Syaoran, O caçador de cartas
O Começo

  Seguia meu caminho de sempre na volta do colégio, alguns passos atrás de duas garotas. Uma delas tinha cabelos castanhos, lindos olhos verdes e a minha total atenção, e sua amiga tinha cabelos pretos e longos.
  Todos os dias, eu as seguia até chegar à casa de Sakura, onde elas se separavam e Tomoyo, sua amiga, ia para casa. Eu ficava um bom tempo lá, às vezes olhando pela janela, às vezes em cima de uma árvore.
  Porém, nesse fatídico dia, o irmão dela me descobriu.
  ~O que está fazendo, moleque? Espiando minha irmã de novo?! - ele gritava para a rua inteira ouvir - Vem cá, vou te ensinar uma lição!
  Saí correndo no mesmo instante: se eu acabasse com o irmão dela, Sakura nunca mais olharia na minha cara.
  Mas, a partir daí, ele passou a prestar atenção em mim, bem, a me vigiar. Sakura, por sorte, não percebeu nada. Eu comecei a insistir, até que ele me deu uma chance. Foi até o porão e pegou um livro estranho, chamado 'The Clow', e me disse que, se eu conseguisse abrí-lo, teria alguma chance com Sakura.
  "Só isso?", pensei. Quando toquei no livro, ele brilhou e abriu-se sozinho. Havia uma espécie de baralho dentro, tão estranho quanto o livro. Peguei a carta de cima, virei e vi o desenho de algo parecido com uma moça, mas longe de ser normal. Li a palavra que havia abaixo da figura: 'Vento'.
  No mesmo instante, as cartas voaram em todas as direções (exceto Vento, que eu ainda segurava firmemente).
  ~Bom, moleque...
  ~Syaoran Li! Já disse que meu nome é Syaoran Li!
  ~...você tem o prazo de um ano para capturar todas as cartas e trancá-las de volta no livro. caso contrário, nunca chegará perto de minha irmã de novo.
  Foi aí que percebi um boneco de pelúcia amarelo. Ele apareceu do nada (bom, não exatamente do nada, de dentro do livro) e estava falando comigo. Como minha família tem magia, já tinha ouvido a respeito das Cartas Clow, e também de Kerberus, mas não imaginei que ele parecesse com um bichinho de pelúcia quando estava sem poderes. Ele me entregou um báculo verde, que podia se transformar na chave do livro. Nisso, eu ainda estava na casa dos Kinomoto e Touya tinha saído para trabalhar. De repente, ouvi passos na escada: era Sakura, que apareceu rapidamente na sala.
  ~Eu ouvi tudo, Syaoran, e vou te ajudar!

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*Conversa da autora...
Gente, essa idéia veio assim, de repente, quando estava lendo um livro (A Herdeira, de Sidney Sheldon), e achei que seria bem interessante se começasse com o Syaoran já no Japão, gostando da Sakura, e sendo escolhido como cardcaptor por ninguém menos que Touya Kinomoto. E aí, o que acharam? Sugestões, reclamações, críticas, tudo(menos vírus) para: anacarla.p@bol.com.br !

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