão; paralisia da bexiga, do reto e da uretra.

 

  1. Tempo necessário para a morte no enforcamento – varia de acordo com aspectos pessoais e circunstanciais. A morte poderá ser rápida, por inibição, ou levar de 5 a 10 minutos, conforme se observa em enforcamentos judiciais.

Na morte por enforcamento, a ação do laço sobre o pescoço nos permite estudar:

  1. Aspecto do Cadáver – a posição da cabeça sempre se mostra voltada

para o lado contrário do nó, fletida para diante com o mento tocando

o tórax.

A face pode apresentar-se branca ou arroxeada, e as equimoses são raras. Assinala-se a presença de líquido ou espuma sanguinolenta pela boca e narinas. A língua é cianótica e sempre está projetada além das arcadas dentárias. Olhos protusos e pavilhão auricular violáceo, surgindo ocasionalmente otorragia.

No enforcamento completo, os membros inferiores estão suspensos, e os membros superiores, colados ao corpo, com os punhos cerrados mais ou menos fortemente. Na forma incompleta, os membros assumem as mais variadas posições.

 

  1. Sinais Externos – Sulco do pescoço (mais importante), pode ser único, duplo, triplo ou múltiploa dpender do número de voltas; situa-se na porção superior do pescoço e depois desliza para o ponto de apoio da cabeça, dirigindo-se em sentido do nó, obliquamente, de baixo para cima e de diante para trás (sulco típico). A consistência e a tonalidade do leito do sulco variam com a consistência do laço, e a sua profundidade varia com a espessura do laço.

Sinais encontrados nos sulcos dos enforcados:

  1. Sinal de Ponsold – livores cadavéricos, em placas, por cima e por baixo das bordas do sulco.
  2. Sinal de Thoinot – zona violácea ao nível das bordas do sulco.
  3. Sinal de Azevedo Neves – livores punctiformes por cima e por baixo das bordas do sulco.
  4. Sinal de Neyding – infiltrações hemorrágicas punctiformes no fundo do sulco.
  5. Sinal de Ambroise Paré – pele enrugada e escoriadado fundo do sulco.
  6. Sinal de Lesser – vesículas sanguinolentas no fundo do sulco.
  7. Sinal de Bonnet – marcas da trama do laço.

 

  1. Sinais Internos – são em grande número podendo ser divididos em:
  1. Sinais Locais:
  1. Lesões da parte profunda da pele e da tela subcutânea do pescoço – caracterizadas por sufusões hemorrágicas da parte profunda da pele e da tela subcutânea.
  2.  

  3. Lesões dos vasos – sinal de Amussat(secção de túnica interna da carótida comum), sinal de Étienne Martin (secção da túnica externa da carótida comum), sinal de Friedberg (sufusão hemorrágica da túnica externa da carótida comum), sinal de Lesser (rotura da túnica íntima da carótida interna ou externa) e sinal de Ziemke (rotura da túnica interna das veias jugulares).
  4.  

  5. Lesões do aparelho laríngeo – fraturas das cartilagens tireóide e cricóide, e do osso hióide.
  6.  

  7. Lesões da coluna vertebral – fraturas ou luxações da coluna cervical, no caso de queda brusca do corpo.

 

Sinais dos Planos Profundos do Pescoço:

Os sinais mais comumente descritos na literatura sobre enforcamento são:

 

  1. Sinais à Distância:

São sinais encontrados nas asfixias em geral, como congestão polivisceral, sangue fluido e escuro, pulmões distendidos, equimioses viscerais e espuma sanguinolenta na traquéia e nos brônquios.

 

  1. Mecanismo da Morte por Enforcamento:
  1. Morte por asfixia mecânica
  2. Morte por obstrução da circulação
  3. Morte por inibição devido à compressão dos elementos nervosos do pescoço.

 

 

 

No estrangulamento, a morte se dá pela constricção do pescoço por um laço acionado por uma força estranha, obstruindoa passagem do ar aos pulmões, interrompendo a circulação do sangue ou encéfalo e comprimindo os nervos do pescoço. Nesse tipo de morte ao contrário do enforcamento, o corpo da vítima age passivamente.

O mais comum é estrangulamento-homicídio, principalmente quando a vítima é inferior em forças ou é tomada de surpresa. Contitui uma forma, não muito rara, de infanticídio.

 

Sintomatologia:

No estrangulamento, os sintomas são variados conforme a sua maneira: lenta, violenta ou contínua.

Normalmente, o estrangulamento passa por três períodos: resistência, perda da consciência e convulsões, asfixia e morte aparente. Depois, surge a morte real.

Estudaremos a seguir os sinais externos e internos.

