Insulina, Glucagon e Diabetes

 

Introdução:

O pâncreas é composto por dois tipos de tecido: os ácinos (porção exócrina), que secretam sucos digestivos para o duodeno, e as ilhotas de Langerhans (porção endócrina), que secretam insulina e glucagon diretamente no sangue.

As ilhotas são compostas por três tipos principais de células, as células alfa (produtoras de glucagon), as células beta (produtoras de insulina) e as células delta (produtoras de somatostatina).

 

Insulina:

A insulina é uma proteína (hormônio peptídico) pequena formada por duas cadeias de aminoácidos, conectadas uma à outra por pontes dissulfeto.

 

A insulina é sintetizada nas células beta pelo mecanismo de síntese proteíca. Começando com a tradução do ARNm pelos ribossomos presos ao reticulo endoplasmático para formar um pré-pró-hormônio insulínico. Este é clivado no retículo formando a pró-insulina que é clivada no complexo de Golgi para formar insulina.

A insulina é secretada, principalmente, pela glicose sanguínea em uma relação diretamente proporcional. Secundariamente ela também pode ser regulada por estímulos de aminoácidos (arginina e lisina), hormônios gastrintestinais (gastrina, secretina, colecistocinina e o inibidor peptídio gástrico) e outros hormônios do sistema nervoso autonômico (glucagon, hormônio do crescimento, cortisol, prgesterona e estrogênio).

No músculo, insulina promove a captação e utilização de glicose para a energética muscular e para a formação de glicogênio a uma concentração de 2-3%.

No fígado, a insulina promove a captação de glicose para armazenar sob a forma de glicogênio até 5-6% da massa do fígado (equivalente a 100g de glicogênio).

A insulina também inibe a gliconeogênese.

 

A insulina aumenta o uso de glicose nos tecidos corporais atuando como "poupador de gordura".

Quando há excesso de carboidratos ingeridos a insulina converte a glicose em ácidos graxos no fígado, estes são transportados por lipoproteínas sanguíneas de baixa densidade para o tecido adiposo, onde é armazenado sob a forma de triglicerídeos.

 

A insulina promove a captação de aminoácidos e sua conversão e armazenamento sob a forma de proteínas e impede a degradação destas.

 

Reversão dos efeitos sobre o metabolismo dos carboidratos.

Uso metabólico aumentado do lipídios.

Aumento de colesterol e fosfolipídios plasmáticos.

Acidose dos líquidos corporais.

Depleção protéica e aumento dos aminoácidos plasmáticos.

 

Glucagon:

O glucagon é um hormônio peptídico secretado pelas células alfa das ilhotas. É formado por uma cadeia única de aminoácidos.

 

O glucagon é sintetizado de forma semelhante a da insulina (descrita acima), pois ambos são hormônios peptídicos.

 

A regulação é feita, principalmente, pela concentração sanguínea da glicose (inversamente proporcional). Secundariamente ela pode ser feita através de aminoácidos (arginina e alanina) ou de exercício físico.

Glicogenólise

Gliconeogênese

 

Ativa a lipase das células adiposas.

Inibe o armazenamento de triglicerídeos no fígado.

Acentua a força do coração.

Acentua a secreção de bile.

Inibe a secreção de ácido gástrico.

 

 

Diabetes Mellitus:

Resulta de uma deficiência de secreção das células beta ou ação da insulina. As células beta podem ser afetadas por vírus, pelo desenvolvimento de anticorpos auto-imunes ou por tendência hereditária a sua degeneração.

A maioria das características patológicas do diabetes mellitus pode ser atribuída à alguns efeitos principais da falta de insulina: uso diminuído de glicose pelas células corporais aumentando a concentração sanguínea, mobilização de gorduras das áreas de armazenamento e depleção de proteínas nos tecidos corpóreos.

Os sintomas resultantes disto são perda da glicose na urina (glicosúria), desidratação, acidose, poliúria, polidipsia, polifagia, astenia e coma.

Há duas classes principais de diabetes mellitus: a diabetes mellitus dependente de insulina (IDDM), que começa cedo na vida e torna-se severa ao longo desta; e a diabetes mellitus não dependentes de insulina (NIDDM), que aprece lentamente, moderadamente e geralmente passa desapercebida.

O diagnóstico pode ser feito através de testes de urina e de sangue. Dentre estes estão, o teste de açúcar urinário, teste de nível de glicose sanguínea em jejum, teste de tolerância da glicose e o teste de hálito cetônico.

O tratamento é feito a base de administração de insulina.

  

Diabetes Insipidus:

 

Incapacidade de produção ou secreção do ADH a partir da hipófise posterior que pode ser causada por lesões na cabeça, infecções ou pode ser congênita; resulta na não reabsorção de água pelos túbulos distais e formação de urina diluída.

 

Os níveis de ADH estão normais ou elevados, mas os segmentos tubulares não respondem apropriadamente. Isto pode ocorrer ou por uma falha do mecanismo de contracorrente ou por falta de resposta ao ADH pelo néfron distal.

 

 

Bibiliografia:

 

 

 

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