AUTOBIOGRAFIA DE UM MELIANTE DESEQUILIBRADO

Em entrevista para o Jornal da Tarde, em 28 de Novembro de 1988, logo após perder a disputa para a prefeitura de São Paulo para a candidata do PT Luiza Erundina, Maluf foi enfático ao responder a pergunta se seria candidato à Presidência da Republica em 1989: "Não, em 89 eu não serei candidato a Presidente da Republica". Mais uma vez, Maluf não cumpriu aquilo que prometeu, pois no dia 16 de fevereiro de 1989, falando ao jornal Folha de São Paulo, Maluf se lançava como candidato à presidência: "Se os candidatos forem Brizola, Lula, Ulisses, Aureliano e Jânio, eu sou candidato". Por recomendação de seus assessores políticos, Maluf adota uma política agressiva, ao contrário da sua campanha para a prefeitura em 88. Atacando o presidente José Sarney, Maluf diz: "Nossa meta é derrubar o governo"; "Falta vergonha na cara do governo"; "O governo está cada vez mais larápio". Vindo de onde veio, não parecia um comentário. Assumia o caráter de um atestado, de um parecer.

 
"O Maluf está fazendo de São Paulo um grande Banespa: o buraco vai aparecer na próxima administração." Aloísio Mercadante, economista do PT.