 

Sinais Externos:

  1. Aspecto da face e do pescoço – A face mostra-se tumefeita e violácea; os lábios e orelhas arroxeados, podendo surgir espuma rósea ou sanguinolenta das narinas e boca. A língua se projeta além das arcadas e é extremamente escura. Equimoses de pequenas dimensões na face, nas conjuntivas, pescoço face anterior do tórax.
  2. Sulco – Quanto mais consistente e duro for laço, constante é o sulco. Pode ser único, duplo ou múltiplo. A direção é no sentido horizontal, podendo ser ascendente ou descendente. Sua profundidade é uniforme e não há descontinuidade, podendo verificar-se a superposição do sulco onde a parte do laço se cruza. As bordas são cianóticas e elevadas, e o leito é deprimido e apergaminhado.

 

Sinais Internos:

  1. Lesões dos planos profundos do pescoço:

 

  1. Infiltração hemorrágica dos tecidos moles do pescoço.
  2. Lesões da laringe.
  3. Lesões das artérias carótidas.

 

  1. Lesões a distância.

 

 

Fisiopatologia:

Na morte por estrangulamento três são os fatores que interferem:

  1. Asfixia – resulta da interrupção da passagem de ar até os pulmões pela constricção do pescoço comprimindo a laringe.
  2. Compressão dos vasos do pescoço – compromete mais as veias jugulares que as artérias carótidas, e estas menos que as vertebrais, fazendo com que o sangue do segmento cefálico fique bloqueado.
  3. Compressão dos nervos do pescoço.

 

Histodiagnóstico Panorâmico do Pescoço:

  1. Epiderme – os sulcos produzidos por laços finos e duros mostram:
  1. bordas do sulco cortadas a pique e o plano epidérmico infiltrado por uma camada de sangue recente;
  2. leito do sulco com restos de hemácias, detritos, pêlos e uma substância grumosa parecida com plasma;
  3. perda da arquitetura normal por separação e dilaceração das diferentes camadas que se estendem na profundidade até a derme.

 

  1. Derme:
  1. bordas do sulco cortadas a pique e o plano dérmico recoberto por sangue recente;
  2. rotura e retração das fibras elásticas;
  3. extravasamento sanguíneo zonal.

 

  1. Tela Subcutânea:
  1. rotura, deformação e achatamento das células adiposas;
  2. Na constricção mais acentuada, extravasamento de gordura ao nível do sulco;
  3. Muitas rotas comunicando-se entre si.

 

  1. Camada Muscular:
  1. fibras musculares achatadas, deformadas e rechaçadas ao nível do fundo do sulco;
  2. discreta hemorragia recente;
  3. figuras em "fuso" por estiramento e alargamento das fibras musculares.

 

  1. Artéria Carótida Comum:
  1. deformação de circunferência por achatamento;
  2. luz arterial sem sangue;
  3. rotura da túnica íntima e média;
  4. despregamento e levantamento do endotélio;
  5. destacamento e "desfibrilação" da camada interna subendotelial;

 

  1. Veias Jugulares Interna e externa:
  1. achatamento e diminuição da luz do vaso.

 

  1. Nervo Vago:
  1. hemorragia periférica do epineuro;
  2. infiltração hemática constituída por hemácias mais ou menos abundantesnos septos e interstícios;
  3. rotura do epineuro nos casos mais violentos.

 

  1. Linfonodos:
  1. raramente mostram-se deformados;
  2. aparecem infiltrados por sangue recente.

 

É a constricção do pescoço pelas mãos obstruindo a passagem do ar pelas vias respiratórias até os pulmões. É sempre homicida.

 

Sintomatologia:

Este tipo de morte pode ser por asfixia, como por inibição, devido à compressão dos elementos nervosos do pescoço. A esganadura vem sempre acompanhada de outras lesões, principalmente traumáticas.

Estudaremos os seguintes sinais a seguir:

Sinais Externos a Distância – cianose da face, congestão das conjuntivas, equimoses punctiformes da face e do pescoço.

 

Sinais Externos Locais – os mais importantes são produzidos pelas unha do agressor, de forma semilunar, apergaminhados, de tonalidade pardo-amarelada, conhecidos como estigmas ou marcas ungueais. Podem surgir escoriações.

 

Sinais Locais Profundos – são os seguntes:

  1. Infiltrações hemorrágicas das estruturas profundas do pescoço.
  2. Lesões do aparelho laríngeo por fraturas de cartilagens tireóide, cricóide e do osso hióide.
  3. Lesões dos vasos do pescoço – bem mais raras.

 

Sinais a Distância – mesmas características das asfixias em geral.

 

Fisiopatologia:

Na esganadura interferem, principalmente o mecanismo de morte, a asfixia e os fenômenos decorrentes da compressão nervosa do pescoço. A obliteração vascular é de interesse insignificante. Aqui, tudo faz crer que a asfixia é o principal elemento responsável pelo êxito letal.

 

 

BIBLIOGRAFIA

FRANÇA, genival veloso de. Medicina Legal. 4ª Ed. RJ: Guanabara Koogan, 1995.

 

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