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Como Combater os Criacionistas
 nos Distritos Escolares Locais

por Lenny Flank

Em conseqüência das decisões McLean v. Arkansas e Edwards v. Aguillard, esforços para introduzir voluntariamente políticas de "tempo igual" ao nível dos comitês escolares locais substituíram em grande medida os esforços criacionistas para legislar "tratamento equilibrado" ao nível de estado ou federal. Os que lutam contra os criacionistas têm portanto de estar preparados para lutar contra eles nos comitês escolares locais.

Cada um dos "passos" delineados pelo ICR para uso nas lutas nos comitês escolares tem de ser contrariado e derrotado pelos que lutam contra os criacionistas. O primeiro passo no programa criacionista consiste em espalhar informação criacionista para o máximo número de pessoas possível. Portanto, em contrapartida, o primeiro passo dos que lutam contra os criacionistas tem de ser inundar a população local com informação verdadeira, refutando a pseudo-ciência dos criacionistas em todas as ocasiões. Os criacionistas vão debitar todos os seus velhos argumentos pseudo-científicos contra a evolução, desde a termodinâmica até à decomposição radioativa, passando pelo registro fóssil. Cada um desses argumentos tem de ser refutado de forma clara e concisa. A base religiosa para todos os "dados científicos" dos criacionistas tem de ser exposta, usando os próprios escritos deles, e os objetivos religiosos da "ciência" deles têm de ser sempre enfatizados. Os criacionistas farão todos os esforços para retratar a controvérsia como sendo uma controvérsia científica, e insistirão que só estão interessados em "boa ciência". Esta mentira tem de ser exposta de forma enérgica e enfática. Reuniões dos comitês escolares, cartas ao editor, panfletos, workshops públicos internacionais, programas de televisão e rádio sobre acontecimentos atuais ajudarão a espalhar a palavra sobre os verdadeiros objetivos sectários dos "cientistas" da criação. Os anti-criacionistas de Plano, por exemplo, usaram comunicados à imprensa e cartas ao editor de forma muito eficaz para contrariar as distorções dos criacionistas e disseminar informação exata.

Aqueles com conhecimento científico têm de demonstrar de forma clara e concisa que o criacionismo, estando cheio de distorções e mentiras flagrantes, não é meramente má ciência, de fato, nem sequer é ciência de modo nenhum, é apenas a velha religião. Líderes religiosos locais podem prestar um serviço inestimável se enfatizarem o isolamento dos fundamentalistas e a rejeição praticamente total das suas opiniões bíblicas literais pela comunidade religiosa estabelecida, bem como os perigos inerentes em permitir que o estado transforme as opiniões de uma seita religiosa particular em lei ou política. Os esforços hipócritas dos criacionistas em retratar as suas opiniões sectárias como se fossem a perspectiva cristã, são presunçosos e arrogantes, e isto deve ser repetidamente trazido à atenção das pessoas de todas as persuasões religiosas. Educadores e funcionários escolares têm de tornar claros os efeitos devastadores que resultariam de introduzir doutrinas religiosas sectárias nas escolas. Aqueles com experiência legal têm de sublinhar que a lei federal sobre este assunto é muito explícita -- criacionismo é religião, e como tal, não tem lugar na escola pública.

Professores no distrito escolar, bem como os membros do comitê escolar local, também têm de compreender as conseqüências legais e financeiras de uma política de "tratamento equilibrado" -- e tem de se dizer claramente a eles que, se tal política for aprovada, seguir-se-á imediatamente uma luta legal. (Os que lutam contra o criacionismo poderão obter ajuda legal da ACLU [American Civil Liberties Union] ou de alguma outra organização.) Lutas legais sobre assuntos constitucionais como este são longas, exigentes e horrivelmente dispendiosas -- e os criacionistas perderam todas em que estiveram envolvidos. Não há muitos distritos escolares que estejam ansiosos em enterrar uma pequena fortuna numa luta que sabem ter uma probabilidade muito pequena de ganhar.

E professores individuais não estão isentos destes custos potenciais. Uma das táticas favoritas dos criacionistas é usar um professor simpatizante para pedir "materiais educacionais equilibrados" que favorecem o criacionismo. Por vezes, os criacionistas podem até dizer aos professores que têm o direito legal, sob as provisões de Liberdade de Expressão da Constituição, de ensinar criacionismo nas suas turmas se assim o desejarem. Na realidade, não têm esse direito de modo nenhum. No caso Ray Webster v. New Lenox School District No. 122, o Tribunal de Apelação dos Estados Unidos confirmou o direito de um distrito escolar proibir o ensino de "ciência" da criação (citando a Primeira Emenda da Establishment Clause) e demitir qualquer professor que se recuse a obedecer a esta política. Com efeito, os tribunais federais concluíram que a "ciência" da criação, sob qualquer forma, é de facto religião, e não pode ser ensinada numa sala de aula de uma escola pública. Assim, conforme a ACLU [American Civil Liberties Union] lembrou aos membros do comitê escolar de Plano que estavam a pedir a adoção de livros de texto criacionistas, tanto os professores como os membros do comitê escolar podem ser considerados pessoalmente imputáveis numa ação judicial civil se tentarem usar o tempo ou recursos de uma escola pública do distrito para ensinar criacionismo. Tal lembrete talvez seja suficiente para desencorajar professores que de outro modo talvez estivessem dispostos a servir de armas de arremesso dos criacionistas.


Publicado em: 2001-08-19
Tradução: João Rodrigues
Texto original em: http://oocities.com/lflank/local2.htm
 

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