A questão segurança para o candidato a governador Maluf foi notícia do jornal O Globo na sua edição do dia 30 de Julho de 86. Para Maluf, "É preferível bandido sofrer dentro de um presídio do que fora dele. Portanto, numa cela em que caibam 12, eu vou colocar 18". Desta vez, no entanto, por incrível pareça, Maluf não estava mentindo. A prova disso é que, quando foi governador, ele não acrescentou uma vaga sequer ao sistema penitenciário, agravando o problema da superlotação dos presídios que iria acabar provocando a epidemia de motins e revoltas nos anos seguintes. Na mesma matéria Maluf assumiu que, caso fosse eleito, adotaria presídios nos moldes dos campos de concentração, por sugestão do ex-Secretário de Segurança, Coronel Erasmo Dias. Para amenizar, Maluf disse: "É claro que sou contra a palavra campo de concentração, mas sou favorável a que se construa aqui, em curto prazo, presídios tipo barracões, de custo baixo e grande amplitude". No dia 8 de Outubro, para uma platéia de 150 pessoas em são Caetano do Sul, região Metropolitana de são Paulo, Maluf afirmou: "No meu governo, soldado que matar bandido não vai ser preso, não. Vai ser condecorado e promovido". Por causa dessa declaração, publicada no jornal Folha de são Paulo, do dia 9 de Outubro, a Comissão de Justiça e Paz de são Paulo entrou com representação junto à Procuradoria Geral da República contra Paulo Maluf no dia 16 de Outubro, pedindo que o candidato fosse denunciado por incitamento à pratica de infração penal e apologia ao crime e aos seus agentes.